Minha alma grita em desespero profundo
Recolhendo-se na própria dor do corpo
Secando o sangue impuro
E clareando o negro dum dia já morto.
Minha sina marca-me a vida
Não sei se viverei sequer mais um dia
Nem sei se acabarei de escrever este poema
Só sei que nem sempre a minha vida rima.
Sou duma textura fina
Tão frágil como uma flor murcha
Seca sem a rega até duma lágrima
E morro sem que ninguém dê conta.
Meu corpo é espinhoso
De tal modo marcado pelo infortúnio
Enterrado com as suas raízes e com tudo
Jaz morto e moribundo num cemitério vivo.
"Known"
domingo, 18 de outubro de 2009
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