quarta-feira, 10 de junho de 2009

Círculos do tempo

Sempre fui eu que te perdi
Nas memórias do tempo
Dentro dum tempo que foi nosso
Nos círculos que percorri
Dentro e fora de mim
Por ti, só por ti.

Verdades eternas
Escritas em momentos,
Inabaláveis valores,
Mais fortes
Que todos os pensamentos
Sem sombras malditas
Apesar de tantos tormentos.

Sozinho em tempos perdidos,
Partilhados com ausências tuas,
Mas tão meus como os soluços
Tantas vezes contidos,
Acreditava nessas verdades
Do mesmo modo que acreditava
Nesses amores não correspondidos.

Paragens e recomeços de vida
Numa verdade tão natural
Como a água caída
Nas folhas verdes da manhã
Após a partida
Da gélida noite.

O último amanhecer despontou
Pleno de sol, real e sonhado,
Verdadeiro no peito de quem amou
Confiante e sem segredo
Alicerçado na vontade que o tempo
Cavou.

Enganando a Verdade
Estava grávido de Mentira
Esse amanhecer de maldade
E de cobardia
Que num só momento
Nesse dia
Todo o meu amor
Matou
E só o Nada ficou.

No circulo mais externo do nosso tempo
(Aquele que foi o fim)
Não fui eu que te perdi
Foste tu
A perder-me a mim…

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