terça-feira, 25 de agosto de 2009

Devolve-me

Devolve-me os sonhos que te fiz sonhar
Mas que não deste valor!

Devolve-me o carinho que te dei com amor
Mas que me devolveste com ingratidão!

Devolve-me os beijos que te dei
Que, juro, vieram do fundo do coração
Mas que não deste o valor merecido.

Devolve-me as palavras de franqueza que te falei
Pois a tua fraqueza de alma não assimilou, ficando esquecido.

Devolve-me os pensamentos que te confidenciei
Pois traíste-me com argumentos que não acreditei

Por fim devolve-me a dignidade que te apresentei
Posto que magoaste o meu coração com palavras iníquas
E sem valores morais.

Apenas peço-te: não enganes a mais alguém
Pois estarás enganando a ti mesma
E sofrerás muito além do que imaginas
Minha cara! Que um dia fos-te a minha menina, a minha querida e tão amada menina.

Deixxa-me Dormir

Meus olhos da cor da terra,
Já se querem fechar...
Apesar do sol despontar lá fora.
O frio da minha alma,
Atormenta-me com memorias que já não posso reviver...
A solidão mata o meu coração,
E sinto o meu corpo a fraquejar.
Minhas mãos já tremulas,
Parecem sem vida.
Sinto os meus olhos pesados,
Eles não querem mais olhar,
Para um universo sem sentido.
Deixo-me, então ir...
Sinto-me a desfalecer,
Neste chão gelado,
Que o sol não aquece.
Quero dormir...
Sentir as sombras aos poucos,
Tomarem conta de mim...
E o meu mundo ficar cada vez mais escuro.
Quero dormir, para sempre,
E não mais acordar para a vida.
Quero ficar assim, neste estado
Toda a minha eternidade.
Sentir o meu mundo a fechar-se em torno de mim,
Deixar-me levar pela angústia e pelo desespero.
Estou cansado, meu amor....
Estou tão cansado,
Desta vida que já não tem saída
Deste ritmo alucinado dos meus pesadelos.
Deixa-me dormir, meu amor....
Para nunca mais ter de ver este sofrimento,
Para nunca mais sentir esta dor que me queima.
Deixa-me dormir....
Partir em paz, para uma outra vida,
Onde poderei enfim, descansar!
Onde poderei enfim, amar-te!

"Deusa II"

Perdi-Te

Vivo atormentado pelo desejo
Como pudeste ser tanto e tão pouco em mim
Passo as pontas dos dedos sobre o orvalho
Aquela pequena memória inscrita no teu olhar

Se eu pudesse ao menos sentir perdão
Aquele arrependimento puro
Entre a quarta e a quinta hora desta noite
Despojo-te nos meus sonhos de tão inquieta verdade

Se eu pudesse ao menos saber quem fui
Uma linha perdida num texto vazio
Fui tão pouco, mas quero ser tanto
Fui uma gota de chuva numa noite de Verão

E, agora, enquanto alinho recordações de ti
Despojo-me eu também de tão triste verdade
Perdi-te sem saber que te tinha ganho
Faltei-te na minha presença amordaçada

OS BEIJOS QUE NÃO ESQUECI

Saudade do teu beijo ardente
Dos nossos beijos loucos
Que nos cansaram o corpo
Nos fizeram tolos
Na certeza pouca
De que o nunca mais
Um dia chegaria.

Ah! teus beijos!…
Adrenalina pura!
Lânguidos,
Insanos,
Feitos de romance,
De bem, de mal, de tudo;
De sonhos de paixão,
De toques de ousadia,
Do fogo da emoção,
Do ardor, da euforia.

Dentro de mim resta o consolo de sentir saudade…

Vem!
Volta!
Esgota-me com o teu beijo!
Renova-me com o teu beijo!
Faz-me viver de novo.
No meio dos nossos beijos,
Desejos tão sentidos!

"Dentro de mim vive o consolo da saudade sentida…"