terça-feira, 30 de junho de 2009

EU SEM MIM

...Olho-me nos olhos,
...Sou apenas o espelho de mim mesmo...
Sem fonte para beber,
Sem drogas para usar,
De canto em canto,
Só a noite me encanta!
...E spelho-me nos meus rios,
...Sou tudo num mar de tantas águas...
Cheio de prosa para mostrar,
Cheio de cinema para falar,
De verso em verso,
Só a musica me sorri!
...E spero-me chegar de novo,
...Sou aquele que vejo voltar e tal...
Sem medo dos fantasmas,
Sem fé nos deuses de ontem,
De segredos e segundos
Só a mim tenho para entender!
... Saio-me bem ás vezes,
... Encontro-me só comigo...
As tuas leis já foram revogadas,
Tuas marcas ficaram por baixo,
De tudo que tenho agora sou a soma,
E o resultado de velhas novidades!
De velhos amores...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Dor no Peito

Cá dentro do peito doi
Uma dor cilênciosa
Tá como rato que roi
E faz a dor amorosa

Suspiros cheirando a rosa
Coisas de antigamente
Tristeza tão venenosa
Que vai matar muita gente.

Cá no meu inconsciênte,
Trago dores da partida
Coisa que maltrata a gente;
E faz doer toda vida.

Lembranças da Vânia
Que figou longe de mim
Saudades da despedida
Que me leva para o fim,

Se sinto o peito doer
Com essa dor que sai
Talvéz tentando esquecer
Tudo que na mente vai.

São rosas que quando cai
Se despetala no chão,
É como dizia o pai:
Saudade de quem se ama
Doi fundo no coração.

domingo, 28 de junho de 2009

"Incerterza pós-morte"

Onde estarei eu, onde por ventura,
depois da minha morte fantasmagórica?
Serei eu uma estranha criatura,
como os socráticos com sua sábia retórica?

Preparado estarei no dia em que vier
a minha morte de cheiro funerário.
Serei eu outro Ricardo de sobrenome Qualquer?
Putrefação cadavérica ou produto incinerário?

Talvez meu cordão de prata seja aniquilado
e certamente meu corpo seja estraçalhado
pelos micróbios que farão de mim uma presa...

A transitoriedade para mim é um mistério,
só sei que castelo de defunto é cemitério
e que a morte é infalível e única certeza.

Volta...(Vânia Noversa)

Ó, vida minha, ternura pura,
Porque me deixaste nesta hora escura?
Como pudeste partir com tanta calma,
Deixando este corpo sem sua alma?

Estou cego e só, com o passo incerto,
Ando perdido, sem guia, neste deserto...
Com o espírito triste, o juízo escuro,
Em toda a parte te vejo e te figuro!

Como pude eu deixar-te partir,
Estando minha alma tão insegura?
Triste de mim por não poder seguir-te!

Volta, musical tesouro, vem-te a mim...
Alivia esta alma de tanto aperto,
Impõe a estes negros fumos, maus ventos, o fim!!!

"DEDICADO A VÂNIA DE JESUS NOVERSA GOMES"

Eu Peço Para Morrer

Eu quero morrer hoje
Mas não te encontro em lugar nenhum
Nem sei mais se te encontro no meu coração
Já fiquei triste demais

Eu sou um coitado
Mas não venham dar-me os pêsames
Já estou farto disto
Deixai-me morrer em paz pelo menos

Porque é que quem ama sofre?
Porque é que sempre choramos?
É um abismo, um abismo
De dor no meu coração

Para que servem estes rabiscos afinal?
Se a minha dor não cessa nunca
Solidão, solidão
E toca a música

Eu quero morrer hoje
Porque dá vontade de desistir de tudo
Parece que não me restou mais nada
Não me resta nada, nada!

De que adianta escrever se ninguém me ouve?
De que vale uma vida então?
De amor?
De dor?

Eu quero morrer, por tua causa
Tens razão em dizer-me assim
E a minha tristeza
Faz-me parecer o único que se sente assim

Eu só queria morrer meu Deus!
Morrer de amor uma vez que fosse
Mas parece que ninguém me ouve
Todos estão longe de mim

Tentar de novo outra e outra vez
É o que fazemos toda a vida
Meu coração dói, dói e a dor fulmina
E eu choro feito um parvo em silêncio
O que é preciso?
Meu Deus o que é preciso para a fazer amar?
Eu só quero morrer
Eu quero morrer...

Manda alguém para me matar então
Se não és capaz de me dar esse gosto
Eu preciso morrer, eu quero que me matem
Que me matem por um amor
Eu só preciso de morrer...

O MORTE ABRE AS TUAS ASAS E LEVA-ME CONTIGO.
DEUS, DIABO, QUALQUER UM PORQUE NÃO ME ATENDEIS?

Morte...

Tenho razão de falar deste incômodo.
A certeza que temos nesta vida,
É de que morreremos um dia...
Indo pro além, a nossa melodia.

Não há condições de se decifrar...
Das decisões tomadas pela Divindade,
Peço sempre a Deus para me levar...
Que a voz da poesia seja a eternidade.

Este texto é límpido e plausível,
Como a maioria dos meus escritos
A caneta carrega esta dor terrível

Trago do dicionário a palavra solidão
Para amenizar o impacto da minha dor,
Deixando sempre vivo o meu coração

"DEUS PORQUE NÃO ME DEIXAS MORRER?"

sábado, 27 de junho de 2009

Coração Congelado

Coração desolado embrutece
Quando mede o quanto sofreu
Congela o sangue, que um dia ferveu
Nem agrado, nem carinho o arrefece

Mesmo que encontre novo amor
Ele nunca, nunca mais esquece
Toda dor e indiferença permanece
Mesmo que aquecido com todo ardor


Oh! Coração desolado
Oh! Coração congelado.

Mentiras

Disses-te que seria eterno esse amor
E obstáculos enfrentaríamos
Disses-te que irias onde eu for
Que juntos, pela vida, lutaríamos

Porque me mentis-te?
Se não era isso que querias.
Para que é que me iludis-te?
Se mais tarde acabaria.
Porque me enganas-te?
Só para ver que podia.
Porque é que fingis-te que me amas-te?
Eu acreditei que seria.

Fui cego, tão tolo,
Para cair de novo no teu jogo.
Acreditar no brilho do teu olhar,
Brilho no olhar da cobra antes de picar.

Ao menos em parte foi bom,
Aprendi mais uma lição que a vida me deu...
De não chorar porque, um dia acabou,
Mas sorrir porque, um dia aconteceu.

EU (Morto-vivo)

Ergue-se do caruncho do jazigo,
Um defunto do destino,
Exibindo a carne putrefacta,
Sob a escuridão do pessimismo...

Divagando sem rumo,
Arrasta o cadáver carcomido
Sob o transe do cepticismo,
Que não o deixa sorrir.

A dormência de fantasiar,
Rola-lhe a pele apodrecida,
Coberta por roupas esfarrapadas
Que corroboram a morte do espírito

Na sua sepultura pode-se ler
Aqui jaz um pobre derrotista
Que não soube sonhar
E que agora carrega
Uma alma que não sente
Uma alma sem olhar...

"uma adaptação e alterção do poema de JPMANSO"

Frieza Venenosa

Novamente, aqueles meus gritos...
Alheios ouvidos serão ‘perturbados’.
Mas da minha parte que sente tua falta diariamente,
E que sempre sente tua frieza, mesmo (im) presente,
Sorriu...

Para não esmagar-te com pressões,
Deslizo, esmago-me!
Assusto, calo,consinto, escondo-me em mim,
‘Tão entregue e tão feliz’
Às vezes, deixo-me contaminar com tal egoísmo frio,
Tornando-me um ‘mal’...
Mordo-me de tristeza,
Após isso,
Quero morrer!
Culpando-me por desviar tua atenção


Minha fraqueza é a tua frieza
Sofrimento em mim, tranquilidade para ti;
Nisto, reflito
De que me vale este flagelo,
Se todas as cabeçadas e sementes parecem ser platônicas?

Temo que duvides que eu te valorizo,
Temo que penses que eu ache que és falsa,
Mas que importância tem...
O que fos-te em mim?...
Isso já não importa...
Eu não devia mais insistir... (?)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Abismo

Vai doer,
Mas vou arrancar o que me faz sofrer,
Nem que tenha que cravar as unhas,
Esfolar até sangrar, mas vai sair,
Vai passar...
Talvez um dia, com calma, esqueça.
E entenda porque me fizes-te sonhar tão alto com este amor,
E depois despencar neste abismo de...nada.

Minha Dor...


Tu não sabes o quanto me dói,
Quando perguntam para onde foi a minha alegria...
Quando querem saber de onde vem tanta tristeza,
Que agora é clara e evidente no meu ser...

Mal sabes, que toda esta amargura,
Que em vão tento esconder,
Vem de um amor distante, apenas dos olhos,
De um amor que não pode florescer...

Mal sabes, que os dias vão passando,
E com eles a minha vontade de viver vai-se esvaindo...
Ah, como eu queria extravasar...
Poder ficar ao teu lado e dizer-te, palavras simples,
Porém marcantes, quando ditas com o coração:
EU AMO-TE !!!

Não sei se me sinto egoísta, ao querer-te como eu quero
Amando-te como eu amo...
Tu não me pertences...
Tu és do mundo...

Acho que isso aumenta mais a minha dor...
Saber que tenho de te compartilhar,
Com o teu trabalho, oa teus amigos, as tuas coisas...

É que, o que eu sinto é tão grande, tão forte,
Que já não dá mais para aguentar sozinho...
Preciso de ti ao meu lado, antes que enlouqueça...
Preciso de ti ao meu lado, antes que desapareça...

A distância é dura...
Tem o gosto amargo da saudade...
Da incapacidade...
Da desaparecida felicidade...

Dizer mais o quê ?
Que eu te amo !!!

O gelo do teu olhar…

Porquê; agora?!
Porquê todo esse frio
Tão triste, e tão impenetrável?
Porquê toda essa indiferença?
Talvez nunca tenhas reparado;
Talvez tenhas sido sempre indiferente;
Talvez nunca tenhas gostado de mim…
Mas porquê mostra-lo agora?
Agora, porquê?

Faço tantas tentativas
Para amar-te novamente;
Desta, daquela ou da outra maneira…
Mas não consigo mais!
Porque não me deixas olhar-te nos olhos,
E penetrar todo esse gelo?
Esse teu gelo de indiferença,
Onde congelaste o meu rosto.
Onde as palavras e os beijos
Que só para ti escrevi;
Não conseguem entrar…
E por fim, estrilhaçar;
Toda essa cortina que nos separa…

Será que quando olhas para o lado,
Não reparas no canto frio e escuro
Onde estou escondido do mundo?
Porque não tentas tu,
Olhar-me nos olhos,
E desnudar-me de toda essa mágoa
Que me afasta e me gela
Nessa triste e fria distância
Tão próxima de ti?…

Porquê agora?
Porquê nesta altura,
Em que na minha face
Pelas primeira vez em sempre;
Se rompeu um doce e meigo sorriso?...
Porquê depois do dia derradeiro?
Depois desse dia,
Que será para sempre;
Apenas em mim, em ti, talvez?
Porquê agora esse gelo?
Porquê toda essa gelada indiferença?
Agora porquê?
Porquê; agora?!

Grito de dor por me achar metade.

Grito de dor por me achar metade,
E da perda morre-se-me os sentidos,
D'amor, confiança, até a saudade,
Se perde na companhia dos vencidos.

Não mais carrego em luz a idade,
Mas o fardo que vai escurecendo.
Jaz já metade de minha claridade,
O tempo, o que resta vai comendo.

Zarolho que sou, não mais acerto,
Nem um sopro dessa meia, nem ais,
Tão pouco essa sombra esquecida.

Música minha, vida em desconcerto!
O que me cantas quando assim olhais?
Roubas-me a alma matando-me a vida.

Roubaste-me...

Roubaste tudo o que é meu, roubaste a minha vida, a minha alegria, a minha esperança, os meus gestos...
Aquela vida que eu tinha, em que tu entravas, em que eu te amava e ainda restava uma esperança nem que fosse pouca, mas existia...
Aquela alegria, que tu me davas, que eu sentia e que estava presente em tudo o que eu fazia...
Aquela esperança, que tu me roubaste nessa quinta-feira, e que eu não sei se vai voltar...
Aqueles gestos que são meus, que podiam ser nossos e que agora também os perdi...
O que me resta é a minha simples vida, sem sentido por não te ter e por te ter perdido, esta vida que já não tem esperança e que a única alegria que lhe resta é a que é dada pela amizade...
Roubaste tudo o que fazia mais sentido na minha vida, roubaste os gestos que são meus...
Na tua mão, eu pus toda a minha vida e tu fugiste com ela sem nada me dizeres, sem me dares satisfações...
Perdi-te, talvez para sempre...
Mas nos meus sonhos, eu ainda nos vejo juntos, com as nossas mãos a tocarem-se, e a sair da nossa boca, doces palavras que todo o sentido fazem, pelo menos para mim...
Oh, tão belos são os meus sonhos comparados com toda a tristeza que se assola na minha alma...
Esta alma que também te pertencia, mas essa tu não me roubaste, eu ainda a tenho...
Não deixei de te querer, mas tudo tem um limite...
E o meu coração está a sangrar por tua causa...
Amor, será que nunca te voltarei a ter?

Sobre a Obra:
Dedicado a allguém que me fez sentir uma pessoa maravilhosa, mas no final roubou tudo o que a minha alma, o que o meu ser, tinha de melhor.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Linda




Você roubou a minha vida
A alma inteira
Você não sabe como é a minha dor
Mas eu não quero a sua pena
Você não sabe o tanto que eu perdi
Não liga se meu mundo quebrar e cair
Em um abismo de desilusão
Você já me roubou a vida
E eu me sinto
Como uma pedra onde
O mar derrama a onda
E acostumada, nada sente
Você não sabe o importante que foi
Que sua ausência nunca
Vai chegar ao fim
Que eu te dei um pedaço de mim
Você não sabe o que é o amor
Que o medo invade qualquer solidão
Você não sabe que dano causou
Que faz em pedaços meu pobre coração
Que batia quando ouvia
O som vazio em sua voz
O som macio em sua voz
Você que me roubou a vida
Todos os sonhos
E me deixou somente
O frio da sensação
De já não ter mais esperança
Você não imagina o quanto eu perdi
Não sabe que será impossível esquecer
E que a saudade só pensa em você
Você não sabe o que é o amor
Que o medo invade qualquer solidão
Você não sabe que dano causou
Que fez em pedaços meu pobre coração
Que batia quando ouvia
O som vazio em sua voz
O som macio em sua voz
Você não sabe a verdade de quem ama
Você não sabe como foi que me deixou
Você foi fria e congelou a minha alma
Você deixou em mim o vazio e a dor
Você não sabe o que é o amor
Que o medo invade qualquer solidão
Você não sabe que dano causou
Que fez em pedaços meu pobre coração
Você não sabe o que é o amor
Que o medo invade qualquer solidão
Você não sabe que dano causou
Que fez em pedaços meu pobre coração

Quanto tempo tem o tempo?

Quanto tempo tem o tempo para me dar?
Um instante?
A eternidade?
...ou apenas saudade...?

Quanto tempo é um instante?
Quanto dura a eternidade?
Quando tempo é saudade?

Quanto tempo é bastante?
Quanto tempo soube amar?
Quanto tempo...
...Tem o tempo para me dar…?

"UNKNOWN"

Poema quase incompleto

Estava decidido.
A matar de vez o sonho,
A enterrá-lo num qualquer baú,
Sem nada perder.
...Até te ver.


(Foi quando me olhaste,
Que entendi,
No final dos tempos,
Só te quero a ti).


Estava certo que era tempo de me conformar.
Na vida que se esgota,
Nada a sentir,
Pouco a acrescentar,
...Até te tocar.


(Beijei-te,
não sei se sentiste,
Sonhei,
sei bem que notaste).


Desperto a origem dos séculos,
Invoco fadas e princesas,
Sou delirante cavaleiro,
Predador das incertezas.


Que me interessa o tempo,
Que me importa a vida,
O meu sonho,
Nao tem despedida.

"UNKNOWN"

Quase

Ainda pior que a convicção do não, a incerteza do talvez
é a desilusão de um "quase".
É o quase que me incomoda, que me entristece, que
me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor, não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor,
está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir
entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige, nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas,
nem que todas as estrelas estejam ao alcance,
para as coisas que não podem ser mudadas
resta-nos somente paciência,
porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória
é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio
ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando, vivendo que esperando
porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu!!

"Luís Fernando Verissimo"

terça-feira, 23 de junho de 2009

Lágrimas de sangue


Quando passares por mim na rua,
Por favor, não me fales...
Não quero que ouças esta voz,
Que não é minha nem tua,
Que chora todos os males
Unidos num só vento veloz.
Não quero que saibas como estou,
Que estou completamente nu
Numa incerteza tão incerta!
Não quero dizer-te se fico ou vou
Para outro mundo ou outra lua,
Se estou vazio ou deserto.
Lágrimas de sangue se escorrem
De um canto oculto do meu coração
Que eu nunca julguei ter e sentir!
E se os sentimentos me morrem
Ao alcance da palma da minha mão
Prefiro fechá-la e não os dividir!

A Última Lágrima

Quando eu sentir a última dor
Talvez muito pior do que a horrenda dor de existir
No último momento da minha vida em terminal ruptura
Em que derramarei, não mais em poemas
Mas na minha face de velho, a última lágrima afinal
No segundo seguinte depois da minha morte estarei livre
Muito além das pradarias celestes
Onde certamente, não haverá mais dor
Estarei limpo da doença, do sofrimento, da morte, das amarguras da vida
E finalmente o meu rosto no caixão hão-de reconhecer
Ainda desconfiados de que estarei a rir dos que ficaram
Aquela face desconstruida da dor da existencialização
E que será meu último poema na estética da minha paz finalmente alcançada
Muito além da minha última lágrima.

Esta é a última lágrima

Esta é a última lágrima,
Que choro por ti.
Lágrima que brota do mais profundo do meu coração,
E é envidenciada através dos meus olhos,
Lugar de intensa expressão.

Lágrima que escorrega no meu rosto,
Tornando salgada minha emoção,
De ver-te partir como areia fina,
Que por entre meus dedos sai
Sem me dizer a direção.

Não penses que para mim é fácil,
Expor assim a minha frustração,
Mas não vou ficar mais a chorar,
Por alguém que rejeitou o meu coração...

Esta é a minha última lágrima,
Derramada por ti,
Pois agora deixarás de fazer parte da minha vida,
Voltarei a sorrir?...

Uma lágrima especial




Fala da nossa verdade e desde a fonte… A alma
Deixa um caminho de calma tem por nome… Sinceridade.


O corpo reage à dor que avassala a alma, faz de tudo para o proteger.
Ver-te lágrimas, tenta distrair a mente com filmes de bons momentos
e, não é que serene a dor, adormece-a momentaneamente para se
recuperar. Deixa o nosso olhar vago… bem distante, parecendo pensar
em algo mas, apenas na ânsia louca de uma luz que por mais ténue,
brilhe ao fundo de um poço que se dá por nome… solidão.
Lentamente nessa apatia, uma lágrima desce de tão mansinho que até
parece sentir medo de perturbar. É uma lágrima especial…
Turva o nosso olhar, além dessa missão (tentar impedir que o olhar
não sinta que a luz não existe) abstrair-nos também para que fiquemos
um pouco a pensar na sua trajectória e significado. Damo-nos conta
de que ela é mesmo especial, não nasce no olhar de todos.
Essa que mansamente rola pela face tem um calor e uma suavidade
não antes vistas numa lágrima qualquer, acho que ela nasce na alma
bem no âmago como a querer, desde a fonte lentamente provar-nos
de uma forma inequívoca que a sua missão é de amor.
Só ela prova dessa forma um sentimento que palavra alguma,
gesto nenhum, a consegue suplantar.
Prova a nossa verdade e que mais não seja, faz prova disso a nós mesmos.


Um dia se te nascer uma assim, quem sabe possas entender a transparência desta.

segunda-feira, 22 de junho de 2009




Sem apostar,
Tudo perdi.
Sem arriscar,
Só defendi.

Quando me dei,
Não me vendi.
Nunca pensei,
Só conclui.

Não sei se sei,
Viver sem ti.
Não sei se sei,
Viver sem ti.

De tanto olhar,
Eu não te vi.
Tentei escutar,
E não te ouvi.

Não perguntei,
Só respondi.
Não procurei,
Nem descobri.

Não sei se sei,
Viver sem ti.
Não sei se sei,
Viver sem ti.

Andei,
Não sei como cheguei aqui.
Parei,
Eu não posso mais viver sem ti.

Quero-te ter,
Já decidi.
Eu vou correr,
Atras de ti.

Não sei se sei,
Viver sem ti.
Não sei se sei,
Viver sem ti.

"Taxi"

Mar Sereno


Água peregrina
Fina-flor do vento
Tua voz divina
Dá-me ainda alento.

Navios antigos
Há muito partiram
Os mastros vão lindos
As velas caíram.

No cais beira d, água
Meus olhos perdidos
Escutam a mágoa
Dos barcos esquecidos!

Que força ou perdão
Quer ainda levar
Todo o coração
Nas ondas do mar!

Mar


Quem sente no Mar a calma
Quer dele fazer seu Hino
Vive, sonhando, um trauma!
Trá-lo em si um fascínio!...

Desperta uma paixão
E quer ter um alento
Diz ao Mar, sua canção
Nestas ondas, vão o vento

Do Mar faço a Poesia
Da Poesia a onda minha
Canto ao Mar minha alegria
Quem me dera ser Rei!

Se eu fora Rei do Mar
Por nele fazer um casamento
Me deixaria matar!
Neste sonho de momento

Se um dia

Se um dia ouvires a minha voz,
Suplicando-te migalhas de amor
Espero que não sejas tão atroz,
E venhas aliviar esta minha dor

Se um dia eu estiver com sede
Passando num grande deserto
Tenha mais piedade e chegue
Até mim, para me ver de perto

Se um dia eu estiver festejando
E arrependida estiveres a olhar
Tenha coragem e venha pedir

Para que esqueça o que passou
E agora quer me dar seu amor
Pois, com certeza eu vou refletir.

Deserto


Peregrino no deserto da saudade
Em busca de um oásis
Que me flagre os sentidos,
Que me resgate do padecimento
Da espera.
Habito a aridez do sentimento,
À procura de uma miragem
Que me mate a sede dos olhos
E da boca.
Esse deserto ilusório e real
É o meu saara de sal
Encoberto por areias de saudade.
Sou peregrino da emoção,
Beduíno da espera do oásis
Dos teus olhos.

domingo, 21 de junho de 2009

Para Ti:

Todos nós temos uma sequência na vida a seguir,
Obrigatoriamente ...
Nascemos, crescemos,
Uns estudam outros não,
Uns tem uma vida mais fácil,
Nascem em berços de ouro,
Outros por sua vez já não tem certos privilégios.
As coisas não surgem com tanta facilidade ...
Têm que batalhar muito,
Para que o futuro que sonham e esperam,
Lhes traga alegrias, paz, compreensão,
Amizades, saúde ...
São desejos de um ser humano normal,
Que sonha com tudo isso,
Para alcançar a tão esperada Felicidade,
E ir ao encontro de um Verdadeiro Amor.


Mas nem sempre os caminhos que percorremos
São só calmarias.
Nem sempre as pessoas que encontramos
Nesta caminhada nos fazem bem, nos querem bem.
Muitas são egoístas, e esquecem-se do amor ao próximo.
Este amor que dignifica, enobrece e com certeza
Nos levará a Glória e Felicidade eterna.


Muitos são os momentos que sofremos
Com estes espinhos que encontramos na nossa jornada.
Uns magoam mais, deixam marcas profundas.
Outros até que menos, mas acabam somando
Ás demais desventuras, que acabamos por nos tornar
Pessoas tristes, amargas, descrentes, de tudo e de todos.


Mas existe um ditado muito certo,
Que minha Querida Bisavó, hoje junto a Deus Pai,
Sempre me falava e me fez acreditar:
Ela dizia-me: " Filho, não há mal que sempre dure,
nem bem que nunca se acabe... ".


E nesta pequena frase
Fui - me agarrando por toda a vida.
Apenas ainda não consegui apagar de vez
Marcas deixadas no meu coração.
Claro que hoje vejo nitidamente, que estas
Marcas foram causadas por pessoas que hoje
Não merecem uma lágrima sequer dos meus olhos.
Apenas dedico a elas,
Minha compaixão e o meu esquecimento.


Mas o destino não perdoa,
Acaba por nos colocar diante de situações,
Muitas das vezes parecendo semelhantes,
Tal e qual ás que já vivemos, e tanto nos maltratou.
É como se estivéssemos num cinema...
Todas aquelas histórias parecem repetir-se...
Aquelas cenas novamente passam pelas nossas mentes
E não podemos impedir as lembranças.
Por mais que lutemos contra as dores passadas
Não conseguimos ver-nos livres delas,
Pois temos a impressão de estarmos a trilhar
Os mesmos caminhos.
E logo vem o receio de que tudo esteja a retornar,
Deixando-nos a sofrer e chorar, como antes.


Mas nem todos são iguais, nem tudo é da mesma forma.
Apenas as marcas que carregamos,
Nos impedem de acreditar
Que desta vez vai ser diferente, que é diferente !
Ficamos cegos, e não conseguimos separar
O passado do presente,
Não conseguimos acreditar que nem todos são iguais,
E culpamos inocentes,
Pelos que nos trouxeram tanto sofrer.


Por tudo isso, e por muito mais,
Peço hoje a todos, que me perdoem ...
E a ti, que me compreendas ...
Pois são marcas de uma vida inteira
Que não se conseguem apagar
De uma hora para outra.


Sempre acreditei que um dia, tu chegarias
Como chegas-te ...
Mas um apelo, do coração te faço a ti:
Entende-me, ajuda-me a apagar esta parte triste
Que grandes feridas deixaram,
Mas que com tua ajuda, certamente cicatrizarão,
Porque nada é mais lindo, mais puro
E mais maravilhoso
" Que o Amor que tenho por Ti ".

sexta-feira, 19 de junho de 2009

MARCAS PASSADAS

Tenho marcas do passado,
Que não me deixam continuar,
Estou preso na vida,
Não sei para onde andar.

A essas marcas passadas,
Sinto-me agarrado,
Começo a ficar irado,
De viver num mundo acabado.

Não consigo ultrapassar,
Um dia vou ter de parar,
Ou uma nova vida recomeçar,

Vou ter de recomeçar,
Tentando o passado esquecer,
Para a vida viver.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Coisas do nosso passado

Vívi a minha vida para estar do teu lado
lembro-me de cada momento
penso...
nas coisas do nosso passado
recordo em todos os minutos,talvez segundos
cada pedaço teu
queria poder ter de volta,em cada momento meu
o teu toque
o teu beijo
o deseijo
o teu cheiro
queria poder ter de volta cada pedaço teu
de cada vez que fecho os olhos
perco-me na ilusão de te poder ver
de poder por momentos acreditar que o passado
voltou a trás
e que talvez no meio dos minutos,talvez segundos
poderiamos mudar um pouco daquilo que foi nosso
talvez por momentos tudo é felecidade
carinho e amizade
ternura,amor e paixão
pedaços de mim e de tí
entrega...enfim...recordação
Amei-te
com todas as minhas forças
Amei-te...
são coisas minhas
coisas do nosso passado...

Dor Escondida

Vôo neste espaco perdido no tempo,
Com a incerteza das razões que me rodeiam,
Procurando a luz de um sol inexistente,
Onde o silencio é tudo o que encontro.
Quero sentir-me sem alma,parar de sofrer, mas não consigo.
Todos os meus pensamentos vão ao teu encontro,
A tua sedução que me prende sem dó.
Sinto que és real na tua presenca mas irreal nos teus sentimentos,
como sinto que a luz que me falta quando te encontro é o teu querer em ver-me morrer.
Deveras eu sinto que nada existe, daquilo que existiu quando te encontrei;
Perdido no mundo, sem luz, sem um caminho que me espere nalgum lugar, ouço vozes roucas,ao longe a gritar,sem perceber a sua mensagem angustiante.
Quando me acerco mais um pouco,descubro que as vozes não existem,são apenas o eco dos meus sentimentos.
Ninguem mais pode sofrer assim, tenho a certeza,ninguem mais pode ver-te a querer a afundar o meu corpo, a minha alma, deixando, apenas a salvo as minhas dores.
Percebo agora o tesouro que escondi na raiz do castanheiro plantado pelo meu avô;
Apenas guardo nele: raiva, ódio, rancor, vingança e desprezo.
Afinal nao é um tesouro, é simplesmente uma dor escondida.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sempre

Este Romeu está a sangrar,
Mas tu não consegues ver o meu sangue.
Não é nada, apenas uns sentimentos
Que este cachorro velho provocou.

Está a chover desde que tu me deixas-te,
Agora estou afogando-me na enchente.
Tu sabes, eu sempre fui um lutador,
Mas sem Ti eu desisto.

Agora eu não consigo cantar uma canção de amor,
Da maneira como devia ser.
Bem, eu creio que não sou mais tão bom assim,
Mas, querida, este simplesmente sou eu.

Sim, eu amar-te-ei , querida, sempre.
E eu estarei lá eternamente, sempre.

Agora as fotos que deixas-te para trás
São apenas lembranças de uma vida diferente:
Algumas que nos fizeram rir, algumas que nos fizeram chorar,
E uma [lembrança] que te fez ter de dizer "adeus".
O que eu daria para passar os meus dedos pelo teu cabelo,
Tocar teus lábios, segurar-te juntinho...
Quando tu fizeres as tuas orações,
Tenta compreender:
Eu cometi erros, sou apenas um homem.

Quando ele te abraçar apertado, quando ele te puxar pertinho,
Quando ele disser as palavras que tu estavas a precisar de ouvir,
Desejarei que eu fosse ele, pois aquelas palavras são minhas
Para dizer-te, até o fim dos tempos...

Sim, eu amar-te-ei, querida, sempre.
E eu estarei lá eternamente, sempre.
Se tu me mandasses chorar por ti,
Eu poderia.
Se tu me mandasse morrer por ti,
Eu morreria.
Dá um olhar no meu rosto:
Não existe preço que não pagarei
Para dizer-te estas palavras.

Sim, eu amar-te-ei, querida, sempre.
E eu estarei lá eternamente, sempre.
Eu estarei lá até que as estrelas não brilhem [mais],
Até que os céus arrebentem e
As palavras não rimem.
E eu sei [que] quando morrer, tu estarás na minha mente,
E eu amar-te-ei, sempre.

Bem, não existe nenhuma sorte
Nestes dados viciados.
Mas, querida, se tu me concedesses apenas mais uma tentativa,
Nós podemos abandonar nossos antigos sonhos
E nossas antigas vidas.
Nós encontraremos um lugar onde o sol ainda brilhe...

"ALWAYS BY BON JOVI"

domingo, 14 de junho de 2009

DA DOR DE TODO SILÊNCIO

De tudo me guardei
Escondendo de mim a tua ausência.
Nem sabes dos dias, das noites
Nem sabes de uns versos
Em que me aventurei,
Pequenos e tristes
Fingindo os deleites,
Num crescente de açoites e travas.
Nem sabes dos sonhos desfeitos,
De tudo que não consigo dizer...
Nem sabes do nada soando constante,
Eco dilacerante do teu silêncio,
Doendo nas minhas palavras.

Dor no silêncio

Que silêncio existe na minha alma,
Já não escuto nem o meu coração a bater.
Não me importam as manhãs,
Nem me importa a noite cinza.


Que tristeza a que sinto,
Nunca antes me havia sentido assim,
Penso que o vento,
Passa e burla de mim.


Que importa a beleza
De uma rosa no jardim.
Nada é certo…nada é bom,
Se não te tenho junto a mim.


Eu compreendo que a vida,
Com os seus golpes ensina a viver
Mas, quem explica ao coração?
Quem o ensina a não sofrer?


Talvez seja o momento...
E equivocado estou no meu pensar,
Mas é duro o sofrimento,
Que eu passo se não estás.


Meus olhos já estão cansados,
De tanto e tanto chorar.
E a dor que há no meu peito,
Cada vez aumenta mais.


Se ao menos eu pudesse,
Ao teu lado estar...
Cessaria a minha tristeza,
E em ti poderia descansar.


Sinto que as forças,
Pouco a pouco se vão.
Quisera eu compreender,
Que a paciência e a esperança,
Solução a tudo dão.


Quero que isto acabe,
Esta dor que me afoga,
Porque é perpétua e covarde,
Porque meu coração, já não suporta.


Quisera eu ver de novo a luz,
E deixar isto no esquecimento.
Livrar-me desta cruz,
E que se acabe este silêncio.

Sonho Perdido

Beleza rara
Transcende o meu horizonte.
Hoje morri
Na mais profunda escuridão,
E quando o sol me invadiu
Fechei os olhos, para não ver.
Para não cair desamparado.

Neste abismo de mim próprio,
Onde lavo a magoa transparente
Com lágrimas, chuva e mar.

Todos os caminhos são desertos
Onde reinvento o meu ser.
Miragens, enganos,
Pedaços de céu.
Sonho que ardeu
Sem ninguém saber.

Desabafo

A vida por vezes prega-nos partidas…

Perdi muita gente que amei, que me amou e que ainda amo…
Perdi-as simplesmente por um boato… por se terem mudado… por não mantermos contacto…

Senti-me como se o mundo desabasse á minha volta e eu tivesse ficado sozinho no meio do nada… perdido…
E agora que vou fazer?
Não tenho ninguém…
Quem e que me apoia quando estiver triste?

Apesar de estar sozinho, sei que me deixaram sobreviver neste mundo que desabou por algum motivo…
Apesar de ter perdido quem eu amo sei que há gente que precisa de mim…

Caminho sozinho e pensativo… para onde vou?
Não sei… para onde o meu coração me levar… talvez para um mundo que ainda não conheço… um mundo diferente…

Não sei porque perdi quem me amou…
Mas sei o que recebi de quem me amou:

O carinho e o exemplo das suas vidas…

Este desabafo representa a minha perda inexplicável de alguém que não sei porque partiu, tu sabes quem és...

A Escuridão

Absorve,
O meu pensamento.
A Ausência,
Invoca a demência.

A luz,
Vence a escuridão,
Uma ilusão passageira.

Não foi a primeira...

Invoco,
No meu pensamento
Só mais um momento
A sós, contigo ... escuridão.

Poema para o meu amor...

Pensei no poema perfeito
Mas o tema, não escolhi
Palavras brotaram do peito
Então, vim aqui e escrevi

Poderia falar de flores
Do azul do céu e do mar
Mas lembrei da beleza das cores
Que saem do teu olhar

Talvez se falasse de vida
Sairia um poema ideal
Mas o coração convida
A falar de algo especial

Então vou falar deste amor
Que no meu peito nasceu
Ele é o maior causador
Deste poema que é teu

Para ti eu entrego o poema
No embalo desta melodia
Pois do amor aqui fiz nosso tema
Este amor que se faz poesia

Sei que talvez não seja
O mais lindo poema escrito
Na verdade, só quero que vejas
Que este amor se tornou infinito

sábado, 13 de junho de 2009

A Fruta Suicida

Uma carne brilhante
Que nunca acorda
Que sempre chora
E casualmente é santificada
Por fugir ou por ficar por aqui
Pela vida que ainda queima

As areias do tempo
São mentirosas
Quando te sentes triste
E ela não para de correr nos neurônios
Tudo poderá desabar

Constâncias repentinas
Malefícios gostosos e outras benquerenças
Com gostos adversos na boca
O seu corpo torna-se um foguete prateado
Partindo corações e mostrando-lhes os seus sentimentos

Surfando nesse foguete
Ela percorre o desgostoso momento de vida
Deslumbrada, desvairada e profundamente corroída
Por tanta degeneração rasgada e suja
De certos prédios colossais infelizes

Ela sabe o meu caminho
E a qualquer momento pode desaparecer
Explodir ou suprir seus anseios alheios
Um mártir filantropo!
Que daqui a alguns segundos pode deixar uma mensagem qualquer...
“Vocês nunca mais me verão de novo!”

Amo-te de qualquer forma

Amo-te, pelo que és!
Amo-te, pelas tuas virtudes!
Amo-te, pelas tuas acções!
Amo-te, pelos teus defeitos!
Amo-te, pela tua vida!
Amo-te, pelas tuas convicções!
Amo-te, por aquilo que sou quando estou contigo!
Amo-te, por aquilo que me tornaste!
Amo-te, para viver!
Amo-te, todo o ano!
Amo-te, todos os dias!
Amo-te, todo o tempo!
Amo-te, para sempre!
Amo-te, porque te AMO!


Pois é, a palavra AMO-TE, significa muito! Torna se bonita e expressiva para quem a ouve, mas torna-se glorificadora para quem a diz, sim para quem a diz.
Em qualquer pais, em qualquer religião, em qualquer língua, todos a devem dizer!
Aprendam a dizer AMO-TE! NÃO TENHAM VERGONHA DE DIZER AMO - TE!


Africano - Ek het jou liefe
Albânio - Te dua
Alemão - Ich liebe dich
Árabe - Ana Behibak (para um homem)
Árabe - Ana Behibek (para uma mulher)
Boliviano - Qanta munani
Búlgaro - Obicham te
Checo - Miluji te
Tangsinul sarang ha yo
Croata - Ljubim te
Chinês - Ngo oi ney
Coreano - Tangsinul sarang ha yo
Dinamarquês - Jeg elsker dig
Eslovaco - Lubim ta
Esloveno - Ljubim te
Espanhol - Te amo
Finlandês - Mina rakastan sinua
Francês - Je t'aime
Grego - S'ayapo
Hebreu - Ani ohev otach (para uma mulher)
Hebreu - Ani ohevet otcha (para um homem)
Holandês - Ik hou van jou
Húngaro - Szeretlek
Indonésio - Saya cinta padamu
Inglês - I love you
Iraniano - Mahn doostaht doh-rahm
Irlandês - Taim i' ngra leat
Islandês - Eg elska thig
Italiano - Ti amo
Japonês - Kimi o ai shiter
Latim - Vos am
Norueguês - Eg elskar deg
Polaco - Kocham cie
Português - Amo-te
Queniano - Tye-mela'ne
Romano - Te iu besc
Russo - Ya tebya liubli
Turco - Seni seviyorum
Ucraniano - Ja tebe kokhaju

AMAR É AMAR! SEJAM SINCEROS QUANDO DISSEREM "AMO-TE" A ALGUÉM!
Por Favor

Sentei-me à beira-mar

Sentei-me à beira-mar
O sol batia-me no rosto.
O vento fazia-me arrepiar…
Olhei nos teus olhos
Vi-me reflectido em ti.
uavemente tocaste na minha mão
Estremeci… Corei... Sorri…
Ninguém controlava aquela situação
Ninguém sabia onde ia parar…
Um leve suspiro…
Uma momentânea troca de um olhar…
E tanto que eu te queria dizer…
Dei por mim na tua boca
Um toque… um beijo…
Nada mais ficaria por dizer
Sentias o meu desejo
Era mais do que podias saber…
Queria-te mais que tudo…
E ali ficamos… olhamos o horizonte
Abraçados… longe do mundo
Entre beijos e olhares e carinhos
E palavras sinceras que saíam…

É assim que me fazes sentir
É assim que quero estar
Junto a ti… sentir-te… beijar-te…
Estarei a sonhar? Sim, estou…
Mas estamos quase a acordar
E um no outro vamo-nos saciar…
Pelo menos deixa-me sonhar...

Amo-te

Eu sinto-me perdido
Em mundos de encantar
Possuo um coração ardido
Que tem muito para dar.

Eu aprecio a água do mar
E o vento que sopra em redor
Eu tenho o poder de te amar
E o de pensar no pior.

Mas não sou feito de ferro
Não tenho um poder infinito
E vagueio sozinho lutando
Num mundo de coração aflito.

E noto o quanto gosto de ti
E vejo tudo o que sou capaz
Observo o quanto sofri
E tudo o que deixei para trás.

Não sei quando te verei de novo
Não vejo o fim deste tormento
Mas noto um futuro diferente
Deste presente de sofrimento.

E sonho... sonho bem alto
E das profundezas te chamo
E subo ao mais alto asfalto
Pra gritar ao mundo o quanto te amo.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Coração frio... coração dilacerado...

A cada dia que passa
Algo acontece
A cada dia que passa
Algo muda

Este mundo é um palácio
De mudança
A cada dia que passa
Ora me encanto ora me desiludo
Hoje desiludiste-me de modo irreversível
Julgava que seria pior

Senti o grito desesperado da mágoa
Bateu-me forte e como um sussuro do vento
Passou
Caiu num pouco de água e cloreto de sódio
Destes olhos magoados,desiludidos

Mas não ficarei assim
Voces todos dão-me motivos para não o fazer
O mundo está a chamar por mim
Levo-te contigo estarás sempre intrinseca
Todos aqueles momentos
Tudo não desaparecerá como um sopro frio
A única coisa que quero que passe é
O derramar da água e cloreto de sódio
Deste coracão frio
Deste coracao dilacerado
por ti

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Coisas do coração

Em trovas a um coração que murmura
Perdi-me em poemas feitos de poesia...
Disse-me, em segredo, que a cura
Para males de amor é a maresia,
Coisa de mar matinal dita ao ouvido
Ainda húmido de desejo e folia.
Resumi o conselho bem resumido
E disse-o ao meu coração vadio
Em tom de saber bem aprendido...
Bateu com força cá no seu sítio
Dando sinal de ter percebido
Todo o texto daquela lição.

Em trovas a um coração que murmura,
Dei com o meu, moribundo, a perecer,
Dizendo-me que a desilusão predura
E que não é de cura que precisa para viver.

A DOR NO MEU PEITO MATA MEU CORAÇÃO!!!

Hoje eu sei que realmente estou a AMAR..

Pelos caminhos por onde andei,
Nunca pensei encontrar alguém..
Do nada apareces-te...
E fiquei louco so de te ver ...
Passei a uma busca frenética por ti..

A procurar-te,
A imaginar-te...

Hoje és o meu eterno AMAR...
És o meu eterno SONHAR...

És minha MUSA e DEUSA do AMAR
És minha eterna e pura PAIXÃO..
És a fonte da minha inspiração.
Sem ti a fantasiar um eterno AMAR,
Nada escreveria.
Pois meus poemas sem Ti,
Não passariam de versos medíocres .
Tens sido um alento ao meu viver
E ao meu SONHAR...

Hoje vivo a imaginar o momento
Em que possa encontrar-te..
Só me arrependo de não me ter decidido
Há mais tempo...

Dos sonhos que criei...
Tu és o melhor deles..
Sonho em ter-te ...
Poder amar-te..
Poder declarar-me abertamente
A Ti .
Dizer que eu TE AMO...
Que és a minha mais pura PAIXÃO...

Nas madrugadas,
Rabisco os meus DESEJOS
E SONHOS inconsequentes,
Fascinas-me até no pensar ...
Os meus poemas,
Reflectem o AMAR do meu coração,
Por ti meu AMOR
És a minha razão de VIVER,
Do meu sonhar,meu AMAR
E do meu APAIXONAR..

A dor do meu CORAÇÃO..
É só de viver a imaginar-te...
Hoje vivo, só com as tuas palavras, teus versos
E o teu olhar..
A cada dia, fantasio-te mais e mais na minha mente.
Nunca te vi, ou te escutei ...
Mas és a parte gostosa do meu CORAÇÃO,
Ai... Que doce e linda ilusão,
É ter-te no meu SONHAR..

Teu sorriso faz-me viajar...
Teus poemas o meu realizar...

As minhas angústias
E os desejos mais íntimos da minha carne,
Vivem cheios de AMOR e TESÃO por ti,
Meu eterno SONHAR.

Muitas vezes viajo no meu mundo
Tentando entender,
O meu amar e o meu APAIXONAR...
O porque de não estar a teu lado...
Será o meu vacilar?
Não consigo entender...

És bela como o nascer do sol...
És doce como uma amora...
És delicada como uma pétala de rosa...

Viajo no teu corpo, sem nunca ter tocado a tua carne .
Teus cabelos, sonho poder segurá-los .
Teus beijos sedentos onde me hei-de saciar...
Fecho meus olhos e vejo,
Teu sorriso,
Ah... Este teu corpo de deusa que me faz delirar ...
Respiro fundo e posso sentir o perfume do teu corpo.
Que delícia...
Um dia, hei-de AMAR-TE
Saciarei minhas VONTADES, SONHOS E DESEJOS,
Todas as FANTASIAS que tenho contigo quero realizar...

Agora quero saber de ti...
Das razões deste abandono...
Da tua SOLIDÃO
Que leva a sangrar o meu pobre CORAÇÃO..
Os meus olhos vertem LÁGRIMAS,
Só de te imaginar
Não posso ter-te ou tocar-te...

E assim vivo...
Com esta dor que não quer passar...
Arde no meu peito
Enche-me de ansiedade...
Hoje tomei a decisão de dizer que
TE AMO ...
E não posso mais viver sem ti...

Espero nunca te decepcionar
Ou algum dia vir a magoar-te...

Vou tentar sobreviver
Neste meu eterno sofrer...
Só sei de uma coisa
Eu realmente nasci só para TE AMAR...
Tomei todos os cuidados na minha vida
Para nunca me APAIXONAR..
Quando um dia te vi,
Logo veio o MEU AMAR
Só te peço, MEU AMOR
Apenas AMA-ME
E vive o meu mais puro AMAR..

MUITO TE AMO E QUERO-TE MINHA PAIXÃO....

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Carta de Despedida

Quero dormir, mas o sono não vem.
Vejo-me aqui perdido por entre pesadelos quase inertes, que o tempo não cura.
Pensei que te amava, que eras o meu mundo, parte da minha vida, mas apenas encontrei dor , mágoa.
Pensei ser parte de algo, maior do que eu...
Mas não era a ti que procurava.
Pensei que teu olhar me hipnotizava, mas não eram os teus olhos que via.
Que teu sorriso me incendiava, mas não era o teu fogo que buscava.
Queria que fosses o meu amor perdido, aquela que amei sem barreiras e que de alguma forma também me amou...
Mas não és o sonho que me fugiu, não és aquela que terminou minha vida.
As recordações teimam em permanecer dentro de mim, como ondas de desespero e saudade...
Tu já não pertences mais ao meu mundo... és do mundo dos outros... mas só consigo pensar em ti.
Tiras-me o sono, tiras-me a vida...
Ficando apenas este vazio, dentro de mim... restando apenas cinzas, restos de uma sobrevivência que já nem sinto.
Restos de um tormento, que não quer passar.
Preciso de ti, preciso tanto de ti, que quase me esqueço de quem sou, e fico para aqui moribundo, deixado ao acaso. ~
Quero morrer em ti... Adormecer no teu sono e nunca mais acordar.

O Suícidio

Chagas internas fecundam o suicídio
E a dor de não querer mais é o desespero
Olha-se em volta num raio solitário
E tudo o que se lamenta é o que nos rodeia
E tudo em nada se baseia.

Se este mundo é imperfeito
Nunca é plena a felicidade
E se o espírito é fraco
Há que punir o corpo sem piedade.

Não se consegue olhar em frente
Se o desgosto, é de tudo saber a pouco
Não se suporta o sangrar da mente
Quando o coração pára de sonhar num acto súbito.

"UNKNOWN"

A PRIMEIRA VEZ QUE MORRI

Novamente tomo o meu café da manhã
Nas xícaras sujas de ontem eu tomo
Sozinho sem acompanhamento
Num compasso lento, leso

Ainda atordoado de ontem
Meio confuso, meio sem rumo
As palavras que ouvi ainda gritam no ouvido
O choro, meu martírio, vem novamente

Ainda ouço a tua voz a dizer
Como se ontem ainda fosse
Que não há mais amor
O teu grito calou o calado clamor ao ouvir

Dentro de mim tudo gritava
Fora de mim nem um ruído se escutava
Triste sonido furtava minha alma
Injectava-me a dor

Um adeus que me deixas-te ao partir
Ultima visão que tive de ti
Ultima vez que raiva senti
A primeira vez que morri.

Sem Ti (morte do eu)

Eu conheço um lugar,
Onde gostava de estar contigo,
És o meu abrigo.

Subir e descer montanhas,
Resistir em desertos,
Sair de caminhos incertos.

Se eu desaparecer,
Não me leves a mal,
Se eu me sentir um falhanço total,
Ajuda-me.

Eu vou precisar de ti,
Eu nada sei nada aprendi,
Nunca consegui ser o que eu quero,
Será que para apagar tantos erros,
Terei que me apagar também,
Sem dizer adeus a ninguém.

TRISTES NOITES SEM TI!

Sentado na minha cama,
Olho pela janela...
Vejo a lua distante
Com o seu brilho triste,
Pálido, amarelecido,
Parece estar saudosa de ti...

Será que ela
Sente a tua ausência,
Será que ela sente saudades
Da tua voz suave
Cantando ao luar?

A brisa suave
Que agita as cortinas
Recorda carinhos,
Suaves caricias feitas por ti!

As nuvens plúmbeas
Ao longe,
Parecem os meus olhos
Marejados das lágrimas
Que choro por ti!

Ah! Que noite tão triste,
Como tristes
São todas as noites
Que passo sem ti!

Cala-te

Cala-te,
Não me digas que a noite
É quente e que cheira a mar.
Não me faças lembrar
Que é Verão
Que as estrelas brilham
E a lua suspira
Por uma paixão.

Deixa o meu desejo adormecido
Na aparente calma
Desta alma longínqua
Embalada pela recordação
Das noites de ontem
Quando também era Verão.

Não soltes o despertar
Dos teus lábios
Nem o silêncio da tua mão
Perdidos,
No nascer dum novo dia.

Embala-me antes
Com o som da tua voz
E com um terno suspiro
De saudade
Onde a distância entre nós
Não existe na verdade.

Deixa-me dormir
Minha Querida,
Vou sonhar contigo...

"Alma Nua"

Círculos do tempo

Sempre fui eu que te perdi
Nas memórias do tempo
Dentro dum tempo que foi nosso
Nos círculos que percorri
Dentro e fora de mim
Por ti, só por ti.

Verdades eternas
Escritas em momentos,
Inabaláveis valores,
Mais fortes
Que todos os pensamentos
Sem sombras malditas
Apesar de tantos tormentos.

Sozinho em tempos perdidos,
Partilhados com ausências tuas,
Mas tão meus como os soluços
Tantas vezes contidos,
Acreditava nessas verdades
Do mesmo modo que acreditava
Nesses amores não correspondidos.

Paragens e recomeços de vida
Numa verdade tão natural
Como a água caída
Nas folhas verdes da manhã
Após a partida
Da gélida noite.

O último amanhecer despontou
Pleno de sol, real e sonhado,
Verdadeiro no peito de quem amou
Confiante e sem segredo
Alicerçado na vontade que o tempo
Cavou.

Enganando a Verdade
Estava grávido de Mentira
Esse amanhecer de maldade
E de cobardia
Que num só momento
Nesse dia
Todo o meu amor
Matou
E só o Nada ficou.

No circulo mais externo do nosso tempo
(Aquele que foi o fim)
Não fui eu que te perdi
Foste tu
A perder-me a mim…

Entre o ódio e o amor

Pode até ser que entre o amor e o ódio
Exista só um ínfimo espaço
Neutro, amorfo, indiferente,
Sem ternura nem mágoa
Sem gritos nem silêncios
Sem passado, sem futuro
Nem sequer presente.

Equilibro-me nesse ponto
Sem alegria nem dor
Sem lágrimas nem risos
Sem vida nem morte
Sem fatalidade nem sorte.

Sobrevivo
Entre a mentira e a verdade
Do que foi e do que poderia
Ter sido,
Não fosse a mente do homem
Um jogo complexo
Como um vulgar puzzle
Que não encaixa,
Portanto,
Sem nexo.

Entre o amor e o ódio
Nada morreu nem nasceu
Descobri esse ponto
Onde permaneço eu.

Incidência do amor

Preso estou neste insano momento
Sem entradas, sem saídas
Hoje não sei o que eu quero.
Meu ser contempla o talento
Evito guerras perdidas
Vencer é tudo o que eu espero.

Tarde demais pra mim é lembrete
E o tempo é o senhor do inverno
Sucinto a pressa agora aqui?
Amigos que trago e este banquete
Armas tenho contra o inferno,
Careço medo daquilo ali?

Contentamento tenho um pouco
Algo pede o coração
Porem não sei o que lhe dar.
Talvez queira ter repouso?
Será que teve uma alusão? (a morte)
Em terra irei continuar? (minha jornada)

De repente tudo se altera
Num simples bater de asas
De uma linda borboleta,
Do nada penso na quimera
Meus olhos brilham em brasas
Reconheço a minha Julieta.

A viver a dois

Morre,
Morre em mim,
Descobre
No meu corpo
O teu único
Jardim,


Morre,
Morre
No meu ser,
A violência da vida,
Em nós
Deixa de haver,


Vive,
Vive por dentro
De nós,
Somos dois
Apenas dois
Vivendo a sós,


Vive,
Vive na minha mão,
Tu iluminas o meu
Caminho
Eu faço viver
O teu coração.

Uma longa caminhada

Se
Num leve beijo
Se apaga
O teu desejo,
Fico desiludido
Pois
Nada se planta
Em nós,


Este sentimento
Calou-me a voz
E sem ele
Sou
Nada,


Se numa
Brisa
Te sentir,
Faço-me á estrada
Pois sei
Que há-de vir
O inicio
De uma longa
Caminhada.

terça-feira, 9 de junho de 2009

FRAGMENTOS DE MIM

Sinto-me a desaparecer,
Pouco a pouco sem querer,
Estou a fragmentar,
Sem o porquê saber.

Sinto-me aos poucos,
E poucos a esvairecer,
A vida por um fio,
Mesmo antes de morrer.

Tento mostrar esperança,
Vontade e muita união,
Mas só consigo odiar,

Quero de novo respirar,
E de novo lutar,
Para a mim me conquistar.

Não há Luar

Não há Luar...!

Sem a luz do teu olhar
Nas noites do Neiva não há luar
Não há luz nem estrelas
Não há mais fadas iluminadas
Nem tinta de ouro
Nem diários de amor
Não há mais primavera nem Florbela em flor
Não há mais beijos ardentes na boca
Não há mais alma apaixonada
Não há borboletas nem margaridas
Só há escuridão e ruínas
Não há mais perfumes nem brisa morna
Desmorona-se o castelo de Vila Viçosa
Morrem de sede os alegres colibris
Pois não há mais jardins
Secaram-se os campos floridos
Não há lírios
Nem gardénias
Nem rosas
Há apenas estes versos caídos duma lágrima
Nesta noite escura fria e silenciosa.


Se soubesses como eu te amo.

domingo, 7 de junho de 2009

Perdido

Ando perdido nos meus pensamentos.
Sofro com a tua tristeza.
A distância é amarga.
Ausência é minha companheira...

O que fazer com esse amor?

Noites mal dormidas, com o pensamento em ti.
A cada sorriso o coração explode de emoção
A cada lágrima, uma dor no coração.

Amar a este ponto é sofrimento.
Amor bandido, esse deverá ser o nome.
Um amor que me faz sofrer,
Um amor que não supera nada
Nem alegria consigo dar...

Pensamentos...

Fico. Luto!!! Sofres, dói dentro mim.
Saio. Fujo!!! Sofres, dói dentro de ti.

Dói em mim, dói em ti.
Já não sei para onde ir.
Nem sei o que fazer.
Perdido em pensamentos,
Se tiver que partir...
E deste amor fugir.

Dói em mim...

sábado, 6 de junho de 2009

Aprendi a amar-te, e tu aprendes-te a esqueçer-me

Não sou mais o teu desejo
Nem teu refúgio, quando a chuva cai
Não sou mais o teu caminho
Que leva as estrêlas, em busca de paz.

Não sou mais o teu carinho
Nas noites de luar
Não sou mais a teu calor
Nem tão pouco o teu mar.

Não sou mais a tua voz
A sussurrar coisas de amor
Não sou mais o teu encontro,
Sou as tuas horas de dor.

Aprendi a querer-te
E quando aprendi a amar-te,
Aprendeste a esquecer-me!

Hoje Resolvi Não Te Amar.

Em todo este tempo que vivi,
Aprendi muitas coisas,
Uma delas é nãome deixar iludir,
Por ti que chegas sem perguntar,
E logo vens apoderar do meu bem estar.

Tento-me afastar e ignorar-te,
Mas és a onda que sempre me arrasta,
Que me puxa e me leva para qualquer lugar,
Sem ação este meu coração se entrega para esta paixão,
Depois de uma noite eu percebo que era só ilusão.

No outro dia eu acordo e onde estás?
Saio para caminhar
Ligo a tv tento distrair-me,
Mas Tu não sais daqui,
Não sais dos meus pensamentos,
E eu torço para que o teu relacionamento,
Vá mal assim posso ter-te nos meus braços,
Até o final ...

Mas hoje resolvi não te amar,
Vou esperar que me ligues,
Vou atender só para dizer,
Que nunca mais te quero vêr.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Eu não sei viver sem ti!

Noites sem saber de ti
Madrugadas sem luar
No mar do meu pensamento
Procuro sem encontrar
Algo de bom que vivi
Que me faça recordar
O som do teu pensamento
O brilho do teu olhar
Procuro até nos meus sonhos
Percorrendo o areal
Do deserto do meu peito
Nada te faz encontrar
Nem este desejo ardente
De tanto tanto te amar
E choro.. fico sem jeito
Sem jeito até de pensar
Sinto falta dos teus braços
Do teu corpo junto ao meu
Saudade dos teus abraços
Que entre beijos e cansaços
Me faziam ser mais eu
Não sei se tu me esqueceste
Não sei se até te perdi
Mas por tudo o que me deste
Eu não sei viver sem ti!

Eu não consigo acreditar no amanhã

Eu não consigo acreditar no amanhã
Eu não consigo fechar os meus olhos nem por um segundo
Não consigo sair daqui
Não me mandes embora

Do topo da montanha eu vejo o teu mundo
Aponto os teus defeitos e tu choras
Entras na batalha com as mãos armadas
Defendes com a vida teu orgulho

Do que é feita a tua alma?
Atitudes erradas tornam-te mais sábia
A menos que queiras errar
Indignação define este momento

Devo revelar as verdades?
Tu vais querer encontrá-las?
Isto é real?
Tens certeza?

Mata os teus demônios
Quebra os teus egos
Poupa-me o desprezo
Eu não vou sair deste lugar

Do topo da montanha vejo o teu mundo
Aponto os teus defeitos e tu choras
Não acredito no amanhã
Não fecho os meus olhos

terça-feira, 2 de junho de 2009

Amar às vezes doi

Foi sem querer,deixei-me levar
Sem perceber
Entreguei-me a esse sentimento
Sem lutar,só te queria amar.

Não sabia que ia sofrer
Não pensei em nada,
Só pensei no momento
No prazer de te ter
Dei-me inteiro para ti.

Agora,é essa angústia no peito
Já não durmo direito
Tudo me lembra de ti.

Antes era só paixão
Ternura amor e compreensão
Querias-me,eu sentia no teu olhar
Parece que foi fugaz
Penso que não me queres mais.

Agora está tão distante
Teus beijos já não tenho
O abraço que não sinto
O telefone que não toca
O encontro que não acontece
Teu corpo que não me aquece.

Fica tudo sem graça
Se não ouço tua voz
Se não tenho teu sorriso
Para iluminar o meu dia.

Mais uma noite se passa
Esta espera me enlouquece
Outro dia amanhece
Já não sei o que fazer.

Agora vivo da esperança
De que um dia me venhas ver
Para dar sentido a esta vida
Tão vazia sem te ter
Vânia

sobre a obra
Muitas vezes nos entregamos as paixões sem medir as consequências e quando vemos não temos como percorrer o caminho de volta e é aí que ela magoa se não é correspondida na mesma medida

Se amar doi?

Se amar dói,
Eu sinto dor de certeza!
A dor mais triste do amor,
Entra pelo peito a toda a força
Tão cedo se vai embora...
Se amar dói,
Amor que se construíu
Não são as lágrimas
Que a minha dor chora..
Foram os prazeres da vida
Gozados e enganados
Que trouxeram dor ao leito
Ainda há quem faça juras
De amor, com dor e respeito.
Se amar dói,
Poucos são aqueles
Que amam, não vejo gente
Com esta dor ou então
Afagam tanta dor noutra paixão.
Se amar dói,
Não te entregues tanto
Olho o teu espanto,
Mas a vida é mesmo assim,
Quebra ilusões..
Uns tantos corações.