A insensibilidade se avizinha
O verso não aparece
Da rima já se esquece
Num sentimento de vazio
As palavras fogem
E sinto-me só e frio
Em vez de sonhos, gritos
Que ouço na noite vaga
Como eco que aos poucos se apaga
Falta-me o aconchego do teu beijo
O calor amigo do teu peito
Teu abraço que almejo
Nem a lua hoje se deu conta
Da minha tristeza, da minha solidão,
Escondeu-se nas nuvens
Para não me ver
Assim tão desolado
A mesma lua que me traz o brilho
Do teu sorriso encantado
Por isso, a escrita definha
Fica pobre, mesquinha
Os poucos versos desconexos
Que saem da minha pena
São fracos, coisa pequena
De rimas pobres, nada nobres
Perdi a fé, perdi a crença
Tudo pela tua indiferença
quarta-feira, 8 de julho de 2009
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