quinta-feira, 30 de julho de 2009

anjo caido (2)

Com nítido traço desenho a pulso decidido
Os traços tímidos do teu rosto
Que atravessam distâncias
Zonas de luz e noite
Fundem-se na pureza da tua altivez
Sem medo nem castigo
Nem sequer vingança

Quantas vezes terás ressuscitado do fundo do teu anjo caído?
Investido pela força de um brio de vertigem incessante- selvagem!
Na crina de um corsel de fogo, semeando brisas
Colhendo epífanias
Que sempre continuam esperar-te

Quantas vezes terá caído uma lágrima profunda?

"de profundis ad altyum"
(das profundezas ás alturas)

Anjo Caído

No horizonte longinquo a asa se partiu
Agarrada ao eterno, perdendo a saudade
Corroída pela inveja caiu e se feriu
Triste anjo que negro te tornas-te sem vontade

Na escuridão do ser, perdes-te o sentimento
Sem saber o que fazer encontras a solidão
Companheira nas trevas do teu tormento
Viras-te um anjo negro sem alma nem coração

Pelo mundo vagueias, atormentando os demais
Puxando-os com as garras, ferindo-lhes a dor
Agora corrompes filhos, avós, tios e pais
Pois o teu karma é meter medo, criar pavor

Nas tuas veias corre a tua eterna maldição
Das nuvens caís-te, pois a tentação foi maior
No teu ser só há tristeza, dor e aflição
Assim só há crueldade,o que te faz sentir pior

Cansado e perdido, não segues, derivas
De asa quebrada tornaste-te um ser solitário
O teu sangue ferve nas veias rasgadas, feridas
Descansas pousando numa tumba ou campanário

Mergulhado no obscuro onde a luz não rompeu
Sem olhos nem sentimento ainda avisas
Se o homem não mudar, ficarão como eu
Perdidos nas trevas onde a saudade morreu.

ESTE POEMA É PARA DESCREVER O QUE SINTO: PIOR DO QUE MORRER É NÃO SABER QUE SE ESTÁ VIVO

"UNKNOUNME"

ANJO PERDIDO

Pobre anjo que enquanto tentava conhecer-se
Perdeu-se em si mesmo...
O anjo, agora perdido,
Busca uma saída; um outro caminho,
Mas está encerrado em si mesmo
E não consegue se libertar de sua própria alma.
O anjo perdido tenta gritar por socorro,
Mas algo o impede,
E ele a cada momento
Se sente mais fraco e solitário.
O anjo perdido!
Que se perdeu quando tentou
Descobrir o que existia em seu coração.
O anjo perdido!
Com as asas cobre o rosto,
Com suas palavras esconde a verdade.

(E tenta descobrir o que aconteceu contemplando-se no espelho...)

"UNKNOWN"

domingo, 26 de julho de 2009

SE O AMOR MATASSE

Se o amor matasse de uma vez
Não teria de sofrer assim…
Sei que não tomei o melhor caminho
Sei que errei e pouco resta de mim.

Só tive um pecado e esse era mortal
Foi ter-me apaixonado por ti
Não morri, mas fiquei em estado tal,
Que já não sei o que vivi.

Sei que não me conheces
E que outro homem mereces
Sei o teu nome e pouco mais
Mas o meu amor é grande demais.

NOITE FRIA

Abro os olhos, a tarde é fria
Teus pés vestidos de cores tocam os meus
Acaricio Tuas mãos na espera de um sorriso teu
Mas teus olhos se fecham à procura de quem não te queria

Espero que tua procura acabe
Antes mesmo do morrer do dia
Pois a noite que é ainda mais fria
Guarda um segredo que ninguém mais sabe

Amei-a, incondicionalmente, apenas por uma vida
Não nego, uma vida cheia de pecados
Mas vivi calado no mundo dos isolados
No mundo das dores, cultivando as minhas feridas

Agora quem fecha os olhos sou eu
Na noite fria que carrega a minha morte
E invejo em demasia aquele que tem a sorte
De dormir o sono eterno depois de um beijo teu

Dor QUE NÃO TE FIM

Por que não voltas para mim?
Quando no meio de um sorriso a tua presença faz-se,
Os dentes escondem-se e os olhos procuram-te...
Volta que o meu peito arde de tanta saudade e amargura!
Volta meu amor...
Que não adianta cantar, porque o canto só me traz lembranças,
E não adianta sair, porque a rua apavora-me,
E a noite torna-se triste e vaga,
E o dia torna-se vazio e fútil,
E as tardes tornam-se cheias e tumultuadas...
A multidão parece arrastar-me pelas ruas.
Os buracos parecem engolir-me...
E o fogo que devia consumir, parece aliviar.
A dor que não tem fim, que dilacera toda a minha alma...

Querer e não Poder

Sonhei contigo a noite passada
Parecia até realidade
Eu sentia teu beijo e felicidade
E "tu" dizias todo tempo que me amavas

Eu era feliz ao teu lado,
Eu era feliz...
Quem dera, que não tivesse acordado,
Quem dera, que tudo fosse como eu sempre quis.

Acabou

Acabou a musica acabou.
Acabou o preço do poder
Acabou o medo do escuro..
Acabou o racismo
Acabaram os muros..
Acabaram as palavras e letras....
Acabaram os rios..
Acabaram as coisas boas...
acabou...

Acabou o poema...
Acabaram os meus sonhos..
acabou a saliva...
Acabaram os meus neuronios...
Acabou a minha vida....

Morto-Vivo

Sou um morto vivo!

Trancado no meu quarto sozinho com os meus pensamentos,
Fico a pensar em tudo que um dia já perdi...
Amigos que perdi só por ser tão orgulhoso,
Coisas que não fiz por não ter sido, nem ou pouco corajoso,
E sei que minha alma esta a pender a cor...
E que neste momento os meus olhos refletem a dor,
Minha face com lágrimas de sangue está molhada,
Lágrimas que caem por uma dor que não pode ser controlada...
Já estou na completa escuridão
E já não sei se estou numa cama ou num caixão
Mas para mim diferença não faz
Pois em ambos eu estaria em paz...

Tento Esquecer

Tento esquecer
Mas tudo volta a minha mente
E não paro de sofrer...

Parece um castigo isto que fizeste comigo
Senti o amor a sair de cena
E o meu coração a pulsar nas duras penas
Com a dor que me inflingiste
Comecei a odiar...
E meu amor que era feliz
Por momentos,tornou-se triste...

Pobre pedaço de mim,
Endurecido por ser desdenhado assim
Um ano inteiro de sofrimento
Deixando-me em injusto purgatório...
Lutei,esbravejei,e cansei
Cansado e ainda com esperança
Vesti-me em invisível envoltório...
E esperei...
E vieste,então...
Se queres meu perdão,
Antes de me pedir,tenta novamente
Alcançar meu coração...

Reviver

Minha alma perde-se,
Esgueira-se em estreitos e escuros corredores,
Fica detrás daquela janela fechada
Protegida na escuridão
Das pesadas cortinas da razão,
Fecha-se em baús de fotos antigas
Procurando instantâneos estragados,
Sobrepõe-se á velha colcha de retalhos,
Quadricula-se, camufla-se nela-
Símbolo de um tempo perdido,
Entra pelas frestas ressequidas do soalho,
Madeira de tantas pisadas...
Mescla-se com o frio da porcelana
Do bibelô sobre a penteadeira escura
Já sem serventia agora,
Embrenha-se na vela da embarcação
Sem leme, perdida pelas mãos
Do vento ponteiro,

Nada, no entanto me esconde,
Do amor sem amarras,
Reavivado,
Aflorado,
Radiante e iluminado,
Pelo som da tua voz
Quando me dizias: amo-te.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Abusei dos meus Princípios



Estou aqui...
Como um barco na tempestade, que não voltou...
A navegar...
Por esse mar, cheio de certezas...
De quem amou...
A vida nem sempre...
Nos faz sorrir...
O tempo não mais voltara atrás...

Voltei...
A pedir o teu abraço...
Doeu dizeres que não...
Tentei...
E abusei dos meus princípios...
Agora digo, que não,
É a palavra da razão...

Foram noites que jamais esquecerei...
De tanto amor...
De corpo e alma...
Entreguei meu sentimento...
Ao teu sabor...
As feridas que guardo...
De tanto sofrer, são provas...
Sinais...
Até morrer...

Voltei...
A pedir o teu abraço...
Doeu dizeres que não...
Tentei...
E abusei dos meus princípios...
Agora digo, que não,
É a palavra da razão...

Novo Destino

Dobrei o cabo das minhas tormentas,
Fechei a cadeado fobias e medos.
Enfrentei de frente superstições,
Travei batalhas, conquistei vitórias.
Livrei-me de dúvidas e exitações.

Fugi do inferno da insegurança,
Mudei o destino com as minhas mãos.
Traçei minha sina sem interferências,
Sei bem o que quero, melhor ao que vou,
Se hoje sou forte, é graças a ti,
Que tentas-te destruir, mas algo novo nasceu.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Novo Homem

Das tuas palavras preservo o rancor,
Dos teus desejos a mentira...
Da tua pose lembro-me do temor...
Dos teus sonhos guardo a ira...

Mostrei-te um mundo abstracto,
Sentiste-te uma semideus,
Não firmas-te o contrato,
Foi inevítavel o adeus...

Lembranças sei que guardas na alma,
Território até então desconhecido...
Combati os teus fantasmas com calma,
E um novo homem surgiu... Destemido.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nova Vida

Consegui sair deste marasmo,
Descobri uma forma alegre de viver,
Senti o sabor de ser feliz outra vez,
Saí deste poço escuro onde entrei
Precisei de respirar um ar novo, puro,
Escrevi uma nova canção,
Quis cantar para o mundo um novo som,
Voar com as andorinhas no verão,
Atingi o inatingível, o impróprio
Fui bem ao fundo, nos mistérios,
Saboreei o vinho de outras décadas,
Dançei ao som dos bandolins...
Quis viver e sonhar tudo que eu pudesse...
Antes que o tempo me levasse os desejos...

O contrário de amor é...?

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso aprende-se antes de entrar na escola.
Se perguntares ás crianças qual é o contrario de amor elas vão dizer-te que é ódio! Mas elas estão enganadas! O contrário de amor não é ódio, mas sim a indefernça....

Para odiar temos que admitir que esse alguem nos provoca sensações... Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo.
Odiar da-nos cabelos brancos, rugas e ângustia.

Já para sermos indeferentes a alguém percisamos do quê?!?
De nada, para nós essa pessoa nem existe, quando passa por nós, nem a conhecemos, a indeferença é como o ar existe mas não o vemos, por isso começamos a ignorar... isso é a ideferença...

Agora ainda continuam a achar que o contrário de amor é o odio?

Vale a pena pensar nisto...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Até Que Ponto Não É a Verdade???



Acabou, não interessa o que falhou
E não me interessa o que não mudou
Eu e tu sabemos o que se passou
Falei, tentei, expliquei
Prometeste-me e eu esperei
Magoaste-me eu perdoei
Foi mentira mas acreditei
Custou, mas acordei
O amor é uma merda, agora sei
Percebe, desejo-te tudo de bom
A última coisa que tenho pra ti é este som:

Porque: Por mais que custe, eu vou ser capaz (eu vou ser capaz)
Juro a mim mesmo não voltar atrás
Vou ter saudades mas tu não vais saber
Vou pensar em ti até te esquecer
Acabou, acabou, sim acabou
Acabou e não quero mais
Acabou, acabou, sim acabou
Acabou e não chores mais

Não há dor nem desgosto que o tempo não cure
Se eu amei e acreditei que ninguém me censure
Fiz o que pude agora mudo de atitude
A vida não para, estou vivo a só peço saúde
Não estava escrito, está tudo dito
Se perguntarem por mim diz que comigo tá tudo bem
Que não deu certo mas que a culpa não é de ninguém
Só é quando tiver que ser
Vou pensar em ti até te esquecer

Life goes on
I'm still here
But the love is gone

Não me apanhas nem ao telefone
Para me teres outra vez só se for um clone
E quando me vires na rua sorri, mas continua

Porque: Por mais que custe eu vou ser capaz
Juro a mim mesmo não voltar atrás
Vou ter saudades mas tu não vais saber
Vou pensar em ti até te esquecer
Acabou, acabou, sim acabou
Acabou e não quero mais
Acabou, acabou, sim acabou
Acabou e não chores mais

Dizias que amavas mas não mostravas
Sabias que erravas mas nunca mudavas
Fizeste tudo errado e agora és passado
Respiro de novo este ar renovado
Mas tou bem, tou bem assim
Tu não, não és pra mim
Chegou, chegou ao fim
Se não me matou tornou-me mais forte

Por mais que custe eu vou ser capaz
Juro a mim mesmo não voltar atrás
Vou ter saudades mas tu não vais saber
Vou pensar em ti até te esquecer
Acabou, acabou, sim acabou
Acabou e não quero mais
Acabou, acabou, sim acabou
Acabou e não chores mais
(Até te esquecer)

Vou pensar em ti até te esquecer
Vou pensar em ti até te esquecer
Acabou...


"BOSS AC"

QUEM ME LÊ DESPE O QUE SINTO

Disperso os meus sentimentos,
Em palavras desfolhadas,
É o melhor dos condimentos
Das crises ultrapassadas.

Discorro desabafos sem ai
Soletrando letras com vida
Suspiro inócuo de mim sai
Escrita que choro convida

Quem me lê despe o que sinto
Tomando a minha verdade
Aleatório que não minto
No provar contrariedade

Não escrevo ser verdadeiro
Verdade que compromete
Testemunho poema herdeiro
Do todo que a vida promete

POR ENTRE SUSPIROS E AIS

A solidão é a companhia
Infiel sempre a meu lado
Esgota o sabor da noite e do dia
Cansando o meu corpo parado

A solidão é sólida no acontecer
E evidente num breve chorar
É ganho sempre a perder
Na conquista do meu continuar

Estar só não garante existência
Por entre suspiros e ais
Jardinando a demência
Nos espinhos de querer mais

A solidão destroça a alma
Num profundo que desespera
Num pântano sem calma
Um amargo de boca nesta espera

Um Grande Amor

Um grande amor,
Constroi-se com dialogo,
Perseverança,confiança,
Respeito e carinho.
Um grande amor,
Faz-nos refletir,
Que é necessario entender,
Que não se pode amar sozinho.
Um grande amor,
Ele rejuvenece,acontece,
Quando ambos se entregam,
Quando dois se tornam um.
Um grande amor,
Torna-se velho, obsoleto,
Quando esquecido, abandonado,
Quando penso só em mim.
Um grande amor
O que vivo,
Contigo, comigo,
De bem com a vida, com os poemas, com tudo.
Quem me dera poder vive-lo,
Agarra-lo, dete-lo,
Levar comigo onde quer que eu vá,
Assim, sempre poderia amar.

OFEREÇO-ME PARA UM NOVO DIA

Na falta de afecto
Não me quero perder enrolado
Na fidelidade do meu aspecto
Nem esmorecer fechado

Observo em cada acordar
De como as noites são desertas
As madrugadas são apenas sonhar
Ao romper do sol abertas

Durante noites inteiras
Bailam em águas sujas
E apresentam-se foleiras
Nos cânticos das corujas

Ofereço-me para um novo dia
Sobre uma tela transparente
Pintado de alma fria
Noutro ritual de ser gente

Espero-te No Cais da Vida




Horas tortuosas estas em
Que escorre penosamente
Cada milimétrico segundo…

Vagueio erradamente,
Tentando driblar estes
Intermináveis minutos…

Neste cais de embarque
Espero a adiada partida
No suspiro inesgotável
Da tão ansiada chegada…

…até Ti, até Nós…

Neste momento em que
Te cinzelo estas letras
Está mais próximo o
Aclamado momento…

Cais Da Vida



Cais de chegadas de sonhos...
Novas vidas, novos sentires, novos amores
Cais de partidas...
O incerto, o não revelado, o medo
Cais da vida...
Contínuas chegadas,
De fantasmas marcadas,
Sonhos partidos, não chegados
Partidas...
Novos sonhos rompem a alma,
Novas portas feitas de esperança,
E entre cada partida...
E entre cada chegada...
Um mar revolto se apresenta,
E a vontade contínua,
De a cada partida fazer,
Uma chegada...
A um porto seguro...
A um cais chamado vida...!

Erros Na Vida

Contagiado pela vontade impura
De errar ao longo desta vida
Foram momentos em que a loucura
Fez-me dá-la como perdida

Sofri um bloqueio de pensamentos
Quando tentei encontrar a razão
De construir os meus momentos
Em busca daquela sensação

Mas a vida foi-me generosa
Após enveredar por outros trilhos
Assim dei forma á esperança
E reencontrei a minha criança

Consegui por fim, vislumbrar
As razões que me fazem existir
Que a solução para triunfar
É acreditar em vez de fugir

E é aqui que quebro o elo
Sem querer evitar a vida
Porque, se esta ontem foi adiada
Hoje, nunca mais será esquecida.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O Que Restou (Vânia)

Quem sou? ...
Sou apenas um alguém solitário,
Vagueando no meio da multidão,
Com o coração ensanguentado, cheio de tristeza, dor e ódio...
Não te aproximes de mim, pois posso fazer de ti o que hoje sou.

Deixei o ódio dominar-me, e agora sou escravo da minha agonia...
As minhas lágrimas ao caírem doem tanto
Que sujam as minhas esperanças de sangue.
E cada gota de sangue que cai, é um grito por socorro vindo da minha alma.
Oh, Musa, salva-me. Peço-te do fundo do meu coração...
Deste coração destruído, e que um dia foi feliz...

Salva-me

O pior erro já cometido foi terem inventado o amor..
Não o amor normal, sádio e tranquilo.,
Mas sim o amor sombrio, aquele amor sincero, poderoso e real,
que auto-possui o corpo e a mente. Aquele que controla todos os movimentos e acções.
E o pior erro de Deus foi ter dado esse amor ao homem.
Porque Fez um amor perfeito e o deu ao ser mais imperfeito já criado
Talvez tamanha burrice seja tentar resistir quando esse maldito amor toma conta do nosso corpo.
Um exorcismo surreal não nos livraria de tanta possessão.
Amor real, cruel e avassalador.
Que invade nossas vidas e trasforma as coisas.
Pode fazer o bom ser mau, o mau ser bom .
Amor.... Sentimento mais sombrio já criado.
E cobaias somos nós de nos submetermos a isso.
É impossivel lutar... Resistir.
Uma vez possuido, ele vai ferir o teu coração e a tua alma até o fim dos dias.
Salve a alma que se presa a concentrar-se num unico amor.
Salve-se o ser que se provir de solidão de onde nenhum amor possa penetrar.
Salva-me deste desespero que toma o meu corpo e faz-me dizer tantas inverdades.
Somente salva-me......

Ódio

Uma eternidade passou,
Desde que bradei aos céus o teu nome,
Dilacerado em tempestades e ciclones,
Nunca a tua voz ecoou,
Semeio a revolta e os turbilhões,
O caos e os tufões,
Nada em mim se preserva,
O que foi meu nunca será,
A minha vida já não se conserva,
Golpeio e lincho as emoções,
Salpica sangue das minhas sacrificações.

Uma eternidade passou,
Desde que clamei aos ventos o teu perfume,
As tuas fragrâncias nunca estiveram em mim,
Lacrimejei e gritei no tormento que se instalou,
Promovo genocídios e frustrações,
A demência das dilacerações,
Não me sinto em vivência,
O que nunca foi meu nunca o será,
Ânseio a destruição da minha essência,
Abafo e mortífico as minhas sensações,
Esguicha sangue das minhas sacrificações.

Tormentos que chegaram,
E para sempre ficaram.

Aflições que corroem,
E para sempre me destroem.

Suicídio que finda o meu suplício,
Derrama o sangue do meu sacrifício.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Som Do Silêncio

O silêncio tem sons que amedrontam
E encantam, vidas subterrâneas,
Mistérios que só a alma alcança…
Deuses bailando entre verdes ramas

Silêncio, escuto a terra a gemer,
Chorando em sons melancólicos
Comprindo a sua rotatividade em prantos,
Ainda gira, vibra nos seus sons bucólicos.

Escuto os sons que o silêncio embeleza,
A música da natureza, queda da cachoeira.
Pássaros nocturnos entoando um canto de amor
Para o dia nascer na sua formosura altaneira,

Silêncio… ouço os anjos com as suas harpas,
Astros e estrelas viajando alucinadamente,
Dança majestosa do trigo balançando ao vento…
É a terra, é a vida jorrando vertiginosamente.

"O silêncio tem sons que só Deus entende!"

Tentei...

Hoje tentei apagar-te da minha vida…
Tentei esquecer o teu nome,
Tentei fingir que não te sabia…
Tentei com todas as forças
Pensar apenas naquilo que tenho por perto
E certo…

Tentei… hoje…
Tentei não saber a cor dos teus olhos,
Tentei tirar da mente
A tua voz que tanto amo…
Tentei tirar-te da minha vida…

Tentei… juro que tentei…
Mas quanto mais tentava,
Também mais sofria…
Não sei viver sem te ter,
Não sei parar de te querer…

Tentei pensar que é impossível
O nosso amor,
Mas… será mesmo?

Hoje, tentei perder a esperança,
Tentei convencer-me que nunca te terei…
Mas não consigo caminhar sem esta esperança…
Novamente cai ao chão…
Tentei… mas não convenci o meu coração!

domingo, 12 de julho de 2009

Juramento

Hei-de esquecer-te, eu juro, isto é possível!
Digo e repito a ti meu juramento.
Hei-de banir do peito o sentimento
Hei-de esquecer o teu cheiro e o teu carinho,
Hei-de vencer um dia este abandono,
Hei-de dormir o mais profundo sono
Quando apagar a tua sombra do meu caminho.

Jurando por-te lá no esquecimento,
Vou-me livrando deste sentimento
Nestes atalhos longos que percorro,
Hei-de esquecer-te, sim!...Será possível!
Pois tu não podes ser tão invencível!
Mas, por enquanto, vem a mim... Socorro!

Viver

Qual compromisso?
Será que isso
Só, justifica
O ter vivido?
Não quero! Não!
Quero simplesmente
Ver o presente
Com o coração,
Até que o sonho
De um mundo estranho
Termine pois,
A sensação
De ser feliz,
Pelo que quiz,
Pela ambição
De... enfim os dois,
Hoje... e depois...
Viver o Outono
Num belo sonho,
E a Primavera
Numa quimera,
Viver a vida
Como quisera.
Viver... Viver...
Ter-te... e bem querer,
Querer-te e amar-te.
Tudo o que seja
Amor... eu dar-te-ei,
Meu pensamento,
Meu coração,
Todo o desejo,
Toda a emoção
De ter vivido,
Ainda que seja
Por um momento,
Que valha bem
Intensamente
Toda uma vida...
Que só por isso
Valeu nascer!
Ainda que fosse
Só para te ver...

Esquece

E se um dia achares que podes voltar atrás.
Esquece
Não é para todos o lema nipónico “mais vale voltar atrás que perder-se no caminho”
Para ti, que te perdeste muito antes disso, resta-te seguir por outro. Paralelo.

E se um dia te lembrares de que cor são os meus olhos, fecha os teus.
Vais ver que a imagem desaparece e o lago profundo das lágrimas que já chorei dará lugar ao sol que agora me aquece e me afaga.
Na tua vez.
Em vez de ti.
Apagando-te a sombra.
É isso.
Está apagada a tua sombra.
Em dias de sol.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Beleza Rara

Beleza rara que aos meus olhos encanta,
e o meu coração chora
por pensar que nunca mais te verá
desejando ser, o que nunca foi
um simples seguidor dos meus olhos...
Que os meus olhos me guiem onde o meu coração teme ir
Faça descobrir esses novos mundos,
Que outros ousaram ir,
Descobridor quero ser, pelos mares do teu coração
Ventos e tempestades irei ultrapassar para no centro ficar
Jamais serei esquecido, e eternamente serei chamado por conquistador
Quando apenas quis conquistar a tua atenção
Depois de ver teu coração, percebi a essência da vida...
E que muitos nunca chegam a vê-la...
Pois perdem-se nos mares da vista, e tempestades semeiam
Por um amor que dizem ter, mas que não sentem...
Amor não sinto por ti, apenas uma adoração
Que vai crescendo ao longo dos dias...
Por ti a quem chamei de beleza rara!

Vale a Pena Pensar

Um dia, meio sem querer, encontrei este texto na internet, que hoje adapto aqui:

Um dia tu vais estar sozinha, vais fechar os olhos e tudo estará negro.
Os numeros da tua agenda passarão claramente a tua frente, e tu, não terás nenhum para marcar. A tua boca vai tentar chamar alguém, mas não existe ninguém solidario, o bastante, para sair a correr para te dar um abraço, ou para te colocar no colo e acariciar os teus cabelos até que o mundo pare de girar.
Nessa fracção de segundo, quando os teus pés se perderem do chão, vais lembrar-te da minha ternura e do meu sorriso infantil. Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação contigo.
Nesse momento só vão existir algumas músicas a passar no rádio, essas serão apenas as nossas músicas, e num novo momento vais sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vais torçer-te bem forte para ter o nosso mundinho delicioso de novo...
O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto e te falava.
E quando finalmente marcares o meu número, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até eu não queira mais atender-te.
E se bateres na minha porta, ela estara muito fechada, se aberta, mostrará uma casa vazia.
Os teus olhos ensinar-te-ão o que são lágrimas, aquelas que eu disse que ardiam tanto.
O nome do enjôo que vais sentir é arrependimento, e a falta de fome que virá, chama-se tristeza.
Então quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te aconteçer e ninguém te olhar com os meus olhos encantados... Tu encontrarás a famosa solidão.
A partir de aí o que acontecerá chama-se surpresa, e provavelmente o remédio para todas estas sensações acima...



...É o tal tempo em que tu tanto falavas.

Mais Um Louco Infeliz

A vida não é fácil, pra quem não sabe ser feliz
Este é o filme que eu já vi
E o castelo de areia, que eu construí não está mais aqui
As palavras que se perderam no tempo

As flores já caíram
E continuo aqui nos mesmos passos
Como um palhaço sem espetáculo

A memória de uma criança
E o coração de um velho sem esperança
Com manias de um louco tentando desvendar os segredos do espaço
Insisto e fico rouco

Um ladrão sem cúmplice
Ele está atirado no chão
O tempo vai passar
E ele vai ser mais um que ninguém lembrará.

A DOR DE UM CORAÇÃO!!!

Talvez hoje eu nada sei...
Nas cruzadas por onde andei...
Já não sei o que plantei...
Se amores tão presentes...
Ou amantes tão distantes...

Hoje choro pelo tempo que passou...
Hoje choro por tudo que não vivi...
De nada me arrependo...
Dos sonhos que criei... Que sonhei...
Que planejei e que também vivi..

A dor de um coração...
Viajo em meu mundo tentando entender...
As razões deste abandono...
Coração sagrando...
Olhos lacrimejando...
É assim que hoje vivo...
Com esta dor que não quer passar...

Hoje talvez mais uma vez...
Decepcionado magoado...
Vou tentando sobreviver...
Tentando entender onde errei...
Ou realmente nasci só para amar...
E nunca ser amado como queria ser...
Tome cuidado não se apaixone...
Apenas ame e viva o amor...
Pelo tempo que durar...

Passado

Fujo de mim!...Procuro esquecer o que fomos!
O que vivemos!...O que na alma se esvai!
Olhares perdidos!...Sorrisos tristonhos...
Um sonho que em lágrimas se desfaz!

Os fantasmas perseguem-me a mim, a razão,
E na noite gritam o teu nome!
Mas quem ouve seus gritos?!... A solidão?!
Essa dor que deveras me consome?!

Do que fomos, quase nada restou!
Só as mágoas de um riso angustiado,
Nas lembranças o tempo deixou!

Ainda vejo a imagem sombria do seu rosto!
Tão nítida!...Ela tem-me assombrado...
Como a tênue linha de um esboço!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Lágrimas de um perdedor

Chorei quando a dor de te perder me torturou,
Quando soube que nunca me amaste...
E quando a saudade sem piedade,
Veio visitar-me com intensa maldade.

Chorei quando percebi o fim,
Ao saber que não gostas de mim.
Chorei de tristeza mil dias,
Ao perceber que vivi em fantasias.

Chorei quando o dia se fez noite,
Quando o cruel e intenso açoite,
Marcou minha alma sofrida,
Nas cicatrizes da vida.

Choro na ilusão de um sentimento,
Com a convivência do sofrimento,
Enquanto todos dizem...
Que minha vida é bela, que sou feliz!

Talvez Não Queira Despertar

Apago as lâmpadas... E saio.
Na lentidão do tempo, parto...
Ao meu lado, logo percebo a
A inseparável amiga, solidão!

Não me é distinto o belo do feio
Nem o amor do ódio, nem mesmo
Sei se sinto dor... Tento deixar ao
Que chamo de amor, um adeus!

Ouço o despertar da madrugada...
O sol as gotas de orvalho, enxuga...
E de mim... As minhas lágrimas!

Nesse quê de profunda e triste angústia
Não se faz sentir no meu peito, o coração...
Talvez não queira despertar, talvez, não.

Desilusão

Desilusão,
Deixa-me só no meu mundo de solidão;
Deixa-me chorar e desabafar as minhas angustias;
Deixa-me com o meu sofrimento, desencanto e sonhos que me foram tomados por mórbidas sensações;
Deixa-me esquivar o meu rosto, para que não me interrogues com desprezo;
Se por mim não tiveres amor... Não desejo a tua pena.
Deixa-me afogar no meu cálice de desilusão, e sentir o amargo gosto do meu sofrer;
Que degusto desejando que seja veneno, que seja... Minha morte...
Que seja a cura do meu sofrer.

INUTILMENTE CAMINHO...

Caminho,
Mas bem sei que os meus passos,
Não vão dar a parte alguma.
Falo...
E as minhas palavras,
Parecem-me horrívelmente ocas,
Pois só podem escutá-las,
Bem sei, ouvidos de carne,
E não as almas vivas,
Altas demais,
E por demais longínguas...

Até as idéias se furtam,
Custa-me pensar.
As palavras...
Às vezes escapam e não querem
Mais servir.
Balbucio, atrapalho-me, enrubeço,
E sou ridículo.
Tenho vergonha, os outros vão perceber.

Será que estou a ficar louco?
Ou será que é o que assim queres?
Mas não seria nada,
Se não estivesse só.
Estou só...
Arrastaste-me para longe,
Confiei, eu segui-te,
Mas por poucos momentos,
Caminhaste ao meu lado.
E eis, que em pleno deserto,
Em plena noite,
Bruscamente desapareces...
E, INUTILMENTE CAMINHO !

O amor passou por mim a voar...

O amor passou por mim a voar...
Passou, deixou o seu rasto de saudade
Saudade de rir? Saudade de amar?
Saudade! Quantas lágrimas fazes brotar!

O amor, o nosso amor, vendado...
Mais um pouco de sonho e era mar
Um mar, um presente sem passado
Que mesmo com pouco me faz sonhar

E ele passou impiedoso, o nosso amor
Agora falece-me, já não o vejo...
E com um pouco mais de cor
Tinha passado de um mero desejo...

Mas um pouco mais, um pouco!
Nunca irá mudar o que senti
Aquele impulso, aquele amor louco
Que um dia sonhei para ti!

Teu amor... Um sonho.

Deitado ao canto, em soluços,
Num único pranto, há seda rasgada.
Em volta de num corpo morto

Sob tortura pelo próprio coração.
Que com suas batidas
Tem o chicote na mão

O vermelho carmesim,
É a cor das marcas que fere sem matar
É o vermelho do sangue que escorre por amar

Deitado num canto
Para meu espanto e consolo
Acolhes-me nos teus braços,
No aconchego dos teus abraços

É quando suado acordo
E noto que meu sonho armou um laço...
Pobre de mim na tua vida não tenho espaço
Abro os olhos e não estou nos teus braços
Continuo deitado num canto dividido em pedaços.
Tudo o que está perto parece distante
disse-o alguém
em dia de negação
(talvez por uma realidade mentida...).
Também eu
creio na distância
daquilo que nunca tive,
do que,
negando-se
passou a meu lado
sem o poder possuir
num infinitamente grande
de dor amorosa
confiadamente,
inteiramente.

Que importava depois
que o Sol se escondesse?
que importava depois
que o rio secasse?
que importava que as minhas noites
fossem anos
se isso ia cortar
toda a minha sede?

Lose Control

A vida traiu-me mais uma vez.

Aceito que há coisas que nunca mudarão…

Perdi-me nos meus sonhos sem tempo
Dignifiquei a minha agonia
E fiquei sem sentido para viver
Sobrou-me apenas o vazio
Que jamais conseguirei ver…
Porta atrás de porta penetrando em mim
E assim fiquei perdido em mundos sobre mundos…

Eu perdi o controlo!
Porta atrás de porta
Constantemente tentando abrir a porta certa
Tentando em vão achar as repostas
Para perguntas que nunca se fizeram…

Aceito que há coisas que nunca mudarão…

A busca por mim é vaga e já sem sentido
Chamo por mim e ninguém responde…
Chamo por mim e apenas a morte me escuta
Abre-se a porta e logo surgem milhares de caminhos
Por onde seguir, a pergunta entrepõem-se…

Estou perdido e a loucura envolve-me
As sombras chamam por mim e eu sei que é hora de ir…
Perdi o controlo!
"UNKNOWN"

Invade-me!

Invade-me!
Crava-me no peito
estandarte de Amor!

Faz-me Teu,
por direito de conquista!

Se me aprisionares, melhor!

Despojado de armadura,
desnudado de Palavras!

Visto em mim, um poema onde gravas,
as marcas do Teu Desejo!

Corpo meu tomado...
Mar que vem e volta em mim!

Inebriado,
por cada beijo salgado,
que faz arder a Paixão,

no ventre, fica o sal despido,
descoberto pela maré ausente,
depositado por um frémito ardente,

que plantaste em mim!

Invade-me,
sem clemência ou perdão!

Não me visto de rendição...
o Amor toma-se a si mesmo por valente,
afinal, sou eu que Te tenho na palma da mão!

...Nas Palavras que nascem,
dum Poema que visto de Nós,
eu sou o prisioneiro que Te conquista,

letra a letra,
Sentido a Sentido!

Invade-me
e eu de Poema vestido,

conquisto-Te para sempre!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

INDIFERENÇA

A insensibilidade se avizinha
O verso não aparece
Da rima já se esquece
Num sentimento de vazio
As palavras fogem
E sinto-me só e frio

Em vez de sonhos, gritos
Que ouço na noite vaga
Como eco que aos poucos se apaga
Falta-me o aconchego do teu beijo
O calor amigo do teu peito
Teu abraço que almejo

Nem a lua hoje se deu conta
Da minha tristeza, da minha solidão,
Escondeu-se nas nuvens
Para não me ver
Assim tão desolado
A mesma lua que me traz o brilho
Do teu sorriso encantado

Por isso, a escrita definha
Fica pobre, mesquinha
Os poucos versos desconexos
Que saem da minha pena
São fracos, coisa pequena
De rimas pobres, nada nobres
Perdi a fé, perdi a crença
Tudo pela tua indiferença

Partiste naquele mês de inverno

Partiste naquele mês de inverno.
Onde a chuva que caía,
Escondia as lágrimas, que pela
Minha face desciam,
Partiste sem olhar para trás
Deixando para lá um
Passado difícil de apagar,
Uma dor difícil de suportar.
Limitei-me a olhar
Enquanto caminhavas,
Como se fosse o meu fim
O ciclo que terminou ali
E no lugar do coração
Uma pedra mora agora
Em mim.

Retalhos de mim

Que retalhos trago na alma?
Com que pedaços
Eu me construí?
Quais foram os laços,
Os beijos, embaraços,
Que fizeram dos meus traços,
Um remendo tão mau?

Com que sobras emendei meu destino?
Onde encontrei esses trapos empoeirados?
Do linho desbotado;
Nos velhos panos descosturados;
Onde o tempo deixou seu rasto;
Um buraco imenso no espaço;
Um espaço imenso dentro de mim.

De quantas costuras sobrevive um coração?
Feito não de carne, mas sim de algodão?
Quantos pontos até que se firme o botão;
Que prende o segredo de um corpo em pedaços;
Que esconde da seda dos doces abraços;
A miséria da trama que causa repulsão;
O frágil amuleto da minha podridão.

Tristes são as rosas

O mar está calmo
E não balançou
Ficou seca a foz
Da flor que murchou
Nas lágrimas da vida
Os sonhos perdidos
São rosas doridas
De quem não sarou
Tristes são as rosas
Seu luar mudou
Rezam para o céu
A quem não voltou

A vida vai continuar...

A vida vai continuar...
Sem rumo... Sem existêcia...
A sede de ser feliz,
Esgotou... Evaporou-se...

Sou um ser errante...
Que vagueia, veleja, velejando...
Anseio um porto seguro...
Mas nao o encontro!

Vida que me marcou...
O sentimento perturbante...
Sentimento frio, arrogante!
Como foste capaz?

Só queria a atenção,
Só queria o sorriso,
Aquela carícia...
Esperei tanto!...

Esgotei a minha mente...
Congelei o meu coração!
Conseguis-te destruir-me...

Sou um alguém...
Já não sou ninguém...
Não sou eu...

Escrevo tristemente,
Esta historia desta vida...
Vida perdida, vida destruída!

Quando se perde alguem

Quando se perde Alguém
Vem a pergunta porquê?
Não havia mais Ninguém?
Será que Deus não vê?!!

Revolta que depois nos passa
Dando lugar à dor profunda
Que nos esmaga e amassa
E o Olhar triste nos inunda

Mais tarde vem doce Saudade
Memória de momentos Felizes
Trazendo de novo Felicidade

Igual à de quando éramos petizes!
Morte que és certa Fatalidade
Se vieres, peço que me avises!

Lua



Mais um dia que acaba e a cidade parece dormir
Da janela vejo a luz que bate no chão e penso em te possuir
Noite após noite ha ja muito tempo saio sem saber para onde vou
Chamam por ti na sombra das ruas mas só a lua sabe quem eu sou
Lua Lua
Eu quero ver o teu brilhar
Lua Lua Lua
Eu quero ver o teu sorrir
Leva-me contigo mostra-me onde estás
É que o pior castigo é viver assim sem luz nem paz
Sozinho com o peso do caminho que se fez para tráz
Lua
Eu quero ver o teu brilhar
Lua
Nua Lua
Homens d chapéu e cigarros compridos vagueiam pelas ruas com
olhares cheios de nada
Mulheres meio despidas enconstadas a parede fazem-me sinais que
finjo nao entender
Loucas são as noites
Que passo sem dormir
Loucas são as noites
Os bares estao fechados já não há onde beber
Este silêncio escuro nao me deixa adormecer
Loucas são as noites
Levam contigo mostra-me onde estás
É que o pior castigo é viver assim sem luz nem paz
Sozinho com o peso do caminho que se fez para tráz
Lua
Eu quero ver o teu brilhar
Lua
Nua Lua
Não há saudade sem regresso
Não há noites sem madrugada
Ouve-se ao longe as guitarras nas quais vou partir
Na neve construo a minha estrada
Loucas são as noites que passo sem dormir
Loucas são as noites
Loucas são as noites que passo sem dormir
Loucas são as noites

By Pedro Abrunhosa

É difícil viver assim...

A vida é feita de injustiças… Mais uma vez, mais uma lição, mais sofrimento…
É difícil viver assim… cada vez torna-se mais difícil levantar, erguer a cabeça, sorrir, lutar pelos sonhos. A irresponsabilidade de uns é o castigo de outros. É difícil levantar quando não temos culpa, quando o erro não é cometido por nós, quando as pessoas nem sequer pensam que os seus actos podem ter consequências graves na vida de outras pessoas…
É fácil viver assim… viver de forma indiferente, despreocupada, “com o rei na barriga”… é fácil ser “maduro” assim… passar por cima de tudo e de todos para conseguir alcançar um lugar melhor… ou simplesmente passar por passar… só por divertimento, só porque podem…
Posso não ser ninguém… posso ser imperfeito… posso ter mil e um defeitos… mas o que me sossega é que sou fiel a mim próprio, ajo de acordo com os meus princípios… e esse privilégio nem muita gente o tem…
É difícil viver assim… quando nos sugam as forças até ao limite, quando só exigem e pisam e criticam e pisam…
É difícil ter esperança… é difícil ver que tudo vai acabar bem…
Parece castigo… tudo acontece ao mesmo tempo… provação atrás de provação, problema atrás de problema…

Para ti, ó Deus… tenho uma pergunta para a qual gostava de ter resposta…
Não achas que já chega???

terça-feira, 7 de julho de 2009

Poderia ser nada... e isso bastaria

Quando te sinto nos meus braços, quando me enrosco em ti,
Quando te beijo com firmeza, quando te amo naquela cama,
Quando te olho, quando te espero, quando te toco, quando te busco,
Quando enlouqueço, quando penso, quando sonho contigo,
O meu corpo reage, a minha mente viaja para longe,
E sei que poderia ser nada... e isso bastaria.

Poderia ser amarelo, vermelho, azul ou verde,
Poderia ser um estranho e viver noutro planeta ou galáxia,
Poderia ser um simples animal, irracional, como um cão ou um gato,
Um leão ou um elefante, um rato, um lagarto ou uma doninha fedorenta,
Poderia ser uma simples partícula de ar que respiras, um átomo,
Ou um ácaro com o qual te deitas sem saberes,
Poderia até não existir sequer, que apaixonado como estou,
Te buscaria e te alcançaria, onde quer que estivesses,
Mesmo que não existisses na realidade,
Recorrendo a todos os meios possíveis

E se isso fosse impossível, de nada passaria a tudo,
E tentaria novamente, e daria continuação à minha incessante busca,
Porque te amo, porque quero sentir-te nos meus braços,
Porque és parte de mim.
Porque és tudo em mim.

Retalhos da vida

Pega nos retalhos das tuas horas,
Que em cantos da tua vida estão,
Pétalas de antigas flores irás encontrar,
Palavras que encantaram teu coração,
Amores que definiram a tua caminhada,
Pedras que fazem hoje,
Do teu coração uma morada.
Não fujas do passado,
Com a mesma velocidade com que ele passa,
Regista todos os teus momentos.
Não esqueças o passado,
Pois a dor maior de não tê-lo vivido,
É tê-lo vivido e em vão, tê-lo esquecido!
As dores são exemplos para vida,
As alegrias, flores plantadas no caminho,
Para que o perfume te leve onde estives-te.
Não chores um amor perdido,
Porque não era amor ,
Se uma pequena brisa o levou,
Do diário da tua vida que ficou.

Pega nos retalhos das tuas horas,
Mas não determines caminhos,
Para contigo levá-los,
Pois os encontrarás se o passado não esqueceres,
Em cada cantinho há traços do teu viver,
À lagrima, solidão, paixão,
Há nas curvas da tua existência,
Carinho, desprezo, compaixão.
Há a tua historia em retalhos enfim,
E cada um tem as suas veredas para trilhar,
As suas flores para plantar,
Para muitas vezes,
Espinhos colher e carinho espalhar!

"Vale a pena pensar nisto"

Amor

Poderoso como as ondas do mar
Imparcial quanto à triste Morte
No universo o mais poderoso archote
Na morte, o único pr’a superar

Um Arrepio! Dá para acreditar?
Tormento ao qual ninguém sabe ser forte
Fúria única que faz perder o norte
Imensidão difícil de cismar

Penetrante este afiado punhal
Delicado como uma linda rosa
Devastador tal como um furacão

Rendam-se agora ao poder da sua prosa
Acreditem neste poder vital
Que tão grande é sua vasta imensidão

Eu e mais Eu

…Se eu pensasse duas vezes antes de o fazer, não o teria feito, até porque ela nem me deu nunca a certeza de nada, e os sentimentos quando são verdadeiros, reais, não há dúvidas. Ando sempre neste vai-e-vem entre o desejar e o ter, como se a vida fosse um jogo, uma rotina diária, quase como lavar os dentes, para logo a seguir os voltar a lavar porque já se comeu um doce, ou se bebeu um café.

Hoje fui almoçar a um restaurante italiano. Escolhi massa. A massa foi escolha minha e ficou no prato. Só comi os cogumelos. Enquanto almoçava, pensava que a minha vida amorosa tem sido sempre assim, bem confortável, mesmo nas escolhas inúteis. Tenho uma pontaria para os fracassos como nunca me vi ter com mais nada. Acredito que tudo o que fazemos tem um objectivo, algo que teremos que aprender a ver o que nem sempre acontece e tudo nos passa ao lado. Estar alerta, conseguir permanecer num estado de vigília constante não é nada fácil e dou comigo a tomar decisões contrárias às ideias que me ocupam o pensamento. Ir directo ao pondo fulcral, ao remanescente, às origens do que sou é aquilo a que chamo de devaneios, loucuras incessantes que caminham em socalcos pedregosos e deixam um rasto de desilusão. Mas já consigo vislumbrar uma réstia de luz muito no lusco-fusco de uma vida de tantos erros.
Saiu daqui agora a Vânia, nem conseguiu olhar para mim quando lhe perguntei, com um sorriso aberto e sincero:
_Tudo bem ?
Ela responde sem me conseguir olhar nos olhos.
- Sim, a crise vai-se desvanecendo. Eu insisti e voltei a perguntar:
- E novidades, a vida, tudo igual?
Ela percebeu e continuou evasiva. Perguntou:
- Que se passa, de novo? Estás diferente.
Eu respondo
- Nada! Sou só eu e mais eu...

De frente para o mar, de costas para o sol que surge lentamente, vejo com alguma nitidez, as cores que conduzem o meu olhar ao longo da praia. Não pensar, não querer saber e aproveitar o que os dias me dão. Este é um dia para mim, sem querer saber de nada nem de ninguém. Cometemos um erro prontificando-nos para nos dar às pessoas e nos esquecemos de nós por aí...Há quem se aproveite de tudo o que temos e que lhes faz falta, e quando damos por isso, estamos envoltos em tempestades lamacentas que atrofiam os nossos passos, inundam tudo à sua passagem e desenvolvem certas calamidades, com o simples intuito de apagar o brilho e a luz que as ofusca. Sugam-nos até aos ossos e quando estão saciadas, deixam-nos num estado miserável sem forças para nada. As energias demoram algum tempo a repor, o nosso corpo fica debilitado, e o nosso estado emocional altera-se num registo denso, que só nos trará situações desagradáveis.

Não esperes que continue a dar-me como até aqui, porque decidi que não o farei, sem antes velar por mim. Sou a pessoa mas importante antes de todas as outras, embora todas sejamos importantes. Não te viro as costas se precisares de mim, mas não esperes muito porque eu ando em busca de algo muito maior e ninguém pode dar o que não tem. Aqui neste imenso areal despojo-me da aridez de certas palavras e lanço-as na fluidez das areias finas, ficando a observar de perto a sua desenvoltura. Os minúsculos grãos abrem-se deixando entrar o ar, a água, o calor do sol, os elementos da natureza em comunhão com o ser - o quinto elemento aguarda pelo resplandecer das maravilhas do novo mundo, aquele que está submerso palmilhando os pensamentos...

"texto adaptado de um texto de autoria de Dolores"

A passar o meu tempo a amar-te...

Nestes lençóis que ainda ontem aquecias...
Hoje frios de ausência...
Sentir-te mais do que sobriamente colada a mim.
Sentir o teu perfume, o teu calor, o teu sorriso a desvendar-me um beijo.
Afagas-me o cabelo e pedes-me para me colar a ti.
Beijar-te o corpo e iluminar-te a alma com os mais potênciais
sentimentos de amor.
Simplesmente te toco, sinto, e magicamente saímos do nosso ninho para
onde a magia acontece.
Percorres os meus sentimentos suavemente com a palma do teu coração.
Emociono-me com os teus olhos.
Choro com o teu sorriso.
E vibro com o teu olhar...
Queria-te aqui...hoje...agora...neste momento...
Para continuar...
A passar o meu tempo a amar-te...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Choro porque um dia te AMEI

Choro no silêncio do meu quarto e sinto as lágrimas correr pela minha face até chegarem aos meus lábios, onde sinto toda a sua amargura.
Choro, só os terrores que habitam dentro de mim, é que ouvem os meus soluços desesperados.
Penso em ti, no teu sorriso, no teu olhar, e as lágrimas mais uma vez correm pelo meu rosto.
Não são os meus olhos que choram, mas sim o meu coração, ferido, esquartejado pela realidade da vida, por te perder e nunca mais poder dizer-te eu amo-te.
Choro porque não posso, mas quero estar contigo.
Choro por que um dia te AMEI.

Choro triste no silêncio da escuridão

Choro triste no silêncio da escuridão
Preciso no duplo sentido
Preciso de ti no momento preciso
Por não estares aqui
A minha alma chora
Meu coração bate por ti
Mas a tua alma ignora
E piora quando esta imensa tristeza me devora
Este amargo destino
Da minha alma abusa
O tempo passa não pára
E o nosso olhar nao se cruza
O coração sempre em colisão com a razão
Problemas e dilemas mentais e sentimentais
So desejo silêncio
Paz de espirito quando penso
E que pare esta raiva que por cima de mim paira
Para seguir o meu fado sem o coração ocupado
Por tristeza acumulada da vida passada
Tempero a minha vontade
Para esquecer a triste realidade.

sem teu amor é como morrer

Tenho os olhos rasos de água
Por a vida me tratar assim tão mal
E nas entranhas a dor que sinto é brutal...
E o coração, rasga-o a mágoa!
Este meu amor vai-me matando lentamente
Por causa dos erros que vou cometendo
E mesmo que, com eles, tenha vindo a aprender
o amor será amor, eternamente!

Pois a ajudar toda esta loucura
E a aumentar toda a minha amargura
As coincidências fazem-se impor.
Se tive muito, uma vida desejada
Agora já não tenho nada...
Só me resta o teu amor!!!
E é o teu amor que me traz energia
Para enfrentar toda esta escuridão;
Porque se caio, logo tenho tua mão
Levantando-me de novo para a alegria!!!

São as provas duras do destino
Que testa toda a nossa determinação;
Que nos faz lutar, por vezes em vão
E outras, chorar como um menino.

Como num círculo vicioso, volto a dizer
Minha esperança não há-de morrer
Hei-de continuar sempre a lutar!
Porque sem teu amor não sei viver
Sem ele, é como morrer
Lentamente deixar de respirar!!!

Porque:
Sem ti, sinto-me a morrer aos poucos.

Porque choro?

Não sou fraco não! Só porque choro
São ordens do coração, não ignoro
E nada posso fazer, mas imploro
Não sofras para eu não sofrer, senão eu choro

Meus olhos que bem te querem, estão ligados
Ao coração por finos fios de muito amor
Que rompem em lágrimas, mudas, olhos calados
Que choram teus lamentos, teus penares e minha dor

Ainda choro!

Seá que mereço o meu proprio lagrimar?
Lembro-me de ti, do teu rosto, que quero tocar...
De um amor quase perfeito.
Daquela tarde que te disse adeus, não porque quis, mas porque mo pediste.
E fui embora, na mala levava um pouco de esperança e dor, no coração lembranças e magoa.
Chorei, quando fiz amor contigo pela primeira vez, porque tudo foi tão perfeito, o susurro da tua voz no meu ouvido, aquele conjunto de palavras "amo-te".
Foi preciso tão pouco para ser feliz, foi-me preciso apenas tu e mais ninguem.
Chorei, quando descobri que a verdade não passava de uma mentira criada no teatro da tua mente, construida com os teus actos, dita por falsas mas belas frases.

E eu tão novo, ingenuo, humilde, o mundo se vestia de cor de rosa para mim, mas foi pelo brilho de uma cor vulgar que eu me apaixonei, a cor dos teus olhos castanhos cintilantes, o moreno da tua pele, o preto dos teus cabelos, e o branco do teu sorriso, essas foram as cores do meu arco iris.

Tu, Vânia,que em tempo fazias-me chorar de felicidade, fazes-me chorar de tristeza hoje.
Não te tenho mais, nunca te tive talvez mas enquanto durou foi lindo, foi uma fusão de sentimentos que não podia controlar, nunca sentirei jamais algo assim.

Dizias que me adoravas, mas será que eu soube te satisfazer todos os teus desejos e saciei a tua fome de amor?.
E por isso chorei por tanto te amar, as vezes não acreditava que uma mulher como tu se pudesse apaixonar por alguem com tantas incertezas, com a única certeza sendo tu, mas foi a minha pureza, a minha docura que te conquistou, e foi contigo que me fiz Homem, com o suco do teu amor provei a formula magica e eterna da paixao.

Naquela noite, o meu choro nao foi pela mesma razao, mas mesmo assim tu foste sempre o meu arco iris, mas incompleto...Porque nele existe apenas as cores que eu quero, o castanho dos teus olhos, o preto dos teus abelos, o branco do teu sorriso, e o vermelho, das lagrimas de sangue que me escorrem do peito.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

MOMENTO VAZIO

À proporção que as horas avançam,
Divago sem qualquer iniciativa...
Os momentos inactivos já me cansam,
Até reclamo da vida!

O que fazer neste novo amanhecer?...
Se tudo já foi feito anteriormente,
A ausência de actividade também é padecer,
Para uma mente indolente!

Frente ao monitor procuro solução,
Até compor um poema com comoção,
À espera do anoitecer!

E o pior é a falta de inspiração,
Activando nova ou antiga emoção,
Que não se pronuncia neste entardecer!

Não sou teu livro...

Não sou teu livro...
Apenas um capítulo na tua vida!
Mais um ser magoado por te amar...
Efémero como o vidro!
Nenhuma das minhas páginas foi lida -
Não me pude lamentar
Daquele momento tão sofrido!
Daquele momento tão vivido!

Desespero

Não me neguem os teus olhos este chorar
Pois se de mágoa fosse só meu coração
Eu não precisaria então que me visses recusar
A alegria de esquecer a tua mão

Meu desespero é mais do que só triste
É fingir que ainda existo para sofrer
É lavar muitas vezes o que em mim viste
E ter de esperar para morrer

CORAÇÃO ÉBRIO



Um bêbado caído
Um trôpego desmedido
Um caminho proibido
Num tempo esvaído
Um choro contido
Num peito doído
E um sonho perdido...

Seria assim punido
Tal homem querido
Por seu coração decidido
Carregar um amor bandido?
Sendo isso desconhecido
Responda algo amigo...

A Dor de Viver

Dói, dói... dói até na alma...
Sinto muita dor, não a suporto mais, isto não é vida!
Porque o conhecimento causa-me tanta angústia?
Se tenho o conhecimento, como não posso conhecer o motivo da dor?
Bom, se nem conheço o Amor, não poderei sentir dor.
Mas se não tenho dor... o que será então?
Desejos e mais desejos consomem-me a cabeça.
E nessa loucura vertiginosa... fico totalmente no espaço.
Minha dor é a minha paixão, minha paixão é a minha dor.
Sofro, sofro...
Sofro porque conheço apenas o Amor unilateral, dor maior que esta, nunca vi.
Ah! Deuses do céu! Como estou cansado de tudo isso!!!
O que tenho de especial?
Porque ninguém espiritualiza o tão famoso e contemplado Amor?
Que loucura!!!
Vivo nas trevas, o que em parte é bom, o mau é que estou só, solitário, hibernando no nada, lutando contra as minhas idéias e pensamentos carnais...
Vivo deste modo, pois busco algo que as pessoas têm o costume de esquecer, vai além do material, além da compreensão.
É muito difícil encontrar um valor espiritual no mundo moderno, e eu, mero viajante do tempo, fico totalmente desorientado, com uma vertigem infernal.
E agora, como nada mudou, principalmente a minha situação, tenho que fazer algo, mas... o que fazer?
Vou curar a dor das almas dos outros, e a minha, bom, fica para depois.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Amor Perdido

Olho o horizonte
E recuso
Deixar-te entrar
No meu pensamento...
Oiço o mar
E recuso
Que me fales ao coração...
Recuso ouvir-te
Recuso sentir-te
Quero curar esta frida
Que provoca tanto ardor
Que me faz recusar
Todo este amor...
Este amor
Esta paixão...
Que não passou de um sonho
De uma ilusão...
De mais uma desilusão...

Porque me roubas-te a alma?

adaptação de um poema de "TALIA"

DEVOLVE-ME A MIM MESMO

Agora que estou sem ti
Pegua tudo que te dei até hoje
E guarda como lembrança deste amor
Fotografias
Cartas de amor
Presentes
Tudo isso fará que te lembres de mim
Lembrar do quanto foste feliz
A única coisa que te peço
É que me devolvas a mim mesmo
Que me libertes para que eu possa ter paz
Para que eu possa seguir em frente
Desejo, de coração, que sejas feliz
Somente quero que me devolvas a mim mesmo
Meu coração está cansado de sofrer
Quero voltar a ser quem eu era antes
Quero recuperar a minha alegria
E isso só depende de ti
Para isso acontecer
Peço-te somente
Devolve-me a mim mesmo
O mais rápido possível.

ENTRE O AMOR E O ADEUS

Já nada têm beleza...,
Eleva-se acima de tudo, este meu lamento!
...Apenas tenho uma certeza,
Que me morre a Alma, dum modo lento!
...Tomba tombada em fraqueza,
Vestida de pranto e de sofrimento,
Perdeu nos Labirintos a nobreza,
Perdeu nas esquinas da Vida, o alento!!
...Caem sonhos, sem estranheza
E o amor é levado num sopro de Vento,...
Fica a Alma sem certeza,
De voltar a escrever sentimento!!
...E diz a Lua com toda a frieza,
Adeus amor, estou em desalento,
Parto, de braço dado com a Tristeza,
Voltarei quando o Sol, não mais for cinzento!!

O MEU ADEUS

Há dias ando triste,
Decepcionado com minha vida e contigo...
Estou quase sem sentimento.
Hoje, só existe um vazio no meu peito...
Tu a cada dia vens me decepcionando...
Teus poemas que eram para mim,
Hoje são para outro...

Hoje, fico muito triste, sofro , e como sofro,
A lembrar-me dos Teus versos de amor,
Que me fazias e me levavam ao nosso amar...

Talvez seja meu destino, o sofrer...
Talvez seja a minha sina...
Tudo que eu amo, toco,
Ou gosto ...
Desaparece...
Desaparece,
Ou apodrece...
Nada floresce...
O amor vira desamor,
Só há mágoa e a desilusão...
Um eterno sofrer...

Estou quase sem ilusão,
Só na desilusão...
Pois enganaste-me
E maltratas-te de novo o meu coração,
Fizeste-me de bobo da corte...
Usaste-me para satisfazer teus desejos
E caprichos...

Estou quase sem paciência,
Com tudo e todos...
Pois as mágoas tuas
Invadem meu ser...
Estou quase sem esperança
Pois nunca realmente me amaste...
Vejo agora que nunca fui nada para Ti...

Estou cansado...
Deprimido e irado ...
Cansei da vida!
Sempre esperando algo mais de ti...
Acho que cansei da minha vida e de ti ...

Hoje vivo num mundo sem cor
E sem vida ...
Sem valor...
Um labirinto de decepção, amarguras
E sem amor...
Vivo na dura mercê de te amar
E tu nem para mim olhas...

Acho que para ti não passei de uma brincadeira
Ou um burro...
Algo descartável...
Sei que em cada poema meu, tentei passar
O que eu queria, sentia
E nunca deste valor...
Por isto darei um tempo no meu compor...
Pois acho que poemas de amor para ti ,
Não sairão mais do meu coração....

Este meu coração está de luto...
Está muito magoado...
Triste e solitário...
E o solo do amor que era fértil
Hoje não passa de um deserto sêco e árido...

Por isto :
Vou entrar no meu casulo
E afastar-me de tudo e de todos ...
Recolher-me-ei ao meu canto ,
Vou tentar amar-me, antes de qualquer coisa,
Pois vejo que em te amar,
Deixei de me amar...

Hoje olho-me no espelho do meu corredor
E vejo uma imagem de um zumbi...
Aquele homem que era belo e um atleta,
Deu lugar esta coisa que vagueia
E vegeta no dia a dia...

Desleixado...
Deprimido...
Sem brilho ...
Sem valor....
Sem nada mesmo,
Só um flagelo que foi enganado pelas armadilhas do amor...

Talvez este amor,
De sonhar,
De se realizar,
De se apaixonar,
De se iludir...
Somente serviu para magoar-me...
Porque sempre termino apaixonando-me ...
Por quem não me merece
Ou nem me liga ..
Estou cansado....
Cansei de amar-te...
Cansei de viver assim.
Vou procurar viver para mim
Talvez viver um narcisismo ...
Porque na minha vida só tenho dissabores contigo...
Planto amor e colho desprezo
E desamor ao meu viver...

Vou-me isolar ....
Vou-me afastar de tudo e todos...
Tenho que aprender a amar-,e depois quem sabe,
Um dia, queira voltar a amar...

Quando um dia te encontrei ..
Achei que tinha encontrado o amor...
Olhei nos teus olhos e encantei-me.
Apaixonei-me ...
Gostei muito do que vi,
Do teu exterior, e, do teu interior,
As coisas que procurava pensei que tinha encontrado...
Que decepção foi só uma miragem...
Um conto de fadas que hoje na realidade dura
E crua não passa de um filme de terror...

Por isto paro hoje de viver ....
Viver para quem ...
Para ti nunca mais...
Nenhum poema de amor sairá mais de mim...
É melhor eu afastar-me de todos...
Pois assim como estou para nada sirvo ...
E para ninguém vou prestar....

Por isso para meu pesar,
Deste amor que nunca morreu.
Morro eu para parar,
De amar quem me esqueçeu.