domingo, 12 de julho de 2009

Juramento

Hei-de esquecer-te, eu juro, isto é possível!
Digo e repito a ti meu juramento.
Hei-de banir do peito o sentimento
Hei-de esquecer o teu cheiro e o teu carinho,
Hei-de vencer um dia este abandono,
Hei-de dormir o mais profundo sono
Quando apagar a tua sombra do meu caminho.

Jurando por-te lá no esquecimento,
Vou-me livrando deste sentimento
Nestes atalhos longos que percorro,
Hei-de esquecer-te, sim!...Será possível!
Pois tu não podes ser tão invencível!
Mas, por enquanto, vem a mim... Socorro!

Viver

Qual compromisso?
Será que isso
Só, justifica
O ter vivido?
Não quero! Não!
Quero simplesmente
Ver o presente
Com o coração,
Até que o sonho
De um mundo estranho
Termine pois,
A sensação
De ser feliz,
Pelo que quiz,
Pela ambição
De... enfim os dois,
Hoje... e depois...
Viver o Outono
Num belo sonho,
E a Primavera
Numa quimera,
Viver a vida
Como quisera.
Viver... Viver...
Ter-te... e bem querer,
Querer-te e amar-te.
Tudo o que seja
Amor... eu dar-te-ei,
Meu pensamento,
Meu coração,
Todo o desejo,
Toda a emoção
De ter vivido,
Ainda que seja
Por um momento,
Que valha bem
Intensamente
Toda uma vida...
Que só por isso
Valeu nascer!
Ainda que fosse
Só para te ver...

Esquece

E se um dia achares que podes voltar atrás.
Esquece
Não é para todos o lema nipónico “mais vale voltar atrás que perder-se no caminho”
Para ti, que te perdeste muito antes disso, resta-te seguir por outro. Paralelo.

E se um dia te lembrares de que cor são os meus olhos, fecha os teus.
Vais ver que a imagem desaparece e o lago profundo das lágrimas que já chorei dará lugar ao sol que agora me aquece e me afaga.
Na tua vez.
Em vez de ti.
Apagando-te a sombra.
É isso.
Está apagada a tua sombra.
Em dias de sol.