terça-feira, 28 de abril de 2009

Anseio Morrer

Observando esta chama que consome o dia,
Em luz pálida que se confunde com aurora,
Desperta em mim a saudade e então
O desejo de estar morto revigora.

De conformismos leva-se a vida adiante
Embora não ouse assim denominar esta existência,
Vida, mas que é esta vida ?
Apenas palavras ternas em desalento junto às criptas,
Nos passeios nocturnos de flores e lágrimas recolhidas.

Em aflitas súplicas surdas pois não podes atender-me,
Incerto é rumo que levo quando caminho já no escuro
Repousando em pedra fria junto ao teu leito.
Na sinfonia de incontáveis lamentos de espectros
E criaturas indômitas em sombras e variadas tristezas.

Que desabe a noite em amor declamado,
Diante de profanas fogueiras de paixão,
Turve minha vista,entorpeça meu coração e sangue amargo não corra,
Para que então encontre a paz repousando n`algum caixão.

Sem comentários: