sábado, 27 de junho de 2009

Coração Congelado

Coração desolado embrutece
Quando mede o quanto sofreu
Congela o sangue, que um dia ferveu
Nem agrado, nem carinho o arrefece

Mesmo que encontre novo amor
Ele nunca, nunca mais esquece
Toda dor e indiferença permanece
Mesmo que aquecido com todo ardor


Oh! Coração desolado
Oh! Coração congelado.

Mentiras

Disses-te que seria eterno esse amor
E obstáculos enfrentaríamos
Disses-te que irias onde eu for
Que juntos, pela vida, lutaríamos

Porque me mentis-te?
Se não era isso que querias.
Para que é que me iludis-te?
Se mais tarde acabaria.
Porque me enganas-te?
Só para ver que podia.
Porque é que fingis-te que me amas-te?
Eu acreditei que seria.

Fui cego, tão tolo,
Para cair de novo no teu jogo.
Acreditar no brilho do teu olhar,
Brilho no olhar da cobra antes de picar.

Ao menos em parte foi bom,
Aprendi mais uma lição que a vida me deu...
De não chorar porque, um dia acabou,
Mas sorrir porque, um dia aconteceu.

EU (Morto-vivo)

Ergue-se do caruncho do jazigo,
Um defunto do destino,
Exibindo a carne putrefacta,
Sob a escuridão do pessimismo...

Divagando sem rumo,
Arrasta o cadáver carcomido
Sob o transe do cepticismo,
Que não o deixa sorrir.

A dormência de fantasiar,
Rola-lhe a pele apodrecida,
Coberta por roupas esfarrapadas
Que corroboram a morte do espírito

Na sua sepultura pode-se ler
Aqui jaz um pobre derrotista
Que não soube sonhar
E que agora carrega
Uma alma que não sente
Uma alma sem olhar...

"uma adaptação e alterção do poema de JPMANSO"

Frieza Venenosa

Novamente, aqueles meus gritos...
Alheios ouvidos serão ‘perturbados’.
Mas da minha parte que sente tua falta diariamente,
E que sempre sente tua frieza, mesmo (im) presente,
Sorriu...

Para não esmagar-te com pressões,
Deslizo, esmago-me!
Assusto, calo,consinto, escondo-me em mim,
‘Tão entregue e tão feliz’
Às vezes, deixo-me contaminar com tal egoísmo frio,
Tornando-me um ‘mal’...
Mordo-me de tristeza,
Após isso,
Quero morrer!
Culpando-me por desviar tua atenção


Minha fraqueza é a tua frieza
Sofrimento em mim, tranquilidade para ti;
Nisto, reflito
De que me vale este flagelo,
Se todas as cabeçadas e sementes parecem ser platônicas?

Temo que duvides que eu te valorizo,
Temo que penses que eu ache que és falsa,
Mas que importância tem...
O que fos-te em mim?...
Isso já não importa...
Eu não devia mais insistir... (?)