domingo, 1 de março de 2009

DESCULPEM-ME...

Todos os poemas que escrevo, e escrevia
Só falavam das tristezas, da poesia
E nunca da beleza de uma flor.
Mas como falar sobre a felicidade
Se esta terrivel saudade
Enche a minha vida de dor?
Se tenho a minha alma tão saudosa
Como falar do lírio e da rosas
E se não esta sorrindo o meu coração?
Como posso ver a linda flor do hibisco
E as mágicas cores do malvarisco
Se a minha cor é a escuridão?
Como posso, a alegria demonstrar
Se não me vêm as palavras para rimar
Nem quando tento nas madrugadas?
Isto por que fui atirado num calabouço
Onde a única coisa que ainda ouço
São sons, das nossas antigas baladas.
Meu caro amigo, tu que és um leitor
Quero que entendas e perdoes o escritor
Que não consegue outro tema escrever.
Todas as minhas poesias serão assim
Até o dia em que ela voltar pra mim
Ou se conseguir, dela me esquecer...

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