domingo, 26 de julho de 2009

SE O AMOR MATASSE

Se o amor matasse de uma vez
Não teria de sofrer assim…
Sei que não tomei o melhor caminho
Sei que errei e pouco resta de mim.

Só tive um pecado e esse era mortal
Foi ter-me apaixonado por ti
Não morri, mas fiquei em estado tal,
Que já não sei o que vivi.

Sei que não me conheces
E que outro homem mereces
Sei o teu nome e pouco mais
Mas o meu amor é grande demais.

NOITE FRIA

Abro os olhos, a tarde é fria
Teus pés vestidos de cores tocam os meus
Acaricio Tuas mãos na espera de um sorriso teu
Mas teus olhos se fecham à procura de quem não te queria

Espero que tua procura acabe
Antes mesmo do morrer do dia
Pois a noite que é ainda mais fria
Guarda um segredo que ninguém mais sabe

Amei-a, incondicionalmente, apenas por uma vida
Não nego, uma vida cheia de pecados
Mas vivi calado no mundo dos isolados
No mundo das dores, cultivando as minhas feridas

Agora quem fecha os olhos sou eu
Na noite fria que carrega a minha morte
E invejo em demasia aquele que tem a sorte
De dormir o sono eterno depois de um beijo teu

Dor QUE NÃO TE FIM

Por que não voltas para mim?
Quando no meio de um sorriso a tua presença faz-se,
Os dentes escondem-se e os olhos procuram-te...
Volta que o meu peito arde de tanta saudade e amargura!
Volta meu amor...
Que não adianta cantar, porque o canto só me traz lembranças,
E não adianta sair, porque a rua apavora-me,
E a noite torna-se triste e vaga,
E o dia torna-se vazio e fútil,
E as tardes tornam-se cheias e tumultuadas...
A multidão parece arrastar-me pelas ruas.
Os buracos parecem engolir-me...
E o fogo que devia consumir, parece aliviar.
A dor que não tem fim, que dilacera toda a minha alma...

Querer e não Poder

Sonhei contigo a noite passada
Parecia até realidade
Eu sentia teu beijo e felicidade
E "tu" dizias todo tempo que me amavas

Eu era feliz ao teu lado,
Eu era feliz...
Quem dera, que não tivesse acordado,
Quem dera, que tudo fosse como eu sempre quis.

Acabou

Acabou a musica acabou.
Acabou o preço do poder
Acabou o medo do escuro..
Acabou o racismo
Acabaram os muros..
Acabaram as palavras e letras....
Acabaram os rios..
Acabaram as coisas boas...
acabou...

Acabou o poema...
Acabaram os meus sonhos..
acabou a saliva...
Acabaram os meus neuronios...
Acabou a minha vida....

Morto-Vivo

Sou um morto vivo!

Trancado no meu quarto sozinho com os meus pensamentos,
Fico a pensar em tudo que um dia já perdi...
Amigos que perdi só por ser tão orgulhoso,
Coisas que não fiz por não ter sido, nem ou pouco corajoso,
E sei que minha alma esta a pender a cor...
E que neste momento os meus olhos refletem a dor,
Minha face com lágrimas de sangue está molhada,
Lágrimas que caem por uma dor que não pode ser controlada...
Já estou na completa escuridão
E já não sei se estou numa cama ou num caixão
Mas para mim diferença não faz
Pois em ambos eu estaria em paz...

Tento Esquecer

Tento esquecer
Mas tudo volta a minha mente
E não paro de sofrer...

Parece um castigo isto que fizeste comigo
Senti o amor a sair de cena
E o meu coração a pulsar nas duras penas
Com a dor que me inflingiste
Comecei a odiar...
E meu amor que era feliz
Por momentos,tornou-se triste...

Pobre pedaço de mim,
Endurecido por ser desdenhado assim
Um ano inteiro de sofrimento
Deixando-me em injusto purgatório...
Lutei,esbravejei,e cansei
Cansado e ainda com esperança
Vesti-me em invisível envoltório...
E esperei...
E vieste,então...
Se queres meu perdão,
Antes de me pedir,tenta novamente
Alcançar meu coração...

Reviver

Minha alma perde-se,
Esgueira-se em estreitos e escuros corredores,
Fica detrás daquela janela fechada
Protegida na escuridão
Das pesadas cortinas da razão,
Fecha-se em baús de fotos antigas
Procurando instantâneos estragados,
Sobrepõe-se á velha colcha de retalhos,
Quadricula-se, camufla-se nela-
Símbolo de um tempo perdido,
Entra pelas frestas ressequidas do soalho,
Madeira de tantas pisadas...
Mescla-se com o frio da porcelana
Do bibelô sobre a penteadeira escura
Já sem serventia agora,
Embrenha-se na vela da embarcação
Sem leme, perdida pelas mãos
Do vento ponteiro,

Nada, no entanto me esconde,
Do amor sem amarras,
Reavivado,
Aflorado,
Radiante e iluminado,
Pelo som da tua voz
Quando me dizias: amo-te.