sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sonhando à Beira-Mar

Estava eu à beira-mar,
Veio uma onda de poesia
Que me deixou a pensar,
Se era amor que eu sentia.

Por momentos, meio perdido,
Vi um anjo todo airoso
Que me disse ao ouvido;
Meu amigo, estás amoroso.

Meu peito ficou enleado
Minha cabeça irrequieta,
Nunca me tinha lembrado
Que tinha alma de poeta.

E nas vagas espumando
Ao sabor da maré-cheia,
Vi nas águas caminhando
Junto à costa uma sereia.

Foi então que eu senti
Meu coração perturbado
E depressa compreendi
Que já estava apaixonado.

Nada mais pude fazer
Nesse instante de magia
Que não fosse o escrever
Nas ondas da poesia.

Sete quadras imprimi
Pra mais tarde recordar
Esse sonho que eu vivi
Certo dia à beira-mar.

Onde Está O Dinheiro

Os Bancos não têm dinheiro
E o povo dinheiro não tem,
Sendo assim, é bem certeiro,
Que eu estou ‘‘teso’’ também.

Ouvi um ‘senhor’ a dizer
Numa historia mal contada,
Do que vai acontecer,
Ser a crise… a culpada.

Com as coisas a correr
No rumo que vão a seguir,
Preparem-se para ver
Os ricos, na rua, a pedir.

Na minha pobre cabeça
Há uma grande confusão,
Que não haja quem conheça
Onde está… o ‘’patacão’’.

Eu não sei se foi pró Norte
Ou pró Sul que ele voou,
Se não tinha passaporte
Como é que ele imigrou?

Com estes ventos agrestes
Penso eu, senhor banqueiro,
Terem sido extraterrestres
Que roubaram o dinheiro.

Talvez um dia se veja
O ricaço coitadinho,
À porta de uma igreja
A pedir um tostãozinho.