terça-feira, 21 de abril de 2009

Magoo-me por dentro só de nos imaginar
Um mundo ainda por nascer
E pensar que podia eu levar-te a ver as estrelas
Focaram-se na lua na noite finda
E viram-te a sondar um sonho na alvorada

Na lua, há restos de sol caídos no chão
Inundam as crateras que dormem sobre a noite fechada
Os teus ideais soltaram-se nas fragas soltas
E aconchegaram-se no pó que fareja o vento
Mas ele foi-se num suspiro

E eu fiquei ás voltas com o tempo em que via os rios
Os mares tenebrosos caiam-me sobre os ombros
E eu deitava-me e dormia

Dormia tanto...mas acordava nas madrugadas
Os meus olhos secos e as lágrimas caídas
Rolavam pelo chão
Já me afogavam o leito
E num espanto eu dormia...dormia

Mas tu não vês o que o sono me traz
E choras lágrimas que se prostram aos pés do vento
E o vento rasgou as vestes que trazia
E tu ficaste só ao relento

Que há a haver....a não ser esperar por mim
As marés calmas abalroam-me sempre nas tristes madrugadas

Não vês que não nasci para ser
Nus versos...
Que se curvam ao vento que passa?
Eu sou o que desejas na lonjura dos teus caminhos
A tua busca interminável

Mas já morri para ti
E não me queiras germinar de novo
Quero renascer num poema só
Que me leve...

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