terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

como te amo

Querida (Vânia),
de repente comecei a recordar, sem melancolia, mas com muita doçura, o tempo em que estávamos juntos, em que partilhávamos as nossas emoções, os nossos desejos e esperanças. Recordei-me de tudo aquilo que vivemos juntos e senti saudades! Estranho lembrar-me dessas coisas depois de tanto tempo afastado de ti, mas começo a ter a confirmação de que um grande amor não se extingue nunca, nem pelo tempo e nem pela distância. Comecei a lembrar-me apenas das coisas boas que nos cercavam, da maneira como me tocavas, das palavras ternas que dedicávamos um ao outro, da tua maneira de me olhar (sempre um misto de amor e desejo), da temperatura do teu corpo, e foi como se eu pudesse sentir tudo outra vez, foi como se eu ouvisse novamente o som da tua voz a penetrar nos meus ouvidos. Pensei, então, que talvez fosse possível tentarmos reviver aquela época, apesar do longo tempo em que estivemos sem contacto. Pensei que apesar de hoje vivermos outras realidades, que apesar de estarmos mais distantes, poderíamos ceder, sem nenhum temor, a este sentimento belo e forte que nos uniu um dia e que, pelo menos em mim, parece estar mais vivo do que nunca! Pensa nisso com carinho, querida!
Recebe um beijo do sempre teu,
(Ricardo)

QUEM ME DERA

Quem me dera...
quem me dera saber ler,
ler o teu pensamento...
quem me dera saber ouvir,
ouvir o teu chamamento...
quem me dera saber sentir,
sentir o vento que vem do mar...
quem me dera ver,
ver o brilho do teu olhar...
quem me dera saber contar,
contar as estrelas que há no céu...
contar os astros e os grãos de areia de cada praia...
contar as gotas de água que caem das nuvens...
contar as pétalas de cada flôr...
quem me dera saber distinguir,
distinguir cada nota de música que sai da tua boca...
distinguir cada som que ecoa no meu coração...
quem me dera que por vezes,
por vezes me desses um minuto da tua atenção...
por vezes me desses um segundo de devoção...
quem me dera que conseguisses olhar,
olhar nos meus olhos...
olha pra eles meu amor...
nao tenhas medo...
deixa que eles te mostrem...
te mostrem o quanto te amam...
o quanto te querem...
quem me dera poder ter,
ter cada um desses dons...
o dom de saber ler-te...
o dom de saber ouvir-te...
o dom de saber sentir-te...
o dom de saber ver-te...
o dom de saber contar...
o dom de saber distinguir...
porque se eu os tivesse...
Ai...se eu os tivesse...
poderia transformar
cada um desses dons
no amor que sinto por ti...

Lição de Vida

meu amor, quero contar-te algo que ouvi e julgo dever contar-te.

“Um dia um menino e seu pai, subiam uma montanha. O menino magoou-se no pé e gritou: AiiiiiiiiHHH.
para seu espanto, ouviu uma voz, vinda de algures da montanha que dizia AiiiiiiiiHHH.
Curioso e admirado, o menino grita:-QUEM ESTA AI???, e recebe de resposta, QUEM ESTA AI???
zangado, o menino, responde COBARDE, e recebe de resposta, COBARDE.
Espantado, o menino olha para o pai e pergunta-lhe, Que se passa Pai?
O pai sorri e diz-lhe, Filho presta atençao. O Pai vira-se para a montanha e grita ADMIRO-TE, e a montanha responde ADMIRO-TE, novamente o Pai, ES UM CAMPEAO, e a montanha responde ÉS UM CAMPEAO.
O menino estava admirado, não entendia, o Pai, sabiamente explica-lhe:
as pessoas chamam-lhe eco, mas na realidade é a vida, devolve-te tudo o que dizes ou fazes, a nossa vida meu meu filho é simplesmente o reflexo de tudo que fazemos, das nossas acções, se desejas amor, cria amor a tua volta, se desejas felicidade, faz feliz quem te rodeia, se desejas um sorriso da vida, sorri para a vida, se não queres ser desprezado, não desprezes ninguem a tua volta. Esta relaçao, aplica-se a todos os aspectos da vida,meu filho, a vida,dar-te-á de regresso exactamente tudo aquilo que lhe deste, a tua vida, não é uma coincidência, é apenas um reflexo de ti mesmo”.
Esta historia que te conto meu amor, não é ao acaso, serve de liçao para mim, para ti, para qualquer um. Infelizmente nunca ninguem me tinha contado esta historia, e axo que nem percepção dela eu tinha, hoje, qua a li, por mero acaso do destino, num jornal que li num corriqueiro café, reflicto compenetrado no quanto verdadeira ela é,quantos problemas teria evitado, como os que tenho, se dela soubesse e acreditasse como acredito agora.
Alguem disse, que se não gostas do qua a vida te devolve, então revê muito bem o que dás.
Sei que parece patética esta historia, porem, já a algumas horas que a conheço e desde então, não deixei nem um segundo de pensar nela,porque imagino eu, se tivesse sido diferente a vida me daria algo diferente.
Pois é, não pretendo falar de mim, apenas deixar-te nota da lição a retirar desta simples historia, que se aplica todos os dias, todos os segundos da vida de toda a gente.
Quero com isto, que penses no que te pretendo dizer, quero ensinar-te algo de muito importante, sem que tenhas de errar para aprender, quero ter na minha vida a consciência, que te disse que tudo que nos acontece, não passa de um reflexo do que fomos, ou melhor, se agires mal, será mau o que recebes, se não souberes amar, jamais serás amado, se não compreenderes os outros, os demais tambem não te compreenderão,se não perdoares, ninguem te dará perdão.
Pretendo assim, meu amor, pôr-te a reflectir, não percas nunca esta carta, porque dela podes retirar a chave do teu sucesso, da tua felicidade, do amor que queres receber,enfim...basta pensar...
hoje, reconheço que são as pequenas coisas da vida que nos fazem felizes, por isso, peço-te que não digas que não és capaz, porque se não o fores, o que receberás em troca, será nada, peço-te que lutes mesmo contra as adversidades, porque se o fizeres, verás que o retorno, será aquilo que tanto sonhas-te.
Se desejas uma vida triste, só e infeliz, então não terás que te esforçar, porque esse é o resultado, ou melhor, o reflexo que terás se não te esforçares, se não lutares contra as adversidades, se não lutares contra a tua personalidade teimosa e cheia de convicções, que são só tuas, bem sabes, contra tudo quanto seja mau.
Pensa, se quiseres pensar...

Chuva de Sentimentos

Cai a chuva suavemente
Pelo vidro deslizando
E eu vejo o reflexo do meu rosto, chorando.
Enquanto minh’alma escuta atenta
Essa amarga voz que em mim nasce,
E meus pensamentos atormenta.
Cai a chuva docemente,
Minh’alma inundando.
Enquanto o meu corpo padece
Com a dor do meu pranto.
Os meus olhos já não querem brilhar,
Somente ao som do meu chorar
A alegria já lá não mora
A tristeza tomou o seu lugar.
Saio à rua pra sentir a chuva cair,
Suavemente sobre mim
Rolam finas gotinhas
E cada uma reflecte em meu corpo
Os suaves tons do arco-íris.
Então danço ao som de uma melodia
Que só eu consigo ouvir…
Fecho os olhos e sinto a chuva que cai sobre mim…
Sinto-me livre
Que estou noutro lugar
Onde tudo é sagrado,
Onde nada me pode magoar…
Cai a chuva torrencialmente,
Meu corpo magoando,
Minha alma dilacerando…
Ajoelho-me e olho o céu, suplicando:
A chuva que sinto, cai lá fora ou dentro de mim?