sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ela

Ela pode ser o rosto que eu não consigo esqueçer
O caminho para o prazer ou para o desgosto
Pode ser meu tesouro ou o preço que eu tenho que pagar
Ela pode ser a música de verão
Pode ser o frio que o outono trás
Pode ser cem coisas diferentes
Num dia

Ela pode ser a bela ou a fera
Pode ser a fome ou a abundância
Pode transformar cada dia num paraíso ou num inferno

Ela pode ser o espelho de todos os meus sonhos
Um sorriso refletido num rio
Ela pode não ser o que ela parece
Dentro dela mesma

Ela, que sempre parece tão feliz no meio da multidão.
De quem os olhos parecem tão secretos e tão orgulhosos
Ninguém pode vê-los quando eles choram

Ela pode ser o amor, que não espera que dure.
Pode vir a mim das sombras do passado.
Que eu irei me lembrar até o dia de minha morte

Ela pode ser a razão pela qual eu vivo
O porquê pelo que eu estou a viver
A pessoa que cuidarei nos tempos e nas horas mais difícieis

Eu irei levar as risadas e as lágrimas dela
E farei delas todas as minhas lembranças
Para onde ela for, eu tenho que estar lá
O sentido da minha vida é ela

A ti que sabes quem és...

....

Caminho sem ver,
Caminho já farto de sofrer
Tudo aquilo que sinto
Não é mais do que me perder.
Sinto a minha alma a depauperar
E a nada me consigo agarrar!
A dor sobre mim me dobra…
Apaga a imagem,
Apaga toda aquela visão,
Que fazia vibrar o meu coração.
Choro a pena que por mim tenho…
Sofro por tudo aquilo que deixei
Fico completamente assombrado!
Desço uma enorme escadaria,
E não sei onde ela vai parar
Mas não tenho medo algum,
Pois nesta vida já não penso acreditar.
Paro e mortifico-me…
Vou aqui assumir e colocar o fim da minha Vida!
Ando mais um pouco,
Com um olhar que pareço um louco.
A Vida desiludiu-me…
Assim assino a minha Morte,
Dando um passo em falso
E com a minha cabeça bati.
Fez um estrondo forte!
Esgueirava sangue por todo o lado,
Já não tinha qualquer movimento…
Foi ali o meu fim,
Pois a vida não queria saber de mim!

Qual Foi O Meu Erro?

Será meu erro amar-te desta forma despropositada, indevida?
Será meu amor um grande incômodo em teus dias?
Será que deveria ter-me calado mais esta vez?
Porque é o nosso amor antigo, anormal, intenso
E por querer que ele enfim desabroche falo sem saber se devo
Porque não somos mais os mesmos, as histórias mudaram
Os personagens são outros, e o sentimento está a arder no peito
O que houve que nos esquecemos, que nos perdemos entre outros
Saciamos a nossa carência, a nossa saudade de um calor,
Mas deixamos o principal, que nosso amor ficasse ao léu
Um amor assim puro e verdadeiro ficou por anos vagueando
Para que um dia em meu coração alguém preenchesse o vazio
Um vazio que me deixas-te quando foste para longe de meus olhos
Será meu erro ter recomeçado um amor tardio?
Ter aberto meu íntimo, meus anseios e desejos?
O que aconteceu com o nosso amor?
O que matamos, antes mesmo de começar?
O que dissemos e maltratamos antes de saciar?
O erro foi amar-te desta forma despropositada, indevida
Enfim o erro foi de certa forma, sequer amar-te