domingo, 29 de novembro de 2009

Desejo

Meu Nome... Desejo.
Sou como um diamante
Quase sem nenhuma lapidação
Transformo-me num corpo
Arduo de desejos incontidos
O meu peito rígido roça
Sobre teus peitos...

Minhas mãos acariciam o teu corpo
Percorrendo com volupia e
Vigor o teu sexo, e sinto-me
Invadida por estranhos espasmos
E uma grande euforia...

Meu desejo é tamanho,
Que passo a lamber o teu corpo
Sem o menor pudor...

Pela janela entra uma brisa
Fria, que me leva a ter
Grandes espasmos, numa
Euforia desenfreada...

Sinto enfim o gozo no
Meu ser...é quando acalmam
Um pouco os meus loucos desejos...

Sinto-me totalmente saciado, e
Nestes momentos sinto-me
Como um animal..totalmente
Alimentado!!!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Lágrima

Quando eu choro
Choro pelo desgosto que tenho
Choro por todas as vezes que já chorei
E choro por todas aquelas em que nem sequer pude chorar

Quando eu choro
Choro por todos aqueles que já perdi
Todas as feridas reabrem
Sangram ...
E o choro silencioso escorre em cascata
Lágrima a lágrima
Lembrando tudo o que eu perdi
Tudo o que eu não tenho
E tudo o que eu não sou

Quando eu choro
Há um gemido silencioso
Estrangulado à nascença
O corpo mantêm-se imóvel, rígido, inerte, morto
Face estática de olhar parado e fixo

Quando eu choro
Há estilhaços por toda a parte
Laminas que me esfarrapam por dentro
Cortes que me matam devagar
Dor, prolongada agonia

Ah quando eu choro
Sangram-me as veias
Enrigessem-me os ossos
Contraio os espasmos, a dor
E tudo por dentro se contorce
Se desfaz ...
A cabeça roda numa dor latente, aguda e voraz
À velocidade da luz passam imagens
De tudo... mas mesmo de tudo!
Tudo aquilo que um dia me magoou
Ferindo-me novamente
Com uma intensidade imensa
Igual ou mesmo superior
Acutilante...

Quando eu choro acumulo as águas de todos os rios
Que transbordam levando tudo o que sou
Para parte nenhuma
Sem destino algum
Deixo-me arrastar pela tormenta
Num vórtice de escombros
Pedaços de vida
Amor, ódio, fúria, desalento
Sentimentos contraditórios

Quando eu choro
Choro também por tudo aquilo que ainda vou chorar
Por tudo aquilo que sei que vou perder
E choro até o choro dos outros

Quando eu choro...
Chove sempre torrencialmente nalgum lugar
E quando a chuva bate na minha janela
Sei que posso parar de chorar
Pois ela chora no meu lugar
Colo a face ao vidro e junto minhas lágrimas às dela
Cadenciada, tilinta devagar
Exausto cedo-lhe o meu lugar
E vejo as minhas lágrimas no seu olhar
Fica um vazio imenso
Um silêncio

Quando eu choro
Choro todas as lágrimas que nunca chorei
Sinto a dor como nunca a senti
E morro, devagar ausente
Numa expressão
Num olhar

Quando eu choro
Choro porque já não há lugar para mais lágrimas cá dentro
E a água sai devagar
Como se extravasasse somente

As dores vão-se acumulando com os anos...
As lágrimas também!

domingo, 15 de novembro de 2009

Adeus...

Adeus dirá hoje talvez, minha alma...

Adeus?
Diria eu hoje um adeus e partiria?
Ou diria um até breve e sorriria?
Hoje a palavra adeus sorriu-me
E traduziu no sorriso a falsa alegria

Adeus dirá hoje talvez, minh'alma...
Aos sonhos
As dores
Aos desamores
As dúvidas
A solidão
As tempestades
As indecisões

Adeus aos sonhos que morreram
Adeus às dores que no peito se fez
Adeus ao desamor que no peito morou
Adeus as duvidas de que guardei

Hoje digo adeus à vida injusta
Ao tempo perdido e enganoso
E ergo-me para a vida a sorrir
Indo ao encontro do meu destino

Hoje o adeus está em mim, morto...
Quero agora viver ser outro...
E da vida construir um mundo melhor
Quero olhar para dentro de mim com amor
E encontrar novamente as minhas forças

Adeus eu digo hoje a todas as dores
E procuro na chuva, no mar a calma
E sepulto nas águas as palavras de amor
Deixarei que as ondas as levem, afoguem
E libertarei minh'alma para viver outro amor

Procurarei o perdido como um tesouro
Cavarei na areia do meu peito choroso
Profundamente arrancarei a solidão
E deixarei apenas um mar emoções

Banharei a alma nas lágrimas silenciosas
Que por meus olhos verterei no silencio
E agarrarei cegamente o vento
Para pedir paz no silêncio da minha morte
Coração cansado, deixarei adormecido o choro

Como Posso Dizer-te Adeus????

Sinto-me tomado pela angústia
Por uma dor que me corroi a alma…
Como dizer adeus se contigo desenhei o meu mundo;
Como poderei dizer adeus ao sol, ao ar, a lua,
Se tu me és tudo isto…
Como dizer-te adeus, se tu foste água
Que saciou minha sede,
Se tu foste o núcleo
Da minha existência?…
A ti entreguei-me,
Por ti cometi erros
Por ti escrevi com os meus acertos
Um livro de encanto e de amor,
Se, fostes na minha vida
O meu espetáculo maior,
Agora vens e preparas-te
Para fechar as cortinas da minha vida…
Porque foges de mim?,
Como a areia entre os meus dedos -
Se sempre fui para ti
A comporta dos teus erros?…
Porque me lanças neste turbilhão de dores -
Se para ti sempre fui a cura das tuas feridas?
Pois foges de mim enquanto o mundo sorri
E espera tanto de nós…
Porque pedes o impossível -
Quando para ti é tão fácil transformar tudo em possível?…
Oras… Por que devemos sofrer – se em juras de amor
Prometemo-nos um ao outro o amor eterno;
Vem, não me deixe assim…
Pois ao dizer-te adeus estarei por fim,
A deixar de sonhar,
E, todo aquele que parar de sonhar morreu para sempre!…

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desisti de Mim Mesmo

Quando acordei e passei à frente do espelho a imagem que lá se encontrava já não era a minha. Sim, em poucos meses tinha modificado muito... tinha alterado a minha visão de uma vida que ficou para trás, tinha alimentado a alma com palavras, o espírito com amor... e para quê? Para quê, se hoje acordo e o céu não está azul?

Trago um sorriso mentido, uma alegria fingida... porque o sol já não brilha... para mim... trago um corpo bonito com uma alma apagada... porque a lua já não sorri... para mim...

Hoje vou deixar de amar quem amo, de querer quem quero... vou deixar de sorrir só porque me apetece... vou deixar de cantar o amor e o justo... vou deixar de gritar a liberdade e o perdão... vou deixar de correr para a vida e simplesmente deixar que ela passe... por mim...

Vou voltar a ser quem era... alegre de olhos inchados e tristes... indiferente à brisa que me chama... ao mar que se entrega... à águia que clama o eu que se liberta e voa...voa...

Hoje vou desistir de mim... dos meus sonhos... vou até desistir das lágrimas... do sofrer... vou apenas ser, alguém... que me representará nesta vida de teatros constantes, de frases estudadas de sentimentos treinados e aprendidos... de voz bonita com palavras esperadas, correctas... de gargalhadas contidas e discretas...

Hoje vou desistir de mim... talvez assim seja mais feliz...

Dor

Cá estou neste momento,com uma musica romantica de fundo,não muito triste,talvez me fizesse chorar com mais dor,ouvindo vou tentando juntar o que restou. Raiva tenho apenas de mim, perguntas que não se calam, culpas que me sufocam e para brindar com perfeição minha nostalgia, uma tristeza que não cessa, não perdoa, não descansa. Por tantas vezes vivi este momento, eu já me via assim, porém jamais poderia imaginar que dói tanto, que é tão fundo. Não a culpo por nada e a unica coisa que tenho de ti hoje é medo. Neste momento talvez como muitos poderia dizer que me arrependi de algo que fiz, que tu não poderias ter feito isso e dramaticamente insistir em reputar que tu disses-te que me amavas. Nada disso traria a minha paz de volta, nem tu, pois o que desejava não era um corpo apenas, tão pouco só a tua presença, queria um sentimento, o melhor de ti em amor como uma vida ofertada. A dor que sinto neste momento é saber que dei tudo de mim e ainda assim não consegui aquilo que almejava, não que alguém tenha culpa ou obrigação de amar, mas aquela antiga mania de pensar que devemos ser amados sempre que amamos acaba latejando em meus sentidos, Mas não dou a ela ouvidos. O que me dá paz e tranquilidade em apanhar os cacos sem me cortar de dor com a verdade é justamente isso. Fiz o que podia, amei da melhor forma que eu consegui, sobretudo a mais do que imaginei ser capaz. Isso faz o meu dia se tornar uma pouco mais claro, ainda que o sol esteja implacavel lá fora, ao amanhecer parecia envolto num manto de escuridão e medo, de quê não sei ao certo, talvez medo de encarar a vida de frente, medo de olhar e saber que a motivação para o meu amar se findou, medo de odiar ao invés de prosseguir sonhando com o tão almejado amor, entre tantas possibilidades sei apenas que tenho medo. Mas ao amanhecer ouvi a vida, assim me bastou um cantarolar dos passaros e alguns acenos de carinho para que houvesse uma aurora, para que ainda houvesse sentido. As vezes por se dizer que ama, nós nos tornamos tão egoistas, limitamos a vida ou a felicidade em apenas estar com quem se quer. Quando na verdade o sentido é amar, a quem precisa, a quem se esquece, a quem se odeia. Talvez até penses que me recuperei rapidamente e que estou pronto a viver sem ti. Lamento, seria apenas uma boa teoria, afinal: O que na verdade os dedos não falam o olhar que não pode ser visto esconde, talvez a mão apenas enxugue as lágrimas e assim será esquecido. Como o presente mentiu-me a mim, talvez me sussurrasse a verdade eu eu negligente fiz-me surdo ao querer apenas os gracejos deste meu coração que me prometeu o mundo, talvez somos vitimas de uma delinquência que confesso, desconhecia. Não vale a pena recordar-me de tantas tristezas, e nem por isso escrevo em verdade, escrevo porque tive boas lembranças e tento sorrir com esta partida que o meu ser me pregou, ainda que não haja graça, aprendi que enquanto se vão os poemas, ainda ficam os poetas, e ainda que se vá os dedos e neste momento se cale a fala, resta um olhar capaz de traduzir toda a dimensão do que se sentiu, do que se viveu, do que se sonhou...Mas de nada me valeria explicar. Termino por aqui, obrigado por tudo. Adeus, foi um prazer amar-te...

domingo, 8 de novembro de 2009



Solidão
Eu e tu
Somos dois, em um
Eu quero amar
Já só sei, ser um só
Ninguém

Miss solidão, eu amei
Miss solidão, eu vivi
Miss solidão, não estou bem

Solidão, pra onde vou
Solidão, sombra do que eu sou
Solidão, eu não sou
De mais ninguém

Solidão
Estou sem voz
De falar, só de nós
Não te vás, deixa estar
Toma o meu lugar

Miss solidão, eu amei
Miss solidão, eu vivi
Miss solidão, não estou bem

Solidão, pra onde vou
Solidão, sombra do que eu sou
Solidão, eu não sou
De mais ninguém

Solidão..

Miss solidão, eu amei
Miss solidão, eu vivi
Miss solidão, não estou bem

Solidão, pra onde vou
Solidão, sombra do que eu sou
Solidão, eu não sou
De mais ninguém

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Para alguém muito especial

Minha querida:
Sinto saudades.
Profundas saudades!
Queria estar agora contigo para te encher de beijos e dizer uma série de gracejos pertinho dessas orelhinhas bonitas.
Se tivesses a exacta dimensão da falta que me fazes neste momento, certamente voarias até aqui só para me dares um abraço, um beijo terno e garantires de novo que me amas. Como é possível alguém sentir tanta falta de outro alguém?
Como é possível que o amor, algo tão "abstracto", absorva tanto o pensamento de uma pessoa tão racional quanto eu julgo ser? O que há de tão forte neste sentimento?
Porquê tanta vontade de te ver, de estar contigo? Será que eu estou a enlouquecer?
Acho que sim...De qualquer forma, enlouquecer em função de alguém tão especial quanto tu é no mínimo, sinal de bom gosto, e contrariando tudo o que eu disse antes, sinal de sensatez, pois poucas pessoas no mundo devem reunir tantas características especiais quanto tu reúnes.
Eu não suporto mais estar longe de ti, porque quando estou longe de ti o tempo não passa, as horas tornam-se monótonas e não há nada - nem mesmo uma bela taça de vinho - que seja capaz de me consolar. Resisto à solidão muito a contragosto e não vejo a hora de estar outra vez frente-a-frente contigo, poder tocar-te e beijar-te da forma mais pura, terna e bela deste mundo.
Acredita que serão beijos muito especiais, como tu mereces.

Com amor e saudade

Solidão

Ao estar aqui, sozinho no vazio do meu quarto
A solidão invade-me, de tudo fico farto.
A cama vazia traz-me logo ao pensamento
Os dois a sós, aquele momento.
E a roupa fria que sinto ao deitar
Apenas faz-me querer, apenas desejar
Acordar pela manhã contigo a meu lado;
Teu corpo nú e quente, teu sexo molhado!
E se a vontade do destino me parece louca
Ao deixar-me com desejos de beijar a tua boca
É porque sinto a falta de te ver,
De estar contigo, de te amar e de te ter.
Pela noite dentro, no escuro que não vês
Amar-te-ia como se fosse da primeira vez
E tudo, tudo, tudo voltaria a ser igual;
Contigo nos meus braços tudo o resto era banal.
Deixaria de importar que o mundo acabasse, e nada restasse
Desde que eu ficasse a noite inteira acordado
E por fim adormecer a teu lado!

Noite Fria

Abro os olhos, a tarde é fria
Teus pés vestidos de cores tocam os meus
Acaricio as tuas mãos à espera de um sorriso teu
Mas os teus olhos fecham-se à procura de quem não te queria

Espero que a tua procura acabe
Antes mesmo do morrer do dia
Pois a noite que é ainda mais fria
Guarda um segredo que ninguém mais sabe

Amei-a, incondicionalmente, apenas por uma vida
Não nego, uma vida cheia de pecados
Mas vivi calado no mundo dos isolados
No mundo das dores, cultivando as minhas feridas

Agora quem fecha os olhos sou eu
Na noite fria que carrega a minha morte
E invejo em demasia aquele que tem a sorte
De dormir o sono eterno depois de um beijo teu.

Para Ti (Vânia)

Cheguei a ti seguindo o teu perfume
De flor de lua, flor da minha vida.
O teu espírito acendeu em mim um lume,
Que o teu corpo ateia em incêndio prolongado.
E nada ficaria além de profunda ferida,
Se esse lume alguma vez fosse apagado.

Trouxeste-me a frescura da aurora,
O despertar de um tempo adormecido.
O teu amor intenso faz-me ser agora,
Liberto das amarras da razão,
Quem nunca fui mas sempre quis ter sido,
Rumando a um mar de sentimento e emoção.

E nesse rumo ao leme vais comigo,
O meu Amor por ti dá-me coragem.
Teu companheiro, teu amor, teu melhor amigo
Prometo ser, com a minha boca na tua.
E como um só, partimos nesta viagem.
Em direcção a casa. Em direcção à Lua.

Voa comigo meu Amor. Vem!
Nunca te sintas insegura.
As nossas almas são o que nos sustém
Para além do tempo, para além do espaço,
Pois é o Amor que cria o texto ou a gravura
Quando a paixão explode em cada frase, cada traço.

Quero Amar-te

Quero amar-te como ninguém te amou;
Em toda a parte quero ter-te sem fim;
Como se fosses tu uma parte de mim;
Amar-te até desconhecer quem sou;

Quero encontrar-te se ninguém te encontrou;
Passear contigo entre as flores do jardim;
Colher as mais perfumadas que o jasmim;
Para que por ti saibas quem se apaixonou.

Quando te imagino sabes o que eu vejo:
Alguém que encheria todo o meu ego;
Por isso encontrar-te é o que eu almejo.

E se não podes amar-me por medo
Aqui te deixo um secreto desejo:
Seremos amantes em grande segredo!

Amar-te-ei

Corre-me nas veias,
Confesso!
Esta forma subtil
Este desejo
Esta vontade.
Contesto!
Essa necessidade
Que a minha nudez, anseia
Na sombra do teu rosto.
Arremesso!
Os gemidos de prazer
Que calo em mim,
Através do teu beijo.
O beijo que adultera
Que me engana...
Menosprezo!
Qualquer tormento
Vem!
Procura,
Este impudico
Que te chama...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Reencontro com o Amor

Querida (Vânia),

De repente comecei a recordar, sem melancolia, mas com muita doçura, o tempo em que estávamos juntos, em que partilhávamos as nossas emoções, os nossos desejos e esperanças. Recordei-me de tudo aquilo que vivemos juntos e senti saudades!
Estranho lembrar-me dessas coisas depois de tanto tempo afastado de ti, mas começo a ter a confirmação de que um grande amor não se extingue nunca, nem pelo tempo e nem pela distância.
Comecei a lembrar-me apenas das coisas boas que nos cercavam, da maneira como me tocavas, das palavras ternas que dedicávamos um ao outro, da tua maneira de me olhar (sempre um misto de amor e desejo), da temperatura do teu corpo, e foi como se eu pudesse sentir tudo outra vez, foi como se eu ouvisse novamente o som da tua voz a penetrar nos meus ouvidos.
Pensei, então, que talvez fosse possível tentarmos reviver aquela época, apesar do longo tempo em que estivemos sem contacto. Pensei que apesar de hoje vivermos outras realidades, que apesar de estarmos mais distantes, poderíamos ceder, sem nenhum temor, a este sentimento belo e forte que nos uniu um dia e que, pelo menos em mim, parece estar mais vivo do que nunca!
Pensa nisso com carinho, querida!

Recebe um beijo do sempre teu,
(Ricardo)