sábado, 29 de agosto de 2009

Uma Tela de Saudade

A aurora surgiu,
De um encarnado dourado.
Com o correr das horas
O dia vestiu-se de tons plúmbeos
Desanimadores...
Ao cair da noite,
Decido pintar-te
Numa tela só minha
Para sempre admirar-te.
Pinto-te...
Retratando o Tu que vejo,
E em mim fica marcado.
Chegaste, de mãos vazias sem promessas,
De mulher palhaço te vestiste,
Arrancaste gargalhadas, acompanhaste sorrisos
Chegaste, sem promessas,
De mãos vazias.
E, eu vou-te pintando dia, após dia.
Argumentista convicto,
Rebelde sem causa,
Irreverente.
Chegaste, sem promessas,
De mãos vazias.
Conversadora nata,
Ouvinte atenta,
Maga sedutora...
Chegaste, sem promessas,
De mãos vazias.
Só com a certeza que te vais embora....
Um destes dias.

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