quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Meu Choro

Eu choro, e as minhas lágrimas a cair pela minha face,
Como se toda a dor da minha alma,
Se dissolvesse pelas minhas entranhas!

Quanta dor no meu peito...
Meu lamento, é ouvido como o canto dos pássaros;
Meu choro solitário, por entre as paredes do meu quarto...

Meu canto mudo, no meu peito a naufragar,
O amor que dividiamos...
Então eu choro, sem ninguém pensar!

Traçamos caminhos diferentes...
Novas jornadas sem razão de ser...
Novas diretrizes do nosso amor que findou!

Eu choro, sem tu veres!
Eu sofro por não te ter!
Eu morro por vezes!

Findo o meu lamento, sem esperanças,
Meu choro, ainda preso na garganta...
Faz-me adormecer!

"Dedicado a todos os que choram por uma perda, por um amor, por um sonho"

Dor De Amar

Cá estou neste momento,com uma música romântica de fundo,não muito triste,talvez me fizesse chorar com mais dor, ouvindo vou tentando juntar o que restou. Raiva tenho apenas de mim, perguntas que não se calam, culpas que me sufocam e para brindar com perfeição minha nostalgia, uma tristeza que não cessa, não perdoa, não descansa. Por tantas vezes vivi este momento, eu já me via assim, porém jamais poderia imaginar que dói tanto, que é tão fundo. Não te culpo por nada e a única coisa que tenho de ti hoje é medo. Neste momento talvez como muitos poderia dizer que me arrependi de algo que fiz, que tu não poderias ter feito isso e dramaticamente insistir em ripostar que tu disses-te que me amavas. Nada disso traria a minha paz de volta, nem tu, pois o que desejava não era um corpo apenas, tão pouco só a tua presença, queria um sentimento, o melhor de ti em amor como uma vida ofertada. A dor que sinto neste momento é saber que dei tudo de mim e ainda assim não consegui aquilo que almejava, não que alguém tenha culpa ou obrigação de amar, mas aquela antiga mania de pensar que devemos ser amados sempre que amamos acaba a latejar nos meus sentidos, Mas não dou a ela ouvidos. O que me dá paz e tranquilidade ao apanhar os cacos sem me cortar de dor com a verdade é justamente isso. Fiz o que podia, amei da melhor forma que eu consegui, sobretudo, mais do que imaginei ser capaz. Isso faz o meu dia tornar-se um pouco mais claro, ainda que o sol esteja implacavél lá fora, ao amanhecer parecia envolto num manto de escuridão e medo, de quê não sei ao certo, talvez medo de encarar a vida de frente, medo de olhar e saber que a motivação para o meu amar se findou, medo de odiar ao invés de prosseguir a sonhar com o tão almejado amor, entre tantas possibilidades sei apenas que tenho medo. Mas ao amanhecer ouvi a vida, assim bastou-me um cantarolar dos passaros e alguns acenos de carinho para que houvesse uma aurora, para que ainda houvesse sentido. As vezes por se dizer que se ama, nós tornamo-nos tão egoistas, limitamos a vida ou a felicidade em apenas estar com quem se quer. Quando na verdade o sentido é amar, a quem precisa, a quem se esquece, a quem se odeia. Talvez até penses que me recuperei rapidamente e que estou pronto a viver sem ti. Lamento, seria apenas uma boa teoria, afinal: O que na verdade os dedos não falam o olhar que não pode ser visto esconde, talvez a mão apenas limpe as lágrimas e assim será esquecido. Como o presente mentiu-me a mim, talvez me sussurrasse a verdade e eu negligente fiz-me surdo ao querer apenas os gracejos deste meu coração que me prometeu o mundo, talvez somos vitimas de uma delinquência que confesso, desconhecia. Não vale a pena recordar-me de tantas tristezas, e nem por isso escrevo em verdade, escrevo porque tive boas lembranças e tento sorrir com esta partida que o meu ser me pregou, ainda que não haja graça, aprendi que enquanto se vão os poemas, ainda ficam os poetas, e ainda que se vão os dedos e neste momento se cale a fala, resta um olhar capaz de traduzir toda a dimensão do que se sentiu, do que se viveu, do que se sonhou...Mas de nada me valeria explicar. Termino por aqui, obrigado por tudo.
Adeus, foi um prazer amar-te...