domingo, 25 de outubro de 2009

Falar de Amor

Se para falar de amor é preciso… pedir desculpa,
Desculpa-me! Pois a vontade de gritar o teu nome
A todas as horas é incontrolável.
Se para falar de amor é preciso… ser rico,
Desculpa-me! Pois empobreci e perdi tudo
Ao conhecer-te e esqueci-me de tudo.
Se para falar de amor é preciso… estar alimentado,
Perdoa-me, pois só os teus beijos, só eles
Alimentam a minh’alma.
Se para falar de amor é preciso… ser jovem,
Perdoa-me, pois envelheci tão rapidamente
Enquanto esperava por ti.
Se para falar de amor é preciso… ter carácter,
Desculpa-me! Pois perdi-o todo
Mesmo diante dos teus olhos.
Se para falar de amor é preciso… ser livre,
Desculpa-me! Pois diante do teu ser aprisionado
Não posso ser livre.
Se para falar de amor é preciso… ser feliz,
Perdoa-me, mas por não ser correspondido
Tornei-me muito infeliz.
Se para falar de amor é preciso… dizer “AMO-TE”,
Desculpa-me! Pois se não disse essa frase até hoje
É porque esperava ouvi-la de…Ti.

Morte Anunciada

Não sei se conseguirei terminar estes versos;
O veneno letal já está na minha corrente sanguínea,
Este é o meu fim – a minha morte é certa!
Quando estes caracteres forem encontrados,
Há muito terei partido e não estarei entre vós;
Já passava das três da madrugada,
A solidão da noite e a insônia eram as minhas únicas companhias;
A garrafa de whisky estava vazia e os meus cigarros tinham acabado,
A melancolia já tinha chegado ao extremo!
Peguei no frasco com veneno que jazia sobre a cômoda;
Sentei-me na cama olhando-o fixamente,
Hesitei, embora tivesse ímpetos de tomá-lo;
Levantei-me e comecei a andar de um lado para o outro,
Tentava encontrar alguma razão que,
Impedisse de por fim à minha própria vida;
Abri a janela do quarto e olhei para o céu,
Era uma madrugada de inverno e eu sentia a brisa gelada.
Bater suavemente no meu rosto,
Aquela brisa fria trazia-me lembranças;
Lembranças do tempo em que eu era feliz,
De quando eu gostava de viver e amava a vida;
Pensei na minha família, amigos e amantes.
Como eles sofreriam por causa desta decisão que eu tomara,
Nem mesmo eu sei explicar tal atitude;
O que leva alguém a destruir um bem tão precioso?
Dado de presente por Deus e por nossas mães;
Fechei a janela com muito cuidado, não queria acordar ninguém na casa,
Dirigi-me até o quarto onde os meus pais dormiam, disse adeus e pedi perdão;
Fui até o quarto onde a minha irmã dormia, disse adeus e pedi perdão,
Voltei novamente para o meu quarto.
Pensei em cortar os pulsos com a lâmina de barbear!
Mas não tinha paciência de ver, e esperar o meu sangue resvalar na cama,
Também pensei em estourar os meus miólos com o revólver do meu pai;
Mas não queria alarmar ninguém, tão pouco desfigurar o corpo para o velório,
Pensei em enrolar uma corda no pescoço e pular da janela;
Mas não queria ser o centro das atenções para quem passasse na rua,
Peguei outra vez no frasco de veneno, sentei-me na cama e hesitei por alguns instantes;
Eu ouvia minha consciência suplicar, implorar para que eu não fizesse isto,
Mas eu estava muito amargo e cheio de ódio para continuar a viver;
Com um trago, o frasco já estava vazio,
Deitei-me na cama e cobri meu corpo com uma manta negra;
E aqui fiquei aguardando a morte pacientemente!


Assim chega o fim do sofrimento:
Não é a mim que pretendo matar mas sim esta dor que me consome a alma...
I hate myself that I want to die

Dor de Amar

Cá estou neste momento,com uma musica romantica de fundo,não muito triste,talvez me fizesse chorar com mais dor,ouvindo vou tentando juntar o que restou. Raiva tenho apenas de mim, perguntas que não se calam, culpas que me sufocam e para brindar com perfeição minha nostalgia, uma tristeza que não cessa, não perdoa, não descansa. Por tantas vezes vivi este momento, eu já me via assim, porém jamais poderia imaginar que dói tanto, que é tão fundo. Não a culpo por nada e a unica coisa que tenho de ti hoje é medo. Neste momento talvez como muitos poderia dizer que me arrependi de algo que fiz, que tu não poderias ter feito isso e dramaticamente insistir em reputar que tu disses-te que me amavas. Nada disso traria a minha paz de volta, nem tu, pois o que desejava não era um corpo apenas, tão pouco só a tua presença, queria um sentimento, o melhor de ti em amor como uma vida ofertada. A dor que sinto neste momento é saber que dei tudo de mim e ainda assim não consegui aquilo que almejava, não que alguém tenha culpa ou obrigação de amar, mas aquela antiga mania de pensar que devemos ser amados sempre que amamos acaba latejando em meus sentidos, Mas não dou a ela ouvidos. O que me dá paz e tranquilidade em apanhar os cacos sem me cortar de dor com a verdade é justamente isso. Fiz o que podia, amei da melhor forma que eu consegui, sobretudo a mais do que imaginei ser capaz. Isso faz o meu dia se tornar uma pouco mais claro, ainda que o sol esteja implacavel lá fora, ao amanhecer parecia envolto num manto de escuridão e medo, de quê não sei ao certo, talvez medo de encarar a vida de frente, medo de olhar e saber que a motivação para o meu amar se findou, medo de odiar ao invés de prosseguir sonhando com o tão almejado amor, entre tantas possibilidades sei apenas que tenho medo. Mas ao amanhecer ouvi a vida, assim me bastou um cantarolar dos passaros e alguns acenos de carinho para que houvesse uma aurora, para que ainda houvesse sentido. As vezes por se dizer que ama, nós nos tornamos tão egoistas, limitamos a vida ou a felicidade em apenas estar com quem se quer. Quando na verdade o sentido é amar, a quem precisa, a quem se esquece, a quem se odeia. Talvez até penses que me recuperei rapidamente e que estou pronto a viver sem ti. Lamento, seria apenas uma boa teoria, afinal: O que na verdade os dedos não falam o olhar que não pode ser visto esconde, talvez a mão apenas enxugue as lágrimas e assim será esquecido. Como o presente mentiu-me a mim, talvez me sussurrasse a verdade eu eu negligente fiz-me surdo ao querer apenas os gracejos deste meu coração que me prometeu o mundo, talvez somos vitimas de uma delinquência que confesso, desconhecia. Não vale a pena recordar-me de tantas tristezas, e nem por isso escrevo em verdade, escrevo porque tive boas lembranças e tento sorrir com esta partida que o meu ser me pregou, ainda que não haja graça, aprendi que enquanto se vão os poemas, ainda ficam os poetas, e ainda que se vá os dedos e neste momento se cale a fala, resta um olhar capaz de traduzir toda a dimensão do que se sentiu, do que se viveu, do que se sonhou...Mas de nada me valeria explicar. Termino por aqui, obrigado por tudo. Adeus, foi um prazer te amar...

Devolves-me a alma?

Percorro o mar com os olhos na ânsia de chegar ao rio profundo onde morro para ficar mais perto de ti. Os rochedos engolem a claridade dos meus olhos como se o céu se extinguisse neles e na sua inércia desprotegida. Insisto em romper essas cataratas nervosas que me confundem e então… encontro-te.
Sim… lá estás… tu, numa espécie de sinfonia de silêncios sórdidos, a olhar para mim através dos reflexos da água estranhamente azul como o firmamento. Os teus silêncios afogam-se de ironias silenciadas, são corrompidos abruptamente, e chegam até mim através do vento desatento.
De repente vejo-te como se fosses uma onda gigantesca a enfeitar-se de espuma reluzente. Ah… és tu… sim! Vejo-te, céus, que saudade eu tinha tuas…!
Sorris-me e eu arrepio-me. - És tu… ou é a minha necessidade de te encontrar?
Os peixes que moram nos teus olhos fitam-me asmáticos, e eu tenho vontade de os atirar para a água porque não resisto ao seu sufoco arrepiante.
És tu? Ou és a aragem que me açoita a imaginação?
Porque te salgas ainda mais nos meus olhos?
Porque permaneces neles assim… sentada impávida e inerte, como se te fosses atirar de uma rocha perigosamente íngreme?
Ao olhar-te assim nesta ansiedade de gaivota ferida, pareces uma daquelas crianças famintas, com os seus ventres disformes, a olharem complacentes, como se rompessem a minha distracção marmorizada.
E assim, neste sufoco, apenas consigo perguntar-te:

- Devolves-me a alma?

domingo, 18 de outubro de 2009

Minha alma grita em desespero profundo
Recolhendo-se na própria dor do corpo
Secando o sangue impuro
E clareando o negro dum dia já morto.

Minha sina marca-me a vida
Não sei se viverei sequer mais um dia
Nem sei se acabarei de escrever este poema
Só sei que nem sempre a minha vida rima.

Sou duma textura fina
Tão frágil como uma flor murcha
Seca sem a rega até duma lágrima
E morro sem que ninguém dê conta.

Meu corpo é espinhoso
De tal modo marcado pelo infortúnio
Enterrado com as suas raízes e com tudo
Jaz morto e moribundo num cemitério vivo.

"Known"

sábado, 17 de outubro de 2009

Não errar mais...

Guardava
A satisfação fúnebre do último acto,
Do ápice poético da minha teatral
Rotina de sobrevivência.

Cada gota limpava as marcas sujas
E malevolamente prazerosas
Das minhas egoístas sensações.
Levava de mim
As lembranças mesquinhas
Da minha bondade dissimulada.

Lentamente eu via o meu pulso
A expulsar o meu espírito da carne.
Tomado de júbilo
Presenciava o fim das dores
Naquele rio vermelho que inundava o piso.

Meu corpo gritava incessantemente
Ao meu espírito:
Volta!
E a Razão sufocava os espasmos deste louco
Falando sussurrante:
“Este é o curso, não há saída
Todos sabem disso.”

Neste momento o rio virou mar
E eu não continha mais a repugna
Daquele sóbrio acto.

Presenciava a mão que apunhalava
Naquela nobre sentença de salvação -
Cristo deu a vida por todos
E eu o faria por mim mesmo.

Já atingi a minha cota de desilusões,
O aprendizado dessa existência.
Não nasci para o sofrimento
Mas fui avultado por ele.
Sem escolha,
Preso ao meu estúpido “livre-arbítrio”,
Escolhi a saída mais simples -
Não errar mais.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ADEUS MUNDO

Imagino o meu caixão,
Ser banhado por lágrimas de dúvidas,
É meu dever pedir perdão,
Por este adeus antecipado!
O meu pesadelo?
É estar no caminho certo,
Porque tudo sempre foi certo!
É a perfeição que me mata,
O perigo de saber que existe um limite,
E que um dia posso tropeçar,
E ninguém estará do outro lado para me agarrar,
E dizer como “de ti tanto me orgulho”!
A escolha não é fácil,
Não é a vida que anseio tirar,
Mas é esta dor que pretendo atingir!
Não se culpabilizem por algo que é apenas meu,
Não procurem nas memórias os sinais que sempre negaram,
A hora chegou,
Não estou sozinho,
O anjo negro está aqui sentado ao meu lado.
Primo o gatilho.
Sinto a dor sucumbir.
E como no inicio dos inícios,
Volto a ser nada mais que apenas… pó!

Escrevo para não existires

Não quero que entres neste texto.
Não tens uma vida que eu possa compreender.
Alguns momentos no teu pensamento nunca serão uma vida.
Não me faças odiar a minha escrita de forma a humanizar o tempo.
Não entres nesse lugar interior onde sabes que estão guardados todos os sentimentos que eu utilizo para te destruir.
Quero que vivas fora do meu ódio.
Quero que ames longe do meu amor.
Estou farto de salões de palavras em silêncios luminosos.
Não escrevo a tua história porque sei que és um final infeliz.
A tua força é excessiva para as minhas qualidades humanas.
Nem as minhas palavras servirão de pronto a vestir para as tuas carências.
Tenho ainda o teu corpo tatuado nos meus braços.
Se o amor não fosse tão infantil, se tu própria não fosses a criança que transportas na forma de amar, então tudo o que eu te escrevo seria perverso e desumano.
Prefiro que seja o teu silêncio a derrubar todas as palavras que nunca escreverei. Aviso-te: as palavras só ameaçam quem as profere.
Não posso escrever-te dentro desta escrita.
Dizias na força de existires que te sentias uma mulher carente.
E eu acompanhava esse choro na impossibilidade de te compreender.
As palavras nunca serão a verdade daquilo que sentimos.
A verdade é uma linguagem do silêncio.
Nunca tive medo do silêncio, porque o silêncio é o meu acto de viver.
Tu não. Tu vives sem silêncio. Vives com palavras a mais.
Porque tu és um labirinto que arruina o meu pensamento.
Não te quero viva neste texto nem em memória nas minhas palavras.
Não quero a tua presença neste tempo construído de palavras desumanas.
Quero ser eu a perder-me nesta escrita de enganos.
Só os juízos de valor e comportamento dos outros são injustos.
E o silêncio nunca foi um bom advogado.
E tu, insecto feminino que esvoaça à volta dessa luz inexistente do silêncio, também pecaste pela injustiça de seres quem não aparentas ser.
E em vez de sugares o doce da vida, enches-te de razões amargas.
Às vezes não me apetece magoar ninguém, mas se magoo é porque está escrito.

Um dia tu aprendes que..

"Depois de algum tempo tu aprendes a diferença,
a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.
E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto
e não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair meio em vão.
Depois de um tempo tu aprendes que o sol queima
se ficares exposto por muito tempo.
E aprendes que não importa o quanto te importes,
algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que tu podes fazer coisas num instante,
das quais te arrependerás para o resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida,
mas quem tu és na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos
se compreendermos que os amigos mudam,
percebes que teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa,
ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida
são levadas de ti muito depressa,
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos
com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros,
mas com o melhor que tu mesmo podes ser.
Descobres que se leva muito tempo para te tornares a pessoa que queres ser,
e que o tempo é curto.
Aprendes que não importa onde já chegas-te, mas onde estás indo,
mas se tu não sabes para onde estás a ir,
qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas teus actos ou eles te controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as consequências.
Aprendes que paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te ignore
quando tu cais é uma das poucas que te ajudam a levantar-te.
Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência
que se teve e o que tu aprendes-te com elas
do que com quantos aniversários tu celebras-te.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que tu supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são burrices,
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia
se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva,
mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama do jeito que tu queres
que ame, não significa que esse alguém não te ama,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes tu tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julga,
tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido,
o mundo não pára para que o consertes.
Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, planta teu jardim e decora tua alma,
ao invés de esperar que alguém te traga flores.
E tu aprendes que realmente podes suportar...
que realmente és forte, e que podes ir muito mais
longe depois de pensar que não podes mais.
E que realmente a vida tem valor
e que tu tens valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem
que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."

Vale a pena pensar nisto:???

"William Shakespeare"

:::

Caminho sem ver,
Caminho já farto de sofrer
Tudo aquilo que sinto
Não é mais do que me perder.
Sinto a minha alma a depauperar
E a nada me consigo agarrar!
A dor sobre mim me dobra…
Apaga a imagem,
Apaga toda aquela visão,
Que fazia vibrar o meu coração.
Choro a pena que por mim tenho…
Sofro por tudo aquilo que deixei
Fico completamente assombrado!
Desço uma enorme escadaria,
E não sei onde ela vai parar
Mas não tenho medo algum,
Pois nesta vida já não penso acreditar.
Paro e mortifico-me…
Vou aqui assumir e colocar o fim da minha Vida!
Ando mais um pouco,
Com um olhar que pareço um louco.
A Vida desiludiu-me…
Assim assino a minha Morte,
Dando um passo em falso
E com a minha cabeça bati.
Fez um estrondo forte!
Esgueirava sangue por todo o lado,
Já não tinha qualquer movimento…
Foi ali o meu fim,
Pois a vida não queria saber de mim!

Qual foi o meu erro?

Será meu erro amar-te desta forma despropositada, indevida?
Será o meu amor um grande incômodo nos teus dias?
Será que deveria ter-me calado mais esta vez?
Porque é o nosso amor antigo, anormal, intenso
E por querer que ele enfim desabroche falo sem saber se devo
Porque não somos mais os mesmos, as histórias mudaram
Os personagens são outros, e o sentimento está a arder no peito
O que houve que nos esquecemos, que nos perdemos entre outros
Saciamos a nossa carência, a nossa saudade de um calor,
Mas deixamos o principal, que nosso amor ficasse ao léu
Um amor assim puro e verdadeiro ficou por anos vagueando
Para que um dia no meu coração alguém preenchesse o vazio
Um vazio que me deixas-te quando foste para longe dos meus olhos
Será meu erro ter recomeçado um amor tardio?
Ter aberto o meu íntimo, os meus anseios e desejos?
O que aconteceu com o nosso amor?
O que matamos, antes mesmo de começar?
O que dissemos e maltratamos antes de saciar?
O erro foi amar-te desta forma despropositada, indevida
Enfim o erro foi de certa forma, sequer amar-te

Roubaste o meu coração

Apareceste do nada
Entras-te no silêncio da noite
Instalaste-te no canto mais obscuro
Não dei conta de tua entrada
Só um vazio tomou conta de mim
Assaltaste o meu cofre
Roubando dele o tesouro
Algo que desconhecia existir
Agora sinto em mim, um vazio
Uma dor que magoa, bem no fundo
Roubaste-me o meu coração
Ensinaste-o a Amar
Deste-lhe vida nova
E agora ???
Sinto falta de ti
Uma angústia absurda
Sentimentos loucos que desconhecia
Roubaste o meu coração
Ensinaste-me a Amar
Quero-te em mim
Vem-me completar nesta dor nesta falta
Sinto falta da tua presença
Traz de novo o meu coração
Vem e vamo-nos Amar

"Nunca me irei despedir da poésia, vivo nas palavras, e inundo-me nos sentimentos..."

sábado, 10 de outubro de 2009

Adeus

Se um dia me encontrares na rua,
Não precisas de mudar de calçada.
Pensa logo que somos estranhos,
E que entre nós nunca ouve nada.

Posso não cruzar os teus olhos,
Mas passarei por ti sem rancor.
Sem lembranças que um dia entre nós,
Ouve um grande amor.

Nossos sonhos...

Nossos sonhos tão diferentes,
Assim o destino escreveu...
Tentarei encontrar noutros braços,
O amor que entre nós não viveu.

Quando Eu Partir (Minha Morte)

Quando eu partir, não te lamentes.
Podes chorar, mas não desperdices muitas lágrimas.
Guarda os nossos sorrisos.
Guarda os nossos abraços.
Os momentos que pareceram eternos.
Tenta lembrar-te de algumas discoções.
Mas só daquelas em que nos reconciliamos.
Lembra-te do Eu te Amo.
E esqueçe do Eu te Odeio dito impensadamente.
Sorri das piadas que fiz.
E esqueçe os palavrões que falei.
Deseja novamente, os meus carinhos.
Mas esqueçe as feridas que abri em ti.
Lembra-te dos sorrisos espontâneos.
Mas esqueçe os dias em que me apanhas-te de mau humor.
Lembra-te, que fui humano.
Amei, humanamente, o quanto pude.
Vivi, humanamente, enquanto pude.
E errei, humanamente, mais do que gostaria.
E mesmo assim, este momento não me é doloroso.
Tenho que ir.
Tenho mesmo que ir.
Mas levarei pedaços de ti comigo.
Deixar-me-ei todo contigo.
E quando quiseres encontrar-me, olha para o céu.
Procura Deus entre as nuvens.
Procura-me entre Deus.
Tu não O verás.
Mas eu te verei.
E o simples facto de Tu procurares por Ele, fará minh'alma mais feliz.
E se em algum desses momentos, uma chuva fina vier a banhar teu semblante.
Quero que saibas que será o meu sinal de felicidade, que carregará o Amor de minha'lma, e te dirá, discretamente:- Eu sempre te Amarei.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Eu não consigo viver sem ti !

Noites sem saber de ti
Madrugadas sem luar
No mar do meu pensamento
Procuro sem encontrar
Algo de bom que vivi
Que me faça recordar
O som do teu pensamento
O brilho do teu olhar
Procuro até nos meus sonhos
Percorrendo o areal
Do deserto do meu peito
Nada te faz encontrar
Nem este desejo ardente
De tanto tanto te amar
E choro.. fico sem jeito
Sem jeito até de pensar
Sinto falta dos teus braços
Do teu corpo junto ao meu
Saudade dos teus abraços
Que entre beijos e cansaços
Me faziam ser mais eu
Não sei se tu me esqueceste
Não sei se até te perdi
Mas por tudo o que me deste
Eu não sei viver sem ti!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

É NOITE E PENSO EM TI

Estou a pensar em ti, vendo a noite
Chegar calmamente e abraçar-me.
Sinto meu mundo ruir.
Sinto um vazio em mim e
Penso em ti...

Ainda ontem, na noite passada
Procurei-te, busquei-te por toda
A madrugada e não te encontrei.
Tenho saudades e
Penso em ti...

Meus olhos fixos no céu,
Contemplam o brilho das estrelas,
Que se fundem com o brilho do
Teu intenso olhar.
Procuro-te, espero-te.
Não te esqueço e,
Penso em ti...

A noite se fez tarde,
Para mim e para ti,
A madrugada não tarda a chegar,
Mas vou continuar aqui a esperar-te,
Ou será que te perdi!
Não desisto, insisto e
Penso em ti...

Não importa a demora, vou esperar
Hoje, amanhã e sempre, e quando a
Noite se for, seguirei com ela.
O dia virá, com ele seus raios dourados,
Irão secar o meu pranto de saudade.
Meu peito soluça de dor e
Penso em ti...

Voltarei junto com a noite, todos os dias,
A vida inteira, se preciso for para te
Encontrar novamente.
Sinto a tua falta, ainda te amo e
Penso em ti...

Penso em Ti

Eu penso em ti, penso porque me estás ligada ao coração
Porque neste jogo da vida, tenho-me na tua mão
Eu penso em ti, penso porque quero e preciso
Porque para além do ar que respiro, vivo do teu sorriso
Eu penso em ti, penso em todo o momento
Porque seja ele bom ou mau, vivo do teu sentimento
Eu penso em ti, penso em todo e qualquer sentido
Porque motivas-te a minha vida, e porque és o meu motivo
Eu penso em ti, penso que és incondicional
Porque incondicionalmente sei o quanto não és normal
Eu penso em ti, penso porque és mais do que prazer
Porque de todo aquele que mo dás, o que mais gosto é viver
Eu penso em ti, penso porque te amo
Porque és a mulher da minha vida, e porque de amiga te chamo.
Eu penso em ti, penso quando penso se pensas em mim
Porque penso estar contigo e só sei viver assim!
Eu penso em ti, penso em tudo o que me ensinas-te
Porque olho para mim, e que belo é aquilo em que me transformas-te
Eu penso em ti, penso quando não arranjo alegria
Porque me dás força e completas cada minuto em cada dia
Eu penso em ti, penso até não mais poder pensar
Porque pensar mais não consigo quando nos vamos beijar!
Eu penso em ti, penso para escrever esta pequena declaração
Porque penso que outrora fui dono do teu coração!

"Esta é uma declaração do meu sentimento por ti"

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ainda penso em Ti




Eu ainda penso em ti
Eu não sei como tu
Foste embora
E me deixaste aqui

Tu, eras tudo para mim
Eu não sei qual a razão
(tu nunca me explicaste)
Porque tu me deixaste

Ainda penso nos momentos
Que eras tu e eu
Me davas um sorriso
Diz-me o que aconteceu

O que eu não percebo
O que eu não entendo
Como pudeste partir?

Eu desespero, desespero
A pensar em ti
Olho para todo o lado
E penso que tu estas aqui
Baby Girl, não aguento mais
Por favor olha para mim e diz-me
Que me amas
Como eu te amo a ti

Danito:
Será que amar é palavra ou uma razão
Então porque é que o amor nos entrega a solidão?
Ou será que há diferença entre amar e paixão
Entre andar e uma relação
Tenho saudades de viver o mundo sem fim
Ver-te olhar para mim ter-te nos meus braços
Olhar para o céu
Dar um pensamento
Sentir o teu calor, como os raios do sol
Ver o vento levar as ondas pelo mar
Sentir o teu coração a bater
Como a lua, dá só um olhar
Não havia outro caminho
Eu não sei ultrapassar
E eu, levo a saudade comigo para o futuro
Recordação é bela
Fizeste parte de mim
São apenas dias, minutos e horas
Que me separam de ti.

JP:
Eu desespero, desespero
A pensar em ti
Olho para todo o lado
E penso que tu estas aqui
Baby Girl, não aguento mais
Por favor olha para mim e diz-me
Que me amas
Como eu te amo a ti

Danito:
Eu sei que amei, mas não foi essa a razão
Cada hora, cada dia era discussão
Não era frio mas partiste o meu coração
Tanta promessa, sei que tudo foi em vão
Então, porque é que me deixaste nesta solidão?
Não, não pensaste
Não seguiste o teu coração
Os teus olhos não enganam
Ainda me amas?
Tu não dizes que sim
Mas também não sabes dizer que não

JP:
Eu não sei mais o que fazer sem ti
Explica-me o mal que eu te fiz
Já não sei mais o que é amar
É só ao teu lado que eu quero estar

Eu desespero, desespero
A pensar em ti
Olho para todo o lado
E penso que tu estas aqui
Baby Girl, não aguento mais
Por favor olha para mim e diz-me
Que me amas
Como eu te amo a ti.

A Minha Vida

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A Doce Morte

Ter desilusão
É ter tristeza no coração
É abandonar
É desprezar

É roer o osso e deixar a carne
E no fim consolar-se
É olhar e não ver
É tocar e não sentir

Ser uma desilusão
É ter solidão
É ser desprezado
É ser gozado

É ser murmurado por outras bocas
Com expressões más e ocas
É estar praticamente sozinho
E não ter carinho

Um dia, tentar mudar para melhor
E se não se conseguir, consegue-se morte sem dor

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quanto tempo mais terei de viver?.

Fujo sem destino.
Tento evitar todos estes sentimentos
Que me assolam a alma.

Escondo-me do mundo e da Falsidade
Até as minhas palavras me parecem ridículas
Sem qualquer ponta de verdade!

Onde está o verdadeiro
Criador de todos os meus poemas?
Onde está o meu coração?
Onde está a verdade?

Por quanto tempo terei de viver
Neste mundo de falsas expectativas?

Quem sou eu senão nada,
Como poderei continuar a fugir
Desta saudade, desta agonia?
Como continuarei em frente?

Vejo o meu caminho tão escuro…
Tão frio, tão sombrio…
Quero esconder tudo isto
Que me persegue…

Mas algum dia terei de ceder,
E é esse dia que temo.
Como o pássaro receia a escuridão,
Eu receio a incompreensão e a solidão!

"KNOWN a solidão so vale a pena ser vivida se estiveres em paz..."