segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Minha Vida

Alma na noite

Perdi-me na noite, no vento gelado de norte
Caminhando por trilhos esquecidos nos tempos,
Sendo testado por azar e contratempos
Enganando a vida e até a morte !

Cavalguei os ventos que trazem as chuvas de abril
Entre pantanos e canaviais;
Fui eu que abri caminhos tais
Para o sol primaveril !

Mas ao ser confrontado por teu semblante
Fiquei perdido naquele instante
Indefeso como a presa que dorme !

Tua voz cálida me hipnotizou,
Teu beijo doce minha guarda baixou
E deixou-me este amor enorme !

Pode não parecer muito

É de noite, lá fora faz frio
E eu sinto-me perdido no pensamento;
Porque após todo este sofrimento
Apenas resta um grande vazio!

Nem sei as horas...sabes-me dizer?!
Mas parece ser bem tarde, talvez manhã;
Ainda não será hoje, mas amanhã:
Tudo estará curado após ver-te!

E é assim que vou passando os dias
Com muitas tristezas, poucas alegrias
Contando os minutos até te tocar!

Pode não parecer muito para o vulgo ser,
Mas para mim, é o meu viver...
Viver a vida, só para te amar!

Solidão

Ao estar aqui, sozinho no vazio do meu quarto
A solidão invade-me, de tudo fico farto.
A cama vazia traz-me logo ao pensamento
Os dois a sós, aquele momento.
E a roupa fria que sinto ao deitar
Apenas faz-me querer, apenas desejar
Acordar pela manhã contigo a meu lado;
Teu corpo nú e quente, teu sexo molhado!
E se a vontade do destino me parece louca
Ao deixar-me com desejos de beijar a tua boca
É porque sinto a falta de te ver,
De estar contigo, de te amar e de te ter.
Pela noite dentro, no escuro que não vês
Amar-te-ia como se fosse da primeira vez
E tudo, tudo, tudo voltaria a ser igual;
Contigo nos meus braços tudo o resto era banal.
Deixaria de importar que o mundo acabasse, e nada restasse
Desde que eu ficasse a noite inteira acordado
E por fim adormecer a teu lado!

Sem Teu Amor É Como Morrer aos Poucos

Tenho os olhos rasos de água,
Por a vida me tratar assim tão mal,
E nas entranhas a dor que sinto é brutal...
E o coração?, Rasga-o a mágoa!
Este meu amor vai-me matar lentamente
Por causa dos erros que vou cometendo
E mesmo que, com eles, tenha vindo aprendendo
O amor será amor, eternamente!

Pois a ajudar toda esta loucura
E a aumentar toda a minha amargura
Ss coincidências fazem-se impor.
Se tive muito, uma vida desejada
Agora já não tenho nada...
Só me resta o teu amor!!!
E é o teu amor que me traz energia
Para enfrentar toda esta escuridão;
Porque se caio, logo tenho tua mão
Levantando-me de novo para a alegria!!!

São as provas duras do destino
Que nos testa toda a nossa determinação;
Que nos faz lutar, por vezes em vão
E outras, chorar como um menino.

Como num círculo vicioso, volto a dizer
A minha esperança não há-de morrer
Hei-de continuar sempre a lutar!
Porque sem o teu amor não sei viver
Sem ele, é como morrer
Lentamente deixar de respirar!!!