segunda-feira, 20 de abril de 2009

Não sei se era a cor da lâmina prata
Ou o sentimento fúnebre que me abatia
Assim como uma qualquer apatia
A esta vida mesquinha e vazia
Que usei, nos meus dois pulsos, essa faca

Não vou mentir a ninguém
O corte dói e continua a doer
Mas a outra dor logo o faz esquecer
Ou será o sangue que de tanto escorrer?
Deixa-te fraco, mas a sentir-te bem

Perto do final, sentes
Sentes algum arrependimento
A falta enorme de qualquer alento
E eternizas cada e todo o momento
Que viverás em tua mente

Então podes apenas deixar
Liberdade de toda angústia
Deixar para trás toda aquela secura
E toda aquela dor, por mais que custe
Liberta-la

Agora não é nada mais que uma brisa
Voando por todos os cantos
Observando todos os santos
Ouvindo todos os cantos
Nada mais que uma brisa

Tu escutas o tanto que era incrível
Teus parentes, teus amores
Todos a quem deixas as dores
E choras ao ver tantas flores
Ninguém me avisou que eu era único e insubstituível

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