terça-feira, 14 de abril de 2009

Por Amar Demais

Meu amor, não suporto esse silêncio atroz,
Nas noites de vigília e intensa nostalgia,
Onde falo contigo e só ouço o som da voz,
Do coração que por ti clama em lenta agonia.

Porque foi que aos sonhos a vida entreguei,
Escalando montanhas pensando alcançar,
A estrela distante que por tanto tempo amei,
Sempre presente na luz de meu triste olhar.

Meu amor, como foi que te perdi, não sei!
Talvez porque não me deixaste explicar,
As razões e as longas horas que me torturei,
Sofrendo tanto por não poder te encontrar.

Tão perto estavas do calor de minha paixão,
Dos beijos ardentes que para ti guardei,
Que não poderia dissimular toda emoção,
Num momento mágico pelo qual tanto esperei.

Meu amor, julguei que não poderias perdoar
Meu anseio incontido de querer te amar,
Esquecendo convenções, testemunhas e o lugar,
Beijando teus lábios sem com nada me importar.

Foi por querer demais que meus desejos sufoquei,
Para não te constranger e a maledicência expor,
Que todos meus sonhos mais sublimes sepultei,
Naquela noite em que quase morri de amor.

Meu amor, ansioso esperei, mas o telefone não tocou,
Tua meiga voz desejei ouvir para me justificar,
Então finalmente pude compreender o que restou,
É apenas a saudade que nunca vai me abandonar.

Hoje vivo vagueando pelas estradas sem estrelas e luar,
Levando n'alma tristes recordações do que passou,
E o arrependimento de não ter ido te encontrar,
Sem me importar que assistissem o meu imenso amor.

Morri Por Amor

Morri
No meio de sorrisos traição e arte
Algo me atordoou mas não sei bem o quê
É algo que so torna numa dor que parte
Ou no amor que ninguém vê ?

Morri
No meio das tuas doces lágrimas
Que caiem no meu livro de desgosto
Mas continuo a virar as páginas
Tentado descubrir o melhor posto

Morri
No meio do que é teu: no meio do mundo
Entre o céu e o mar ainda continuo a nascer
Num mar de sangue de esperança profundo
Que se actua no papel por escrever

Mas ainda me sinto vivo por dentro
Sinto o teu cheiro que nunca encontras-te
Ainda as páginas se situam na inspiração do sentimento
Morri ... ou foste tu que me matas-te ?

Se Te Perder Amor!

Até qu’eu morra, irei sempre guardar
O mais sentido amor de minha vida.
Perdê-lo, será da minha vida o terminar
Na mais profunda dor e mais sentida!

Se te perder, amor, meu corpo vai ficar
Co’a mais dolorosa e cruel ferida
Até que, morto, se vá a sepultar,
Ou que cremado seja na hora partida.

E as cinzas – se assim for – atirem-nas ao mar.
Elas espalhar-se-ão em suas águas
Até que longe, eu sei, vão encontrar…

As lágrimas que temos vindo a chorar
Nesta vida de sofrimento e de mágoas
Em que se é incriminado por amar!

Mata-me

Mata-me rápido,
Sem lágrimas, sem pensar,
Sem ter pena...faz isso
Todos os dias de olhos fechados.

Deixa-me sangrar...
Que seja inegociável
A minha dor e o meu desespero...
Afie a lâmina no aço do teu
Coração...

Enfia a faca e saboreia
Meus olhos em espanto,
As minhas mãos em surpresa.
Deleite-te com a beleza
Do gemido, das palavras
Caindo mortas de minha boca...

Retalha a minha alma,
Corta-me os sonhos
Em pedaços, desata os laços
E preenche meus espaços
Com o ar cruel do egoísmo.

Mira direto no meu coração
E depois empurra a faca
Todo dia um pouquinho mais...
Isto é o que restou do nosso amor:
Mais guerra do que paz.

E ASSIM MORREU UM AMOR

E assim o dia se fez noite
A noite se tornou tão fria
O frio corta como o açoite
O açoite, que dor me fazia

E o dia surgiu tão nublado
De nublado se fez chuvoso
Chuvoso me deixou molhado
Molhado, triste, tão raivoso

Pois vi nosso amor terminado
Terminado, por tua insensatez
A insensatez me deixou chocado
Chocado pois nos chateamos de vez

E assim morreu em mim o amor
Amor que te dei com tanta ternura
Ternura que me pagas-te com a dor
Dor que levou o poeta a loucura...

Um dia verás a grande asneira
Asneira que fizeste por amigos
Amigos que falam só asneira
Asneira que te fez chatear comigo

E agora ficaras em tua solidão
Solidão que aos poucos te mata
E ao te matar, mata meu coração
O coração, aonde tu já não habitas...

Super-Homem Morto

Um suicídio no espaço
O mito de Sísifo cruzando planetas
A última fronteira
É outra entidade escarrada.

O peso do espírito acorrentado a subjetiva verdade que transforma o heroísmo em poeira
Super-homem morto ,
Cinzas nas pernas atrofiadas,pairam entre os pés
Voltam para o túmulo engolindo a luz de um guia .

Oração e fé
Credo e raiva,inquisição,
O conhecimento nos redime
A morte nos salva.

Super-homem decomposto em sua cadeira de rodas,
A lápide permanece tanto quanto a lenda que um dia some
No atro pensamento de um esqueleto na plagente canção,
Do condenado o pulso fraco denuncia o choro e a vergonha,
Ergue-se no triunfo do último desejo,
Covarde ou herói.

Devolve-me a Alma

Percorro o mar com os olhos na ânsia de chegar ao rio profundo onde morro para ficar mais perto de ti. Os rochedos engolem a claridade dos meus olhos como se o céu se extinguisse neles e na sua inércia desprotegida. Insisto em romper essas cataratas nervosas que me confundem e então… encontro-te.
Sim… lá estás… tu, numa espécie de sinfonia de silêncios sórdidos, a olhar para mim através dos reflexos da água estranhamente azul como o firmamento. Os teus silêncios afogam-se de ironias silenciadas, são corrompidos abruptamente, e chegam até mim através do vento desatento.
De repente vejo-te como se fosses uma onda gigantesca a enfeitar-se de espuma reluzente. Ah… és tu… sim! Vejo-te, céus, que saudade eu tinha tuas…!
Sorris-me e eu arrepio-me. - És tu… ou é a minha necessidade de te encontrar?
Os peixes que moram nos teus olhos fitam-me asmáticos, e eu tenho vontade de os atirar para a água porque não resisto ao seu sufoco arrepiante.
És tu? Ou és a aragem que me açoita a imaginação?
Porque te salgas ainda mais nos meus olhos?
Porque permaneces neles assim… sentada impávida e inerte, como se te fosses atirar de uma rocha perigosamente íngreme?
Ao olhar-te assim nesta ansiedade de gaivota ferida, pareces uma daquelas crianças famintas, com os seus ventres disformes, a olharem complacentes, como se rompessem a minha distracção marmorizada.
E assim, neste sufoco, apenas consigo perguntar-te:

- Devolves-me a alma?

Odeio-te Tanto Quanto Te Amo

Se te disser que te odeio,
Promete-me...
Que não te escandalizas
Supostamente uma pessoa sensível
Não devia odiar ninguém…!
Mas odeio-te... odeio-te...
Tanto quanto te amo, e depois?
Uma pessoa revoltada
Não poderá odiar?
Penitência e abstinência
É o que me sobra de mim em ti.
Odeio-te odeio-te...
E depois?
Caramba!
Se eu te disser que te amo,
Promete-me que limpas
A sujidade desta cegueira
Que torna os meus olhos,
Remelosos e ácidos,
Mecanizados de tanto desespero!
Odeio-te... odeio-te...
Tanto quanto te amo, e depois...?
As lágrimas não lavam a alma?
Ah... permanência e insistência…
Caramba!
Se eu te disser que te vomito,
A cada pensamento que não quero
A cada momento exíguo
Em que a tua imagem,
Me afaga o coração, acreditas?
Contemporizas?
Ou agonizas como eu?
Ah... eu sei, eu sei...
Sou uma gibóia que te assusta
Que se enrola à tua alma.
A tua ausência não me acalma.
Avoluma-se nas minhas têmperas
Laceradas pelo cansaço.
Anda... dá-me um abraço
Promete-me…. que acreditas
Que não te amo,
Porque te quero odiar!

Um dia tu aprendes que...

"Depois de algum tempo tu aprendes a diferença,
a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.
E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto
e não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair meio em vão.
Depois de um tempo tu aprendes que o sol queima
se ficares exposto por muito tempo.
E aprendes que não importa o quanto te importes,
algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que tu podes fazer coisas num instante,
das quais te arrependerás para o resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida,
mas quem tu és na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos
se compreendermos que os amigos mudam,
percebes que teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa,
ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida
são levadas de ti muito depressa,
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos
com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros,
mas com o melhor que tu mesmo podes ser.
Descobres que se leva muito tempo para te tornares a pessoa que queres ser,
e que o tempo é curto.
Aprendes que não importa onde já chegas-te, mas onde estás indo,
mas se tu não sabes para onde estás a ir,
qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas teus actos ou eles te controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as consequências.
Aprendes que paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te ignore
quando tu cais é uma das poucas que te ajudam a levantar-te.
Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência
que se teve e o que tu aprendes-te com elas
do que com quantos aniversários tu celebras-te.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que tu supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são burrices,
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia
se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva,
mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama do jeito que tu queres
que ame, não significa que esse alguém não te ama,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes tu tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julga,
tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido,
o mundo não pára para que o consertes.
Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, planta teu jardim e decora tua alma,
ao invés de esperar que alguém te traga flores.
E tu aprendes que realmente podes suportar...
que realmente és forte, e que podes ir muito mais
longe depois de pensar que não podes mais.
E que realmente a vida tem valor
e que tu tens valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem
que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."

Vale a pena pensar nisto:???

"William Shakespeare"