domingo, 18 de outubro de 2009

Minha alma grita em desespero profundo
Recolhendo-se na própria dor do corpo
Secando o sangue impuro
E clareando o negro dum dia já morto.

Minha sina marca-me a vida
Não sei se viverei sequer mais um dia
Nem sei se acabarei de escrever este poema
Só sei que nem sempre a minha vida rima.

Sou duma textura fina
Tão frágil como uma flor murcha
Seca sem a rega até duma lágrima
E morro sem que ninguém dê conta.

Meu corpo é espinhoso
De tal modo marcado pelo infortúnio
Enterrado com as suas raízes e com tudo
Jaz morto e moribundo num cemitério vivo.

"Known"

4 comentários:

Judite (Dite) disse...

Temos dias em que é preferível dormir um longo sono, que acordar!
Mas temos de ter força suficiente para aguentar o dia a dia.
Estaremos sempre aqui , para marcar a nossa presença e para levantar a moral!
Um beijo,
Judite

sonho disse...

A propria vida é uma icognita...mas meu querido poeta não te deixes abater pelos dias menos bons...
Beijo de um anjo em teu lindo coração

Graça Pereira disse...

Nem sempre a minha vida rima...
Claro que não...nem a tua, nem a de ningúem...
Contudo, apesar de todo o teu desânimo, achei o teu poema maravilhoso!!
Quando voltar aqui, quero ler um "Hino á Vida"
Beijos e bom fds.
Graça

Vampira Dea disse...

Quanta dor, mas são lindas suas palavras.