terça-feira, 22 de novembro de 2011

Nao quero mais amar

Hoje só falarei das flechas em mim fincadas
Pobre Cupido seu posto foi tirado
Não soube unir o amor designado
Somente as flechas foram disparadas.

Andei a sentir dor do que não mais existe
Rolam na face lágrimas de saudades
Tudo findou mas esse amor persiste
Acalentar sonhos de insanidades.


É que por todo o caminho eu te busquei
Entre soluços retidos num riso falso
Até o meu novo semblante eu moldei
Estou a precisar de remontar meu traço.

Eras tu meu Céu, meu sol, meu Mar!
Diante esse fim eu não mais tentarei
Por mais que o choro venha a abalar
Não quero voltas e nem mais amar.

Meu sorriso desbotado de Monaliza é por ti
A mente alvejada de tristeza sou eu
Mas é minha a força e a tentativa de sobreviver
Num mundo novo buscarei meu “Eu”.

Sou palafito a meio de uma torrente
Tentando-me conter do desencanto eu vivo
Mas sou valente seguirei em frente
Hei de esquecer-te amada intempestiva.

Bem lá ao fundo do oceano guardarei as dores
Tal qual ondas gigantes quebram e acalmarão.
Deixo este poema para os trovadores
Quem sabe se algum dia, a dor vire “Canção!”

ate um dia

Filho da puta de mundo,

Não sei que mal te fiz eu, por isso tenho de perguntar: Porque raio resolveste implicar comigo?
Desde que me lembro vivo rodeado de mentira, decepção, fraude, traíção. Sempre tentei tomar uma postura correcta, sempre tentei viver de modo a andar de cabeça levantada... E para quê? Para estar constantemente a levar chapadas? E pontapés? E tareias? Não das físicas, das mentais que deixam feridas muito mais profundas e dificeis de estancar. Nunca te pedi nada de especial... Só quis a amizade e carinho de umas poucas pessoas e dinheiro para levar uma vida digna. Não penses que é egoísta dizer que preciso de dinheiro. Não é. Todo o mundo precisa de um mínimo de condições. Também não queria o dinheiro se não tivesse com quem partilhar.

Agora as perguntas que me trazem aqui... Quanto é que uma pessoa consegue aguentar? Durante quanto tempo? Existe um ponto de não retorno? Porque é que me tiraste-me o amor? Porque é que nunca me mostraste amigos verdadeiros, daqueles que estão presentes todo o tempo, no bom e no mau, dos que gostam de nós, independentemente do que façamos, incondicionalmente, que não nos traiam, que aprendam com os seus erros? Porque é que me ensinaste da maneira mais dificil que o Amor não existe? Que tudo não passa de uma invenção do rídiculo ser humano para tornar mais suportavél a sua passagem na vida... que tudo o que fazemos neste planeta, que a nossa função é a simples continuação da espécie. Pois bem, a nossa missão está cumprida! Somos o ser dominante deste penoso planeta... Não tarda passeremos à extinção... Não tarde também TU morrerás... Viverás apenas como pó estrelar, e então outra raça alienegena, quem sabe mais avançada que nós, irá estudar-te e dizer: Neste pó, outrora vivou a raça mais egoísta e mais narcisista que há memória na história do Universo... Enquanto isso não acontece, limita-te a continuar a tecer os destinos de pessoas que têm alguma potencial, de pessoas que poderiam tornar-te melhor, de pessoas que TE salvariam, desse teu modo tão imperfeito que deixa todos esses cabrões e todas essas mentes obtusas e que não conseguem pensar por si próprias dominar e atropelar tudo e todos... Se calhar estive sempre errado... Esses tipos é que tiveram sempre razão: "Sucesso a todo o custo e o eu é que importante, independentemente de quem tenhas de atropelar ou como tenhas de atropelar"...

Pois bem, conseguiste o que querias! Quebraste-me! Amanhã já não acordarei no banco deste automovél a beira mar. No meu lugar estará um corpo autômato... Um corpo sem preocupações, sem sentimentos, sem pensamento, um corpo sem ALMA. Será um corpo que automaticamente acordará todos os dias e escrupolosamente dirigir-se-á ao emprego onde desempenherá todas as suas tarefas e regressará à noite para repor as suas energias, para no dia seguinte repetir o processo. E isto é para onde caminha a humanidade... Seres automatos... Robos com as suas funções.

Até sempre mundo cruel,
Espero que sejas extremamente infeliz,
Deste teu novo robô querido,
Zé Ninguém

perdoa-me

Amor!!!
Seria inútil pedir-te perdão, mais uma vez,
pois já estou quase sem voz de tanto pedir-te, implorar-te, mas ainda me resta um suspiro, um instante em que me olhas nos olhos e te digo amo-te outra vez.
O maior de todos os erros que já cometi, seria o de morrer sem antes te ter pedido mais uma vez perdão e implorar uma oportunidade para te amar.
Os meus olhos choram de amor, de saudade, e as lágrimas que por ti derramo nascem no meu coração, cravado de dor, o que a alma aprova pois também por ti chora.
Lembranças, momentos inesquecíveis de que tanto tenho saudades, lembranças de uma inocência perdida , das lágrimas que fazem o coração por ti chorar à partida.
Ai como tentei o adeus, mas em vão, juro que tentei, mas deixei meu coração nas tuas mãos e hoje estou sem respostas e seguro as lágrimas a fio com a minha alma sempre que te vejo passar à minha porta.
Mais intenso que o meu medo, mais forte que a minha razão é a inexplicável dor de não ter comigo.
Sei que é loucura, mas não paro de pensar, nos teus olhos, na tua boca, no teu rosto junto ao meu, ai o que eu não faria para ter um beijo teu!
Tento esquecer, tento fugir mas a todo o amanhecer encontro um sonho teu.
Ai no arrepio da minha alma, me entrego à saudade e ainda me lembro desse amor que me deixa uma cicatriz na alma chamada saudade.
Na melodia de uma linda canção, encontro-te! o vento sopra teu nome, não apenas em pensamento, mas em sonhos, encontro-te sim , sem que meus passos te sigam simplesmente te encontro no meu coração porque te amo.
Como hei-de fugir a alegria, a saudade, que se tornou dona de meu pensamento se te amo.
Como posso viver sem teu amor, que me invade a cada olhar a alma de esperança .
Como posso viver sem a minha própria vida – vida essa que és tu meu amor.
Ai não sei mais suportar tanta dor, tanta saudade sem ti, já que vivo num mundo sem cor , sem alegria , um retrato de dor.
Por tudo isto perdoa-me e deixa-me dizer-te nem que por um instante que serás sempre quem amo e amarei.
Amo-te