terça-feira, 14 de abril de 2009

Odeio-te Tanto Quanto Te Amo

Se te disser que te odeio,
Promete-me...
Que não te escandalizas
Supostamente uma pessoa sensível
Não devia odiar ninguém…!
Mas odeio-te... odeio-te...
Tanto quanto te amo, e depois?
Uma pessoa revoltada
Não poderá odiar?
Penitência e abstinência
É o que me sobra de mim em ti.
Odeio-te odeio-te...
E depois?
Caramba!
Se eu te disser que te amo,
Promete-me que limpas
A sujidade desta cegueira
Que torna os meus olhos,
Remelosos e ácidos,
Mecanizados de tanto desespero!
Odeio-te... odeio-te...
Tanto quanto te amo, e depois...?
As lágrimas não lavam a alma?
Ah... permanência e insistência…
Caramba!
Se eu te disser que te vomito,
A cada pensamento que não quero
A cada momento exíguo
Em que a tua imagem,
Me afaga o coração, acreditas?
Contemporizas?
Ou agonizas como eu?
Ah... eu sei, eu sei...
Sou uma gibóia que te assusta
Que se enrola à tua alma.
A tua ausência não me acalma.
Avoluma-se nas minhas têmperas
Laceradas pelo cansaço.
Anda... dá-me um abraço
Promete-me…. que acreditas
Que não te amo,
Porque te quero odiar!

2 comentários:

Anónimo disse...

gostei muito do seu poema... ele expressa o que eu vivo também.. uma contradição da vida que nos mostra o que é amar através da falta deste abrupto amor...

Stefi

Anónimo disse...

gostei muito deste poema escrito com garra e força de uma alma destroçada como eu sou infeliz porque odeio um homem que amo............