domingo, 30 de agosto de 2009

Por te amar sofri

Por te amar sofri
E continuo a sofrer
Continuo a pensar em ti
E continuo a querer.

Continuo a amar,
Embora não demonstre
Só tu me podes alegrar,
Sofro quando estás ausente.

Amor Cego????

este texto foi-me enviado por uma pessoa muito especial e agora posto-o aqui com todo o carinho.

“¿Porquê o AMOR é cego?”
Era uma vez um lugar da terra onde se reuniram todos os sentimentos e qualidades dos homens. Quando o ABORRECIMIENTO bocejou pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tâo louca, propôs-lhes:

- Vamos brincar às escondidas?

A INTRIGA levantou as sobrancelhas intrigada e a CURIOSIDADE, nâo se contendo, preguntou:

- Às escondidas? Como é isso?

- É um jogo- explicou a LOUCURA- em que eu tapo a cara e começo a contar desde um atè um milhâo enquanto vocês se escondem e quando eu terminar de contar, o primeiro que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar a brincadeira.

O ENTUSIASMO dançou, seguido pela EUFORIA, a ALEGRIA deu tantos saltos que acabou por convencer a DÚVIDA, e inclusive a APATIA, à qual nada interessava.
Mas nem todos quisieram participar, a VERDADE preferiu nâo esconder-se. Para quê? Se, no fim, acabavam sempre por achà-la, a SOBERBA opinou que era um jogo muito maluco (no fundo, o que aborrecia era que a idea nâo tivesse sido sua) e a COBARDIA preferiu nâo arriscar...


- Um, dois, três...- começou a contar a LOCURA.


A primeira a esconder-se foi a PREGUIÇA, que se deixou cair como sempre atrás da primeira rocha do caminho, a FÉ subiu ao céu e a INVEJA escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO, que, com o seu própio esforço, tinha conseguido subir à copa da arvore mais alta. A GENEROSIDADE quase nâo podia ocultar-se, cada lugar que encontrava parecia-lhe maravilhoso para qualquer dos seus amigos - um lago cristalino? ideal para a BELEZA; una haste de um árvore? perfeito para a TIMIDEZ; o voo de uma borboleta? o melhor para a VULUPTUOSIDADE; uma rajada de vento? magnífico para a LIBERDADE.

Assim, acabou por econder-se num raiozito de sol. Por seu lado, o EGOÍSMO encontrou desde o princípio um lugar muito bom, ventilado, cómodo... mas só para ele.
A MENTIRA ocultou-se no fundo dos mares (mentira, a verdade é que se escondeu atrás do arco-íris) e a PAIXÂO e o DESEJO no centro dos vulcôes. O ESQUECIMENTO... esqueci-me onde se escondeu mas isso nâo interessa…


Quando a LOUCURA contava 999999, o AMOR ainda nâo tinha encontrado sítio para se ocultar, já que estava tudo ocupado... atè que avistou uma roseira e enternecido decidiu esconder-se entre as flores.


- Um milhâo - contou a LOUCURA e començou a procurar.


A primeira a aparecer foi a PREGUIÇA só a três passos de uma pedra. Despois ouviu-se a FÉ no céu, discutindo com Deus sobre Zoologia e a PAIXÂO e o DESEJO, sentiu-os vibrar nos vulcôes.


Num descuido, encontrou a INVEJA e, claro, pôde deduzir onde estava o TRIUNFO. O EGOÍSMO nâo teve nem de procurá-lo. Ele mesmo saiu disparado do seu esconderijo, que acabara por ser um ninho de vespas. De tanto caminhar sentiu sede e ao aproximar-se do lago, descobriu a BELEZA, e com a DÚVIDA foi ainda mais fácil, pois estava sentada numa cerca sem decidir de que lado ocultar-se. Assim foi encontrando todos, o TALENTO entre a erva fresca, a ANGÚSTIA num gruta escura, a MENTIRA atràs do arco-ìris (mentira, se ela estava no findo do oceano) e atè o ESQUECIMENTO... que já tinha duvidado que estava a brincar às escondidinhas, mas só o AMOR nâo aparecia em nenhum lado.


A LOCURA procurou atrás de cada árvore, debaixo de cada riacho do planeta, no cume das montanhas e quando estava para dar-se por vencida avistou uma roseira e as rosas... Apanhou uma foruilha e começou a mexer os ramos, quando de repente se ouviu um grito doloroso. Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos; a LOCURA nâo sabia que fazer para desculpar-se, chorou, rogou, implorou, pediu perdâo e até prometeu ser o seu guia.



Desde entâo, desde a primeira vez que se brincou às escondidas na terra:


O AMOR É CEGO E A LOUCURA SEMPRE O ACOMPANHA “

(Autor desconhecido)

sábado, 29 de agosto de 2009

Para Pensar....

Chorei

Chorei, chorei baixinho…
Uma lágrima caiu no silêncio da noite.
Um silêncio triste e profundo
Que me trás uma leve brisa de saudade.
Um conjunto de sentimentos
Que se transformam num sonho,
Um sonho que se desfaz em nada,
Um nada que afinal é tudo
Mas um tudo que eu não sei se existirá…
Sei apenas o que sinto.
Sinto um vazio na alma,
E, ao mesmo tempo,
Uma eterna e paciente esperança
Capaz de secar todas as lágrimas
Que eu já chorei e mais aquelas
Que eu sei que ainda vou chorar…
… Por nós …
Por ti, por mim
E por este sentimento ao qual eu não consigo dar um fim.
Sentimento esse, capaz de ultrapassar
Qualquer barreira só para estar contigo.
Será esse sentimento forte
Que se chama "amor"?

Porquê Meu Amor

Quero esquecer que existes
E não consigo
Quero esquecer as tuas palavras luminosas
E não consigo
Quero esquecer os nossos momentos
E não consigo
Quero esquecer que te quero
E não consigo
Quero esquecer as madrugadas de sonho
E não consigo

Porquê, meu amor ?
Porque não consigo

Estás permanentemente no pensamento
Vives eternamente no meu coração
O que falhou meu amor
Para esta afrontosa desilusão?

És a fantasia do meu desejo
És a saudade que dói
És um sonho que sinto, fugir
Porquê meu amor?
Porquê?

Porquê, esta dor que não se cala
Porquê, este silêncio que me fala
Porquê meu amor?

Fantasmas do Amor

A minha VIDA?...
É um passado que nunca passou;
Um sofrimento que nunca acabou;
Um romance que nunca começou.
As RECORDAÇÔES?...
É uma doença que meu corpo alimenta;
São um pesar, uma tormenta...
É o que me mata e o que me sustenta.
São a minha razão de viver
O que me traz alegria e o que me faz sofrer.
O TEMPO?...
É uma busca sem encontrar;
Uma ferida que teima em não cicatrizar;
É uma dor que se transforma em alento;
É simplesmente tornar mais forte o sofrimento.
É o veneno que teima em matar-me;
É o antídoto que me vai salvar.
O SOFRIMENTO?...
Não há palavras para explicar
Os estragos que pode causar.
É uma palavra sem significado;
É um punhal no peito cravado;
É o que traz a alma e o coração sufucado.
A VIDA, as RECORDAÇÔES, o TEMPO e o SOFRIMENTO
São os fantasmas do amor no tempo.
São a minha razão de viver,
São também o motivo pelo qual
Eu não te consigo esquecer.

ESTE AMOR QUE NÃO CABE NAS PALAVRAS

Escrevo-te hoje, ontem e sempre, sei que existes,
Encontro-te na poeira dos meus olhos.
Sinto o teu rosto a queimar nos meus dedos, onde
Procuro o sol dos teus desejos.
Procuro-te, naquele abraço azul da côr do céu, e, naquele
Momento em que a minha lágrima faz companhia a dias perdidos.
Há segredos que deixam pégadas no meu corpo,
E têm o teu sorriso no calor da meia noite.
Quando te vi, pensei, que era a tua serenidade que se juntava
À minha melodia de mil cores, num desejo de
Existir, e ter nos olhos da lua a eternidade desta paixão.
Perdi-me, no puro desejo de ser amado, e no despertar
Longinquo de ilusão.
Juras-te que sim, numa melodia de palavras soltas e
Alucinadas deste amor.
E no pranto duma rosa, supliquei-te ternura.
Lentamente, entornaste a noite sobre o meu corpo, e o teu sorriso
Desenhou na minha alma, esta paisagem de aromas que vive
Dentro das minhas palavras de poesia.
Em rabiscos quero escrever na orla dos teus olhos, palavras dum instante feliz, sem Segredos, sem aromas, na madrugada que teima em pintar o arco-iris numa estrela sem Luar.
Amanhã haverá outro luar...pintado com lágrimas que vão pingando em taças de Cristal, onde gaivotas em soluços de paz
Irão beber gota a gota os sinais já esgotados desta paixão.
Sabes onde estou??
A caminho dum Mar de PAZ.
Espero-te !!!
Tens lá a tua ternura...e a minha lágrima que secou...por TI...

Amo-te

Os Sonhos Que Não Vivi

Na minha vida cinzenta e sem brilho,
Eu encontrei-te
E por ti me apaixonei.
Sem saberes,
Coloriste o meu caminho
Com o teu sorriso e o teu carinho.
Sem quereres,
O amor, em mim, voltaste a despertar
E contigo, passei a sonhar.

Sonhei que vinhas ao meu encontro
E ternamente me segredavas…
“Que também, me amavas”

Mesmo sabendo que tudo foi ilusão,
Longe de ti e sem te ver,
É difícil esquecer!

Sinto saudades dos momentos
Que contigo vivi,
Dos beijos, que não esqueci.
Sinto saudades dos sonhos,
Em que, por magia, aparecias
E com amor e ternura, me envolvias.
Simplesmente...,
Sinto saudades de ti
E dos sonhos que não vivi!...

O Meu coração parou

Os dias passam
As horas correm
As certezas morrem,
E os olhos choram
Choram por não saber,
Saber se um dia me amaste,
E eu não paro de sofrer
Com a ilusão que criaste
Mataste o artista
Sem sequer dar uma pista
Do que no teu coração morrera
Esse amor que alguma vez batera.
Sei que não errei
E triste então fiquei
Pois no fim disto tudo
Descobri que em ti me enganei
E agora dizem que fui sortudo
Porque contigo acabei.
E eu respondo, não!
Não consigo apagar
Esta incessante paixão
Deixar de te amar
Sentir que acabou,
Não, só sei que o meu coração parou.
Esse olhar de menina
Nesse corpo de mulher
Toda a ora me desatina,
Esteja eu onde estiver!

Essa pele tão macia,
Esses olhos a brilhar...
O teu cabelo à solta
Por onde me perco a navegar!

Esse olhar irreverente
Impossível de domar...
Que me deixa tão contente
Por me deixares amar!

Dois corpos, um coração
Com muito amor a bater.
Quando está longe dá sensação,
Que está triste, está a sofrer...

Ficaremos juntos então,
Sem ti não posso viver.
Pois um corpo sem coração,
Não tem vida, só pode morrer!

Uma Tela de Saudade

A aurora surgiu,
De um encarnado dourado.
Com o correr das horas
O dia vestiu-se de tons plúmbeos
Desanimadores...
Ao cair da noite,
Decido pintar-te
Numa tela só minha
Para sempre admirar-te.
Pinto-te...
Retratando o Tu que vejo,
E em mim fica marcado.
Chegaste, de mãos vazias sem promessas,
De mulher palhaço te vestiste,
Arrancaste gargalhadas, acompanhaste sorrisos
Chegaste, sem promessas,
De mãos vazias.
E, eu vou-te pintando dia, após dia.
Argumentista convicto,
Rebelde sem causa,
Irreverente.
Chegaste, sem promessas,
De mãos vazias.
Conversadora nata,
Ouvinte atenta,
Maga sedutora...
Chegaste, sem promessas,
De mãos vazias.
Só com a certeza que te vais embora....
Um destes dias.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Desabafo

Caros Leitores, passo aqui para deixar um desabafo desta minha alma, fria, magoada e solitária, por algo que sucedeu hoje.
Hoje alguém me disse, que eu estava a ser doido, por não voltar a amar após esta desilusão, que invariavélmente me voltaria a apaixonar, que voltaria a amar.
A minha resposta foi de imediato, e de uma forma agressiva, um desabafo como "Estás doido".
Tinha-me convencido a mim mesmo que não mais voltaria a amar, quanto a isso julgo estar certo, porque de uma forma ou outra, só se ama uma vez na vida, mas a grande questão era eu apaixonar-me!,É obvio que agora sei que respondi como qualquer ser comum e ignorante que não pensa na resposta antes de a soltar por entre os lábios, mas depois pus-me a pensar no porquê de ao fim de 7 meses, eu não soltar o passado para viver o aqui e o agora?
Porquê, estar agarrado a allgo que me magoa, que me totura?
Porquê de tudo isto?, Quando as pessoas, "normais", já teriam superado tudo e deixado de lado esses sonhos, para voltarem a ser felizes.
Agora tristemente respondo como deveria ter respondido a cinco horas atrás, porque infelizmente, e sem saber porquê, ainda não estou preparado para te deixar partir da minha vida.
Porque por mais que custe admitir amo-te como nunca amei ninguém. Porque, julgo eu, ainda nao fiz o meu luto emocional, nem tão pouco ainda assimilei a ideia que me deixas-te por medos que estão replectos de nomes e inverdades, das quais amorosamente me defendi todos estes meses.
Com ou sem razão, apenas sei que te amo, e que para mim ainda estás comigo. E na verdade estás, em cada segundo que penso em ti, em cada sonho que tenho, em cada plano de vida que construí, e mesmo após a tua partida ainda faço os meus planos de vida, contigo na minha mente.
Enfim a resposta é simples, não volto a amar, porque na realidade ainda não te deixei.

Desculpa amar-te como amo, mas não fui eu que te escolhi.
Beijos no teu coração...

Não Quero Esqueçer-te

Quando chega a noite,
Vou aos poucos entristecendo ...
Vou-me imaginando deitado
Na cama preparada, com os lençóis
Que poderiam fazer parte
De um cenário de Amor.

Deito ...
Apenas meu corpo nela se encontra ...
Pois ela se torna fria
Com os meus pensamentos tão distantes,
Que quase chego a alcançar-te...

Eles vão sempre na mesma direção...
O subconsciente sabe onde encontrar-te...
Reluto, em busca dos
Pensamentos que criam e procuram forças
Para mais uma noite ultrapassar...
Sem que ao meu lado, tu queiras estar.

Pelo cansaço sou vencido,
E acho que como consolo,
O sono toma-me e, adormeço ...
Para que a dor da tua ausência,
Não mais me atormente.

Amanheceu ...
O Sol veio-me cumprimentar...
Mas só ele ...
Mais um dia de extrema solidão,
Pois tu não me extenderás a mão
Para me fazer um carinho
Ou sequer expressar,
Um desejo de ... Bom Dia !

No decorrer do dia
Não controlo os meus pensamentos e
Minhas preocupações contigo ...
No amor é assim...
Quem ama de verdade,
Já passou ou passa por tudo isto...
Entende bem os mistérios do coração.
Mas estes sentimentos acabam abafados,
Reprimidos, pois não são correspondidos.

Ouço uma música ...
Mais uma, das que me elevam
A mundos diferentes, ricos de fantasias ...
Paro e, novamente divagando...
Vens tu à minha mente.
A imaginação voa ...
Transporta-me aos sonhos
De nos teus braços estar
E de felicidade, até chorar...

Tudo não passa de lindos sonhos
Que jamais se realizarão ...
Pois não fui feito para ti,
E nem tu nasces-te para mim...
Que pena, que tudo tenha que ser assim!

Mas como dizer a um coração apaixonado
Que ele não pode sofrer assim...
Que ele não pode entregar-se...
Que ele tem que apagar tudo isto
De dentro de mim ?

Não é fácil ...
Pois não se passa uma borracha
Nos sentimentos, muito menos
Existem cicatrizantes para as
Marcas deixadas e enraízadas
Num simples e modesto coração
Que está apenas apaixonado ...

Ao mesmo tempo, vem a dúvida!
Como esquecer alguém
Que Amo tanto ?
E que mesmo não sendo recíproco
Tanto bem, já me proporcionou?
Como tentar apagar da minha lembrança
Alguém que chegou,
E do meu coração se apoderou ?

Mas ...
É como dizemos diariamente...
Na dúvida, não faças nada!
Deixa simplesmente acontecer...
Entregue tudo a "Deus" !
Que ele entenderá os teus sentimentos...
Porque na realidade
EU PRECISO ...
MAS NÃO QUERO ESQUECER-TE !
Eu já não sei mais quem sou, ou talvez, nunca soube;
Eu já não sei mais se sou feliz, ou talvez, nunca fui;
Tudo à minha volta é obscuro, é medonho e sinistro;
Sou um homem cujo ódio o coração enegreceu;
Sou a ovelha negra que se afastou da luz divina;
É tudo tão simples e ao mesmo tempo tão complicado;
Minha alma é podre, - sou desprezível e repulsivo;
Sou um invólucro que foi desprezado por Deus e pelo Diabo;
Uma alma que vagueia sem rumo pelo espaço;
Sem lugar no Paraíso ou no Inferno, no Céu ou na Terra;
Se algum dia já fui feliz, ah! Foi há muito tempo;
De tempos em tempos, vidas vêm e vão;
Assim como as minhas lembranças e os meus sentimentos;
Minha vida e os meus sentimentos foram-se para sempre;
Momentos felizes que passaram e não voltam mais;
Ah!... Tempos bons como eu queria que vocês voltassem;
Um sentimento de rancor foi tudo o que restou em mim;
Sinto uma angústia preenchendo o meu vácuo;
Este mal que me apodera não é um mal físico;
Não é psicológico, não é espiritual, - eu não sei explicar;
O tempo passa devagar e o padecimento é maçante;
Sem dúvida, descobri a agonia dos condenados!
O sofrimento eterno dos condenados ao próprio sofrimento eterno;
Um bastardo desprezado, desdenhosamente, pelo universo;
Estou amargo, ressentido e sinto vontade de desaparecer;
Pensamentos maus alimentam o meu sentimento de ódio;
Eu quero explodir, desaparecer e virar poeira cósmica;
Mas gostaria de renascer num lugar sem sofrimento;
Onde não tivesse dor e as pessoas se amassem;
Porém, não sei se me acostumaria com tanta monotonia;
Eu pareço um idiota, ou talvez, mais confuso do que penso;
Enfim, queria acordar e descobrir que estou a sonhar;
Deus!... Diabo!... Qualquer um, por que Vós não me respondeis!?...
Porque, enfim não me levais?!...
Vejo o que um cego pode ver...
Minha musica favorita é aquela que somente os surdos podem ouvir...
Estou a confundir-te amor?
Pois saibas que se estiveres confusa não é amor para mim...
No meu peito não encontraras preconceitos.
Na minha boca não encontraras somente um beijo...
Minha mente não é para iniciantes.
Uma vez lá jamais saíras como antes.
A cada esquina á um mistério uma história uma lenda.
Venci amores invencíveis.
Confundi mentes e aprisionei valentes.
Sem ver ou ao menos ouvir.
Sou titã no meu mundo.
Mundo que pessoas como tu ajudaram a criá-lo
Não consideres perigosa a armadilha à qual caíras.
Mas sim a mente que a construiu.
O amor é uma guerra santa meu amor.
O difícil não é ir para a batalha, mas sim escolher um lado dela.
Digo-te aqui e agora que tu não foste convidada.
E tão pouco obrigada.
Queres entrar?
Então seduz-me antes que eu o faça.
Aprisiona-me antes que eu deite a chave da tua cela fora.
Cria as melhores e mirabolantes armadilhas, mas nunca, nunca me subestimes!
E então no fim veremos quem é que manda no seu próprio coração...

Obrigado por leres...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Devolve-me

Devolve-me os sonhos que te fiz sonhar
Mas que não deste valor!

Devolve-me o carinho que te dei com amor
Mas que me devolveste com ingratidão!

Devolve-me os beijos que te dei
Que, juro, vieram do fundo do coração
Mas que não deste o valor merecido.

Devolve-me as palavras de franqueza que te falei
Pois a tua fraqueza de alma não assimilou, ficando esquecido.

Devolve-me os pensamentos que te confidenciei
Pois traíste-me com argumentos que não acreditei

Por fim devolve-me a dignidade que te apresentei
Posto que magoaste o meu coração com palavras iníquas
E sem valores morais.

Apenas peço-te: não enganes a mais alguém
Pois estarás enganando a ti mesma
E sofrerás muito além do que imaginas
Minha cara! Que um dia fos-te a minha menina, a minha querida e tão amada menina.

Deixxa-me Dormir

Meus olhos da cor da terra,
Já se querem fechar...
Apesar do sol despontar lá fora.
O frio da minha alma,
Atormenta-me com memorias que já não posso reviver...
A solidão mata o meu coração,
E sinto o meu corpo a fraquejar.
Minhas mãos já tremulas,
Parecem sem vida.
Sinto os meus olhos pesados,
Eles não querem mais olhar,
Para um universo sem sentido.
Deixo-me, então ir...
Sinto-me a desfalecer,
Neste chão gelado,
Que o sol não aquece.
Quero dormir...
Sentir as sombras aos poucos,
Tomarem conta de mim...
E o meu mundo ficar cada vez mais escuro.
Quero dormir, para sempre,
E não mais acordar para a vida.
Quero ficar assim, neste estado
Toda a minha eternidade.
Sentir o meu mundo a fechar-se em torno de mim,
Deixar-me levar pela angústia e pelo desespero.
Estou cansado, meu amor....
Estou tão cansado,
Desta vida que já não tem saída
Deste ritmo alucinado dos meus pesadelos.
Deixa-me dormir, meu amor....
Para nunca mais ter de ver este sofrimento,
Para nunca mais sentir esta dor que me queima.
Deixa-me dormir....
Partir em paz, para uma outra vida,
Onde poderei enfim, descansar!
Onde poderei enfim, amar-te!

"Deusa II"

Perdi-Te

Vivo atormentado pelo desejo
Como pudeste ser tanto e tão pouco em mim
Passo as pontas dos dedos sobre o orvalho
Aquela pequena memória inscrita no teu olhar

Se eu pudesse ao menos sentir perdão
Aquele arrependimento puro
Entre a quarta e a quinta hora desta noite
Despojo-te nos meus sonhos de tão inquieta verdade

Se eu pudesse ao menos saber quem fui
Uma linha perdida num texto vazio
Fui tão pouco, mas quero ser tanto
Fui uma gota de chuva numa noite de Verão

E, agora, enquanto alinho recordações de ti
Despojo-me eu também de tão triste verdade
Perdi-te sem saber que te tinha ganho
Faltei-te na minha presença amordaçada

OS BEIJOS QUE NÃO ESQUECI

Saudade do teu beijo ardente
Dos nossos beijos loucos
Que nos cansaram o corpo
Nos fizeram tolos
Na certeza pouca
De que o nunca mais
Um dia chegaria.

Ah! teus beijos!…
Adrenalina pura!
Lânguidos,
Insanos,
Feitos de romance,
De bem, de mal, de tudo;
De sonhos de paixão,
De toques de ousadia,
Do fogo da emoção,
Do ardor, da euforia.

Dentro de mim resta o consolo de sentir saudade…

Vem!
Volta!
Esgota-me com o teu beijo!
Renova-me com o teu beijo!
Faz-me viver de novo.
No meio dos nossos beijos,
Desejos tão sentidos!

"Dentro de mim vive o consolo da saudade sentida…"

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Minha Vida

Alma na noite

Perdi-me na noite, no vento gelado de norte
Caminhando por trilhos esquecidos nos tempos,
Sendo testado por azar e contratempos
Enganando a vida e até a morte !

Cavalguei os ventos que trazem as chuvas de abril
Entre pantanos e canaviais;
Fui eu que abri caminhos tais
Para o sol primaveril !

Mas ao ser confrontado por teu semblante
Fiquei perdido naquele instante
Indefeso como a presa que dorme !

Tua voz cálida me hipnotizou,
Teu beijo doce minha guarda baixou
E deixou-me este amor enorme !

Pode não parecer muito

É de noite, lá fora faz frio
E eu sinto-me perdido no pensamento;
Porque após todo este sofrimento
Apenas resta um grande vazio!

Nem sei as horas...sabes-me dizer?!
Mas parece ser bem tarde, talvez manhã;
Ainda não será hoje, mas amanhã:
Tudo estará curado após ver-te!

E é assim que vou passando os dias
Com muitas tristezas, poucas alegrias
Contando os minutos até te tocar!

Pode não parecer muito para o vulgo ser,
Mas para mim, é o meu viver...
Viver a vida, só para te amar!

Solidão

Ao estar aqui, sozinho no vazio do meu quarto
A solidão invade-me, de tudo fico farto.
A cama vazia traz-me logo ao pensamento
Os dois a sós, aquele momento.
E a roupa fria que sinto ao deitar
Apenas faz-me querer, apenas desejar
Acordar pela manhã contigo a meu lado;
Teu corpo nú e quente, teu sexo molhado!
E se a vontade do destino me parece louca
Ao deixar-me com desejos de beijar a tua boca
É porque sinto a falta de te ver,
De estar contigo, de te amar e de te ter.
Pela noite dentro, no escuro que não vês
Amar-te-ia como se fosse da primeira vez
E tudo, tudo, tudo voltaria a ser igual;
Contigo nos meus braços tudo o resto era banal.
Deixaria de importar que o mundo acabasse, e nada restasse
Desde que eu ficasse a noite inteira acordado
E por fim adormecer a teu lado!

Sem Teu Amor É Como Morrer aos Poucos

Tenho os olhos rasos de água,
Por a vida me tratar assim tão mal,
E nas entranhas a dor que sinto é brutal...
E o coração?, Rasga-o a mágoa!
Este meu amor vai-me matar lentamente
Por causa dos erros que vou cometendo
E mesmo que, com eles, tenha vindo aprendendo
O amor será amor, eternamente!

Pois a ajudar toda esta loucura
E a aumentar toda a minha amargura
Ss coincidências fazem-se impor.
Se tive muito, uma vida desejada
Agora já não tenho nada...
Só me resta o teu amor!!!
E é o teu amor que me traz energia
Para enfrentar toda esta escuridão;
Porque se caio, logo tenho tua mão
Levantando-me de novo para a alegria!!!

São as provas duras do destino
Que nos testa toda a nossa determinação;
Que nos faz lutar, por vezes em vão
E outras, chorar como um menino.

Como num círculo vicioso, volto a dizer
A minha esperança não há-de morrer
Hei-de continuar sempre a lutar!
Porque sem o teu amor não sei viver
Sem ele, é como morrer
Lentamente deixar de respirar!!!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

JÁ PAGUEI

Já paguei em dobro as dores
Pelos erros que por ventura cometi,
Por aqueles que apenas pensei,
Foram também pelos quais me feri...
E agora quem saberá amar-me,
Com as minhas imperfeições humanas?
Quem prosseguirá com esperança,
Sabendo que não sou um super-herói?
Já paguei em dobro as dores,,
Derramei todos os meus choros,
Numa sangria de minh'alma sem fim...
E percorri labirintos para não me perder de mim...
Já paguei em dobro as dores,
E sei que preciso de me reconstruir,
Sobre os escombros acumulados dentro de mim...
Já paguei em dobro as dores,
Porque o silêncio solitário sufoca-me
E já não vejo as horas
De terminar o tempo que me falta
Porque já paguei em dobro as dores,
E não tenho mais temores
Sei que tenho que seguir.

O Começo De Um Fim

Juntar os cacos,
Limpar o sangue,
Exterminar o sofrimento,
Sair da escuridão,
Procurar a luz...

Arrancar do peito esta dor,
Enterrar a memória,
Os sentimentos,
Fiz o melhor...
O que sabia...

Triste saber,
Que para ti o meu melhor,
Não era suficiente para ficares...
Talvez não estivesse em mim!...
Talvez... Apenas talvez
Eras tu...

Que para mim não bastasse,
Procurei em todos os cantos,
Os teus encantos... Teu amor?,
Talvez... Apenas talvez o que me pudesses dar...

E por minha vez... Talvez... Apenas talvez,
Meu amor não bastasse pora nós dois.

Vai...

Vai em busca das respostas
Tenta encontrá-las e conta-as para mim
Ainda não as possuo
Tenho somente perguntas

Perguntas estas que nem a mim mesmo consigo responder
Nem ao menos consigo entender porque as tenho
Se é tão fácil ser feliz ao teu lado
Não entendo o que se passa com os meus sentimentos
Os teus então... Nem sei quais são...

Perdoa-me, mas não sei viver no meio de incertezas
Dei-te o meu coração e tu o trancas-te e levas-te a chave
Vai... Cuida dele por mim
Se um dia puder, da-me o teu, que cuidarei dele por ti
Mas se não puderes... Liberta-o...

Para que novamente ele possa pulsar...
Para que novamente ele possa amar...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Meu Choro

Eu choro, e as minhas lágrimas a cair pela minha face,
Como se toda a dor da minha alma,
Se dissolvesse pelas minhas entranhas!

Quanta dor no meu peito...
Meu lamento, é ouvido como o canto dos pássaros;
Meu choro solitário, por entre as paredes do meu quarto...

Meu canto mudo, no meu peito a naufragar,
O amor que dividiamos...
Então eu choro, sem ninguém pensar!

Traçamos caminhos diferentes...
Novas jornadas sem razão de ser...
Novas diretrizes do nosso amor que findou!

Eu choro, sem tu veres!
Eu sofro por não te ter!
Eu morro por vezes!

Findo o meu lamento, sem esperanças,
Meu choro, ainda preso na garganta...
Faz-me adormecer!

"Dedicado a todos os que choram por uma perda, por um amor, por um sonho"

Dor De Amar

Cá estou neste momento,com uma música romântica de fundo,não muito triste,talvez me fizesse chorar com mais dor, ouvindo vou tentando juntar o que restou. Raiva tenho apenas de mim, perguntas que não se calam, culpas que me sufocam e para brindar com perfeição minha nostalgia, uma tristeza que não cessa, não perdoa, não descansa. Por tantas vezes vivi este momento, eu já me via assim, porém jamais poderia imaginar que dói tanto, que é tão fundo. Não te culpo por nada e a única coisa que tenho de ti hoje é medo. Neste momento talvez como muitos poderia dizer que me arrependi de algo que fiz, que tu não poderias ter feito isso e dramaticamente insistir em ripostar que tu disses-te que me amavas. Nada disso traria a minha paz de volta, nem tu, pois o que desejava não era um corpo apenas, tão pouco só a tua presença, queria um sentimento, o melhor de ti em amor como uma vida ofertada. A dor que sinto neste momento é saber que dei tudo de mim e ainda assim não consegui aquilo que almejava, não que alguém tenha culpa ou obrigação de amar, mas aquela antiga mania de pensar que devemos ser amados sempre que amamos acaba a latejar nos meus sentidos, Mas não dou a ela ouvidos. O que me dá paz e tranquilidade ao apanhar os cacos sem me cortar de dor com a verdade é justamente isso. Fiz o que podia, amei da melhor forma que eu consegui, sobretudo, mais do que imaginei ser capaz. Isso faz o meu dia tornar-se um pouco mais claro, ainda que o sol esteja implacavél lá fora, ao amanhecer parecia envolto num manto de escuridão e medo, de quê não sei ao certo, talvez medo de encarar a vida de frente, medo de olhar e saber que a motivação para o meu amar se findou, medo de odiar ao invés de prosseguir a sonhar com o tão almejado amor, entre tantas possibilidades sei apenas que tenho medo. Mas ao amanhecer ouvi a vida, assim bastou-me um cantarolar dos passaros e alguns acenos de carinho para que houvesse uma aurora, para que ainda houvesse sentido. As vezes por se dizer que se ama, nós tornamo-nos tão egoistas, limitamos a vida ou a felicidade em apenas estar com quem se quer. Quando na verdade o sentido é amar, a quem precisa, a quem se esquece, a quem se odeia. Talvez até penses que me recuperei rapidamente e que estou pronto a viver sem ti. Lamento, seria apenas uma boa teoria, afinal: O que na verdade os dedos não falam o olhar que não pode ser visto esconde, talvez a mão apenas limpe as lágrimas e assim será esquecido. Como o presente mentiu-me a mim, talvez me sussurrasse a verdade e eu negligente fiz-me surdo ao querer apenas os gracejos deste meu coração que me prometeu o mundo, talvez somos vitimas de uma delinquência que confesso, desconhecia. Não vale a pena recordar-me de tantas tristezas, e nem por isso escrevo em verdade, escrevo porque tive boas lembranças e tento sorrir com esta partida que o meu ser me pregou, ainda que não haja graça, aprendi que enquanto se vão os poemas, ainda ficam os poetas, e ainda que se vão os dedos e neste momento se cale a fala, resta um olhar capaz de traduzir toda a dimensão do que se sentiu, do que se viveu, do que se sonhou...Mas de nada me valeria explicar. Termino por aqui, obrigado por tudo.
Adeus, foi um prazer amar-te...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ao Luar

Nesta noite quente e seca,
Onde a lua cheia se pronuncia
Ao luar me beijas ardente,
Com a paixão que me ardia.

Ao luar cantas melodias
Entre uivos apressados,
Gritas sussurros aos ventos,
Entre melodias apaixonadas.

Ao luar encantas-me com palavras,
Com gestos e mil ternuras,
Fazes-me crer em paixões,
E sonhos de mil aventuras.

Contigo sou princepe,
Dono do meu amor,
Entre beijos e loucuras
És minha dona meu esplendor.

Noite de Luar

A noite evoca o sentimento,
Lembra-me meu amor na janela,
Leve como o toque do vento,
Cheirosa, decotada e bela.

A pele sobre o luar a brilhar,
Longe tocava uma bela serenata,
Por esse amor só queria gritar,
Era a minha bela chuva de prata.

Os olhos fecham lembrando-a ainda,
E o vento à minha amada cheira,
Quando a lua, como ela, se faz linda.

Oh! Pobre Lua, não fiques com ciúme,
Mas é o vento, este amigo traquina,
Que consigo traz um antigo perfume.

"Marco Magalhães"

Lua Perdida

Plantei rosas,
Petalas com o teu rosto no fundo mar.
Construi castelos de amor. Um quarto nosso,
Duas almas como uma só.
Cantei a poesia da lua perdida
Tu és poema, quem me dera que
Eu fosse poeta
Perdi as horas do Tempo
Nesta viagem sem fim
Ainda que morra esta noite
Nunca serei o Fim de mim
Pois sempre que me recordares
Eu viverei nas asas do teu pensamento.

O Fracasso Que Sou

Quem me vê triste a passar nesta rua,
Não imagina o que o meu coração sente,
Pensa que sou alguém muito demente,
Que está com a cabeça no mundo da lua.

Mas eu já fui alguém que gozou a vida,
Que dançou tango lá de Buenos Aires,
Que passou dias a viajar pelos ares,
Que já teve as melhores horas vividas.

Hoje encontro-me neste beco sem saída,
Pedindo para que me paguem uma bebida,
No final desta avenida, num bar imundo.

Agora vejo que já estou no fim da vida,
Que a minha missão está quase cumprida,
Só me resta despedir-me deste mundo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Som do Silêncio

Qual a paz que alguem pode
Ter, vivendo na tristeza e
Nas sombras dos teus nãos?
A ira nasce, toma conta
De um corpo morto e alma
Cansada, mas saiba que a
Plena recompença dos teus
Singelos e misteriosos sorrisos
Dão-me forças para esqueçer
Aquilo que me corroi e mata [...]
Isto que sinto, talvez jamais irei
Expressar em voz, palavras
Proferidas dos meus labios tão secos
De tanto sofejar estes sons que
Aqui neste mundo não tem a
Vida que sei que desejas, mas
Derramo aqui toda a vida que
As minhas palavras nascidas destes
Sons mortos, pois na minha escrita
No meu mundo de pautas e rabiscos
Posso desenhar-te não com linhas e
Traços e cores e sim com palavras
Onde tu, apenas tu podes compreender
Porque de ti tiro a vida para elas
Nascem de forma mais sublime
Com força suficiente para abalar
As bases deste muro de silêncio que
Agora vejo.

"Talvez letras não sejam tudo [...]"

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Pesadelo de Vida

Todo o meu sangue
Adormece numa mutação de gelo,
Semeando no meu corpo o silêncio
De uma luz que oculta um véu fúnebre,
Numa melodia dormente de rugas cansadas
Que são espinhos na falésia da alma esgotada.

Nutro o oco sombrio
Das caves da solidão cruél,
Num murmuro cadavérico que uiva
Nas mentiras herdeiras do meu relógio,
A realidade é um fantasma vadio no ventre
Das minhas emoções baptizadas num vento de raiva.

Os gritos de ódio
Dos meus olhos carentes,
São serpentes enrodilhadas
Na cruz invisível do sofrimento,
Envenenando as raízes do pecado
Rastejante na saliva pegajosa da memória,
Esquecida por entre as dunas da frustração
Por onde caminho no dorso de um pesadelo.

Lavo o meu ego
Com as cinzas do sol
Apagado do meu solo enlameado
Por um dilúvio de incertezas
Que vestem o meu destino.

Cravo no rosto
A vice-versa do passado
Sepultado num caixão de pó,
Feito de lágrimas apodrecidas
No vómito de um demónio desperto
Num ninho de nojo no meu respirar
Os maus cheiros do quanto não tenho.

No nada das mãos
Nasce a morte do tempo
Trucidado pela secura da minha voz,
Enforcada no eco da dor que assombra
As planícies com o choro do meu horizonte.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Despedida

Passavas quieta de passos largos
Calma e tranquila seguias o teu caminho
Olhaste-me serena, triste e destemida
Mal sabia que jamais voltaria a ver-te
Dizias algo no teu olhar que a alma me penetrava
Indecifrável, demorado, flamejante e ardente
Era uma despedida e eu nem percebia
Nunca mais te veria, naquele dia partirias
A tua presença ora tão presente desapareceria
Os nossos encontros não mais se dariam
Tranquila e mansa partirias sem marcas
Sem adeus, sem despedidas só partirias
Simplesmente jamais te encontraria
Sobraria só a lembrança e a tristeza
Daquele olhar, daquele dia, que por mim passaste
Não era hora nem tempo de partida
Mas aquele olhar algo me dizia
Simplesmente deixar-me-ias e não mais te veria
Sem a tua presença destemida perder-me-ia
A tua força desapareceria teu poder acabaria
A despedida foi só um olhar longo e triste
Que levarei sempre comigo no espelho da minha alma

O Meu Amor Não Foi Desejo

Aquele beijo à tempos sonhado
De uma linda boca desejada
Foi a fatalidade de uma despedida
Que para sempre será lembrada.

O meu amor por ti
Não foi apenas um desejo
Foi um sonho à muito almejado
Que se confirmou na ternura do beijo.

Meu amor não foi desejo
Foi o encontro da felicidade
De uma ternura consentida
Que se transformou em saudade.

O sonho daquele encontro
De alma tão apaixonada
É a eterna lembrança de ternura
Que não pode ser controlada.

Hoje o meu coração sofredor
Vive a divagar tão sozinho
Esqueceste-te de um amor tão terno
E levastes para longe o teu carinho.

"UNKNOWN"

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Porquê Amar-te???

Porquê amar-te tanto?
Não sei mesmo o porquê disto...
Só sei que sofro por te amar
Porque contigo não posso estar...
A minha vida por ti fica virada ao contrario...
Fico sem um sentido para viver
Mas eu nunca te quero esquecer
Tu és tudo para mim
És o meu grande amor
Não percebo porque me tratas assim
Causando-me sofrimento e dor
Porque não me queres?
Isso eu não compreendo
Eu amo-te mais que a minha vida
Mas tu isso não percebes
As tuas atitudes eu não entendo
E só me apetece pelo mundo ser esquecido
Na minha face correm lagrimas tristes
De tanto por ti chorar
Do meu coração que em pedaços partiste
Do sofrimento que me estas a causar
Não sei porque te amo tanto
Se tu só me sabes magoar
Só sei que não esqueci nenhum momento
Em que o meu amor por ti estava a nascer
Em que tu me estavas a adorar
De repente tudo mudou
A minha alegria parou
E começou a grande dor a nascer
Aquela que me está a fazer elouquecer
Começas-te a ignorar-me
A gozar com o que eu sentia
Deixando-me a apaixonar-me
Por ti que não devia
Não sei o que da minha vida fazer
Só sei que não te quero esquecer
Sei que nunca te vou odiar
Porque o que sinto é um grande amor
É aquilo que nunca senti
Nem mesmo noutra época de namorar
Nem nunca senti tanta dor
Como agora a que sinto por ti
Não quero mais sofrer
Mas não o consigo evitar
Não tenho mais por onde escolher
Se não pelo sofrimento que me estas a causar
Pelo amor que eu quero ter
E que nunca mas mesmo nunca o irei viver...
Para isso prefiro morrer...

domingo, 9 de agosto de 2009

Sinto

Sinto dor, sinto traição
Sinto que já não sou feliz
Sinto medo e solidão
Sinto aquilo que nunca quis.

Sinto o escuro que me cobre a vista
Sinto que o teu coração já não é meu
Sinto que outro o conquista
Sinto que o nosso amor se perdeu.

Sinto que não quero mais sentir
A dor que me invade o ser...
E não te deixa partir.

Sinto que talvez não vá aguentar
Viver até morrer… sem ter
Junto a mim o teu olhar.

Moras Num Livro

Moras num livro envelhecido pelo tempo
Em que encerrei o teu corpo, príncesa da fantasia
Na infância longínqua em que o destino nos sorria
E onde te fiz cativa da infinidade de um momento.

Hoje abri esse livro com perfume a nostalgia
E de novo amei-te em cada promessa louca e renovada.
Estavas inteira, esculpida nas palavras da poesia
De semblante efebo e de olhar quedo no nada.

Infanta forjada numa manhã serena e fria,
Desejo seria colher-te das descoradas folhas de papel,
E levar-te a beijar o vento nas asas de um corcel

Sou a mesma criança absorta e de face vazia,
De olhos negros e fundos como o coração da noite.
Moras num livro, onde o idílico amor ainda é doce...

Aparece

Onde é que tu estás?
Porque é que não apareces
Só queria que pudesses conhecer-me, mas não me conheces
Só queria que me aliviasses este sofrimento
Tenho sempre a sensação que não aguento isto nem mais por um momento
Não aguento isto dentro de mim
Agarra-te a mim, ou põe-me um fim

Não te escondas mais por favor
Tira-me deste círculo em que nada é animador
Salva-me disto
Tira-me este quisto

Dá um rumo à minha vida
Faz dela a minha história preferida
Dá-lhe um sentido
Diz-me que sim ao ouvido

Imploro para me preencheres este vazio do meu lado esquerdo
Quero deixar de ter medo
Tremo só de pensar que esta solidão pode ser vitalícia
Estou com dificuldade em acreditar que a felicidade não é fictícia

Liberta-me disto, ou então eu desisto
Tenho força, mas a tanto não resisto
Traz-me o meu sorriso de volta...
Por favor aparece antes que todo o meu amor se transforme em revolta...

Caí Na Desgraça

Se um dia saí de dentro de mim,
Se um dia vivi tudo até ao fim.
Nesse dia gritei pela vida passada,
Nesse dia chorei pela outra estrada.
Nesse dia olhei e já não vi nada.

Então no deserto onde eu estava,
Descobri de certo o que se passava.
O fim era agora já estava aqui.
Já, sem mais demora o epílogo li,
E vi-te Vânia...tão longe daqui.

Se um dia voltar eu hei-de querer,
Eu hei-de abraçar todo o viver.
Mas por enquanto mais nada se passa,
Estás longe e portanto caí na desgraça,
De te amar tanto...que nunca mais passa.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Desisti

Não consigo voar,
Tenho as asas rasgadas,
O meu coração partido,
A minha vida...
Acabada...

Tudo foi apenas um sonho.
Sonhei que era alegria,
Vivi meio na fantasia,
Desisti, de viver esta agonia
Não quero mais sofrer.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Desisti de Tudo Hoje

A insónia tomou o meu sono
Nada me sossega agora
A angústia tomou o meu pensamento
Nada me afasta da agonia
Resta-me o olhar fundo na alma dorida
Resta-me a encruzilhada de viver
Neste dia tudo me castiga
Neste dia tudo virou chuva grossa
Molha fundo o meu amor-próprio
Pisa bem dentro do meu peito
Como dói este dia
Em que sei que sou esquecido pelo tempo
Só queria o poder decidir
Só queria poder terminar
Este cansaço de viver
Nas amarradas da vida

Como queria este dia não estar aqui
Perdi o sono
Perdi a vontade de sonhar
Do que vale respirar
Se no fundo eu queria fechar os olhos
Adormecer no sono eterno
Viajar por entre anjos
Tocar as mais belas cedas de suas vestes
Ouvir as mais doces melodias
Sentado na mais linda nuvem
Como seria bem mais lindo meu dia
Quero fechar os meus olhos
Esquecer que estou a respirar vida
Quero fugir desta agonia de viver
Estou cansado de tanto sofrer estou cansado
Estou dorido com a vida
Sofro a dor do desprezo
Sofro a dor de injusto desejo
Sinto o cansaço a tomar-me
Queria ser insensível
Despreocupado com o sentimento alheio
Pisar quem me pisa
Queria viver como um selvagem …..
Queria desaparecer neste dia angustiante
Minhas lágrimas estão a cair frias no meu rosto
Por mais um dia que tenho de viver

"UMA PESSOA NÃO MORRE APENAS QUANDO DEIXA DE VIVER, MAS SIM QUANDO É INCAPAZ DE AMAR", perdoem-me mas desisti.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Deixem-me Morrer

Deixem-me morrer descansado,
Não me acordem se adormecer
E cair em sono profundo.
A vida assim não vale nada,
Parece que nasci só para sofrer
E estar só, tão só, neste mundo.

Acordo sem me sentir acordado,
A vida não fez por me merecer.
Atirou-me para o poço mais fundo,
Não há quem me atire uma escada,
Quem me salve e me faça esquecer
Como tudo o que toco é imundo.

"UNKNOWN"

domingo, 2 de agosto de 2009

Doi

Dói!
Dói porque fiz de tudo,
Porque quis tudo...
Dói porque tentei,
Porque procurei...
Dói porque apenas queria,
Porque apenas como um amor te via.
Dói porque acreditei,
Porque nunca por ti chorei.
Dói porque espero
Porque sem ti desespero...
Dói não porque te quero
Apenas porque preciso de ti...
Dói e continuará a doer,
Dói porque sem ti não quero viver,
Dói de verdade.
Dói porque preciso da tua presença.

A Morte do Amor

De ti guardei apenas o silêncio
Amordacei a boca
Para não gritar o teu nome
E pus-me à espera do nada
Em pranto fiz e refiz versos
Que rasgueio e deitei ao vento
Pois eles eram para ti
Fechei os olhos para não pensar-te
E imaginei-te com outro a sorrir
Enquanto a inquietude me invadia
E foi-se uma estação
Sem saber onde andavas
Sem ouvir teu riso
E no fim de uma longa espera
Fechei a janela
Apaguei a última réstia de luz
Encolhi-me num canto frio da minh'alma
E deixei que a morte do amor
Extinguisse por fim, a dor...

sábado, 1 de agosto de 2009

Chuva de Solidão

Num fenômeno interno de devastação
A luz apaga
A dor alaga
Sem sol,solo ou solução
A planta ficou encharcada
De solidão

O impulso pulsa na minha mente
Procurando uma brecha para escoar
Toda a tristeza insistente
E semear árvores de amor

Irei secar todos os trechos
Antes que eu comce a afogar-me
Eu já paguei todos os preços
Dessa fonte não quero mais provar

Vou aquecer o meu abrigo
Nas brisas vou querer voar
Vou abolir este castigo
Mil arco-íris no céu desenhar

O Meu Corpo É Um Poema De Morte

Meu corpo
é um poema de morte.

Escrevo-me
em palavras mal fadadas,
noites de horas paradas.

Versa-me
na pele agonia sem fim,
dor que deixaste em mim.

Sou zombie
neste mundo de cheiros nauseabundos,
suor da morte para mim é bálsamo de sorte.