domingo, 22 de março de 2009

O ADEUS DE UMA VIDA SEM VIDA

A noite fria e escura
Reina no firmamento …
A noite imensa perdura
Pungente tal num lamento,
Acerba como a amargura!…
Domina e amarra a minha alma
Como ciclópica mordaça,
Numa tenebrosa ameaça
De jamais vir a ter calma …

Desloco-me em medonha escuridão
Sem um raio de luz que me guie …
Morre, morre já meu coração.
Nada sinto, nada vejo …
É o Nada à minha volta
É a morte que procuro em vão!
Oh! Morte! Vem ceifar esta Vida …
Oh! Morte vem buscar
Uma existência que se arrasta,
Num caos imenso, sem saber
Como se há-de orientar
Como poderá Viver?!

Chamo-te a toda a hora
Numa ânsia feroz
De acabar sem demora
Uma Vida, sem Vida …
Nada mais me resta
Senão a tua companhia
Oh! Morte …
Nada mais quero
Senão a tântrica alegria
De ter a sorte
De ver esta Vida findar …
Que passa como uma noite
Fria e escura
Acerba como a amargura!…

Infundado

Para onde Diabos foi a minha inspiração?
Desejaria escrever algo bonito, só mais esta vez!
Uma loucura depressiva crucificou minha razão
E a maldita tristeza me reveste em cinza, mês a mês.

Nada passa, como nunca passou. Apenas vazio.
Um impiedoso buraco negro cobre a minha vida.
O silêncio infundado afoga-me, como um rio.
E os meus sentimentos... Todos numa única ferida.

Estou a deleitar-me das graças infernais.
Vendo o horror fantasiar a minha pequena casa.
Sorte não ser um anjo, pois logo cortaria minha asa.

O que me resta a não ser o açucarado suicídio.
Não há mais portas por onde passsar.
Não mais porque não tenho alguém para amar.

Riscos e Rabiscos

Risco o meu caderno
Com letras que fazem frases
Frases que fazem textos
Não têm qualquer sentido
Mas isso não importa
São rabiscos insensiveis
Contudo inofensivos
Gostava que os lesses
Livre de pensamentos
E preparada para sentir
O peso do meu mundo
Ele é depressivo, agressivo
Insensivel e demente
Prepara-te para ver
Um suicídio á maneira !!!

SUICIDIO

Chagas internas fecundam o suicídio
E a dor de não querer mais é o desespero
Olha-se em volta num raio solitário
E tudo o que se lamenta é o que nos rodeia
E tudo em nada se baseia.

Se este mundo é imperfeito
Nunca é plena a felicidade
E se o espírito é fraco
Há que punir o corpo sem piedade.

Não se consegue olhar em frente
Se o desgosto, é de tudo saber a pouco
Não se suporta o sangrar da mente
Quando o coração pára de sonhar num acto súbito.

Carta de Adeus:

A voz que me dói na alma,
E me aperta e esmaga o peito,
É vazia, sem coração.
E com uma enorme calma
A cama onde durmo ajeito
E me deito, em solidão...

As memórias são o que tenho
Ainda, e tão cheias de vida,
Mas completamente sem esperança.
E o suicídio a que venho
Esta noite assim esquecido,
Sem lua e sem bonança.

Aponto a arma carregada
À cabeça, e sem chorar.
Sinto já algum alívio e tremor...
Pobre homem desprezado
Tanto querias amar
E não descobriste o amor...

DOR DE PENSAR

Existem dias em que sou tudo,
E outros em que sou nada.
Tenho um dia sortudo,
E no outro sou um desafortunado.
Com pesar no olhar, revejo a vida, sem chorar...
Hoje faria de tudo, mas temo pensar.
Sento-me a oeste do oceano, e sinto as ondas embater na praia.
Ouço o quebrar das folhas secas nos meus pés nus.
A brisa macia que me percorre a espinha.
A melodia harmoniosa do pássaro no seu galho.
Esforço-me para que o silêncio que inunde agora
A minha cabeça fique como está, seja apenas silêncio.
Todos os meus esforços para anular sensações seriam vitoriosos com minha intensa Concentração, mas traí os meus sinais de dúvida, foi tudo em vão.
Omiti-te tudo quanto estava a desejar,
Guardei para mim os momentos em que te via fraquejar.
Fiquei mudo quando te deveria inundar de barbaridades apaixonadas.
E procurei razões abandonadas, para não te deixar escapar.
Agora, nada de actos, nada de sensações.
Esqueci-me o que era a dor de pensar,
Maior que a dor de ver que jamais me poderás amar.
As palavras caíram no vazio, e eu caí com elas...
As emoções morreram, e eu morri com elas...

ANJO DA MORTE

Abre os braços
Anjo da morte.
Estou sem forças
Para morrer.
Leva-me pelos campos
Solta-me entre as flores
Lagrimas de amor.
Entre as sementes
Que plantei
Havia algumas verdes
Que não vingaram.
Causei magoas
E alguma dor.
Não tive tempo
Para o perdão.
Saiba anjo querido.
Eu não queria!
Sigo contigo
Sem medos.
E neste ultimo
Momento.
Eu deixo
O meu pedido
De perdão.

SOFRIMENTO NO AMOR

Já nao choro
Nao por, nao ter lágrimas
Mas por estar cansado
De sofrer
De nao ser amado...
Ás vezes penso
Que já nao existes
Outras vezes penso
Que morreste
Mas quando me encontro com a solidão
Invades-me de novo
Invades de novo o meu coração.
Resta um bocadinho de esperança
Que gostaria de apagar
Para puder deixar de te amar.
Como se isso fosse possivel
Nao consigo dar ordens
Ao nosso coração
Como é possivel.
Sofrer por isto
Sofro por tanta paixao
Mas nao consigo entender
Porque me tens aversão.
Nao consigo compreender
Como me expulsas-te assim
Se foste tu
Que alimentas-te o meu amor
E de amor me alimentas-te a mim.
Amor tu me deste
Amor te retribuí
Penso que nao compreendes
Todo o amor que senti.
Desapareces-te
E sem explicação.
Deixando-me a sofrer
Por tanta paixao
Deixando-me assim.
Continuo a viver
Mas sem compreender
Porque me abandonas-te
Deixando-me sem entender
Deixando-me a sofrer...
Deixando-me a morrer...

Para Quê Amar-Te??... Para Chorar E Sofrer

Porquê amar-te tanto?
Nao sei mesmo o porquê disto...
Só sei que sofro por te amar
Porque contigo nao posso estar...
A minha vida por ti fica virada ao contrario...
Fico sem um sentido para viver
Mas eu nunca te quero esquecer
Tu es tudo para mim
Es o meu grande amor
Nao percebo porque me tratas assim
Causando-me sofrimento e dor
Porque nao me queres?
Isso eu nao compreendo
Eu amo-te mais que a minha vida
Mas tu isso nao percebes
As tuas atitudes eu nao entendo
E só me apetece pelo mundo ser esquecido
Na minha face correm lagrimas tristes
De tanto por ti chorar
Do meu coração que em pedaços partiste
Do sofrimento que me estas a causar
Não sei porque te amo tanto
Se tu só me sabes magoar
Só sei que nao esqueci nenhum momento
Em que o meu amor por ti estava a nascer
Em que tu me estavas a adorar
De repente tudo mudou
A minha alegria parou
E começou a grande dor a nascer
Aquela que me está a fazer enlouquecer
Começas-te a ignorar-me
A gozar com o que eu sentia
Deixando-me a apaixonar-me
Por aquilo que nao devia
Não sei o que da minha vida fazer
Só sei que nao te quero esquecer
Sei que nunca te vou odiar
Porque o que sinto é um grande amor
É aquilo que nunca senti
Nem mesmo noutra época de namorar
Nem nunca senti tanta dor
Como agora a que sinto por ti
Não quero mais sofrer
Mas nao o consigo evitar
Não tenho mais por onde escolher
Se nao pelo sofrimento que me estas a causar
Pelo amor que eu quero ter
E que nunca mas mesmo nunca o irei viver...

A Dor De Amar

Já foram cantadas em verso e prosa
As incoerências desse tal "amor"...
É um amargo-doce, dor deliciosa,
É tristeza alegre, é frio no calor.

E os sentimentos daquele que ama
Com fervor intenso, com obsessão,
Conforme a ciência já hoje proclama,
São fontes de stress, de flagelação.

Mas como viver sem curtir no peito
Esse stress vibrante e o sofrer de amar,
Delícias de ter um cúmplice perfeito,
Dores e prazeres de compartilhar?

E como ficar nas noites sombrias
Sem sentir na alma a amorosa brisa,
De um abraço amigo pleno de magias,
E do afago amante que nos realiza?

Se amar é sofrer... stress e flagelo...
Hão-de preferir nossos corações
O fascínio eterno de um doce libelo
A um destino insosso, pobre de emoções...