quinta-feira, 9 de julho de 2009

Invade-me!

Invade-me!
Crava-me no peito
estandarte de Amor!

Faz-me Teu,
por direito de conquista!

Se me aprisionares, melhor!

Despojado de armadura,
desnudado de Palavras!

Visto em mim, um poema onde gravas,
as marcas do Teu Desejo!

Corpo meu tomado...
Mar que vem e volta em mim!

Inebriado,
por cada beijo salgado,
que faz arder a Paixão,

no ventre, fica o sal despido,
descoberto pela maré ausente,
depositado por um frémito ardente,

que plantaste em mim!

Invade-me,
sem clemência ou perdão!

Não me visto de rendição...
o Amor toma-se a si mesmo por valente,
afinal, sou eu que Te tenho na palma da mão!

...Nas Palavras que nascem,
dum Poema que visto de Nós,
eu sou o prisioneiro que Te conquista,

letra a letra,
Sentido a Sentido!

Invade-me
e eu de Poema vestido,

conquisto-Te para sempre!

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