Minha alma perde-se,
Esgueira-se em estreitos e escuros corredores,
Fica detrás daquela janela fechada
Protegida na escuridão
Das pesadas cortinas da razão,
Fecha-se em baús de fotos antigas
Procurando instantâneos estragados,
Sobrepõe-se á velha colcha de retalhos,
Quadricula-se, camufla-se nela-
Símbolo de um tempo perdido,
Entra pelas frestas ressequidas do soalho,
Madeira de tantas pisadas...
Mescla-se com o frio da porcelana
Do bibelô sobre a penteadeira escura
Já sem serventia agora,
Embrenha-se na vela da embarcação
Sem leme, perdida pelas mãos
Do vento ponteiro,
Nada, no entanto me esconde,
Do amor sem amarras,
Reavivado,
Aflorado,
Radiante e iluminado,
Pelo som da tua voz
Quando me dizias: amo-te.
domingo, 26 de julho de 2009
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