sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ao Luar

Nesta noite quente e seca,
Onde a lua cheia se pronuncia
Ao luar me beijas ardente,
Com a paixão que me ardia.

Ao luar cantas melodias
Entre uivos apressados,
Gritas sussurros aos ventos,
Entre melodias apaixonadas.

Ao luar encantas-me com palavras,
Com gestos e mil ternuras,
Fazes-me crer em paixões,
E sonhos de mil aventuras.

Contigo sou princepe,
Dono do meu amor,
Entre beijos e loucuras
És minha dona meu esplendor.

Noite de Luar

A noite evoca o sentimento,
Lembra-me meu amor na janela,
Leve como o toque do vento,
Cheirosa, decotada e bela.

A pele sobre o luar a brilhar,
Longe tocava uma bela serenata,
Por esse amor só queria gritar,
Era a minha bela chuva de prata.

Os olhos fecham lembrando-a ainda,
E o vento à minha amada cheira,
Quando a lua, como ela, se faz linda.

Oh! Pobre Lua, não fiques com ciúme,
Mas é o vento, este amigo traquina,
Que consigo traz um antigo perfume.

"Marco Magalhães"

Lua Perdida

Plantei rosas,
Petalas com o teu rosto no fundo mar.
Construi castelos de amor. Um quarto nosso,
Duas almas como uma só.
Cantei a poesia da lua perdida
Tu és poema, quem me dera que
Eu fosse poeta
Perdi as horas do Tempo
Nesta viagem sem fim
Ainda que morra esta noite
Nunca serei o Fim de mim
Pois sempre que me recordares
Eu viverei nas asas do teu pensamento.

O Fracasso Que Sou

Quem me vê triste a passar nesta rua,
Não imagina o que o meu coração sente,
Pensa que sou alguém muito demente,
Que está com a cabeça no mundo da lua.

Mas eu já fui alguém que gozou a vida,
Que dançou tango lá de Buenos Aires,
Que passou dias a viajar pelos ares,
Que já teve as melhores horas vividas.

Hoje encontro-me neste beco sem saída,
Pedindo para que me paguem uma bebida,
No final desta avenida, num bar imundo.

Agora vejo que já estou no fim da vida,
Que a minha missão está quase cumprida,
Só me resta despedir-me deste mundo.