domingo, 19 de abril de 2009

....................................


Nas noites sem sono
Reflito
As dores que são retidas a mim
Sei, e posso ver...
Isso é suicídio indolor
Traz muitas mudanças
E eu posso tomar ou largar, se me agradar.
Eu tento encontrar uma maneira de fazer
Todas as poucas alegrias que tenho
Não se relacionarem
Com o ódio...
Mas agora eu sei, que é tarde demais.

::::::::::::::::::::::::::::::::::

Minha alma grita em desespero profundo
Recolhendo-se na própria dor do corpo
Secando o sangue impuro
E clareando o negro dum dia já morto.

Minha sina marca-me a vida
Não sei se viverei sequer mais um dia
Nem sei se acabarei de escrever este poema
Só sei que nem sempre a minha vida rima.

Sou duma textura fina
Tão frágil como uma flor murcha
Seca sem a rega até duma lágrima
E morro sem que ninguém dê conta.

Meu corpo é espinhoso
De tal modo marcado pelo infortúnio
Enterrado com as suas raízes e com tudo
Jaz morto e moribundo num cemitério vivo.

"UNKNOWN"
Uma carne brilhante
Que nunca acorda
Que sempre chora
E casualmente é santificada
Por fugir ou por ficar por aqui
Pela vida que ainda queima

As areias do tempo
São mentirosas
Quando se sente triste
E ela não para de correr nos neurônios
Tudo poderá desabar

Constâncias repentinas
Malefícios gostosos e outras benquerenças
Com gostos adversos na boca
O seu corpo torna-se um foguete prateado
Partindo corações e mostrando-lhes os seus sentimentos

Surfando nesse foguete
Ela percorre o desgostoso momento de vida
Deslumbrada, desvairada e profundamente corroída
Por tanta degeneração rasgada e suja
De certos prédios colossais infelizes

Ela sabe o seu caminho
E a qualquer momento pode desaparecer
Explodir ou suprir seus ânseios alheios
Um mártir filantropo!
Que daqui a alguns segundos pode deixar uma mensagem qualquer...
“Vocês nunca mais me verão de novo!”

Vida Inutil

Passando água pelo meu palido rosto
Esquecendo-me do sabor
Esquecendo-me do gosto ...
De te poder chamar de amiga

Enraivecido por palavras que nem essas eram transparentes
Mostrando-me uma verdade de mentiras e incertezas!!!
Que sobretudo tu não querias ver...

Esperando no fundo da rua
Que me dês um motivo para poder libertar a minha raiva
Em forma de trovões ironias desilusões
Vida injusta que levas
Um mar revoltado
Uma tempestade de ilusões...

Vida de parasita que levas
Vida pobre de espirito
Infelicidade de alguém que te tornou assim
Decadência de uma pessoa infeliz em que te tornaste

Provando o sabor da tristeza que me ofereceste
Caíndo uma lágrima do que tu recebeste
Coração que roubaste...
Folego inconsolavel que adoraste..