domingo, 9 de agosto de 2009

Moras Num Livro

Moras num livro envelhecido pelo tempo
Em que encerrei o teu corpo, príncesa da fantasia
Na infância longínqua em que o destino nos sorria
E onde te fiz cativa da infinidade de um momento.

Hoje abri esse livro com perfume a nostalgia
E de novo amei-te em cada promessa louca e renovada.
Estavas inteira, esculpida nas palavras da poesia
De semblante efebo e de olhar quedo no nada.

Infanta forjada numa manhã serena e fria,
Desejo seria colher-te das descoradas folhas de papel,
E levar-te a beijar o vento nas asas de um corcel

Sou a mesma criança absorta e de face vazia,
De olhos negros e fundos como o coração da noite.
Moras num livro, onde o idílico amor ainda é doce...

1 comentário:

sofia santos disse...

só te peso para não sonhares tão alto.
pode ser que fiques inteiro, mas também pode ser que cais e fiques todo partido.
beijo fofo