terça-feira, 14 de abril de 2009

Mata-me

Mata-me rápido,
Sem lágrimas, sem pensar,
Sem ter pena...faz isso
Todos os dias de olhos fechados.

Deixa-me sangrar...
Que seja inegociável
A minha dor e o meu desespero...
Afie a lâmina no aço do teu
Coração...

Enfia a faca e saboreia
Meus olhos em espanto,
As minhas mãos em surpresa.
Deleite-te com a beleza
Do gemido, das palavras
Caindo mortas de minha boca...

Retalha a minha alma,
Corta-me os sonhos
Em pedaços, desata os laços
E preenche meus espaços
Com o ar cruel do egoísmo.

Mira direto no meu coração
E depois empurra a faca
Todo dia um pouquinho mais...
Isto é o que restou do nosso amor:
Mais guerra do que paz.

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