Só conheço até o final desta rua
Só até onde vai a claridade da lua,
Além de lá, nada mais conheço.
Terei que enfrentar essa escuridão
Vou procurar onde é a rua da solidão
É lá que está, o meu endereço.
Já sei que não existe a claridade
Depois que passar pela rua da saudade,
É lá onde não mais nasce o dia.
Já sei que é um lugar todo escuro
E esse mesmo endereço que procuro
É onde não tem vida uma poesia.
Começarei pela avenida da ilusão
Onde está sepultada toda a inspiração,
Onde a vontade de viver já embolora.
Lá não existe uma paisagem colorida
Só se ouve os lamentos pela vida
E onde os versos da poesia choram.
Parece estar longe a cidade da amargura
Mas a distância e bem menor que a loucura
Que está a habitar o meu coração.
Na cidade triste é sem vida a paisagem
Tão monótona quanto a mensagem
Nos versos, de quem vive de recordação.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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