Pode até ser que entre o amor e o ódio
Exista só um ínfimo espaço
Neutro, amorfo, indiferente,
Sem ternura nem mágoa
Sem gritos nem silêncios
Sem passado, sem futuro
Nem sequer presente.
Equilibro-me nesse ponto
Sem alegria nem dor
Sem lágrimas nem risos
Sem vida nem morte
Sem fatalidade nem sorte.
Sobrevivo
Entre a mentira e a verdade
Do que foi e do que poderia
Ter sido,
Não fosse a mente do homem
Um jogo complexo
Como um vulgar puzzle
Que não encaixa,
Portanto,
Sem nexo.
Entre o amor e o ódio
Nada morreu nem nasceu
Descobri esse ponto
Onde permaneço eu.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
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2 comentários:
nada de exagerados romantismos exarcebados nem declarações lamechas,nesse poema encontramos uma maturação lenta em cascos xerez e muito progressiva de uma intelectualidade revista profusa e intensa,de uma auto-crítica e com relevo necessário para o nascimento do Dom Poético.sim meu caro meus parabéns,demasiados sinceros como sempre mas dessa vez contente e que sua obra possa florescer,dentro de ti...cheio da argúcia desse teu novo poema!!!
Scott Fraga
Só posso dizer que este poema é um dos mais inspiradores que já li... Estás muito melhor:p beijo grande e continua assim!
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