quarta-feira, 10 de junho de 2009

A PRIMEIRA VEZ QUE MORRI

Novamente tomo o meu café da manhã
Nas xícaras sujas de ontem eu tomo
Sozinho sem acompanhamento
Num compasso lento, leso

Ainda atordoado de ontem
Meio confuso, meio sem rumo
As palavras que ouvi ainda gritam no ouvido
O choro, meu martírio, vem novamente

Ainda ouço a tua voz a dizer
Como se ontem ainda fosse
Que não há mais amor
O teu grito calou o calado clamor ao ouvir

Dentro de mim tudo gritava
Fora de mim nem um ruído se escutava
Triste sonido furtava minha alma
Injectava-me a dor

Um adeus que me deixas-te ao partir
Ultima visão que tive de ti
Ultima vez que raiva senti
A primeira vez que morri.

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