sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Sem Ar

Esta posso dizer é a musica que explica como me deixas-te quando partis-te, espro que gostem, este é o meu verdadeiro estado de espirito:


Juro Por Deus

Amor de Verdade

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Nesta Noite Branca



Nesta noite branca
Sou um boneco de neve
E tenho a certeza que vou derreter
Quando os teus lábios tocarem nos meus

Vejo toda a gente feliz
Sobre a mesa há cores e sabores
Só eu não paro de pensar em ti
Quem me dera estar noutro lugar

Já passa da meia noite
Por entre tantos presentes abertos
Há um guardado que é para ti
Nem um minuto vou eu esperar

Nesta noite branca
Sou um boneco de neve
E tenho a certeza que vou derreter
Quando os teus lábios tocarem nos meus

Nesta noite branca
Sou um boneco de neve
E tenho a certeza que vou derreter
Quando os teus lábios tocarem nos meus


Oiço música alegre
Enquanto vou a descer pela rua
Em cada passo, mais perto de ti
Sou guiado pelas estrelas do céu
Tudo parece magia
Aqui o tempo já não interessa
Quando eu estou bem junto a ti
Ergo bem alto o meu troféu
Aqui estou eu para te dizer: Feliz Natal...
É o que eu desejo com todo o coração
Nunca te esqueças que o meu é teu

Nesta noite branca
Sou um boneco de neve
E tenho a certeza que vou derreter
Quando os teus lábios tocarem nos meus

Nesta noite branca
Sou um boneco de neve
E tenho a certeza que vou derreter
Quando os teus lábios tocarem nos meus

Writen By "Anjos"

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Wroten By Anjos

domingo, 29 de novembro de 2009

Desejo

Meu Nome... Desejo.
Sou como um diamante
Quase sem nenhuma lapidação
Transformo-me num corpo
Arduo de desejos incontidos
O meu peito rígido roça
Sobre teus peitos...

Minhas mãos acariciam o teu corpo
Percorrendo com volupia e
Vigor o teu sexo, e sinto-me
Invadida por estranhos espasmos
E uma grande euforia...

Meu desejo é tamanho,
Que passo a lamber o teu corpo
Sem o menor pudor...

Pela janela entra uma brisa
Fria, que me leva a ter
Grandes espasmos, numa
Euforia desenfreada...

Sinto enfim o gozo no
Meu ser...é quando acalmam
Um pouco os meus loucos desejos...

Sinto-me totalmente saciado, e
Nestes momentos sinto-me
Como um animal..totalmente
Alimentado!!!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Lágrima

Quando eu choro
Choro pelo desgosto que tenho
Choro por todas as vezes que já chorei
E choro por todas aquelas em que nem sequer pude chorar

Quando eu choro
Choro por todos aqueles que já perdi
Todas as feridas reabrem
Sangram ...
E o choro silencioso escorre em cascata
Lágrima a lágrima
Lembrando tudo o que eu perdi
Tudo o que eu não tenho
E tudo o que eu não sou

Quando eu choro
Há um gemido silencioso
Estrangulado à nascença
O corpo mantêm-se imóvel, rígido, inerte, morto
Face estática de olhar parado e fixo

Quando eu choro
Há estilhaços por toda a parte
Laminas que me esfarrapam por dentro
Cortes que me matam devagar
Dor, prolongada agonia

Ah quando eu choro
Sangram-me as veias
Enrigessem-me os ossos
Contraio os espasmos, a dor
E tudo por dentro se contorce
Se desfaz ...
A cabeça roda numa dor latente, aguda e voraz
À velocidade da luz passam imagens
De tudo... mas mesmo de tudo!
Tudo aquilo que um dia me magoou
Ferindo-me novamente
Com uma intensidade imensa
Igual ou mesmo superior
Acutilante...

Quando eu choro acumulo as águas de todos os rios
Que transbordam levando tudo o que sou
Para parte nenhuma
Sem destino algum
Deixo-me arrastar pela tormenta
Num vórtice de escombros
Pedaços de vida
Amor, ódio, fúria, desalento
Sentimentos contraditórios

Quando eu choro
Choro também por tudo aquilo que ainda vou chorar
Por tudo aquilo que sei que vou perder
E choro até o choro dos outros

Quando eu choro...
Chove sempre torrencialmente nalgum lugar
E quando a chuva bate na minha janela
Sei que posso parar de chorar
Pois ela chora no meu lugar
Colo a face ao vidro e junto minhas lágrimas às dela
Cadenciada, tilinta devagar
Exausto cedo-lhe o meu lugar
E vejo as minhas lágrimas no seu olhar
Fica um vazio imenso
Um silêncio

Quando eu choro
Choro todas as lágrimas que nunca chorei
Sinto a dor como nunca a senti
E morro, devagar ausente
Numa expressão
Num olhar

Quando eu choro
Choro porque já não há lugar para mais lágrimas cá dentro
E a água sai devagar
Como se extravasasse somente

As dores vão-se acumulando com os anos...
As lágrimas também!

domingo, 15 de novembro de 2009

Adeus...

Adeus dirá hoje talvez, minha alma...

Adeus?
Diria eu hoje um adeus e partiria?
Ou diria um até breve e sorriria?
Hoje a palavra adeus sorriu-me
E traduziu no sorriso a falsa alegria

Adeus dirá hoje talvez, minh'alma...
Aos sonhos
As dores
Aos desamores
As dúvidas
A solidão
As tempestades
As indecisões

Adeus aos sonhos que morreram
Adeus às dores que no peito se fez
Adeus ao desamor que no peito morou
Adeus as duvidas de que guardei

Hoje digo adeus à vida injusta
Ao tempo perdido e enganoso
E ergo-me para a vida a sorrir
Indo ao encontro do meu destino

Hoje o adeus está em mim, morto...
Quero agora viver ser outro...
E da vida construir um mundo melhor
Quero olhar para dentro de mim com amor
E encontrar novamente as minhas forças

Adeus eu digo hoje a todas as dores
E procuro na chuva, no mar a calma
E sepulto nas águas as palavras de amor
Deixarei que as ondas as levem, afoguem
E libertarei minh'alma para viver outro amor

Procurarei o perdido como um tesouro
Cavarei na areia do meu peito choroso
Profundamente arrancarei a solidão
E deixarei apenas um mar emoções

Banharei a alma nas lágrimas silenciosas
Que por meus olhos verterei no silencio
E agarrarei cegamente o vento
Para pedir paz no silêncio da minha morte
Coração cansado, deixarei adormecido o choro

Como Posso Dizer-te Adeus????

Sinto-me tomado pela angústia
Por uma dor que me corroi a alma…
Como dizer adeus se contigo desenhei o meu mundo;
Como poderei dizer adeus ao sol, ao ar, a lua,
Se tu me és tudo isto…
Como dizer-te adeus, se tu foste água
Que saciou minha sede,
Se tu foste o núcleo
Da minha existência?…
A ti entreguei-me,
Por ti cometi erros
Por ti escrevi com os meus acertos
Um livro de encanto e de amor,
Se, fostes na minha vida
O meu espetáculo maior,
Agora vens e preparas-te
Para fechar as cortinas da minha vida…
Porque foges de mim?,
Como a areia entre os meus dedos -
Se sempre fui para ti
A comporta dos teus erros?…
Porque me lanças neste turbilhão de dores -
Se para ti sempre fui a cura das tuas feridas?
Pois foges de mim enquanto o mundo sorri
E espera tanto de nós…
Porque pedes o impossível -
Quando para ti é tão fácil transformar tudo em possível?…
Oras… Por que devemos sofrer – se em juras de amor
Prometemo-nos um ao outro o amor eterno;
Vem, não me deixe assim…
Pois ao dizer-te adeus estarei por fim,
A deixar de sonhar,
E, todo aquele que parar de sonhar morreu para sempre!…

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desisti de Mim Mesmo

Quando acordei e passei à frente do espelho a imagem que lá se encontrava já não era a minha. Sim, em poucos meses tinha modificado muito... tinha alterado a minha visão de uma vida que ficou para trás, tinha alimentado a alma com palavras, o espírito com amor... e para quê? Para quê, se hoje acordo e o céu não está azul?

Trago um sorriso mentido, uma alegria fingida... porque o sol já não brilha... para mim... trago um corpo bonito com uma alma apagada... porque a lua já não sorri... para mim...

Hoje vou deixar de amar quem amo, de querer quem quero... vou deixar de sorrir só porque me apetece... vou deixar de cantar o amor e o justo... vou deixar de gritar a liberdade e o perdão... vou deixar de correr para a vida e simplesmente deixar que ela passe... por mim...

Vou voltar a ser quem era... alegre de olhos inchados e tristes... indiferente à brisa que me chama... ao mar que se entrega... à águia que clama o eu que se liberta e voa...voa...

Hoje vou desistir de mim... dos meus sonhos... vou até desistir das lágrimas... do sofrer... vou apenas ser, alguém... que me representará nesta vida de teatros constantes, de frases estudadas de sentimentos treinados e aprendidos... de voz bonita com palavras esperadas, correctas... de gargalhadas contidas e discretas...

Hoje vou desistir de mim... talvez assim seja mais feliz...

Dor

Cá estou neste momento,com uma musica romantica de fundo,não muito triste,talvez me fizesse chorar com mais dor,ouvindo vou tentando juntar o que restou. Raiva tenho apenas de mim, perguntas que não se calam, culpas que me sufocam e para brindar com perfeição minha nostalgia, uma tristeza que não cessa, não perdoa, não descansa. Por tantas vezes vivi este momento, eu já me via assim, porém jamais poderia imaginar que dói tanto, que é tão fundo. Não a culpo por nada e a unica coisa que tenho de ti hoje é medo. Neste momento talvez como muitos poderia dizer que me arrependi de algo que fiz, que tu não poderias ter feito isso e dramaticamente insistir em reputar que tu disses-te que me amavas. Nada disso traria a minha paz de volta, nem tu, pois o que desejava não era um corpo apenas, tão pouco só a tua presença, queria um sentimento, o melhor de ti em amor como uma vida ofertada. A dor que sinto neste momento é saber que dei tudo de mim e ainda assim não consegui aquilo que almejava, não que alguém tenha culpa ou obrigação de amar, mas aquela antiga mania de pensar que devemos ser amados sempre que amamos acaba latejando em meus sentidos, Mas não dou a ela ouvidos. O que me dá paz e tranquilidade em apanhar os cacos sem me cortar de dor com a verdade é justamente isso. Fiz o que podia, amei da melhor forma que eu consegui, sobretudo a mais do que imaginei ser capaz. Isso faz o meu dia se tornar uma pouco mais claro, ainda que o sol esteja implacavel lá fora, ao amanhecer parecia envolto num manto de escuridão e medo, de quê não sei ao certo, talvez medo de encarar a vida de frente, medo de olhar e saber que a motivação para o meu amar se findou, medo de odiar ao invés de prosseguir sonhando com o tão almejado amor, entre tantas possibilidades sei apenas que tenho medo. Mas ao amanhecer ouvi a vida, assim me bastou um cantarolar dos passaros e alguns acenos de carinho para que houvesse uma aurora, para que ainda houvesse sentido. As vezes por se dizer que ama, nós nos tornamos tão egoistas, limitamos a vida ou a felicidade em apenas estar com quem se quer. Quando na verdade o sentido é amar, a quem precisa, a quem se esquece, a quem se odeia. Talvez até penses que me recuperei rapidamente e que estou pronto a viver sem ti. Lamento, seria apenas uma boa teoria, afinal: O que na verdade os dedos não falam o olhar que não pode ser visto esconde, talvez a mão apenas enxugue as lágrimas e assim será esquecido. Como o presente mentiu-me a mim, talvez me sussurrasse a verdade eu eu negligente fiz-me surdo ao querer apenas os gracejos deste meu coração que me prometeu o mundo, talvez somos vitimas de uma delinquência que confesso, desconhecia. Não vale a pena recordar-me de tantas tristezas, e nem por isso escrevo em verdade, escrevo porque tive boas lembranças e tento sorrir com esta partida que o meu ser me pregou, ainda que não haja graça, aprendi que enquanto se vão os poemas, ainda ficam os poetas, e ainda que se vá os dedos e neste momento se cale a fala, resta um olhar capaz de traduzir toda a dimensão do que se sentiu, do que se viveu, do que se sonhou...Mas de nada me valeria explicar. Termino por aqui, obrigado por tudo. Adeus, foi um prazer amar-te...

domingo, 8 de novembro de 2009



Solidão
Eu e tu
Somos dois, em um
Eu quero amar
Já só sei, ser um só
Ninguém

Miss solidão, eu amei
Miss solidão, eu vivi
Miss solidão, não estou bem

Solidão, pra onde vou
Solidão, sombra do que eu sou
Solidão, eu não sou
De mais ninguém

Solidão
Estou sem voz
De falar, só de nós
Não te vás, deixa estar
Toma o meu lugar

Miss solidão, eu amei
Miss solidão, eu vivi
Miss solidão, não estou bem

Solidão, pra onde vou
Solidão, sombra do que eu sou
Solidão, eu não sou
De mais ninguém

Solidão..

Miss solidão, eu amei
Miss solidão, eu vivi
Miss solidão, não estou bem

Solidão, pra onde vou
Solidão, sombra do que eu sou
Solidão, eu não sou
De mais ninguém

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Para alguém muito especial

Minha querida:
Sinto saudades.
Profundas saudades!
Queria estar agora contigo para te encher de beijos e dizer uma série de gracejos pertinho dessas orelhinhas bonitas.
Se tivesses a exacta dimensão da falta que me fazes neste momento, certamente voarias até aqui só para me dares um abraço, um beijo terno e garantires de novo que me amas. Como é possível alguém sentir tanta falta de outro alguém?
Como é possível que o amor, algo tão "abstracto", absorva tanto o pensamento de uma pessoa tão racional quanto eu julgo ser? O que há de tão forte neste sentimento?
Porquê tanta vontade de te ver, de estar contigo? Será que eu estou a enlouquecer?
Acho que sim...De qualquer forma, enlouquecer em função de alguém tão especial quanto tu é no mínimo, sinal de bom gosto, e contrariando tudo o que eu disse antes, sinal de sensatez, pois poucas pessoas no mundo devem reunir tantas características especiais quanto tu reúnes.
Eu não suporto mais estar longe de ti, porque quando estou longe de ti o tempo não passa, as horas tornam-se monótonas e não há nada - nem mesmo uma bela taça de vinho - que seja capaz de me consolar. Resisto à solidão muito a contragosto e não vejo a hora de estar outra vez frente-a-frente contigo, poder tocar-te e beijar-te da forma mais pura, terna e bela deste mundo.
Acredita que serão beijos muito especiais, como tu mereces.

Com amor e saudade

Solidão

Ao estar aqui, sozinho no vazio do meu quarto
A solidão invade-me, de tudo fico farto.
A cama vazia traz-me logo ao pensamento
Os dois a sós, aquele momento.
E a roupa fria que sinto ao deitar
Apenas faz-me querer, apenas desejar
Acordar pela manhã contigo a meu lado;
Teu corpo nú e quente, teu sexo molhado!
E se a vontade do destino me parece louca
Ao deixar-me com desejos de beijar a tua boca
É porque sinto a falta de te ver,
De estar contigo, de te amar e de te ter.
Pela noite dentro, no escuro que não vês
Amar-te-ia como se fosse da primeira vez
E tudo, tudo, tudo voltaria a ser igual;
Contigo nos meus braços tudo o resto era banal.
Deixaria de importar que o mundo acabasse, e nada restasse
Desde que eu ficasse a noite inteira acordado
E por fim adormecer a teu lado!

Noite Fria

Abro os olhos, a tarde é fria
Teus pés vestidos de cores tocam os meus
Acaricio as tuas mãos à espera de um sorriso teu
Mas os teus olhos fecham-se à procura de quem não te queria

Espero que a tua procura acabe
Antes mesmo do morrer do dia
Pois a noite que é ainda mais fria
Guarda um segredo que ninguém mais sabe

Amei-a, incondicionalmente, apenas por uma vida
Não nego, uma vida cheia de pecados
Mas vivi calado no mundo dos isolados
No mundo das dores, cultivando as minhas feridas

Agora quem fecha os olhos sou eu
Na noite fria que carrega a minha morte
E invejo em demasia aquele que tem a sorte
De dormir o sono eterno depois de um beijo teu.

Para Ti (Vânia)

Cheguei a ti seguindo o teu perfume
De flor de lua, flor da minha vida.
O teu espírito acendeu em mim um lume,
Que o teu corpo ateia em incêndio prolongado.
E nada ficaria além de profunda ferida,
Se esse lume alguma vez fosse apagado.

Trouxeste-me a frescura da aurora,
O despertar de um tempo adormecido.
O teu amor intenso faz-me ser agora,
Liberto das amarras da razão,
Quem nunca fui mas sempre quis ter sido,
Rumando a um mar de sentimento e emoção.

E nesse rumo ao leme vais comigo,
O meu Amor por ti dá-me coragem.
Teu companheiro, teu amor, teu melhor amigo
Prometo ser, com a minha boca na tua.
E como um só, partimos nesta viagem.
Em direcção a casa. Em direcção à Lua.

Voa comigo meu Amor. Vem!
Nunca te sintas insegura.
As nossas almas são o que nos sustém
Para além do tempo, para além do espaço,
Pois é o Amor que cria o texto ou a gravura
Quando a paixão explode em cada frase, cada traço.

Quero Amar-te

Quero amar-te como ninguém te amou;
Em toda a parte quero ter-te sem fim;
Como se fosses tu uma parte de mim;
Amar-te até desconhecer quem sou;

Quero encontrar-te se ninguém te encontrou;
Passear contigo entre as flores do jardim;
Colher as mais perfumadas que o jasmim;
Para que por ti saibas quem se apaixonou.

Quando te imagino sabes o que eu vejo:
Alguém que encheria todo o meu ego;
Por isso encontrar-te é o que eu almejo.

E se não podes amar-me por medo
Aqui te deixo um secreto desejo:
Seremos amantes em grande segredo!

Amar-te-ei

Corre-me nas veias,
Confesso!
Esta forma subtil
Este desejo
Esta vontade.
Contesto!
Essa necessidade
Que a minha nudez, anseia
Na sombra do teu rosto.
Arremesso!
Os gemidos de prazer
Que calo em mim,
Através do teu beijo.
O beijo que adultera
Que me engana...
Menosprezo!
Qualquer tormento
Vem!
Procura,
Este impudico
Que te chama...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Reencontro com o Amor

Querida (Vânia),

De repente comecei a recordar, sem melancolia, mas com muita doçura, o tempo em que estávamos juntos, em que partilhávamos as nossas emoções, os nossos desejos e esperanças. Recordei-me de tudo aquilo que vivemos juntos e senti saudades!
Estranho lembrar-me dessas coisas depois de tanto tempo afastado de ti, mas começo a ter a confirmação de que um grande amor não se extingue nunca, nem pelo tempo e nem pela distância.
Comecei a lembrar-me apenas das coisas boas que nos cercavam, da maneira como me tocavas, das palavras ternas que dedicávamos um ao outro, da tua maneira de me olhar (sempre um misto de amor e desejo), da temperatura do teu corpo, e foi como se eu pudesse sentir tudo outra vez, foi como se eu ouvisse novamente o som da tua voz a penetrar nos meus ouvidos.
Pensei, então, que talvez fosse possível tentarmos reviver aquela época, apesar do longo tempo em que estivemos sem contacto. Pensei que apesar de hoje vivermos outras realidades, que apesar de estarmos mais distantes, poderíamos ceder, sem nenhum temor, a este sentimento belo e forte que nos uniu um dia e que, pelo menos em mim, parece estar mais vivo do que nunca!
Pensa nisso com carinho, querida!

Recebe um beijo do sempre teu,
(Ricardo)

domingo, 25 de outubro de 2009

Falar de Amor

Se para falar de amor é preciso… pedir desculpa,
Desculpa-me! Pois a vontade de gritar o teu nome
A todas as horas é incontrolável.
Se para falar de amor é preciso… ser rico,
Desculpa-me! Pois empobreci e perdi tudo
Ao conhecer-te e esqueci-me de tudo.
Se para falar de amor é preciso… estar alimentado,
Perdoa-me, pois só os teus beijos, só eles
Alimentam a minh’alma.
Se para falar de amor é preciso… ser jovem,
Perdoa-me, pois envelheci tão rapidamente
Enquanto esperava por ti.
Se para falar de amor é preciso… ter carácter,
Desculpa-me! Pois perdi-o todo
Mesmo diante dos teus olhos.
Se para falar de amor é preciso… ser livre,
Desculpa-me! Pois diante do teu ser aprisionado
Não posso ser livre.
Se para falar de amor é preciso… ser feliz,
Perdoa-me, mas por não ser correspondido
Tornei-me muito infeliz.
Se para falar de amor é preciso… dizer “AMO-TE”,
Desculpa-me! Pois se não disse essa frase até hoje
É porque esperava ouvi-la de…Ti.

Morte Anunciada

Não sei se conseguirei terminar estes versos;
O veneno letal já está na minha corrente sanguínea,
Este é o meu fim – a minha morte é certa!
Quando estes caracteres forem encontrados,
Há muito terei partido e não estarei entre vós;
Já passava das três da madrugada,
A solidão da noite e a insônia eram as minhas únicas companhias;
A garrafa de whisky estava vazia e os meus cigarros tinham acabado,
A melancolia já tinha chegado ao extremo!
Peguei no frasco com veneno que jazia sobre a cômoda;
Sentei-me na cama olhando-o fixamente,
Hesitei, embora tivesse ímpetos de tomá-lo;
Levantei-me e comecei a andar de um lado para o outro,
Tentava encontrar alguma razão que,
Impedisse de por fim à minha própria vida;
Abri a janela do quarto e olhei para o céu,
Era uma madrugada de inverno e eu sentia a brisa gelada.
Bater suavemente no meu rosto,
Aquela brisa fria trazia-me lembranças;
Lembranças do tempo em que eu era feliz,
De quando eu gostava de viver e amava a vida;
Pensei na minha família, amigos e amantes.
Como eles sofreriam por causa desta decisão que eu tomara,
Nem mesmo eu sei explicar tal atitude;
O que leva alguém a destruir um bem tão precioso?
Dado de presente por Deus e por nossas mães;
Fechei a janela com muito cuidado, não queria acordar ninguém na casa,
Dirigi-me até o quarto onde os meus pais dormiam, disse adeus e pedi perdão;
Fui até o quarto onde a minha irmã dormia, disse adeus e pedi perdão,
Voltei novamente para o meu quarto.
Pensei em cortar os pulsos com a lâmina de barbear!
Mas não tinha paciência de ver, e esperar o meu sangue resvalar na cama,
Também pensei em estourar os meus miólos com o revólver do meu pai;
Mas não queria alarmar ninguém, tão pouco desfigurar o corpo para o velório,
Pensei em enrolar uma corda no pescoço e pular da janela;
Mas não queria ser o centro das atenções para quem passasse na rua,
Peguei outra vez no frasco de veneno, sentei-me na cama e hesitei por alguns instantes;
Eu ouvia minha consciência suplicar, implorar para que eu não fizesse isto,
Mas eu estava muito amargo e cheio de ódio para continuar a viver;
Com um trago, o frasco já estava vazio,
Deitei-me na cama e cobri meu corpo com uma manta negra;
E aqui fiquei aguardando a morte pacientemente!


Assim chega o fim do sofrimento:
Não é a mim que pretendo matar mas sim esta dor que me consome a alma...
I hate myself that I want to die

Dor de Amar

Cá estou neste momento,com uma musica romantica de fundo,não muito triste,talvez me fizesse chorar com mais dor,ouvindo vou tentando juntar o que restou. Raiva tenho apenas de mim, perguntas que não se calam, culpas que me sufocam e para brindar com perfeição minha nostalgia, uma tristeza que não cessa, não perdoa, não descansa. Por tantas vezes vivi este momento, eu já me via assim, porém jamais poderia imaginar que dói tanto, que é tão fundo. Não a culpo por nada e a unica coisa que tenho de ti hoje é medo. Neste momento talvez como muitos poderia dizer que me arrependi de algo que fiz, que tu não poderias ter feito isso e dramaticamente insistir em reputar que tu disses-te que me amavas. Nada disso traria a minha paz de volta, nem tu, pois o que desejava não era um corpo apenas, tão pouco só a tua presença, queria um sentimento, o melhor de ti em amor como uma vida ofertada. A dor que sinto neste momento é saber que dei tudo de mim e ainda assim não consegui aquilo que almejava, não que alguém tenha culpa ou obrigação de amar, mas aquela antiga mania de pensar que devemos ser amados sempre que amamos acaba latejando em meus sentidos, Mas não dou a ela ouvidos. O que me dá paz e tranquilidade em apanhar os cacos sem me cortar de dor com a verdade é justamente isso. Fiz o que podia, amei da melhor forma que eu consegui, sobretudo a mais do que imaginei ser capaz. Isso faz o meu dia se tornar uma pouco mais claro, ainda que o sol esteja implacavel lá fora, ao amanhecer parecia envolto num manto de escuridão e medo, de quê não sei ao certo, talvez medo de encarar a vida de frente, medo de olhar e saber que a motivação para o meu amar se findou, medo de odiar ao invés de prosseguir sonhando com o tão almejado amor, entre tantas possibilidades sei apenas que tenho medo. Mas ao amanhecer ouvi a vida, assim me bastou um cantarolar dos passaros e alguns acenos de carinho para que houvesse uma aurora, para que ainda houvesse sentido. As vezes por se dizer que ama, nós nos tornamos tão egoistas, limitamos a vida ou a felicidade em apenas estar com quem se quer. Quando na verdade o sentido é amar, a quem precisa, a quem se esquece, a quem se odeia. Talvez até penses que me recuperei rapidamente e que estou pronto a viver sem ti. Lamento, seria apenas uma boa teoria, afinal: O que na verdade os dedos não falam o olhar que não pode ser visto esconde, talvez a mão apenas enxugue as lágrimas e assim será esquecido. Como o presente mentiu-me a mim, talvez me sussurrasse a verdade eu eu negligente fiz-me surdo ao querer apenas os gracejos deste meu coração que me prometeu o mundo, talvez somos vitimas de uma delinquência que confesso, desconhecia. Não vale a pena recordar-me de tantas tristezas, e nem por isso escrevo em verdade, escrevo porque tive boas lembranças e tento sorrir com esta partida que o meu ser me pregou, ainda que não haja graça, aprendi que enquanto se vão os poemas, ainda ficam os poetas, e ainda que se vá os dedos e neste momento se cale a fala, resta um olhar capaz de traduzir toda a dimensão do que se sentiu, do que se viveu, do que se sonhou...Mas de nada me valeria explicar. Termino por aqui, obrigado por tudo. Adeus, foi um prazer te amar...

Devolves-me a alma?

Percorro o mar com os olhos na ânsia de chegar ao rio profundo onde morro para ficar mais perto de ti. Os rochedos engolem a claridade dos meus olhos como se o céu se extinguisse neles e na sua inércia desprotegida. Insisto em romper essas cataratas nervosas que me confundem e então… encontro-te.
Sim… lá estás… tu, numa espécie de sinfonia de silêncios sórdidos, a olhar para mim através dos reflexos da água estranhamente azul como o firmamento. Os teus silêncios afogam-se de ironias silenciadas, são corrompidos abruptamente, e chegam até mim através do vento desatento.
De repente vejo-te como se fosses uma onda gigantesca a enfeitar-se de espuma reluzente. Ah… és tu… sim! Vejo-te, céus, que saudade eu tinha tuas…!
Sorris-me e eu arrepio-me. - És tu… ou é a minha necessidade de te encontrar?
Os peixes que moram nos teus olhos fitam-me asmáticos, e eu tenho vontade de os atirar para a água porque não resisto ao seu sufoco arrepiante.
És tu? Ou és a aragem que me açoita a imaginação?
Porque te salgas ainda mais nos meus olhos?
Porque permaneces neles assim… sentada impávida e inerte, como se te fosses atirar de uma rocha perigosamente íngreme?
Ao olhar-te assim nesta ansiedade de gaivota ferida, pareces uma daquelas crianças famintas, com os seus ventres disformes, a olharem complacentes, como se rompessem a minha distracção marmorizada.
E assim, neste sufoco, apenas consigo perguntar-te:

- Devolves-me a alma?

domingo, 18 de outubro de 2009

Minha alma grita em desespero profundo
Recolhendo-se na própria dor do corpo
Secando o sangue impuro
E clareando o negro dum dia já morto.

Minha sina marca-me a vida
Não sei se viverei sequer mais um dia
Nem sei se acabarei de escrever este poema
Só sei que nem sempre a minha vida rima.

Sou duma textura fina
Tão frágil como uma flor murcha
Seca sem a rega até duma lágrima
E morro sem que ninguém dê conta.

Meu corpo é espinhoso
De tal modo marcado pelo infortúnio
Enterrado com as suas raízes e com tudo
Jaz morto e moribundo num cemitério vivo.

"Known"

sábado, 17 de outubro de 2009

Não errar mais...

Guardava
A satisfação fúnebre do último acto,
Do ápice poético da minha teatral
Rotina de sobrevivência.

Cada gota limpava as marcas sujas
E malevolamente prazerosas
Das minhas egoístas sensações.
Levava de mim
As lembranças mesquinhas
Da minha bondade dissimulada.

Lentamente eu via o meu pulso
A expulsar o meu espírito da carne.
Tomado de júbilo
Presenciava o fim das dores
Naquele rio vermelho que inundava o piso.

Meu corpo gritava incessantemente
Ao meu espírito:
Volta!
E a Razão sufocava os espasmos deste louco
Falando sussurrante:
“Este é o curso, não há saída
Todos sabem disso.”

Neste momento o rio virou mar
E eu não continha mais a repugna
Daquele sóbrio acto.

Presenciava a mão que apunhalava
Naquela nobre sentença de salvação -
Cristo deu a vida por todos
E eu o faria por mim mesmo.

Já atingi a minha cota de desilusões,
O aprendizado dessa existência.
Não nasci para o sofrimento
Mas fui avultado por ele.
Sem escolha,
Preso ao meu estúpido “livre-arbítrio”,
Escolhi a saída mais simples -
Não errar mais.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ADEUS MUNDO

Imagino o meu caixão,
Ser banhado por lágrimas de dúvidas,
É meu dever pedir perdão,
Por este adeus antecipado!
O meu pesadelo?
É estar no caminho certo,
Porque tudo sempre foi certo!
É a perfeição que me mata,
O perigo de saber que existe um limite,
E que um dia posso tropeçar,
E ninguém estará do outro lado para me agarrar,
E dizer como “de ti tanto me orgulho”!
A escolha não é fácil,
Não é a vida que anseio tirar,
Mas é esta dor que pretendo atingir!
Não se culpabilizem por algo que é apenas meu,
Não procurem nas memórias os sinais que sempre negaram,
A hora chegou,
Não estou sozinho,
O anjo negro está aqui sentado ao meu lado.
Primo o gatilho.
Sinto a dor sucumbir.
E como no inicio dos inícios,
Volto a ser nada mais que apenas… pó!

Escrevo para não existires

Não quero que entres neste texto.
Não tens uma vida que eu possa compreender.
Alguns momentos no teu pensamento nunca serão uma vida.
Não me faças odiar a minha escrita de forma a humanizar o tempo.
Não entres nesse lugar interior onde sabes que estão guardados todos os sentimentos que eu utilizo para te destruir.
Quero que vivas fora do meu ódio.
Quero que ames longe do meu amor.
Estou farto de salões de palavras em silêncios luminosos.
Não escrevo a tua história porque sei que és um final infeliz.
A tua força é excessiva para as minhas qualidades humanas.
Nem as minhas palavras servirão de pronto a vestir para as tuas carências.
Tenho ainda o teu corpo tatuado nos meus braços.
Se o amor não fosse tão infantil, se tu própria não fosses a criança que transportas na forma de amar, então tudo o que eu te escrevo seria perverso e desumano.
Prefiro que seja o teu silêncio a derrubar todas as palavras que nunca escreverei. Aviso-te: as palavras só ameaçam quem as profere.
Não posso escrever-te dentro desta escrita.
Dizias na força de existires que te sentias uma mulher carente.
E eu acompanhava esse choro na impossibilidade de te compreender.
As palavras nunca serão a verdade daquilo que sentimos.
A verdade é uma linguagem do silêncio.
Nunca tive medo do silêncio, porque o silêncio é o meu acto de viver.
Tu não. Tu vives sem silêncio. Vives com palavras a mais.
Porque tu és um labirinto que arruina o meu pensamento.
Não te quero viva neste texto nem em memória nas minhas palavras.
Não quero a tua presença neste tempo construído de palavras desumanas.
Quero ser eu a perder-me nesta escrita de enganos.
Só os juízos de valor e comportamento dos outros são injustos.
E o silêncio nunca foi um bom advogado.
E tu, insecto feminino que esvoaça à volta dessa luz inexistente do silêncio, também pecaste pela injustiça de seres quem não aparentas ser.
E em vez de sugares o doce da vida, enches-te de razões amargas.
Às vezes não me apetece magoar ninguém, mas se magoo é porque está escrito.

Um dia tu aprendes que..

"Depois de algum tempo tu aprendes a diferença,
a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.
E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto
e não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair meio em vão.
Depois de um tempo tu aprendes que o sol queima
se ficares exposto por muito tempo.
E aprendes que não importa o quanto te importes,
algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que tu podes fazer coisas num instante,
das quais te arrependerás para o resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida,
mas quem tu és na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos
se compreendermos que os amigos mudam,
percebes que teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa,
ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida
são levadas de ti muito depressa,
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos
com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros,
mas com o melhor que tu mesmo podes ser.
Descobres que se leva muito tempo para te tornares a pessoa que queres ser,
e que o tempo é curto.
Aprendes que não importa onde já chegas-te, mas onde estás indo,
mas se tu não sabes para onde estás a ir,
qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas teus actos ou eles te controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as consequências.
Aprendes que paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te ignore
quando tu cais é uma das poucas que te ajudam a levantar-te.
Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência
que se teve e o que tu aprendes-te com elas
do que com quantos aniversários tu celebras-te.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que tu supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são burrices,
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia
se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva,
mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama do jeito que tu queres
que ame, não significa que esse alguém não te ama,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes tu tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julga,
tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido,
o mundo não pára para que o consertes.
Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, planta teu jardim e decora tua alma,
ao invés de esperar que alguém te traga flores.
E tu aprendes que realmente podes suportar...
que realmente és forte, e que podes ir muito mais
longe depois de pensar que não podes mais.
E que realmente a vida tem valor
e que tu tens valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem
que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."

Vale a pena pensar nisto:???

"William Shakespeare"

:::

Caminho sem ver,
Caminho já farto de sofrer
Tudo aquilo que sinto
Não é mais do que me perder.
Sinto a minha alma a depauperar
E a nada me consigo agarrar!
A dor sobre mim me dobra…
Apaga a imagem,
Apaga toda aquela visão,
Que fazia vibrar o meu coração.
Choro a pena que por mim tenho…
Sofro por tudo aquilo que deixei
Fico completamente assombrado!
Desço uma enorme escadaria,
E não sei onde ela vai parar
Mas não tenho medo algum,
Pois nesta vida já não penso acreditar.
Paro e mortifico-me…
Vou aqui assumir e colocar o fim da minha Vida!
Ando mais um pouco,
Com um olhar que pareço um louco.
A Vida desiludiu-me…
Assim assino a minha Morte,
Dando um passo em falso
E com a minha cabeça bati.
Fez um estrondo forte!
Esgueirava sangue por todo o lado,
Já não tinha qualquer movimento…
Foi ali o meu fim,
Pois a vida não queria saber de mim!

Qual foi o meu erro?

Será meu erro amar-te desta forma despropositada, indevida?
Será o meu amor um grande incômodo nos teus dias?
Será que deveria ter-me calado mais esta vez?
Porque é o nosso amor antigo, anormal, intenso
E por querer que ele enfim desabroche falo sem saber se devo
Porque não somos mais os mesmos, as histórias mudaram
Os personagens são outros, e o sentimento está a arder no peito
O que houve que nos esquecemos, que nos perdemos entre outros
Saciamos a nossa carência, a nossa saudade de um calor,
Mas deixamos o principal, que nosso amor ficasse ao léu
Um amor assim puro e verdadeiro ficou por anos vagueando
Para que um dia no meu coração alguém preenchesse o vazio
Um vazio que me deixas-te quando foste para longe dos meus olhos
Será meu erro ter recomeçado um amor tardio?
Ter aberto o meu íntimo, os meus anseios e desejos?
O que aconteceu com o nosso amor?
O que matamos, antes mesmo de começar?
O que dissemos e maltratamos antes de saciar?
O erro foi amar-te desta forma despropositada, indevida
Enfim o erro foi de certa forma, sequer amar-te

Roubaste o meu coração

Apareceste do nada
Entras-te no silêncio da noite
Instalaste-te no canto mais obscuro
Não dei conta de tua entrada
Só um vazio tomou conta de mim
Assaltaste o meu cofre
Roubando dele o tesouro
Algo que desconhecia existir
Agora sinto em mim, um vazio
Uma dor que magoa, bem no fundo
Roubaste-me o meu coração
Ensinaste-o a Amar
Deste-lhe vida nova
E agora ???
Sinto falta de ti
Uma angústia absurda
Sentimentos loucos que desconhecia
Roubaste o meu coração
Ensinaste-me a Amar
Quero-te em mim
Vem-me completar nesta dor nesta falta
Sinto falta da tua presença
Traz de novo o meu coração
Vem e vamo-nos Amar

"Nunca me irei despedir da poésia, vivo nas palavras, e inundo-me nos sentimentos..."

sábado, 10 de outubro de 2009

Adeus

Se um dia me encontrares na rua,
Não precisas de mudar de calçada.
Pensa logo que somos estranhos,
E que entre nós nunca ouve nada.

Posso não cruzar os teus olhos,
Mas passarei por ti sem rancor.
Sem lembranças que um dia entre nós,
Ouve um grande amor.

Nossos sonhos...

Nossos sonhos tão diferentes,
Assim o destino escreveu...
Tentarei encontrar noutros braços,
O amor que entre nós não viveu.

Quando Eu Partir (Minha Morte)

Quando eu partir, não te lamentes.
Podes chorar, mas não desperdices muitas lágrimas.
Guarda os nossos sorrisos.
Guarda os nossos abraços.
Os momentos que pareceram eternos.
Tenta lembrar-te de algumas discoções.
Mas só daquelas em que nos reconciliamos.
Lembra-te do Eu te Amo.
E esqueçe do Eu te Odeio dito impensadamente.
Sorri das piadas que fiz.
E esqueçe os palavrões que falei.
Deseja novamente, os meus carinhos.
Mas esqueçe as feridas que abri em ti.
Lembra-te dos sorrisos espontâneos.
Mas esqueçe os dias em que me apanhas-te de mau humor.
Lembra-te, que fui humano.
Amei, humanamente, o quanto pude.
Vivi, humanamente, enquanto pude.
E errei, humanamente, mais do que gostaria.
E mesmo assim, este momento não me é doloroso.
Tenho que ir.
Tenho mesmo que ir.
Mas levarei pedaços de ti comigo.
Deixar-me-ei todo contigo.
E quando quiseres encontrar-me, olha para o céu.
Procura Deus entre as nuvens.
Procura-me entre Deus.
Tu não O verás.
Mas eu te verei.
E o simples facto de Tu procurares por Ele, fará minh'alma mais feliz.
E se em algum desses momentos, uma chuva fina vier a banhar teu semblante.
Quero que saibas que será o meu sinal de felicidade, que carregará o Amor de minha'lma, e te dirá, discretamente:- Eu sempre te Amarei.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Eu não consigo viver sem ti !

Noites sem saber de ti
Madrugadas sem luar
No mar do meu pensamento
Procuro sem encontrar
Algo de bom que vivi
Que me faça recordar
O som do teu pensamento
O brilho do teu olhar
Procuro até nos meus sonhos
Percorrendo o areal
Do deserto do meu peito
Nada te faz encontrar
Nem este desejo ardente
De tanto tanto te amar
E choro.. fico sem jeito
Sem jeito até de pensar
Sinto falta dos teus braços
Do teu corpo junto ao meu
Saudade dos teus abraços
Que entre beijos e cansaços
Me faziam ser mais eu
Não sei se tu me esqueceste
Não sei se até te perdi
Mas por tudo o que me deste
Eu não sei viver sem ti!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

É NOITE E PENSO EM TI

Estou a pensar em ti, vendo a noite
Chegar calmamente e abraçar-me.
Sinto meu mundo ruir.
Sinto um vazio em mim e
Penso em ti...

Ainda ontem, na noite passada
Procurei-te, busquei-te por toda
A madrugada e não te encontrei.
Tenho saudades e
Penso em ti...

Meus olhos fixos no céu,
Contemplam o brilho das estrelas,
Que se fundem com o brilho do
Teu intenso olhar.
Procuro-te, espero-te.
Não te esqueço e,
Penso em ti...

A noite se fez tarde,
Para mim e para ti,
A madrugada não tarda a chegar,
Mas vou continuar aqui a esperar-te,
Ou será que te perdi!
Não desisto, insisto e
Penso em ti...

Não importa a demora, vou esperar
Hoje, amanhã e sempre, e quando a
Noite se for, seguirei com ela.
O dia virá, com ele seus raios dourados,
Irão secar o meu pranto de saudade.
Meu peito soluça de dor e
Penso em ti...

Voltarei junto com a noite, todos os dias,
A vida inteira, se preciso for para te
Encontrar novamente.
Sinto a tua falta, ainda te amo e
Penso em ti...

Penso em Ti

Eu penso em ti, penso porque me estás ligada ao coração
Porque neste jogo da vida, tenho-me na tua mão
Eu penso em ti, penso porque quero e preciso
Porque para além do ar que respiro, vivo do teu sorriso
Eu penso em ti, penso em todo o momento
Porque seja ele bom ou mau, vivo do teu sentimento
Eu penso em ti, penso em todo e qualquer sentido
Porque motivas-te a minha vida, e porque és o meu motivo
Eu penso em ti, penso que és incondicional
Porque incondicionalmente sei o quanto não és normal
Eu penso em ti, penso porque és mais do que prazer
Porque de todo aquele que mo dás, o que mais gosto é viver
Eu penso em ti, penso porque te amo
Porque és a mulher da minha vida, e porque de amiga te chamo.
Eu penso em ti, penso quando penso se pensas em mim
Porque penso estar contigo e só sei viver assim!
Eu penso em ti, penso em tudo o que me ensinas-te
Porque olho para mim, e que belo é aquilo em que me transformas-te
Eu penso em ti, penso quando não arranjo alegria
Porque me dás força e completas cada minuto em cada dia
Eu penso em ti, penso até não mais poder pensar
Porque pensar mais não consigo quando nos vamos beijar!
Eu penso em ti, penso para escrever esta pequena declaração
Porque penso que outrora fui dono do teu coração!

"Esta é uma declaração do meu sentimento por ti"

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ainda penso em Ti




Eu ainda penso em ti
Eu não sei como tu
Foste embora
E me deixaste aqui

Tu, eras tudo para mim
Eu não sei qual a razão
(tu nunca me explicaste)
Porque tu me deixaste

Ainda penso nos momentos
Que eras tu e eu
Me davas um sorriso
Diz-me o que aconteceu

O que eu não percebo
O que eu não entendo
Como pudeste partir?

Eu desespero, desespero
A pensar em ti
Olho para todo o lado
E penso que tu estas aqui
Baby Girl, não aguento mais
Por favor olha para mim e diz-me
Que me amas
Como eu te amo a ti

Danito:
Será que amar é palavra ou uma razão
Então porque é que o amor nos entrega a solidão?
Ou será que há diferença entre amar e paixão
Entre andar e uma relação
Tenho saudades de viver o mundo sem fim
Ver-te olhar para mim ter-te nos meus braços
Olhar para o céu
Dar um pensamento
Sentir o teu calor, como os raios do sol
Ver o vento levar as ondas pelo mar
Sentir o teu coração a bater
Como a lua, dá só um olhar
Não havia outro caminho
Eu não sei ultrapassar
E eu, levo a saudade comigo para o futuro
Recordação é bela
Fizeste parte de mim
São apenas dias, minutos e horas
Que me separam de ti.

JP:
Eu desespero, desespero
A pensar em ti
Olho para todo o lado
E penso que tu estas aqui
Baby Girl, não aguento mais
Por favor olha para mim e diz-me
Que me amas
Como eu te amo a ti

Danito:
Eu sei que amei, mas não foi essa a razão
Cada hora, cada dia era discussão
Não era frio mas partiste o meu coração
Tanta promessa, sei que tudo foi em vão
Então, porque é que me deixaste nesta solidão?
Não, não pensaste
Não seguiste o teu coração
Os teus olhos não enganam
Ainda me amas?
Tu não dizes que sim
Mas também não sabes dizer que não

JP:
Eu não sei mais o que fazer sem ti
Explica-me o mal que eu te fiz
Já não sei mais o que é amar
É só ao teu lado que eu quero estar

Eu desespero, desespero
A pensar em ti
Olho para todo o lado
E penso que tu estas aqui
Baby Girl, não aguento mais
Por favor olha para mim e diz-me
Que me amas
Como eu te amo a ti.

A Minha Vida

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A Doce Morte

Ter desilusão
É ter tristeza no coração
É abandonar
É desprezar

É roer o osso e deixar a carne
E no fim consolar-se
É olhar e não ver
É tocar e não sentir

Ser uma desilusão
É ter solidão
É ser desprezado
É ser gozado

É ser murmurado por outras bocas
Com expressões más e ocas
É estar praticamente sozinho
E não ter carinho

Um dia, tentar mudar para melhor
E se não se conseguir, consegue-se morte sem dor

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quanto tempo mais terei de viver?.

Fujo sem destino.
Tento evitar todos estes sentimentos
Que me assolam a alma.

Escondo-me do mundo e da Falsidade
Até as minhas palavras me parecem ridículas
Sem qualquer ponta de verdade!

Onde está o verdadeiro
Criador de todos os meus poemas?
Onde está o meu coração?
Onde está a verdade?

Por quanto tempo terei de viver
Neste mundo de falsas expectativas?

Quem sou eu senão nada,
Como poderei continuar a fugir
Desta saudade, desta agonia?
Como continuarei em frente?

Vejo o meu caminho tão escuro…
Tão frio, tão sombrio…
Quero esconder tudo isto
Que me persegue…

Mas algum dia terei de ceder,
E é esse dia que temo.
Como o pássaro receia a escuridão,
Eu receio a incompreensão e a solidão!

"KNOWN a solidão so vale a pena ser vivida se estiveres em paz..."

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Uma Mensagem para todos



Letra:
Please don't be scared
I won't disappoint you
just look at my face
I shouldn't love you any way


I wanna try it...
I think I'm already trying!
I'm already trying!

Because I believe it
Yes I believe it
And I am trying...

Please keep fighting... Keep fighting
Together we can build something beautiful
Please keep fighting...
Together we'll build love


I can't live without you
Could I ever learn how to live with you
Because I believe it
Yes I believe it
And I I'm trying...

Please keep fighting... Keep fighting
Together we can build something beautiful
Please keep fighting...
Together we'll build love

Please keep fighting...
keep fighting...
Please keep fighting...
keep fighting...
fighting... fighting...
I won't give up on you
please keep fighting
together we'll build love

don't you give up now on me,
I won't give up on you...




Tradução:
(Dr1ve)
Por favor, não tenhas medo
Não vou desapontar-te
Apenas olha para a minha cara
Eu não devia amar-te de qualquer das maneiras

Quero tentar...
Acho que já estou tentando!
Eu já estou tentando!

Porque eu acredito que
Sim, eu acredito
E estou tentando...

(Lúcia Moniz)
Por favor, continua a lutar ... Continua a lutar
Juntos podemos construir algo lindo
Por favor, continua a lutar ...
Juntos iremos construir o amor

(Dr1ve)
Eu não posso viver sem você
Poderia aprender a viver contigo?



(Dr1ve & Lúcia Moniz)
Porque eu acredito que
Sim, eu acredito
E estou tentando...

Por favor, continua a lutar ... Continua a lutar
Juntos podemos construir algo lindo
Por favor, continua a lutar ...
Juntos iremos construir o amor





Por favor, continua a lutar ... Continua a lutar
Juntos podemos construir algo lindo
Por favor, continua a lutar ...
Continua a lutar...

Por favor, continua a lutar ... Continua a lutar
Juntos podemos construir algo lindo
Por favor, continua a lutar ...
Juntos iremos construir o amor

Eu nao quero desistir de ti...
Por favor, continua a lutar ...
Juntos iremos construir o amor...

(Dr1ve)
Não desistas de mim agora,
Não vou desistir de ti...

"Como gostava que me dizesses isto..."

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Estou triste, minh’alma chora...

Hoje vou-te dizer o que sinto
Coração magoado, abandonado
Pela mentira que me fez absinto
O dolo que se fez amargurado

Deixo as lágrimas correrem
Lembrando os beijos, a paixão
Que agora fazem-me abater
No gosto salgado da desilusão

Sinto no peito a dor a apertar
Na saudade o sonho a lamentar
Na melancolia o adeus desabafar
No desrespeito a traição falar

Doeu... Dói... Esta a doer
É o amor que esta a morrer
São os planos a ir embora.
Estou triste, min’alma chora.


(Nada é pior para uma alma que tornar triste a outra alma.)

Todos os caminhos me levam à desgraça

Quero esfarelar-me em cinzas
Para que o vento me leve
E me espalhe pela terra.

Quero declarar guerra
Ao mundo em que tenho de viver!
Mundo que não me dá escolha,
Mundo que não me deixa morrer!

Declaro guerra, grito que vai no vento
Deixando poetas no desalento.
Cortarei asas às aves dos céus,
Das viúvas rasgarei os véus,
Apartarei pernas de corpos!
E cortarei veias e vasos quentes!
Até que alguém se levante
E ponha início ao meu termo
E que seja num só golpe e instante
Que toda esta dor seja decepada.
Porque hoje acredito
E julgo que sempre acreditei
Que a felicidade é um mito
E irei acabar onde comecei.

"UNKNOWN"

Vida Vazia

A minha vida está a tomar um rumo
Diferente do que eu tinha imaginado para ela
Sonhei sonhos tão bonitos para ela
Sonhos esses difíceis, porem realizáveis
Hoje vejo-os esvaindo-se pelas mãos
Tal qual areia fina, tal qual uma pena leve

A minha vida esta a tornar-se num amontoado de nada
Já não vejo muita piada no que antes me alegrava
O som que vem dos lábios das pessoas que me cercam
Cansa-me e desconforta-me
Da-me nos “cornos”
O meu amor, que me completava tanto
Hoje despreza-me, detesta e ....

A minha vida não esta a caminhar
Da maneira que julguei correcto encaminha-la
Onde será que errei?, se é que errei
Terá faltado um pouco de dialogo?
Terá faltado um pouco mais de abraços?
Terá faltado isto ou aquilo? Ou terá faltado tudo
Tudo isto e mais aquilo?

A minha vida esta...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Vida Nova

Consegui sair deste marasmo,
Descobri uma forma alegre de viver,
Senti o sabor de ser feliz outra vez,
Saí deste poço escuro onde entrei
Precisei de respirar um ar novo, puro,
Escrevi uma nova canção,
Quis cantar para o mundo um novo som,
Voar com as andorinhas no verão,
Atingi o inatingível, o impróprio
Fui bem ao fundo, nos mistérios,
Saboreei o vinho de outras décadas,
Dançei ao som dos bandolins...
Quis viver e sonhar tudo que eu pudesse...
Antes que o tempo me levasse os desejos...
Antes que o tempo me levasse os sonhos...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Desculpem-me

Venho aqui pedir desculpas aos caros leitores, porque por um motivo, de falta de acesso a internet, tenho estado ausente, mas prometo voltar com novos poemas.
Ainda com uma promessa por comprir que será o proximo poema, um poema de felicidade, acreditem demorou a escrever mas consegui.

Obrigado a todos os seguidores, e leitores

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sinto-me Vazio

Sinto-me vazio,
Não de amigos,
Não de pessoas,
Não de sentimentos.

Sinto-me vazio,
Não de palavras,
Não de ideias, dor,
Não de amor, carinho,
Nem de raiva.

Sinto-me vazio,
Não de ar, sangue,
Nem de carne,
Não de água,
Não de fome.

Hoje... simplesmente
Sinto-me vazio!

EU (Já Morto)

Vozes que vêm do além,
Que me chamam para a terra bruta,
São as mesmas de quem escuta,
A agonia da dor, ah... só quem têm.

Medo de estar agora sozinho,
Nas trevas que não conheço,
Destroem a memória do carinho
Que me fizeste naquele começo.

Agora sou só pó, tudo é aflição,
Não escuto a tua voz toda perfeita,
Estranho estado do meu coração.
Calado, continuo cego à espera,
De ouvir um dia uma voz segura
E eterna, mas de uma feliz canção.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Eu Preciso De Mim

Nesta noite que sempre foi dia, finalmente eu consegui chorar,
Mas não foi por tristeza ou desespero.
Foi um choro de dor.
Lágrimas rolaram devagar, enquanto meus olhos vagueavam pelo mundo
Que tanto almejei.
Chorei pelas mentiras que me disseram para me deixar feliz,
E agradeço por isso.
Chorei também pelas omissões de factos
Que poderiam ter destruído os meus sonhos.
E depois chorei mais ainda por perceber que eu teria preferido
A verdade, mesmo cortante, como uma faca das mais afiadas,
Do que essa dor que me rasga o peito ferindo minha alma.
Chorei pelos amigos que não estão mais aqui,
Pensando se eu me deveria ter dedicado mais a eles...
Abraçado mais...
Beijado e deixado claro o quanto eu os amava.
Mas o tempo é ingrato e a morte chega para cumprir o seu papel,
Sem pedir licença, sem bater na porta.
Ela chega e leva quem tu amas,
Junto com um pedaço teu e da tua história.
Chorei pelo meu amor, imaginando como seria o futuro.
Chorei pela saudade que dói e pelo carinho que conforta.
Pelos olhares carinhosos e compreensivos,
Contrastando com o desejo latente e urgente.
Pensei em chorar pelo mundo e suas maldades.
Chorar pela falta de esperança das crianças e o esquecimento dos idosos.
Pelas guerras e intolerâncias.
Pela fome, sede, e ódio irracional do ser humano racional.
Mas não chorei, porque hoje, o choro é meu, exclusivamente meu,
Porque preciso chorar.
E então chorei pelo meu egoísmo.
O mundo lá fora já chorava por ele mesmo,
Lançando as suas lágrimas contra a janela de vidro.
O mundo não precisa de mim hoje, mas eu sim.
Eu preciso desta minha dor sem censuras.

Eu preciso de mim.
E de ti.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quem não sofre de amor não ama!

Se eu pudesse deixar de amar
Quem nunca me amou
Se eu pudesse ir buscar algum mal
A quem mal em mim sempre encontrou

Assim me vingaria eu,
Se pudesse dar sofrimento
A quem sempre sofrimento me deu

Mas não posso enganar
O meu coração, que me enganou
Ao fazer-me desejar
Quem nunca me desejou

Peço assim que me ajudem a desamparar
Quem sempre me desamparou
Ou a perturbar
Quem sempre me perturbou

Eu tento perguntar
A quem nunca nada me perguntou
Porque é que me esforço a cuidar
De quem nunca de mim cuidou

E assim sofro eu:
Porque não posso dar sofrimento
A quem sempre sofrimento me deu.


Sobre a obra
"Recordar é fácil para quem tem memória, esquecer é difícil pqra quem tem coração..."

Morte Feliz

Desço as escadas numa noite, nesta noite singular
Ouço janelas a fechar, nesta noite não há casas
Posso ouvir libertadores, nesta noite sem estradas
Toda a mutação vem, nesta noite só minha
Sentado espero o frio, tento contar as estrelas ...
Que aparecem com ira.

De trás de uma cruz há : uma erva a chorar
Grilos a cantar, aranhas comem os teus santos
Cigarras serão arrasadas, como um tambor para a noite
É a comida dos cães, como uma pequena estrela
Juntos no mesmo incêndio, quem se queima sou eu ...
E espinhos brotam em mim

Com um grunhido alheio assustei um bastardo
Estou atento à morte ... o meu olhar é eterno.

QUERO SER AQUELE QUE ETERNAMENTE TE VAI AMAR

Meu amor...
Quero fazer-te rainha e deusa do amor...
Deitar-te ao meu peito para que descanses
Enquanto te faço mimos e caricias no amar...
Escutar as batidas do teu coração olhando teus lindos olhos
falar-te do meu amor e da minha paixão por ti ...
Quero fazer-te dormir nos meus braços, vendo as horas passarem...
Apaixonando-me mais ainda ao ver-te sonhar...
Quero ser aquele que te faz de filha beijando-te a testa
Ou de amante dando-te beijos ousados e ardentes...
Quero continuar a ser aquele que um dia te seduziu
Levando-te a minha cama, fazendo-te mulher
Realizando teus sonhos, desejos e fantasias...
Quero ser aquele que te conquista todos dias
De formas e jeitos diferentes ...
Do café na cama ao banho a dois na banheira ...
Quero levar-te a ver um por do sol
Numa praia deserta
E lá amar-te como um lobo com a sua loba no cio...
Acordarei sempre feliz pois estarei
Pensando no nosso amor e paixão...
Quero ser aquele que sempre esta a desejar-te...
Sem trégua e sempre cheio de amor para te dar...
Quero ser teu companheiro em todas as horas
Das alegres as tristes e nunca te abandonar,
Ser teu ombro amigo para o der e vier...
Mesmo que não exista princesa,
Tu sempre serás minha princesa...
Quero exaltar tuas qualidades
Nunca mencionar teus defeitos
Pois a perfeição só é divina...
Mesmo assim, não vejo nenhuma mácula em ti...
Quero que tu sejas o meu anjo ...
Minha vida só tem razão ao teu lado...
Quero poder levar-te flores sempre e sempre...
Roubar algumas e ver seu dono me destratar,
Porque estraguei o seu jardim
E tu ficarás a rir desta situação...
Quero poder acordar vendo-te
Sabendo que ontem eu não estava a sonhar
Porque tu és real e estás na minha vida....
Quero poder ligar para ti várias vezes ao dia
E toda vez falar do meu amor ou
Fazendo-te versos de amor ao telefone...
Quero que vejas versos de paixão
Escritos no espelho do banheiro todo dia ao levantar...
Quero poder amar-te como nenhum homemte amou...
Ser teu homem e teu amante...
Teu caso e teu macho...
Quero deliciar-me no néctar do teu excitar...
Saciando a minha sede e meus desejos por ti...
Escovar teus cabelos pela manhã...
Ser o teu palhaço para ver-te sorrir
Até não mais aguentar...
Quero poder roubar-te doces beijos,
Muitas vezes fazer-te chorar mas nunca de mágoas
E sim de paixão ou saudades
De meus beijos e desejos...
Quero poder engravidar-te e curtir dia a dia
Tua linda barriga com o fruto do nosso amor....
Quero ser aquele que vai estar ao teu lado
Na hora que ele vier ao mundo,
Cortando o cordão umbilical
E colocá-lo ao teu peito
Nas primeiras lágrimas e choro ...
Para amamentá-lo e consolá-lo...
Minha razão de ser e de viver...
Quando a velhice chegar...
Quero poder ao teu lado estar...
Curtir teus lindos cabelos brancos,
Acariciar tuas rugas,
Olhar bem dentro dos teus olhos
E dizer-te assim...
Te amo minha eterna paixão...
És minha deusa e meu eterno inspirar...
Continuas para mim,
Linda e bela como um anjo ...
És meu eterno sonhar....
Poder de mãos dadas,
Mesmo tremulas,
Passear a beira mar.
Ver um lindo por do sol dizendo-te
Versos de amor e paixão...
Continuar a dar-te flores pela manhã...
Levar-te café na cama
E mesmo bem velhinho
Continuar a enamorar-te...
Só quero dizer-te mais uma coisa ...
Nasci unicamente para amar-te
E fazer-te feliz...

domingo, 30 de agosto de 2009

Por te amar sofri

Por te amar sofri
E continuo a sofrer
Continuo a pensar em ti
E continuo a querer.

Continuo a amar,
Embora não demonstre
Só tu me podes alegrar,
Sofro quando estás ausente.

Amor Cego????

este texto foi-me enviado por uma pessoa muito especial e agora posto-o aqui com todo o carinho.

“¿Porquê o AMOR é cego?”
Era uma vez um lugar da terra onde se reuniram todos os sentimentos e qualidades dos homens. Quando o ABORRECIMIENTO bocejou pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tâo louca, propôs-lhes:

- Vamos brincar às escondidas?

A INTRIGA levantou as sobrancelhas intrigada e a CURIOSIDADE, nâo se contendo, preguntou:

- Às escondidas? Como é isso?

- É um jogo- explicou a LOUCURA- em que eu tapo a cara e começo a contar desde um atè um milhâo enquanto vocês se escondem e quando eu terminar de contar, o primeiro que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar a brincadeira.

O ENTUSIASMO dançou, seguido pela EUFORIA, a ALEGRIA deu tantos saltos que acabou por convencer a DÚVIDA, e inclusive a APATIA, à qual nada interessava.
Mas nem todos quisieram participar, a VERDADE preferiu nâo esconder-se. Para quê? Se, no fim, acabavam sempre por achà-la, a SOBERBA opinou que era um jogo muito maluco (no fundo, o que aborrecia era que a idea nâo tivesse sido sua) e a COBARDIA preferiu nâo arriscar...


- Um, dois, três...- começou a contar a LOCURA.


A primeira a esconder-se foi a PREGUIÇA, que se deixou cair como sempre atrás da primeira rocha do caminho, a FÉ subiu ao céu e a INVEJA escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO, que, com o seu própio esforço, tinha conseguido subir à copa da arvore mais alta. A GENEROSIDADE quase nâo podia ocultar-se, cada lugar que encontrava parecia-lhe maravilhoso para qualquer dos seus amigos - um lago cristalino? ideal para a BELEZA; una haste de um árvore? perfeito para a TIMIDEZ; o voo de uma borboleta? o melhor para a VULUPTUOSIDADE; uma rajada de vento? magnífico para a LIBERDADE.

Assim, acabou por econder-se num raiozito de sol. Por seu lado, o EGOÍSMO encontrou desde o princípio um lugar muito bom, ventilado, cómodo... mas só para ele.
A MENTIRA ocultou-se no fundo dos mares (mentira, a verdade é que se escondeu atrás do arco-íris) e a PAIXÂO e o DESEJO no centro dos vulcôes. O ESQUECIMENTO... esqueci-me onde se escondeu mas isso nâo interessa…


Quando a LOUCURA contava 999999, o AMOR ainda nâo tinha encontrado sítio para se ocultar, já que estava tudo ocupado... atè que avistou uma roseira e enternecido decidiu esconder-se entre as flores.


- Um milhâo - contou a LOUCURA e començou a procurar.


A primeira a aparecer foi a PREGUIÇA só a três passos de uma pedra. Despois ouviu-se a FÉ no céu, discutindo com Deus sobre Zoologia e a PAIXÂO e o DESEJO, sentiu-os vibrar nos vulcôes.


Num descuido, encontrou a INVEJA e, claro, pôde deduzir onde estava o TRIUNFO. O EGOÍSMO nâo teve nem de procurá-lo. Ele mesmo saiu disparado do seu esconderijo, que acabara por ser um ninho de vespas. De tanto caminhar sentiu sede e ao aproximar-se do lago, descobriu a BELEZA, e com a DÚVIDA foi ainda mais fácil, pois estava sentada numa cerca sem decidir de que lado ocultar-se. Assim foi encontrando todos, o TALENTO entre a erva fresca, a ANGÚSTIA num gruta escura, a MENTIRA atràs do arco-ìris (mentira, se ela estava no findo do oceano) e atè o ESQUECIMENTO... que já tinha duvidado que estava a brincar às escondidinhas, mas só o AMOR nâo aparecia em nenhum lado.


A LOCURA procurou atrás de cada árvore, debaixo de cada riacho do planeta, no cume das montanhas e quando estava para dar-se por vencida avistou uma roseira e as rosas... Apanhou uma foruilha e começou a mexer os ramos, quando de repente se ouviu um grito doloroso. Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos; a LOCURA nâo sabia que fazer para desculpar-se, chorou, rogou, implorou, pediu perdâo e até prometeu ser o seu guia.



Desde entâo, desde a primeira vez que se brincou às escondidas na terra:


O AMOR É CEGO E A LOUCURA SEMPRE O ACOMPANHA “

(Autor desconhecido)

sábado, 29 de agosto de 2009

Para Pensar....

Chorei

Chorei, chorei baixinho…
Uma lágrima caiu no silêncio da noite.
Um silêncio triste e profundo
Que me trás uma leve brisa de saudade.
Um conjunto de sentimentos
Que se transformam num sonho,
Um sonho que se desfaz em nada,
Um nada que afinal é tudo
Mas um tudo que eu não sei se existirá…
Sei apenas o que sinto.
Sinto um vazio na alma,
E, ao mesmo tempo,
Uma eterna e paciente esperança
Capaz de secar todas as lágrimas
Que eu já chorei e mais aquelas
Que eu sei que ainda vou chorar…
… Por nós …
Por ti, por mim
E por este sentimento ao qual eu não consigo dar um fim.
Sentimento esse, capaz de ultrapassar
Qualquer barreira só para estar contigo.
Será esse sentimento forte
Que se chama "amor"?

Porquê Meu Amor

Quero esquecer que existes
E não consigo
Quero esquecer as tuas palavras luminosas
E não consigo
Quero esquecer os nossos momentos
E não consigo
Quero esquecer que te quero
E não consigo
Quero esquecer as madrugadas de sonho
E não consigo

Porquê, meu amor ?
Porque não consigo

Estás permanentemente no pensamento
Vives eternamente no meu coração
O que falhou meu amor
Para esta afrontosa desilusão?

És a fantasia do meu desejo
És a saudade que dói
És um sonho que sinto, fugir
Porquê meu amor?
Porquê?

Porquê, esta dor que não se cala
Porquê, este silêncio que me fala
Porquê meu amor?

Fantasmas do Amor

A minha VIDA?...
É um passado que nunca passou;
Um sofrimento que nunca acabou;
Um romance que nunca começou.
As RECORDAÇÔES?...
É uma doença que meu corpo alimenta;
São um pesar, uma tormenta...
É o que me mata e o que me sustenta.
São a minha razão de viver
O que me traz alegria e o que me faz sofrer.
O TEMPO?...
É uma busca sem encontrar;
Uma ferida que teima em não cicatrizar;
É uma dor que se transforma em alento;
É simplesmente tornar mais forte o sofrimento.
É o veneno que teima em matar-me;
É o antídoto que me vai salvar.
O SOFRIMENTO?...
Não há palavras para explicar
Os estragos que pode causar.
É uma palavra sem significado;
É um punhal no peito cravado;
É o que traz a alma e o coração sufucado.
A VIDA, as RECORDAÇÔES, o TEMPO e o SOFRIMENTO
São os fantasmas do amor no tempo.
São a minha razão de viver,
São também o motivo pelo qual
Eu não te consigo esquecer.

ESTE AMOR QUE NÃO CABE NAS PALAVRAS

Escrevo-te hoje, ontem e sempre, sei que existes,
Encontro-te na poeira dos meus olhos.
Sinto o teu rosto a queimar nos meus dedos, onde
Procuro o sol dos teus desejos.
Procuro-te, naquele abraço azul da côr do céu, e, naquele
Momento em que a minha lágrima faz companhia a dias perdidos.
Há segredos que deixam pégadas no meu corpo,
E têm o teu sorriso no calor da meia noite.
Quando te vi, pensei, que era a tua serenidade que se juntava
À minha melodia de mil cores, num desejo de
Existir, e ter nos olhos da lua a eternidade desta paixão.
Perdi-me, no puro desejo de ser amado, e no despertar
Longinquo de ilusão.
Juras-te que sim, numa melodia de palavras soltas e
Alucinadas deste amor.
E no pranto duma rosa, supliquei-te ternura.
Lentamente, entornaste a noite sobre o meu corpo, e o teu sorriso
Desenhou na minha alma, esta paisagem de aromas que vive
Dentro das minhas palavras de poesia.
Em rabiscos quero escrever na orla dos teus olhos, palavras dum instante feliz, sem Segredos, sem aromas, na madrugada que teima em pintar o arco-iris numa estrela sem Luar.
Amanhã haverá outro luar...pintado com lágrimas que vão pingando em taças de Cristal, onde gaivotas em soluços de paz
Irão beber gota a gota os sinais já esgotados desta paixão.
Sabes onde estou??
A caminho dum Mar de PAZ.
Espero-te !!!
Tens lá a tua ternura...e a minha lágrima que secou...por TI...

Amo-te

Os Sonhos Que Não Vivi

Na minha vida cinzenta e sem brilho,
Eu encontrei-te
E por ti me apaixonei.
Sem saberes,
Coloriste o meu caminho
Com o teu sorriso e o teu carinho.
Sem quereres,
O amor, em mim, voltaste a despertar
E contigo, passei a sonhar.

Sonhei que vinhas ao meu encontro
E ternamente me segredavas…
“Que também, me amavas”

Mesmo sabendo que tudo foi ilusão,
Longe de ti e sem te ver,
É difícil esquecer!

Sinto saudades dos momentos
Que contigo vivi,
Dos beijos, que não esqueci.
Sinto saudades dos sonhos,
Em que, por magia, aparecias
E com amor e ternura, me envolvias.
Simplesmente...,
Sinto saudades de ti
E dos sonhos que não vivi!...

O Meu coração parou

Os dias passam
As horas correm
As certezas morrem,
E os olhos choram
Choram por não saber,
Saber se um dia me amaste,
E eu não paro de sofrer
Com a ilusão que criaste
Mataste o artista
Sem sequer dar uma pista
Do que no teu coração morrera
Esse amor que alguma vez batera.
Sei que não errei
E triste então fiquei
Pois no fim disto tudo
Descobri que em ti me enganei
E agora dizem que fui sortudo
Porque contigo acabei.
E eu respondo, não!
Não consigo apagar
Esta incessante paixão
Deixar de te amar
Sentir que acabou,
Não, só sei que o meu coração parou.
Esse olhar de menina
Nesse corpo de mulher
Toda a ora me desatina,
Esteja eu onde estiver!

Essa pele tão macia,
Esses olhos a brilhar...
O teu cabelo à solta
Por onde me perco a navegar!

Esse olhar irreverente
Impossível de domar...
Que me deixa tão contente
Por me deixares amar!

Dois corpos, um coração
Com muito amor a bater.
Quando está longe dá sensação,
Que está triste, está a sofrer...

Ficaremos juntos então,
Sem ti não posso viver.
Pois um corpo sem coração,
Não tem vida, só pode morrer!

Uma Tela de Saudade

A aurora surgiu,
De um encarnado dourado.
Com o correr das horas
O dia vestiu-se de tons plúmbeos
Desanimadores...
Ao cair da noite,
Decido pintar-te
Numa tela só minha
Para sempre admirar-te.
Pinto-te...
Retratando o Tu que vejo,
E em mim fica marcado.
Chegaste, de mãos vazias sem promessas,
De mulher palhaço te vestiste,
Arrancaste gargalhadas, acompanhaste sorrisos
Chegaste, sem promessas,
De mãos vazias.
E, eu vou-te pintando dia, após dia.
Argumentista convicto,
Rebelde sem causa,
Irreverente.
Chegaste, sem promessas,
De mãos vazias.
Conversadora nata,
Ouvinte atenta,
Maga sedutora...
Chegaste, sem promessas,
De mãos vazias.
Só com a certeza que te vais embora....
Um destes dias.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Desabafo

Caros Leitores, passo aqui para deixar um desabafo desta minha alma, fria, magoada e solitária, por algo que sucedeu hoje.
Hoje alguém me disse, que eu estava a ser doido, por não voltar a amar após esta desilusão, que invariavélmente me voltaria a apaixonar, que voltaria a amar.
A minha resposta foi de imediato, e de uma forma agressiva, um desabafo como "Estás doido".
Tinha-me convencido a mim mesmo que não mais voltaria a amar, quanto a isso julgo estar certo, porque de uma forma ou outra, só se ama uma vez na vida, mas a grande questão era eu apaixonar-me!,É obvio que agora sei que respondi como qualquer ser comum e ignorante que não pensa na resposta antes de a soltar por entre os lábios, mas depois pus-me a pensar no porquê de ao fim de 7 meses, eu não soltar o passado para viver o aqui e o agora?
Porquê, estar agarrado a allgo que me magoa, que me totura?
Porquê de tudo isto?, Quando as pessoas, "normais", já teriam superado tudo e deixado de lado esses sonhos, para voltarem a ser felizes.
Agora tristemente respondo como deveria ter respondido a cinco horas atrás, porque infelizmente, e sem saber porquê, ainda não estou preparado para te deixar partir da minha vida.
Porque por mais que custe admitir amo-te como nunca amei ninguém. Porque, julgo eu, ainda nao fiz o meu luto emocional, nem tão pouco ainda assimilei a ideia que me deixas-te por medos que estão replectos de nomes e inverdades, das quais amorosamente me defendi todos estes meses.
Com ou sem razão, apenas sei que te amo, e que para mim ainda estás comigo. E na verdade estás, em cada segundo que penso em ti, em cada sonho que tenho, em cada plano de vida que construí, e mesmo após a tua partida ainda faço os meus planos de vida, contigo na minha mente.
Enfim a resposta é simples, não volto a amar, porque na realidade ainda não te deixei.

Desculpa amar-te como amo, mas não fui eu que te escolhi.
Beijos no teu coração...

Não Quero Esqueçer-te

Quando chega a noite,
Vou aos poucos entristecendo ...
Vou-me imaginando deitado
Na cama preparada, com os lençóis
Que poderiam fazer parte
De um cenário de Amor.

Deito ...
Apenas meu corpo nela se encontra ...
Pois ela se torna fria
Com os meus pensamentos tão distantes,
Que quase chego a alcançar-te...

Eles vão sempre na mesma direção...
O subconsciente sabe onde encontrar-te...
Reluto, em busca dos
Pensamentos que criam e procuram forças
Para mais uma noite ultrapassar...
Sem que ao meu lado, tu queiras estar.

Pelo cansaço sou vencido,
E acho que como consolo,
O sono toma-me e, adormeço ...
Para que a dor da tua ausência,
Não mais me atormente.

Amanheceu ...
O Sol veio-me cumprimentar...
Mas só ele ...
Mais um dia de extrema solidão,
Pois tu não me extenderás a mão
Para me fazer um carinho
Ou sequer expressar,
Um desejo de ... Bom Dia !

No decorrer do dia
Não controlo os meus pensamentos e
Minhas preocupações contigo ...
No amor é assim...
Quem ama de verdade,
Já passou ou passa por tudo isto...
Entende bem os mistérios do coração.
Mas estes sentimentos acabam abafados,
Reprimidos, pois não são correspondidos.

Ouço uma música ...
Mais uma, das que me elevam
A mundos diferentes, ricos de fantasias ...
Paro e, novamente divagando...
Vens tu à minha mente.
A imaginação voa ...
Transporta-me aos sonhos
De nos teus braços estar
E de felicidade, até chorar...

Tudo não passa de lindos sonhos
Que jamais se realizarão ...
Pois não fui feito para ti,
E nem tu nasces-te para mim...
Que pena, que tudo tenha que ser assim!

Mas como dizer a um coração apaixonado
Que ele não pode sofrer assim...
Que ele não pode entregar-se...
Que ele tem que apagar tudo isto
De dentro de mim ?

Não é fácil ...
Pois não se passa uma borracha
Nos sentimentos, muito menos
Existem cicatrizantes para as
Marcas deixadas e enraízadas
Num simples e modesto coração
Que está apenas apaixonado ...

Ao mesmo tempo, vem a dúvida!
Como esquecer alguém
Que Amo tanto ?
E que mesmo não sendo recíproco
Tanto bem, já me proporcionou?
Como tentar apagar da minha lembrança
Alguém que chegou,
E do meu coração se apoderou ?

Mas ...
É como dizemos diariamente...
Na dúvida, não faças nada!
Deixa simplesmente acontecer...
Entregue tudo a "Deus" !
Que ele entenderá os teus sentimentos...
Porque na realidade
EU PRECISO ...
MAS NÃO QUERO ESQUECER-TE !
Eu já não sei mais quem sou, ou talvez, nunca soube;
Eu já não sei mais se sou feliz, ou talvez, nunca fui;
Tudo à minha volta é obscuro, é medonho e sinistro;
Sou um homem cujo ódio o coração enegreceu;
Sou a ovelha negra que se afastou da luz divina;
É tudo tão simples e ao mesmo tempo tão complicado;
Minha alma é podre, - sou desprezível e repulsivo;
Sou um invólucro que foi desprezado por Deus e pelo Diabo;
Uma alma que vagueia sem rumo pelo espaço;
Sem lugar no Paraíso ou no Inferno, no Céu ou na Terra;
Se algum dia já fui feliz, ah! Foi há muito tempo;
De tempos em tempos, vidas vêm e vão;
Assim como as minhas lembranças e os meus sentimentos;
Minha vida e os meus sentimentos foram-se para sempre;
Momentos felizes que passaram e não voltam mais;
Ah!... Tempos bons como eu queria que vocês voltassem;
Um sentimento de rancor foi tudo o que restou em mim;
Sinto uma angústia preenchendo o meu vácuo;
Este mal que me apodera não é um mal físico;
Não é psicológico, não é espiritual, - eu não sei explicar;
O tempo passa devagar e o padecimento é maçante;
Sem dúvida, descobri a agonia dos condenados!
O sofrimento eterno dos condenados ao próprio sofrimento eterno;
Um bastardo desprezado, desdenhosamente, pelo universo;
Estou amargo, ressentido e sinto vontade de desaparecer;
Pensamentos maus alimentam o meu sentimento de ódio;
Eu quero explodir, desaparecer e virar poeira cósmica;
Mas gostaria de renascer num lugar sem sofrimento;
Onde não tivesse dor e as pessoas se amassem;
Porém, não sei se me acostumaria com tanta monotonia;
Eu pareço um idiota, ou talvez, mais confuso do que penso;
Enfim, queria acordar e descobrir que estou a sonhar;
Deus!... Diabo!... Qualquer um, por que Vós não me respondeis!?...
Porque, enfim não me levais?!...
Vejo o que um cego pode ver...
Minha musica favorita é aquela que somente os surdos podem ouvir...
Estou a confundir-te amor?
Pois saibas que se estiveres confusa não é amor para mim...
No meu peito não encontraras preconceitos.
Na minha boca não encontraras somente um beijo...
Minha mente não é para iniciantes.
Uma vez lá jamais saíras como antes.
A cada esquina á um mistério uma história uma lenda.
Venci amores invencíveis.
Confundi mentes e aprisionei valentes.
Sem ver ou ao menos ouvir.
Sou titã no meu mundo.
Mundo que pessoas como tu ajudaram a criá-lo
Não consideres perigosa a armadilha à qual caíras.
Mas sim a mente que a construiu.
O amor é uma guerra santa meu amor.
O difícil não é ir para a batalha, mas sim escolher um lado dela.
Digo-te aqui e agora que tu não foste convidada.
E tão pouco obrigada.
Queres entrar?
Então seduz-me antes que eu o faça.
Aprisiona-me antes que eu deite a chave da tua cela fora.
Cria as melhores e mirabolantes armadilhas, mas nunca, nunca me subestimes!
E então no fim veremos quem é que manda no seu próprio coração...

Obrigado por leres...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Devolve-me

Devolve-me os sonhos que te fiz sonhar
Mas que não deste valor!

Devolve-me o carinho que te dei com amor
Mas que me devolveste com ingratidão!

Devolve-me os beijos que te dei
Que, juro, vieram do fundo do coração
Mas que não deste o valor merecido.

Devolve-me as palavras de franqueza que te falei
Pois a tua fraqueza de alma não assimilou, ficando esquecido.

Devolve-me os pensamentos que te confidenciei
Pois traíste-me com argumentos que não acreditei

Por fim devolve-me a dignidade que te apresentei
Posto que magoaste o meu coração com palavras iníquas
E sem valores morais.

Apenas peço-te: não enganes a mais alguém
Pois estarás enganando a ti mesma
E sofrerás muito além do que imaginas
Minha cara! Que um dia fos-te a minha menina, a minha querida e tão amada menina.

Deixxa-me Dormir

Meus olhos da cor da terra,
Já se querem fechar...
Apesar do sol despontar lá fora.
O frio da minha alma,
Atormenta-me com memorias que já não posso reviver...
A solidão mata o meu coração,
E sinto o meu corpo a fraquejar.
Minhas mãos já tremulas,
Parecem sem vida.
Sinto os meus olhos pesados,
Eles não querem mais olhar,
Para um universo sem sentido.
Deixo-me, então ir...
Sinto-me a desfalecer,
Neste chão gelado,
Que o sol não aquece.
Quero dormir...
Sentir as sombras aos poucos,
Tomarem conta de mim...
E o meu mundo ficar cada vez mais escuro.
Quero dormir, para sempre,
E não mais acordar para a vida.
Quero ficar assim, neste estado
Toda a minha eternidade.
Sentir o meu mundo a fechar-se em torno de mim,
Deixar-me levar pela angústia e pelo desespero.
Estou cansado, meu amor....
Estou tão cansado,
Desta vida que já não tem saída
Deste ritmo alucinado dos meus pesadelos.
Deixa-me dormir, meu amor....
Para nunca mais ter de ver este sofrimento,
Para nunca mais sentir esta dor que me queima.
Deixa-me dormir....
Partir em paz, para uma outra vida,
Onde poderei enfim, descansar!
Onde poderei enfim, amar-te!

"Deusa II"

Perdi-Te

Vivo atormentado pelo desejo
Como pudeste ser tanto e tão pouco em mim
Passo as pontas dos dedos sobre o orvalho
Aquela pequena memória inscrita no teu olhar

Se eu pudesse ao menos sentir perdão
Aquele arrependimento puro
Entre a quarta e a quinta hora desta noite
Despojo-te nos meus sonhos de tão inquieta verdade

Se eu pudesse ao menos saber quem fui
Uma linha perdida num texto vazio
Fui tão pouco, mas quero ser tanto
Fui uma gota de chuva numa noite de Verão

E, agora, enquanto alinho recordações de ti
Despojo-me eu também de tão triste verdade
Perdi-te sem saber que te tinha ganho
Faltei-te na minha presença amordaçada

OS BEIJOS QUE NÃO ESQUECI

Saudade do teu beijo ardente
Dos nossos beijos loucos
Que nos cansaram o corpo
Nos fizeram tolos
Na certeza pouca
De que o nunca mais
Um dia chegaria.

Ah! teus beijos!…
Adrenalina pura!
Lânguidos,
Insanos,
Feitos de romance,
De bem, de mal, de tudo;
De sonhos de paixão,
De toques de ousadia,
Do fogo da emoção,
Do ardor, da euforia.

Dentro de mim resta o consolo de sentir saudade…

Vem!
Volta!
Esgota-me com o teu beijo!
Renova-me com o teu beijo!
Faz-me viver de novo.
No meio dos nossos beijos,
Desejos tão sentidos!

"Dentro de mim vive o consolo da saudade sentida…"

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Minha Vida

Alma na noite

Perdi-me na noite, no vento gelado de norte
Caminhando por trilhos esquecidos nos tempos,
Sendo testado por azar e contratempos
Enganando a vida e até a morte !

Cavalguei os ventos que trazem as chuvas de abril
Entre pantanos e canaviais;
Fui eu que abri caminhos tais
Para o sol primaveril !

Mas ao ser confrontado por teu semblante
Fiquei perdido naquele instante
Indefeso como a presa que dorme !

Tua voz cálida me hipnotizou,
Teu beijo doce minha guarda baixou
E deixou-me este amor enorme !

Pode não parecer muito

É de noite, lá fora faz frio
E eu sinto-me perdido no pensamento;
Porque após todo este sofrimento
Apenas resta um grande vazio!

Nem sei as horas...sabes-me dizer?!
Mas parece ser bem tarde, talvez manhã;
Ainda não será hoje, mas amanhã:
Tudo estará curado após ver-te!

E é assim que vou passando os dias
Com muitas tristezas, poucas alegrias
Contando os minutos até te tocar!

Pode não parecer muito para o vulgo ser,
Mas para mim, é o meu viver...
Viver a vida, só para te amar!

Solidão

Ao estar aqui, sozinho no vazio do meu quarto
A solidão invade-me, de tudo fico farto.
A cama vazia traz-me logo ao pensamento
Os dois a sós, aquele momento.
E a roupa fria que sinto ao deitar
Apenas faz-me querer, apenas desejar
Acordar pela manhã contigo a meu lado;
Teu corpo nú e quente, teu sexo molhado!
E se a vontade do destino me parece louca
Ao deixar-me com desejos de beijar a tua boca
É porque sinto a falta de te ver,
De estar contigo, de te amar e de te ter.
Pela noite dentro, no escuro que não vês
Amar-te-ia como se fosse da primeira vez
E tudo, tudo, tudo voltaria a ser igual;
Contigo nos meus braços tudo o resto era banal.
Deixaria de importar que o mundo acabasse, e nada restasse
Desde que eu ficasse a noite inteira acordado
E por fim adormecer a teu lado!

Sem Teu Amor É Como Morrer aos Poucos

Tenho os olhos rasos de água,
Por a vida me tratar assim tão mal,
E nas entranhas a dor que sinto é brutal...
E o coração?, Rasga-o a mágoa!
Este meu amor vai-me matar lentamente
Por causa dos erros que vou cometendo
E mesmo que, com eles, tenha vindo aprendendo
O amor será amor, eternamente!

Pois a ajudar toda esta loucura
E a aumentar toda a minha amargura
Ss coincidências fazem-se impor.
Se tive muito, uma vida desejada
Agora já não tenho nada...
Só me resta o teu amor!!!
E é o teu amor que me traz energia
Para enfrentar toda esta escuridão;
Porque se caio, logo tenho tua mão
Levantando-me de novo para a alegria!!!

São as provas duras do destino
Que nos testa toda a nossa determinação;
Que nos faz lutar, por vezes em vão
E outras, chorar como um menino.

Como num círculo vicioso, volto a dizer
A minha esperança não há-de morrer
Hei-de continuar sempre a lutar!
Porque sem o teu amor não sei viver
Sem ele, é como morrer
Lentamente deixar de respirar!!!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

JÁ PAGUEI

Já paguei em dobro as dores
Pelos erros que por ventura cometi,
Por aqueles que apenas pensei,
Foram também pelos quais me feri...
E agora quem saberá amar-me,
Com as minhas imperfeições humanas?
Quem prosseguirá com esperança,
Sabendo que não sou um super-herói?
Já paguei em dobro as dores,,
Derramei todos os meus choros,
Numa sangria de minh'alma sem fim...
E percorri labirintos para não me perder de mim...
Já paguei em dobro as dores,
E sei que preciso de me reconstruir,
Sobre os escombros acumulados dentro de mim...
Já paguei em dobro as dores,
Porque o silêncio solitário sufoca-me
E já não vejo as horas
De terminar o tempo que me falta
Porque já paguei em dobro as dores,
E não tenho mais temores
Sei que tenho que seguir.

O Começo De Um Fim

Juntar os cacos,
Limpar o sangue,
Exterminar o sofrimento,
Sair da escuridão,
Procurar a luz...

Arrancar do peito esta dor,
Enterrar a memória,
Os sentimentos,
Fiz o melhor...
O que sabia...

Triste saber,
Que para ti o meu melhor,
Não era suficiente para ficares...
Talvez não estivesse em mim!...
Talvez... Apenas talvez
Eras tu...

Que para mim não bastasse,
Procurei em todos os cantos,
Os teus encantos... Teu amor?,
Talvez... Apenas talvez o que me pudesses dar...

E por minha vez... Talvez... Apenas talvez,
Meu amor não bastasse pora nós dois.

Vai...

Vai em busca das respostas
Tenta encontrá-las e conta-as para mim
Ainda não as possuo
Tenho somente perguntas

Perguntas estas que nem a mim mesmo consigo responder
Nem ao menos consigo entender porque as tenho
Se é tão fácil ser feliz ao teu lado
Não entendo o que se passa com os meus sentimentos
Os teus então... Nem sei quais são...

Perdoa-me, mas não sei viver no meio de incertezas
Dei-te o meu coração e tu o trancas-te e levas-te a chave
Vai... Cuida dele por mim
Se um dia puder, da-me o teu, que cuidarei dele por ti
Mas se não puderes... Liberta-o...

Para que novamente ele possa pulsar...
Para que novamente ele possa amar...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Meu Choro

Eu choro, e as minhas lágrimas a cair pela minha face,
Como se toda a dor da minha alma,
Se dissolvesse pelas minhas entranhas!

Quanta dor no meu peito...
Meu lamento, é ouvido como o canto dos pássaros;
Meu choro solitário, por entre as paredes do meu quarto...

Meu canto mudo, no meu peito a naufragar,
O amor que dividiamos...
Então eu choro, sem ninguém pensar!

Traçamos caminhos diferentes...
Novas jornadas sem razão de ser...
Novas diretrizes do nosso amor que findou!

Eu choro, sem tu veres!
Eu sofro por não te ter!
Eu morro por vezes!

Findo o meu lamento, sem esperanças,
Meu choro, ainda preso na garganta...
Faz-me adormecer!

"Dedicado a todos os que choram por uma perda, por um amor, por um sonho"

Dor De Amar

Cá estou neste momento,com uma música romântica de fundo,não muito triste,talvez me fizesse chorar com mais dor, ouvindo vou tentando juntar o que restou. Raiva tenho apenas de mim, perguntas que não se calam, culpas que me sufocam e para brindar com perfeição minha nostalgia, uma tristeza que não cessa, não perdoa, não descansa. Por tantas vezes vivi este momento, eu já me via assim, porém jamais poderia imaginar que dói tanto, que é tão fundo. Não te culpo por nada e a única coisa que tenho de ti hoje é medo. Neste momento talvez como muitos poderia dizer que me arrependi de algo que fiz, que tu não poderias ter feito isso e dramaticamente insistir em ripostar que tu disses-te que me amavas. Nada disso traria a minha paz de volta, nem tu, pois o que desejava não era um corpo apenas, tão pouco só a tua presença, queria um sentimento, o melhor de ti em amor como uma vida ofertada. A dor que sinto neste momento é saber que dei tudo de mim e ainda assim não consegui aquilo que almejava, não que alguém tenha culpa ou obrigação de amar, mas aquela antiga mania de pensar que devemos ser amados sempre que amamos acaba a latejar nos meus sentidos, Mas não dou a ela ouvidos. O que me dá paz e tranquilidade ao apanhar os cacos sem me cortar de dor com a verdade é justamente isso. Fiz o que podia, amei da melhor forma que eu consegui, sobretudo, mais do que imaginei ser capaz. Isso faz o meu dia tornar-se um pouco mais claro, ainda que o sol esteja implacavél lá fora, ao amanhecer parecia envolto num manto de escuridão e medo, de quê não sei ao certo, talvez medo de encarar a vida de frente, medo de olhar e saber que a motivação para o meu amar se findou, medo de odiar ao invés de prosseguir a sonhar com o tão almejado amor, entre tantas possibilidades sei apenas que tenho medo. Mas ao amanhecer ouvi a vida, assim bastou-me um cantarolar dos passaros e alguns acenos de carinho para que houvesse uma aurora, para que ainda houvesse sentido. As vezes por se dizer que se ama, nós tornamo-nos tão egoistas, limitamos a vida ou a felicidade em apenas estar com quem se quer. Quando na verdade o sentido é amar, a quem precisa, a quem se esquece, a quem se odeia. Talvez até penses que me recuperei rapidamente e que estou pronto a viver sem ti. Lamento, seria apenas uma boa teoria, afinal: O que na verdade os dedos não falam o olhar que não pode ser visto esconde, talvez a mão apenas limpe as lágrimas e assim será esquecido. Como o presente mentiu-me a mim, talvez me sussurrasse a verdade e eu negligente fiz-me surdo ao querer apenas os gracejos deste meu coração que me prometeu o mundo, talvez somos vitimas de uma delinquência que confesso, desconhecia. Não vale a pena recordar-me de tantas tristezas, e nem por isso escrevo em verdade, escrevo porque tive boas lembranças e tento sorrir com esta partida que o meu ser me pregou, ainda que não haja graça, aprendi que enquanto se vão os poemas, ainda ficam os poetas, e ainda que se vão os dedos e neste momento se cale a fala, resta um olhar capaz de traduzir toda a dimensão do que se sentiu, do que se viveu, do que se sonhou...Mas de nada me valeria explicar. Termino por aqui, obrigado por tudo.
Adeus, foi um prazer amar-te...