terça-feira, 23 de junho de 2009

Lágrimas de sangue


Quando passares por mim na rua,
Por favor, não me fales...
Não quero que ouças esta voz,
Que não é minha nem tua,
Que chora todos os males
Unidos num só vento veloz.
Não quero que saibas como estou,
Que estou completamente nu
Numa incerteza tão incerta!
Não quero dizer-te se fico ou vou
Para outro mundo ou outra lua,
Se estou vazio ou deserto.
Lágrimas de sangue se escorrem
De um canto oculto do meu coração
Que eu nunca julguei ter e sentir!
E se os sentimentos me morrem
Ao alcance da palma da minha mão
Prefiro fechá-la e não os dividir!

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