quinta-feira, 5 de março de 2009

Canto da minh'alma

Deixa-me amar-te em meus silêncios
Na calmaria do teu coração que me acolhe
E de onde se desprendem meus sonhos
Em vôos etéreos de plena liberdade

Deixa-me amar-te na minha solidão
Ainda que meus labirintos te confundam
E que teus fios generosos de compreensão
Emaranhem-se no tapete dos meus enigmas

Deixa-me amar-te sem qualquer explicação
Na ternura das tuas mãos que me sorriem
Escrevendo desejos em versos despidos
Na minha alva tez que te cobre e descobre

Deixa-me amar-te nos meus segredos
Para que desvendes o que também desconheço
A alma dos meus abismos, onde anoiteço
E meus olhos adormecem embalados pelo mistério

Deixa-me amar-te nas tuas demoras, longas horas
Em que meu corpo se veste de céu à tua espera
Enquanto minhas mãos acendem estrelas
Para ilumiar-te, ainda que ausente estejas...

Um beijo meu no canto do teu sorriso...

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo... Simplesmente lindo...

Acho que este poema poderia chamar-se "Deixa-me amar-te"!

Não sei se ela lê estes lindos, tristes e sinceros poemas mas se os ler espero que ela os perceba...

A esperança é a ultima a morrer... Talvez um dia ela acorde... Acorde para a vida que poderia e poderá ter...