O que eu, um dia, fui não serei mais e não sou.
Tem momentos que olho para trás e fico devastado
Ao ver tudo o que por mim passou, assim de rajada,
Como um simples fôlego que sobreviveu e se matou.
Caminho entre as nuvens do que sobrou,
Entre as incógnitas e as gastas pedras da calçada
Contemplo os sussurros destas ruínas, sentado,
Num banco de pedra e de tempo que acabou.
Em metamorfose fiz-me e desfiz-me de mim:
Ri bem alto e calei em segredo;
Gritei tão baixinho e chorei de medo.
Em metamorfose vivi e morri vezes sem mim:
Abri os olhos e ceguei com o que vi;
Dei a alma e sufoquei com o que senti.
E longe de tudo aquilo que eu fui
Fica a certeza de quem sempre serei,
Perto de um passado que se diluí.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário