terça-feira, 31 de março de 2009

Onde Estás Tu

Onde estaras tu...
Onde estas escondida...
Onde habitas tu...
Meu amor perdido...

Amor perdido
Amor desencontrado
Amor escondido
Amor procurado

Procurei em todos os cantos do mundo
Mergulhei no mar, bem la no fundo
Os ceus sobrevoei
Mas não te encontrei

Onde habitas tu
Que me falaste
Que me encontraste
Mas nunca mais voltaste

Estas perdida?
Nao desistirei ate te encontar
Estas escondida?
Deixo de te procurar

Foi como magia
A troca de olhares
Sonhei que alguem me seguia
Mas acordei...antes de me encontrares

Não queria acordar

Porquê...?

Porque hei-de chorar?
Se não tenho quem me seque as lágrimas
Porque me fizeste dormir?
Se já não sei sonhar
Porquê acompanhado?
Se sempre estive sozinho
Porque me mataste?
Se eu não já não vivia…

Porquê????

Porque me deixas só de mãos vazias
Sobre meu peito
Em gesto desesperado ?
Porque não vens amor,
Encher meus dias
E com teus beijos
Envolver-me em doce encanto?

Porque persiste em mim
Esta agonia...
E no meu peito este meu choro,
Este meu pranto ?...

Cada dia que passa
É mais um dia,
Que a morte lentamente
Vem buscando.

Eternamente Miguel Sousa Tavares

E escrevi o teu nome e o teu numero de telefone numa página da agenda do mês de Fevereiro. E,ao escrevê-lo, sabia que era uma despedida, nós todo o mês de Março nos arrastámos na despedida, como os caranguejos na maré vazia. Sem ti, lancei outras raízes,construí pátios e terraços, fontes cujo som deveria apagar todos os selêncios, plantei um pomar com cheiro a Damasco, mandei fazer um banco de cal à roda de uma árvore para olhar as estrelas no céu, um caminho no meio do olival por onde o luar pousaria à noite, abóbadas de tijolo imaginadas pelo mais sábio dos arquitectos e até as teias de aranha suspensas no tecto, como se vigiassem a passagem do tempo. Nada disso tu viste, nada te contei, nada é teu. Sozinhos, eu e a aranha pendurada na sua teia, comtemplámo-nos longamente, como quem se descobre, como quem se recolhe, como quem se esconde. Foi assim que vi desfilar o tempo, as paredes escurecendo, um pó de tijolo pousando entre as páginas dos mesmo livros que fui lendo, repetidamente. Nicholas Sparks destroçados pela minúcia do tempo.
Como explicar-te como tudo isto se te tornou alheio, como tudo te pareceria agora estranho, como nada do que foi teu vigia o teu hipotético regresso? Ulisses não voltará a Ítaca e Penélope alguma desfará de noite a teia que teceste.
E arranquei a página da agenda com o teu nome e o teu número de telefone. Veio a seguir Abril e depois o Verão. Vi nascer a flos da tremocilha e das buganvílias, vi rebentar o azul dos jacarandás en Junho, vi noites de lua cheiaem que todos os animais nocturnos se chamavam rãs, corujas e grilos, e um espesso calor sobre a devassidão da cidade. E já nada disto, juro, era teu.
E foi assim que descobri que todas as coisas continuam para sempre, como um rio que corre ininterruptamente para o mar, por mais que façam para o deter.
Sabes, quem não acredita em Deus, acredita nestas coisas, que tem como evidentes. Acredita na internidade das pedras e não na dos sentimentos; acredita na integridade da água, do vento, das estrelas. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes parámos,para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos através do silêncio das noites quietas em que tantas vezes olhámos o céu e interrogámos o seu sentido. Nisto eu acredito: na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos.
E a tua voz ouço-a agora, vinda de longe, como o som do mar imaginado dentro de um búzio. Vejo-te através da espuma quebrada na areia das praias, num mar de Setembro, com o cheiro a algas e a iodo. E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.



"Miguel Sousa Tavares"

Eternamente

Enlouqueço em palavras e seiva quente
Mergulho nas tuas lágrimas absolutas
Em abraços quentes de mel
Sinto o silêncio das palavras gritadas
Como a águia planando
Em marés e ventos.

Parto em busca do que não sou
Para o outro lado do sonho hibrido
Nas plataformas em chamas de mar...
Em que avanço ao teu encontro

Sinto o teu beijo suspenso
Na intemporalidade do desejo
Ardo em volúpia secreta...
Quero-te em mim

Danças em mim sinfonias de prazer...
Toco-te em arcos triunfantes
Valsas de espasmos no meu corpo vibrante

Este meu Universo de loucura...
Santuário de desejo e paixão
Onde naufrágo e me deleito
Em gritos de silêncio...

Continuidade entre o céu e nós...
Eternamente.



LOVE CHANGES EVERYTHING (Instrumental) - Instrumental

Odeio-te Por Ainda Te Amar

Quero o teu nome gritar
Dizer que te continuo a amar
Mesmo depois de tanto sofrer
Tudo voltaria a fazer

Meu coração secou
O sonho acordou
O sono adormeceu
A minha realidade morreu

Queria tocar o céu
Queria de novo o véu
Mesmo que fosse de ilusão
Voltar a sentir teu coração

Amor insolente
Que me deixas inconsciênte
Impaciênte
De forma decadente

Desejo esquecer
O tempo em que te amei
O barulho do teu coração a bater
Tudo o que contigo passei

Ainda sinto a tua respiração
O bater do teu coração
Mas tudo não passou de ilusão
Que acabou...e desfez meu coração...

Desespero (Lágrimas A Dançar Na Alma)

Esta vontade de gritar que me sufoca e me desatina,
Esta vontade de esconder a dor para lá dos poros da pele,
De me cortar e ver o sangue a correr sobre este chão que não conheço
E depois despir o corpo do negro dos dias
E cobrir-me de vazio e desespero e desejo de morte.

Se conseguisses ouvir-me neste silêncio descomunal,
Nesta espera ancestral a talhar-me de loucura
E depois esta vontade de descer ao abismo ou subir no desânimo e morar por lá, morder os dedos até desenhar com o sangue a tua imagem...
São doses a mais de sofrimento, são doses a mais de dores.










Pela Última Vez Amo-Te

Amo-te ainda amor,
Amo-te ainda,
Até este dia findar
Amar-te-ei tão intensamente.
Até este dia findar hei-de andar,
Hei-de procurar em cada canto de mim
Um pedaço de ti para me alimentar.

Pela última vez amo-te,
A partir daqui hei-de aprender
A amar-te menos vezes,
A não amar-te apenas...
Hei-de aprender a tornar a dor mais pequena,
Hei-de sofrer, hei-de chorar
Mas hei-de perdoar...

Amo-te ainda amor,
Pela última vez Amo-te
E porque hoje talvez sintas a minha falta
Ou a falta da minha mão para segurares.
É o Dia do Amor, não me tens,
Não te tenho...
Estamos sós.
E antes que este dia finde
Hei-de amar-te sem cessar,
Hei-de amar-te até o meu coração se estilhaçar.

Amo-te ainda amor,
Amo-te ainda!
... Até ao fim deste dia!