terça-feira, 22 de novembro de 2011

Nao quero mais amar

Hoje só falarei das flechas em mim fincadas
Pobre Cupido seu posto foi tirado
Não soube unir o amor designado
Somente as flechas foram disparadas.

Andei a sentir dor do que não mais existe
Rolam na face lágrimas de saudades
Tudo findou mas esse amor persiste
Acalentar sonhos de insanidades.


É que por todo o caminho eu te busquei
Entre soluços retidos num riso falso
Até o meu novo semblante eu moldei
Estou a precisar de remontar meu traço.

Eras tu meu Céu, meu sol, meu Mar!
Diante esse fim eu não mais tentarei
Por mais que o choro venha a abalar
Não quero voltas e nem mais amar.

Meu sorriso desbotado de Monaliza é por ti
A mente alvejada de tristeza sou eu
Mas é minha a força e a tentativa de sobreviver
Num mundo novo buscarei meu “Eu”.

Sou palafito a meio de uma torrente
Tentando-me conter do desencanto eu vivo
Mas sou valente seguirei em frente
Hei de esquecer-te amada intempestiva.

Bem lá ao fundo do oceano guardarei as dores
Tal qual ondas gigantes quebram e acalmarão.
Deixo este poema para os trovadores
Quem sabe se algum dia, a dor vire “Canção!”

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei muito destas flechas...beijito

Graça Pereira disse...

Passo para te desejar uma santa e feliz Páscoa.
Beijo
Graça