sábado, 27 de junho de 2009

EU (Morto-vivo)

Ergue-se do caruncho do jazigo,
Um defunto do destino,
Exibindo a carne putrefacta,
Sob a escuridão do pessimismo...

Divagando sem rumo,
Arrasta o cadáver carcomido
Sob o transe do cepticismo,
Que não o deixa sorrir.

A dormência de fantasiar,
Rola-lhe a pele apodrecida,
Coberta por roupas esfarrapadas
Que corroboram a morte do espírito

Na sua sepultura pode-se ler
Aqui jaz um pobre derrotista
Que não soube sonhar
E que agora carrega
Uma alma que não sente
Uma alma sem olhar...

"uma adaptação e alterção do poema de JPMANSO"

8 comentários:

Kikas disse...

Um poema simples, directo, e lindo.
Amei, mesmo.

Dá-me vontade de o ler e reler e voltar a ler vezes sem conta. E a imagem gráfica que cria na minha cabeça...

Tá muito bom mesmo

sofia santos disse...

achas mesmo que foste derrotado????
tu soubes-te sonhar, simplesmente nao te deram hipótese para alcanxar alguns dos teus sonhos,
quebraram a vontade que tu tinhas de sonhar e de viver.
mas nada diz que tu nao possas voltar a sonhar, e voltar a ter vontade de viver com toda a força que tinhas.
o tempo é um remedio.
so acho é que esse remedio ta a demorar muito a fazer efeito.
beijo fofo

Ricardo Gonçalves disse...

apenas te digo não a remédio que cure, apenas um, mas esse um dia aconteçerá

sofia santos disse...

um nao...dois

Ricardo Gonçalves disse...

Dois?

sofia santos disse...

sim.dois...
o tempo...e a vania.

João Pedro Manso disse...

Tb adoro este poema :)
Ele foi escrito com a ideia de demonstrar a importância de sonhar, pois a ausência desta dádiva faz da vida apenas um deambular de carne que se vai putrefazendo ao longo desta caminhada.
Fico feliz por ser do teu agrado.
Abraço

Ricardo Gonçalves disse...

caro João Manso eu adaptei o seu poema porque é assim como me sinto um vagabundo sem casa, perdido, pois sou um passaro em quem lhe cortaram as asas em vô para lado algum, abraço