terça-feira, 9 de junho de 2009

FRAGMENTOS DE MIM

Sinto-me a desaparecer,
Pouco a pouco sem querer,
Estou a fragmentar,
Sem o porquê saber.

Sinto-me aos poucos,
E poucos a esvairecer,
A vida por um fio,
Mesmo antes de morrer.

Tento mostrar esperança,
Vontade e muita união,
Mas só consigo odiar,

Quero de novo respirar,
E de novo lutar,
Para a mim me conquistar.

Não há Luar

Não há Luar...!

Sem a luz do teu olhar
Nas noites do Neiva não há luar
Não há luz nem estrelas
Não há mais fadas iluminadas
Nem tinta de ouro
Nem diários de amor
Não há mais primavera nem Florbela em flor
Não há mais beijos ardentes na boca
Não há mais alma apaixonada
Não há borboletas nem margaridas
Só há escuridão e ruínas
Não há mais perfumes nem brisa morna
Desmorona-se o castelo de Vila Viçosa
Morrem de sede os alegres colibris
Pois não há mais jardins
Secaram-se os campos floridos
Não há lírios
Nem gardénias
Nem rosas
Há apenas estes versos caídos duma lágrima
Nesta noite escura fria e silenciosa.


Se soubesses como eu te amo.