segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ADEUS MUNDO

Imagino o meu caixão,
Ser banhado por lágrimas de dúvidas,
É meu dever pedir perdão,
Por este adeus antecipado!
O meu pesadelo?
É estar no caminho certo,
Porque tudo sempre foi certo!
É a perfeição que me mata,
O perigo de saber que existe um limite,
E que um dia posso tropeçar,
E ninguém estará do outro lado para me agarrar,
E dizer como “de ti tanto me orgulho”!
A escolha não é fácil,
Não é a vida que anseio tirar,
Mas é esta dor que pretendo atingir!
Não se culpabilizem por algo que é apenas meu,
Não procurem nas memórias os sinais que sempre negaram,
A hora chegou,
Não estou sozinho,
O anjo negro está aqui sentado ao meu lado.
Primo o gatilho.
Sinto a dor sucumbir.
E como no inicio dos inícios,
Volto a ser nada mais que apenas… pó!

Escrevo para não existires

Não quero que entres neste texto.
Não tens uma vida que eu possa compreender.
Alguns momentos no teu pensamento nunca serão uma vida.
Não me faças odiar a minha escrita de forma a humanizar o tempo.
Não entres nesse lugar interior onde sabes que estão guardados todos os sentimentos que eu utilizo para te destruir.
Quero que vivas fora do meu ódio.
Quero que ames longe do meu amor.
Estou farto de salões de palavras em silêncios luminosos.
Não escrevo a tua história porque sei que és um final infeliz.
A tua força é excessiva para as minhas qualidades humanas.
Nem as minhas palavras servirão de pronto a vestir para as tuas carências.
Tenho ainda o teu corpo tatuado nos meus braços.
Se o amor não fosse tão infantil, se tu própria não fosses a criança que transportas na forma de amar, então tudo o que eu te escrevo seria perverso e desumano.
Prefiro que seja o teu silêncio a derrubar todas as palavras que nunca escreverei. Aviso-te: as palavras só ameaçam quem as profere.
Não posso escrever-te dentro desta escrita.
Dizias na força de existires que te sentias uma mulher carente.
E eu acompanhava esse choro na impossibilidade de te compreender.
As palavras nunca serão a verdade daquilo que sentimos.
A verdade é uma linguagem do silêncio.
Nunca tive medo do silêncio, porque o silêncio é o meu acto de viver.
Tu não. Tu vives sem silêncio. Vives com palavras a mais.
Porque tu és um labirinto que arruina o meu pensamento.
Não te quero viva neste texto nem em memória nas minhas palavras.
Não quero a tua presença neste tempo construído de palavras desumanas.
Quero ser eu a perder-me nesta escrita de enganos.
Só os juízos de valor e comportamento dos outros são injustos.
E o silêncio nunca foi um bom advogado.
E tu, insecto feminino que esvoaça à volta dessa luz inexistente do silêncio, também pecaste pela injustiça de seres quem não aparentas ser.
E em vez de sugares o doce da vida, enches-te de razões amargas.
Às vezes não me apetece magoar ninguém, mas se magoo é porque está escrito.

Um dia tu aprendes que..

"Depois de algum tempo tu aprendes a diferença,
a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.
E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto
e não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair meio em vão.
Depois de um tempo tu aprendes que o sol queima
se ficares exposto por muito tempo.
E aprendes que não importa o quanto te importes,
algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que tu podes fazer coisas num instante,
das quais te arrependerás para o resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida,
mas quem tu és na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos
se compreendermos que os amigos mudam,
percebes que teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa,
ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida
são levadas de ti muito depressa,
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos
com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros,
mas com o melhor que tu mesmo podes ser.
Descobres que se leva muito tempo para te tornares a pessoa que queres ser,
e que o tempo é curto.
Aprendes que não importa onde já chegas-te, mas onde estás indo,
mas se tu não sabes para onde estás a ir,
qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas teus actos ou eles te controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as consequências.
Aprendes que paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te ignore
quando tu cais é uma das poucas que te ajudam a levantar-te.
Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência
que se teve e o que tu aprendes-te com elas
do que com quantos aniversários tu celebras-te.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que tu supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são burrices,
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia
se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva,
mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama do jeito que tu queres
que ame, não significa que esse alguém não te ama,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes tu tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julga,
tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido,
o mundo não pára para que o consertes.
Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, planta teu jardim e decora tua alma,
ao invés de esperar que alguém te traga flores.
E tu aprendes que realmente podes suportar...
que realmente és forte, e que podes ir muito mais
longe depois de pensar que não podes mais.
E que realmente a vida tem valor
e que tu tens valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem
que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."

Vale a pena pensar nisto:???

"William Shakespeare"

:::

Caminho sem ver,
Caminho já farto de sofrer
Tudo aquilo que sinto
Não é mais do que me perder.
Sinto a minha alma a depauperar
E a nada me consigo agarrar!
A dor sobre mim me dobra…
Apaga a imagem,
Apaga toda aquela visão,
Que fazia vibrar o meu coração.
Choro a pena que por mim tenho…
Sofro por tudo aquilo que deixei
Fico completamente assombrado!
Desço uma enorme escadaria,
E não sei onde ela vai parar
Mas não tenho medo algum,
Pois nesta vida já não penso acreditar.
Paro e mortifico-me…
Vou aqui assumir e colocar o fim da minha Vida!
Ando mais um pouco,
Com um olhar que pareço um louco.
A Vida desiludiu-me…
Assim assino a minha Morte,
Dando um passo em falso
E com a minha cabeça bati.
Fez um estrondo forte!
Esgueirava sangue por todo o lado,
Já não tinha qualquer movimento…
Foi ali o meu fim,
Pois a vida não queria saber de mim!

Qual foi o meu erro?

Será meu erro amar-te desta forma despropositada, indevida?
Será o meu amor um grande incômodo nos teus dias?
Será que deveria ter-me calado mais esta vez?
Porque é o nosso amor antigo, anormal, intenso
E por querer que ele enfim desabroche falo sem saber se devo
Porque não somos mais os mesmos, as histórias mudaram
Os personagens são outros, e o sentimento está a arder no peito
O que houve que nos esquecemos, que nos perdemos entre outros
Saciamos a nossa carência, a nossa saudade de um calor,
Mas deixamos o principal, que nosso amor ficasse ao léu
Um amor assim puro e verdadeiro ficou por anos vagueando
Para que um dia no meu coração alguém preenchesse o vazio
Um vazio que me deixas-te quando foste para longe dos meus olhos
Será meu erro ter recomeçado um amor tardio?
Ter aberto o meu íntimo, os meus anseios e desejos?
O que aconteceu com o nosso amor?
O que matamos, antes mesmo de começar?
O que dissemos e maltratamos antes de saciar?
O erro foi amar-te desta forma despropositada, indevida
Enfim o erro foi de certa forma, sequer amar-te

Roubaste o meu coração

Apareceste do nada
Entras-te no silêncio da noite
Instalaste-te no canto mais obscuro
Não dei conta de tua entrada
Só um vazio tomou conta de mim
Assaltaste o meu cofre
Roubando dele o tesouro
Algo que desconhecia existir
Agora sinto em mim, um vazio
Uma dor que magoa, bem no fundo
Roubaste-me o meu coração
Ensinaste-o a Amar
Deste-lhe vida nova
E agora ???
Sinto falta de ti
Uma angústia absurda
Sentimentos loucos que desconhecia
Roubaste o meu coração
Ensinaste-me a Amar
Quero-te em mim
Vem-me completar nesta dor nesta falta
Sinto falta da tua presença
Traz de novo o meu coração
Vem e vamo-nos Amar

"Nunca me irei despedir da poésia, vivo nas palavras, e inundo-me nos sentimentos..."